«”Jesus era judeu até à raiz dos cabelos!” … “Está a ver aqueles judeus ultra-ortodoxos que andam por aí nas ruas de Jerusalém, de barbas e vestidos de negro? Se fosse vivo, Jesus seria um deles! Era um ultra-ortodoxo que defendia que se respeitasse a lei ainda com mais zelo do que os outros judeus. Citado por Mateus, disse Jesus em 5:20: ‘Eu vos digo: Se a vossa virtude não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus.’ Ele era um judeu zeloso! Ora os judeus consideravam que os gentios eram imundos. Por isso, Jesus nem se misturava com eles! Na verdade, discriminava-os.”»
(do livro “O Último Segredo”, de José Rodrigues dos Santos, pág. 347)
Deve ter sido por isso que Jesus foi falar com a mulher Samaritana e que os seus apóstolos se espalharam por terras de gentios e foram quase todos martirizados, exceptuando João.
A um inculto como o JRS só tótós como o Kavkaz dão ouvidos….
«”Se ler com cuidado o Novo Testamento, vai reparar que Jesus quase não interagiu com gentios. A pedido de alguns judeus, teve um breve contacto com um centurião romano e chegou a sentir-se na obrigação de explicar à multidão porque o fez.” Folheou o livro. “Jesus ordenou mesmo aos apóstolos que evitassem os gentios quando estivessem a propagar a boa nova. Citado por Mateus, disse-lhes Jesus em 10:5-7: ‘Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, promeiramente, às ovelhas perdidas de Israel. Pelo caminho, proclamai que o reino dos Céus está perto.’ / só passaram dois mil anos depois desta promessa falsa – nota de Kavkaz / Ou seja, e como qualquer judeu pio, Jesus fazia questão de reduzir o contacto com os gentios ao mínimo.” Virou para a página seguinte. “Uma gentia foi ter com Jesus e pediu-lhe que exorcizasse a filha, possuída pelo demónio. Sabe qual foi a primeira reacção de Jesus? Segundo Mateus, em 15:23: ‘Ele não lhe respondeu palavra.’ Os apóstolos intercederam então pela gentia. Sabe o que retorquiu Jesus? Segundo Mateus, em 15:24, Jesus disse-lhes: ‘Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.’ Poderia ele ser mais claro que isto? Só à terceira Jesus lá se dignou atendê-la!” Adiantou um punhado de páginas. “O próprio Paulo, apóstolo para os gentios, escreveu na Carta aos Romanos, em 15:8, que ‘Cristo Se fez servidor dos circuncisos’, reconhecendo assim que Jesus pregava aos judeus.” Virou a Bíblia para a sua interlocutora. “A sua mensagem não era pois para toda a humanidade; destinava-se apenas aos judeus.»
(do livro “O Último Segredo”, de José Rodrigues dos Santos, pág. 347-348)
1- Quero felicitá-lo pela sua divulgação frequente, nesta caixa de comentários, do livro “O Último Segredo”, de José Rodrigues dos Santos, sob a forma de citações do livro, que, por sua vez, cita a Bíblia, profusamente.
2- Ora, eu não costumo ligar a ficções, nem mesmo às historiográficas, e, ao princípio, as incursões do autor JRS no campo de matéria religiosa, em geral, e bíblica, em particular, que já vem de livros anteriores, não me chamavam a atenção, precisamente porque achava que JRS pegaria em “verdades” e dar-lhes-ia um tratamento ficcionado tal, ou vice-versa, transformando tudo em pastelões literários de alto impacto ambiental e baixo consumo de energia…
Isto é, livros parecidos com os de Dan Brown e suas “teorias da conspiração”, espécie de mistifório inextricável entre “verdades” e coisas suspeitas, que pouco ou nada esclarecem sobre a historicidade da religião, concretamente, a cristã, que é a matéria mais difícil de investigar e apurar, em História.
3- Todavia, pelas citações que o Kavkaz tem apresentado, e ainda sem eu ter bem consciência do que trata a obra, tenho reparado que o José Rodrigues dos Santos faz citações bíblicas sobre aparentes minúcias, mas muito significativas conceções e práticas, quer do judaísmo, quer da personagem bíblica, Jesus Cristo, e do cristianismo emergente, nas quais se evidencia o caráter judaico de tal personagem, que não criou religião nenhuma, antes procurou-a expurgar dalgumas coisas que achava desconformes.
Todavia, esse “Jesus Cristo”, vai servir de estímulo àquele que me parece ser o verdadeiro fundador do “cristianismo”: Paulo de Tarso, vulgo S. Paulo, o propagandista primordial, o difusor-mor.
4- Aliás, “Cristo” esteve sempre do lado dos “circuncisos” e alheado dos outros, os gentios, enquanto Paulo, por razões que não vou aqui esmiuçar, disse em certo momento da sua pregação, que não interessava se as pessoas eram circuncidadas ou não, judias ou não, que todos seriam “filhos de deus”. Ora, é esse momento, precisamente, que marca a deriva universalista do cristianismo doutrinário emergente e a sua libertação das peias veterotestamentárias judaicas.
5- Mais, e agora interessa fundamentalmente a nós, homens, e reparem bem nisto:
Se não fosse essa desconsideração paulina pela circuncisão, nós, homens, estaríamos hoje todos ou quase todos circuncidados, por costume arreigado, como em Israel e na gentalha muçulmana!
Pois que a Igreja católica assumiu sempre essa divergência paulina, não obrigando a rapaziada à circuncisão, essa abominável mutilação genital masculina, ao contrário de “Jesus Cristo”, que nunca desconsiderou tão execrável prática consuetudinária dos judeus…
Graças a S. Paulo, salvamos as nossas pilinhas!…
6- O livro de JRS, não trazendo, aparentemente, nada de novo, pois que estes assuntos já foram estudados, há muito tempo, por diversos estudiosos, tem o incontornável mérito de recentrar o estudo do cristianismo e a sua emergência histórica, relembrando o caráter judaico do pseudofundador do mesmo, “fundador” esse que, em última instância, quereria reformar a praxis religiosa, como muitos outros de todos os tempos, mas que foi sabiamente aproveitado por habilidosos propagandistas em conjuntura oportuna, para fundar uma nova grei…
7- Ora, considerando que “O Último Segredo” já vai, não sei se, na 10ª edição, com 130 000 exemplares vendidos, denotando grande impacto entre o público leitor…
Considerando que tal livro concita atenções estudiosas sobre o cristianismo e sua origem histórica…
Considerando que o autor, José Rodrigues dos Santos, é, neste momento, o autor mais vendido em Portugal…
Considerando que JRS serve, objetivamente, os interesses do ateísmo, e os ateus, ipso facto, devem estar a par do que se passa na edição…
Irei comprar o referido livro, que, de resto, tanto interessa a ateus como a crédulos, pois que trata de matéria religiosa.
Louvo, mais uma vez, a divulgação do mesmo, que o Kavkaz tem feito nesta casa.
O romance de JRS foi para mim uma surpresa interessante. Permitiu-me aprofundar algumas ideias e temas da Bíblia. Pareceu-me ser escrito com muita seriedade e profundidade quando se tratava de passagens da Bíblia e sua “interpretação” histórica e englobados dentro de um romance fácil de ler.
Aconselho vivamente a sua literatura como tempo bem passado e instrutivo. Há momentos surpreendentes. Vale mesmo a pena ler este livro independentemente de se ser crente ou não.
Um abraço.
P.S. Não conheço pessoalmente JRS nem tenho qualquer interesse financeiro na divulgação das passagens do livro que me pareceram muito interessantes e que nos ajudam no debate sobre o ateísmo e religião.
Pois, caro Luís Rodrigues, convém sempre relembrar a quem foi “enviado” o tal JC, espécie de “grande dirigente e educador do proletariado e do povo”… “das ovelhas perdidas da casa de Israel”, à laia do que era, outrora, o Arnaldo Matos, antes de se tornar um “advogado de sucesso”, mas de vocação mais universalista…
Os Samaritanos não são gentios, mas um ramo do judaísmo. A rejeição dos judeus ortodoxos em relação a eles pode comparar-se às acusações de heresia com que as seitas cristãs se mimam umas às outras.
E já te disse fifi, a pregação cristã não foi por terras de gentios, foi por terras da diáspora judaica. A pregação aos gentios propriamente ditos, começou depois, por extensão, e levantou muitas resistências dentro da própria igreja.
Foi Paulo que finalmente conseguiu levar a igreja por esses caminhos, contra a opinião dos verdadeiros apóstolos, como Pedro, que tinham connhecido jesus.
Sempre que quiseres saber alguma coisa acerca da tua religião pergunta que eu explico.
Já te recomendei mas volto a repetir: Alka Seltzer em doses maciças ou então uns frasquinhos de Eno à medida.Se não resultar, experimenta as beberagens do caldeirão da Floresta dos Carnutos, mas não exageres na dose senão ficas a espumar ainda mais raivoso da boquinha… 🙂
Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote(quase 88anos),
direi que acho estranho o lendário judeu Jesus ter cabelo e barba loiros o que certamente
terá sido pintado por um escandinavo ou anglo-saxão.Também acho estranho que desde que êle aos 12 anos,no Templo,deixou espantados os Rabis e escribas,nunca mais surgiu em público e só aparece a prégar aos 30 ou 33 anos.Onde estaria então?! Um goês que eu conheci em Portugal há mais de cinquenta anos,disse-me que havia na India,uma seita religiosa que afirmava que Jesus tinha vivido lá durante muitos anos.É de admitir que tivesse «bebido» no Induísmo alguma teoria religiosa,e até tivesse aprendido artes de magia de prestidigitação,malabarismo e hipnotismo,e depois regressou à sua Palestina
e começou a prègar uma religião que chocava os judeus ortodoxos e às suas «magias» e malabarismos aprendidos na India,o Povo chamava milagres.Os Judeus ortodoxos tudo fizeram para êle ser condenado à morte como agitador das massas populares contra Roma.
Fantàstico ! Sempre leio algo aqui sobre a ética de gzuis. Vamos lá:
1- O “bom” samaritano. Quer discurso mais racista e xenófobo ? Por que o BOM samaritano ? porque o gzuis os considerava inferiores. Se o gajo aparecesse hoje talvez fizesse o discurso do “bom ” negão ou o “chinês” honesto ou o “bom e justo” mulçumano.
Tem crentóides que ainda acreditam nesse palhaço !
2- o filho pródigo. Outra idiotice. Pergunto: qual PAI abandona seu filho ? (pai foi em letras maiúsculas porque sei que tem pai pilantra ). Então não há nenhuma novidade no discurso. Só um crentóide mesmo para se encantar com tanto monte de merda.
3 – gzuis era judeu até os cabelos do buraco que não pega sol; se o caboclo mandasse no mundo a icar e todos os seus seguidores estariam batendo a “cabeça no muro”.
Ética de gzuis…. faz-me rir, tonto !
Ainda ninguém reparou num pormenor importante, e que pode alterar todos os conceitos até aqui existentes: o rapaz era canhoto, e este pormenor reveste-se da maior importância – mas deixo a sua análise, certamente eloquente e instrutiva, aos antoniofernandos de serviço.
Eu cá por mim, deixo essas analises primárias a um certo tipo de ralé ateísta. Sobretudo àquela gajada intelectualmente indigente, ao pior estilo do agnóstico lambe botas dos ateus, do javardo do brazuca-monte de merda, ao tótó do Kavkaz, ao reaça islâmico do Stefano e negacionista do Holocausto e a ti, insectito piadético…
Vocês nem imaginam o gozo que me dão, quando leio as vossas conjuntas patetices…:)
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
21 thoughts on “Cuidado!”