José Saramago, Prémio Nobel da Literatura de 1998, faria hoje 89 anos. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Na sua passagem por Roma em 14 de Outubro de 2009, Saramago chamou Joseph Alois Ratzinger, actualmente conhecido como Papa Bento XVI, de “cínico”, dizendo que a “insolência reaccionária” da Igreja Católica precisa ser combatida com a “insolência da inteligência viva”.
De entre as suas principais declarações, estavam a de que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar o seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual” dele. Disse também que “[a]s insolências reaccionárias da Igreja Católica precisam de ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder”.
Por frequentemente fazer uso dos seus direitos fundamentais de liberdade religiosa e de liberdade de expressão, Saramago encontrou sempre fortes críticas e oposição na Igreja Católica, que não aceita o exercício dessa liberdade democrática de Saramago (daí o facto de ele se referir a esta como “fascista” com frequência). Os protestantes (ou evangélicos) já declararam publicamente apoiar a liberdade de expressão do autor. E essa relação de tensão com a Igreja Católica é agravada devido à origem portuguesa de Saramago, local onde o catolicismo ainda é muito forte e discuti-lo ainda é um tabu.
Após ter enfrentado forte perseguição religiosa com o lançamento do livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” em 1991, o que culminou com a sua mudança de Portugal para a Espanha pouco depois, o lançamento de Caim em 2009, mesmo em pleno século XXI, voltou a render-lhe mais perseguição religiosa.
Saramago sofreu perseguição tanto por parte de membros da Igreja Católica, quanto de católicos.
José Saramago esteve, durante muitos anos vesgo, contra as ditaduras comunistas ateístas e,contra os atropelos aos direitos humanos, que por lá se praticavam. Por cá ainda falando o que lhe apetecia, porque o 25 de Abril acabou com a pide, mas, contra o KGB, Saramago nada tinha a objectar, como nada disse contra os fuzilamentos em Cuba por razoes meramente ideológicas. Enquanto foi sub-director do Diário de Notícias, no período do PREC, contribuiu asquerosamente para o despedimento compulsivo, pidesco, reaccionário,e sem processo disciplinar, de vários jornalistas, incluindo de Carlos Pinto Coelho, por não terem ficha aberta no PCP. Como escritor, um prémio Nobel não faz de um escritor mediano um grande escritor. É natural que o aprecies.
Também há aqueles que consideram que Tomás de Aquino foi um grande teólogo e eu não o reconheço como tal. A isto se chama liberdade de expressão de pensamento. Presumo que tu penses que Tomás de Aquino foi uma grande sumidade porque imensos católicos o apreciam. E então,se o teu argumento falacioso fosse verdadeiro, eu também poderia dizer que ” só a mediocridade não apreciará um grande escritor reconhecido mundialmente”, referindo-me a Tomás de Aquino e incluindo-te nessa apreciação.
Também Egas Moniz recebeu o prémio Nobel da Medicina e hoje sabe-se que a sua proposta de tratamento, através da lobotomia, é altamente criticável nos meios académicos. Mas, claro, tu vais dizer que não se pode censurar Egas Moniz porque ele recebeu o prémio Nobel.
Quantos escritores existem que possuem gabarito bem superior ao de Saramago ? Um Torga, um António Lobo Antunes, por exemplo. Tu, claro, como adoras o José Rodrigues dos Santos, porque é o campeão das vendas, também é natural que aprecies o Saramago, pese embora a sua enorme falta de ética e de carácter quando, entre mais de vinte companheiros de profissão, saneou pidesca e reaccionariamente o grande jornalista Carlos Pinto Coelho.
Tu e o Saramago estão bem um para o outro.
Eu aprecio um Prémio Nobel da Literatura. Mas não sou só eu…Só a mediocridade não apreciará um grande escritor reconhecido mundialmente!P.S. A inveja é um “pecado” reconhecido por “Deus”.
foram fuzilamentos justos… da mesma forma que as execuções feitas pelo tribunal de Nuremberg
Xpto
Mas agora já tens a certeza que o Holocausto existiu ? Mudaste de ideias ? Deu-te algum ” ataque” de honestidade intelectual ? Não és o mesmo que já aqui andou a branquear o Holocausto e os ataques às torres gémeas de NY ? És bi-polar ou quê ?
Anónimo
e se eu “brankeei” os atakes contra os EUA.. qual problema… o governo dos EUA não faz o mesmo em relações aos atos terroristas dele???
Jairo
Se fosse da mesma forma que as execuçoes feitas pelo Tribunal de Nuremberga, os fuzilados teriam sido os teus amigalhaços Che e Fidel. Esses assassinos nojentos.
pode calunia-los… pode…. a tua igreja porca é ke merecia Nuremberg por ter colaborado com o nazismo
Abc
Colaborado em que aspecto?
Forneceu armas?
Tornou-se emissária do nazismo em cada país?
A Igreja era Nazi na sua ideologia?
O princípios do Nazismo passaram a fazer parte da doutrina, ou vive-versa?
Há um limite para a ignorância, mas acho que tu o desconheces.
Acho estúpido que a Igreja Católica não permitisse que saramago se expressasse. Se eles soubessem ler a Bíblia, saberiam que Deus dá lieberdade de escolha (neste caso de opinião) a todos nós; Mas enfim…
Atenção: Protestantes não quer dizer que sejam evangélicos.
Infelizmente, o Doutor da Igreja, aquele que sabe a distância que um anjo deve voar de outro para se fazer entender quando fala, não critica o horizonte limitado daquele que só tem um livro.
Da Wikipedia:
Homo unius libri (Latin, meaning “man of one book”) is a phrase that is generally attributed to Thomas Aquinas.[1] According to a literary tradition at least three centuries old,[2] Saint Thomas Aquinas is reputed to have employed the phrase “hominem unius libri timeo” (meaning “I fear the man of a single book”).
Aquinas’s phrase has been interpreted in various ways. The literary critic Clarence Brown described the phrase in his introduction to a novel by Yuri Olesha:”[Aquinas’s] words are generally quoted today in disparagement of the man whose mental horizons are limited to one book. Aquinas, however, meant that a man who has thoroughly mastered one good book can be dangerous as an opponent. The Greek poet Archilochus meant something like this when he said that the fox knows many things but the hedgehog knows one big thing.”[3]
Frases de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura:
«Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro.
O difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las.
Que diabo de Deus é esse que para enaltecer Abel despreza Caim?
No fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-las.
Para mim, a Bíblia é um livro. Importante, sem dúvida, mas um livro.
Deus, o diabo, o bom, o ruim, tudo está na nossa cabeça, não no céu ou no inferno, que também inventamos. Não percebemos que, tendo inventado Deus, imediatamente nos escravizamos a ele.
Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino?
Sim, tenho o Prêmio Nobel. E quê? Não que eu achava pouco ter o Prêmio Nobel, não, não. É que no fundo, no fundo, tudo é pouco, tudo é insignificante.
O mundo é tão bonito e eu tenho tanta pena de morrer.»
Pois… a Bíblia são logo 66 livros. Que contam a história de um povo… e que contam a nossa própria história pessoal. Da wiki: “a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos”. Abr
pá, pontos de exclamação a mais não te dão mais votos. E o ” D.A.” não é nenhuma estrebaria para estares sempre a vomitar sub-produtos intelectuais. Junta-te ao JRS, LGR, que vocês os dois amiguinhos à conversa fazem um lindo par de jarras.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
40 thoughts on “Citação do Dia”