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  • 19 de Setembro, 2011
  • Por Carlos Esperança
  • Catolicismo

Momento zen de segunda_19-09-2011

João César das Neves (JCN) é um dos raros exemplares de crentes que acreditam na sua Igreja e que julgam que é a única verdadeira e santa.

Na sua beata devoção, JCN vê apenas pequenos delitos, frutos da época, nas atrocidades cometidas ao longo da história do catolicismo romano. Para ele, os crimes violentos não passam de «erros, abusos, conflitos, violências e injustiças».

Omite deliberadamente a evangelização e o extermínio dos índios na América do Sul do mesmo modo que esquece o carácter anti-semita do Novo Testamento e os  pogroms, a que não faltaram as bênçãos e a participação activa do clero católico ou os desvarios da contra-reforma. Muito menos lhe ocorre a cumplicidade com Franco, Hitler, Mussolini, Jozef Tiso, Pinochet, Videla, Salazar e outros monstros amigos do papa e da hóstia.  

Queixa-se o bem-aventurado beato do exagero com que os próprios católicos execram «a Inquisição, as Cruzadas, o poder temporal do Papado e, agora, a pedofilia» – únicos erros ou abusos que reconhece –, mas cuja crítica considera «descabida e injusta».

A sua homilia de hoje, no DN, «A santa vergonha» é mais uma reprimenda aos que não se conformam com as barbaridades da sua santa Igreja do que às atrocidades de XX séculos. JCN não é capaz de aceitar a responsabilidade de numerosos papas e da Igreja na espoliação dos países pobres, na escravatura e no atraso dos povos que oprimiram.

JCN admite que «muitos católicos se envergonham hoje da gloriosa história da sua fé» mas atribui o facto, não aos desmandos do clero mas aos ataques de que a Igreja tem sido alvo. A inocente !!!!

11 thoughts on “Momento zen de segunda_19-09-2011”
  • Stéphanos

    o assassinato de 100000 católicos polacos (inclusive padres) pelo UPA em Volynia foi um erro, JCN!!! Os ucranianos do UPA não sabiam que tavam fazendo! Coitados!

  • Stéphanos

    Pinochet e Videla mataram padres progressistas…. ah mas foi um erro… isso foi um detalhe, JCN

  • Stéphanos

    os massacres de católicos filipinos por parte dos EUA e Japão foram pequenos, crimes, JCN!

  • Anónimo

    Ao ler o artigo do JCN, fico com a impressão que a Igreja – e neste caso, falamos da Santa Madre Igreja, como alguns católicos a denominam – é afinal mais uma instituição entre tantas. Não tem nada de especial e é comparável com uma actividade como a medicina ou uma nação como a Alemanha. Estarei a ver mal a coisa?

    Será que afinal, a Santa Madre Igreja que tem a pretensão de nos guiar a todos pelos caminhos da virtude e da salvação, é tão falível e faz tantas asneiras como qualquer outra associação ou aglomeração humana?

    • Anónimo

      Tem uma coisa a seu favor: a crise não lhe toca, nem ao de leve.
      Por que será?

  • ÍCARO CRISTÃO

    Este post do sr. Esperança é a prova provada de que não é o ateísmo que o move mas um ódio expresso e perseguidor da Igreja de Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana. Quem, como o sr. Esperança vê na evangelização (espalhar a boa nova de que Cristo Ressuscitou) e que diz que o Novo Testamento é anti-semita (eram semitas os que o escreveram, porra!!!), bate no fundo de um poço sem fundo e afunda o pouco que resta da sua cabeça num vazio tão triste como esse ódio que lhe corre nas veias.

    Sr. Carlos Esperança, você é, pelo que escreve, um moralista, um escrupuloso e um “beato” do ódio à Igreja.

    • Anónimo

      Este Ícaro cada vez se parece mais com um gajo que nós conhecemos. Adiante.
      1 – já toda a gente sabe que “cristo” ressuscitou. Para quê insistir? Porque uma mentira muitas vezes repetida se torna verdade?
      2 – o “post” não tem nada a ver com a ICAR, tem a ver com o beato JCN. Portanto, desonestidade intelectual, caro Ícaro.
      3 – gostei muito da imagem de bater no fundo de um poço sem fundo. É gira, pá!
      4- Por que será que me faz lembrar um gajo que eu conheço?

  • ÍCARO CRISTÃO

    Olá Grilo, já estás a ficar como o nosso Hamonbaal ZZZ? Vê-lo (antonio fernandes) em todo o lado?
    Por partes,
    1- Precisamente… porque é Verdade. Porque a experimento na minha vida. Porque é o centro da minha Fé.
    2- O post tem tudo a ver com a Igreja Católica Apostólica Romana. Tudo. Se o JCN estivesse a falar de batatas não estaríamos aqui os dois a falar.
    3- Tb gosto que gostes. Foi fixe, pá
    4- Hamonbaal ZZZ?

  • Jr

    Este topico tem afirmações apalermadas.

    JCN vê apenas pequenos delitos, frutos da época, nas atrocidades cometidas ao longo da história do catolicismo romano. Para ele, os crimes violentos não passam de «erros, abusos, conflitos, violências e injustiças».

    Efectivamente, os comportamentos, sejam de crentes sejam de ateus, têm que ser indexados à realidade historica em que se enquadram.
    A inquisição ligada ao catolicismo tem que ser vista no seu contexto, tal como a guilhotinha laicista dos republicanos franceses tem que ser indexada a esse tempo.
    Doutra forma é palermice.

    Classificar estes acontecimentos como “erros” é um dos papeis da História, mas julga-los segundo a actualidade é uma forma de imbecilidade primária.
    Uma execução na guilhotina não foi um crime, tal como uma execução na fogueira não o foi. Os dois estavam sob cobertura legal.
    Hoje não podemos julgar isso como um crime (e julgar é aplicar “jus”), mas sim tirar daí uma lição numa visão valorativa (do certo ou do errado).
    Esta visão valorativa evolui. O que ontem era certo hoje poderá ser errado, mas nada impede que volte a ser certo amanhã).

    Algumas realidades tidas como boas na Idade Media já foram consideradas execráveis, mas hoje aplicam-se pacificamente. Ex.: as portagens na entrada das cidades, pontes, etc.

    • Maria

      A inquisição ligada ao catolicismo tem que ser vista no seu contexto, tal como a guilhotinha laicista dos republicanos franceses tem que ser indexada a esse tempo.Doutra forma é palermice.” Palermice parece-me ser comparar instrumentos laicistas ligados à falibilidade humana com aqueles utilizados por uma instituição que recebe os seus ensinamentos e orientações diretamente de um ser infalível, ou seja, deus, através da bíblia.

  • Maria

    “A inquisição ligada ao catolicismo tem que ser vista no seu contexto, tal como a guilhotinha laicista dos republicanos franceses tem que ser indexada a esse tempo.Doutra forma é palermice.” Palermice parece-me ser comparar instrumentos laicistas ligados à falibilidade humana com aqueles utilizados por uma instituição que recebe os seus ensinamentos e orientações diretamente de um ser infalível, ou seja, deus, através da bíblia.

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