Olá a todos, volto a propor um exercício aos ateus. Falar do Ateísmo sem dizer mal de nada (sem sequer falar de forma neutral de qualquer credo ou crença) e só dizer bem, bem das vossas ideias, propostas, etc. Ah, e sem mencionar a palavra Deus, que julgo que está demasiado presente nestas vossas tertúlias. Pode ser?
ps1: não me respondam com insultos, quem o fizer é porque pura e simplesmente não consegue… boa?
ps2: repito o desafio porque não houve um que tenha conseguido… esbarram sempre no insulto, que diz mais de quem o diz do que do visado.
O único motivo pelo qual todos nós gostamos de ser consideramos “animais racionais” é o facto de podermos usar a razão, a inteligência. Foi a razão, a inteligência e a ciência que nos trouxeram até aqui, que nos permitem estar aqui tranquilamente a teclar. A razão, a inteligência e a ciência não são infalíveis, são bem falíveis como todos os homens, mas evoluem, corrigem-se, melhoram. É o que nós, enquanto espécie, temos de melhor: a capacidade de melhorar, de pensar, de avançar, cada vez mais. O Ateísmo é só uma consequência natural da razão.
Finalmente uma tentativa. E digo-te que é uma boa tentativa. Respondendo exactamente ao que tinha pedido. Não vejo aliás uma frase (apenas a ausência de outras) que choque com a Fé Cristã (a única que conheço) ou qualquer outra Fé. É nessa medida que gosto de me considerar (passe a ironia) um ateu com Fé.Faço, no entanto, algumas advertências. Falas da razão, sem dúvida uma questão importante… que dizer de um deficiente, ou, para ir mais longe, um deficiente profundo? Perde a sua condição de Ser Humano? E um homem que, quando envelhece, fica senil? Outra coisa, somos “apenas” seres racionais, ou temos mais qualquer coisa? Emoções, sentimentos, etc…
ps: de qualquer maneira ficam os meus parabéns sinceros e fica tb a esperança que um dia os Ateus e os Crentes possam debater sem com isso andarem a agredir-se mutuamente.Ícaro Cristão,Um Ateu com Fé
Podes explicar o que é um ateu com fé? Será o mesmo que uma comunista que não é marxista, ou um faminto que não tem fome, e por aí adiante… ou é um conceito novo, um esoterismo criado por ti.
Não. É muito simples. No fundo estou, de forma irónica, a dizer que olhar para o mundo e concluir que, por nunca o ter visto, Deus não existir… é simples. Quantas vezes também já pensei assim, céptico, sem esperança, e que a vida acaba numa espécie de vácuo. Muitas vezes penso com um Ateu. Mas… tenho Fé, Dom Teologal, que apenas provém de Deus e que me tira do desespero e me mostra a Luz (e não o tal vácuo).
Anónimo
Entendo o teu argumento na medida em que Deus não passa de um placebo para ajudar a suportar as agruras da vida. E se as pessoas necessitam desse placebo para viverem mais “aconchegadas” pois muito bem que seja; cada um tenta encontrar dentro de si as forças necessárias para suportar o peso da existência, e muitos milhões de pessoas precisam de uma ajuda invisível, mesmo que não existente.
Xtremis
Caro Ícaro,
“Não vejo aliás uma frase (apenas a ausência de outras) que choque com a Fé Cristã (a única que conheço) ou qualquer outra Fé.”
Creio que, como em tantas situações da vida e da história, tudo se resume a uma questão de definição. A fé, por definição, é a aceitação de algo, é o “acreditar”. Se quisermos complementar a definição, poderemos dizer que é a aceitação de algo sem provas. Talvez o que o Ícaro queira dizer seja a “Moral Cristã” ou a “Doutrina Cristã” (que são coisas diferentes). Mas só o Ícaro poderá esclarecer exactamente o que quer dizer com “fé cristã”.
“que dizer de um deficiente, ou, para ir mais longe, um deficiente profundo? Perde a sua condição de Ser Humano? E um homem que, quando envelhece, fica senil? ”
O que nos define como “seres humanos” não é apenas, obviamente, o uso da razão e da inteligência, assim como não é o facto de termos 5 dedos em cada membro ou 2 olhos e uma boca. A inteligência e a razão e o pensamento abstrato são, isso sim, as principais características que nos distingue da esmagadora maioria dos restantes animais.
E os seus exemplos não perdem a condição de ser humano porque a razão e a inteligência são apenas uma das componentes do que é, efectivamente, ser-se humano. Mas se a deficiência for a nível cognitivo, e no caso das doencias mentais, com certeza que a pessoa perde as suas faculdades “racionais” e deixa de estar apta a realizar determinadas tarefas, até as mais básicas, elementares para a sua sobrevivência.
Dou um exemplo muito simples: aceitaria ser operado por um cirurgião senil? Ou com uma deficiência mental profunda? Como seres vivos que somos, envelhecemos, perdemos algumas capacidades, físicas e intelectuais ou, no caso das deficiências, devido a determinadas circunstâncias, nascemos ou desenvolvemos as ditas “deficiências”. Assim como acontece com qualquer animal. Um cão de caça não deixa de ser cão por partir uma perna, mas certamente que deixará de caçar com a mesma eficácia…
“Outra coisa, somos “apenas” seres racionais, ou temos mais qualquer coisa? Emoções, sentimentos, etc…”
Não somos “apenas” seres racionais, temos também naturalmente todas essas componentes. Mas o que nos distingue particularmente dos restantes seres vivos é justamente a nossa racionalidade. Não somos particularmente grandes, fortes,rápidos, ágeis ou agressivos. Somos, isso sim, extraordinariamente inventivos e devido à nossa inteligência, conseguimos espalhar-nos pelo mundo, realizar feitos impensáveis para outras espécies e, de uma forma geral, dominar o ambiente que nos rodeia de uma forma devastadora (em todos os sentidos).
A questão será, talvez, o facto de se reduzir o “racional” a um “apenas”. Se não fosse a razão, a observação, a elaboração e teste de teorias, nunca teriamos dominado uma coisa tão simples como a caça e a agricultura, para já não falar de tudo o que vem depois dessas importantes conquistas.
Olhe à sua volta. Olhe para o seu computador. Para a sua casa, a sua cidade, o seu emprego, o seu carro, tudo o que possui, tudo o que pode ver pela sua janela e em sua casa. Pense no número de coisas que simplesmente não existiram sem que, no passado, alguém tivesse usado a razão, a inteligência, e também as emoções e sentimentos de que fala. Sem qualquer desprimor para com todas as coisas que a natureza nos dá, o homem não seria a espécie dominante no planeta e não sobreveviria da maneira que sobrevive sem a razão e a inteligência. Pode-se argumentar que a evolução e o progresso têm coisas menos boas. De acordo. Mas um carro existe devido à razão e à inteligência, porque alguém testou, experimentou, errou, corrigiu. Se o carro é usado para atropelar intencionalmente pessoas ou levar os miúdos à escola, já é uma questão diferente.
A palavra Fé vem de Confiança (cofides, do
latim se não estou em erro). Quando temos Fé, simplesmente confiamos, damos crédito,
acreditamos em algo que nos é dito. Tenho Fé que haja neve no cume do
Kilimanjaro porque mo disseram e porque dou credibilidade em relação ao que me
contam, mesmo sem ter visto. No que toca à Fé Cristã é na Mensagem de Cristo
que se Confia. Portanto, esclareço que Fé Cristã é acreditar que Deus se fez
homem, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou. Fé Cristã é Confiar na
Revelação que Deus faz acerca do Homem, primeiro com os Profetas, depois com
Jesus. Só daí brota a Doutrina, um olhar inspirado e crítico sobre o que
aconteceu em Cristo.
Não é só a
inteligência que nos distingue dos animais… é muito mais. Apenas lhe falo do
homem senil e do deficiente porque pôs na sua resposta (ao desafio) uma Fé
considerável na evolução da razão humana. E se a sua Fé está assente na Razão
então era para lhe demonstrar apenas uma das várias fragilidades da sua Fé, ou
seja, daquilo em que acredita. O que comprova igualmente que não pode ser a Razão
(isolada de tudo o resto) a melhor explicação do Universo, do Mundo que nos
rodeia, da nossa Circunstância. Quanto ao médico senil, aí o Xtremis coloca bem
a questão, ou seja, desvaloriza a capacidade racional para uma, entre outras,
variáveis da circunstância do Ser Humano.
O facto de sermos
“extraordinariamente inventivos e devido à nossa inteligência, conseguimos
espalhar-nos pelo mundo, realizar feitos impensáveis para outras espécies e, de
uma forma geral, dominar o ambiente que nos rodeia de uma forma devastadora (em
todos os sentidos)” demonstra exactamente que somos especiais (de forma
positiva ou negativa). A Igreja ensina isso mesmo.
No seu último parágrafo volta a falar de quão
especial o Homem é e dos seus feitos. Pois bem, a Fé Cristã diz exactamente
isso. Aliás, até vai mais longe, proclama que Deus… se fez Homem.
Abr
Anónimo
Cuidado…
Estás a ficar mais marado que o toninho aka BBB, aka Ze2, aka Impernimpotente, aka mais-uma-série-de-nicks. Pelos vistos, a demência “apega-se”.
E olha que isto não é um insulto, é uma constatação.
O boato até poderia ser grande, se Deus não existisse, mas
não é com panfletarismos agressivos que a taxa dos crentes diminuirá, bem pelo
contrário .Os proselitismos acabam sempre por redundar nos efeitos contrários
ao pretendido .Um David Hume ou um Bertrand Russel, um Carl Sagal, terão
certamente suscitado relevantes questões dubitativas sobre a existência de
Deus. Mas Richard Dawkins e seus muchachos são um desastre completo. Sempre que
eles se põem a arengar as suas fórmulas gastas, mais pessoas se afirmarão como
crentes. Dawkins faz- me lembrar um Osama Bin Laden ateísta incorrigível, mas as pessoas não são parvas e gostam muito pouco
de putativos tiranetes.
Depois, a questão fundamental, hoje, não consiste tanto em saber se Deus existe
ou não, se os indivíduos são crentes ou não.
Mas, sim, em investigar se o conceito de Deus provém etologicamente do próprio
processo evolutivo como conceptualização necessária à sobrevivência da espécie
humana.
Há quem defenda que o sentimento de religiosidade é natural e outros que não.
São ambas teses respeitáveis, embora o fenómeno religioso esteja difundido à
escala universal para poder ser aceite como mero subproduto da Evolução.
Esta é a questão essencial que seria interessante debater, mas, aqui, no ”
D.A.”, o nível panfletário é tão baixo e primário que os resultados desta
deriva só podem mesmo conduzir ao reforço da crença em Deus.
Mas não haverá nenhum mérito nessa abordagem agressiva, e tantas vezes
ofensiva, de alguns dos novos ateístas?
Certamente que sim. Há muito para rever na esfera do domínio religioso e
imensas críticas a tecer a tantos comportamentos reprováveis, que não
representam condignamente um conceito generoso de Deus.
Indivíduos como o trauliteiro templário, que vai esporadicamente debitando,
neste blogue, os seus habituais disparates, e a sua total ausência de
sensibilidade cristã, não terão lugar numa prática religiosa sã e desprovida de
tentações teológicas totalitárias.
Por isso, nessa medida, o Novo Ateísmo poderá despertar consciências, para uma
revisão de comportamentos indignos, na esfera do poder religioso.
A espiritualidade é algo bem diferente. Reside no coração de homens como
Francisco de Assis ou mulheres como Madre Teresa de Calcutá, que deram aos
outros o melhor da sua compaixão.
Quanto aos torquemadas pidescos e reaccionários, que ainda circulem por aí, o
lugar deles será apenas o de lixo da História.
“São ambas teses respeitáveis, embora o fenómeno religioso esteja
difundido à escala universal para poder ser aceite como mero subproduto
da Evolução.”
Não é justamente o facto de estar difundido à escala universal que torna o fenómeno religioso um “subproduto da Evolução”?
“São ambas teses respeitáveis, embora o fenómeno religioso esteja
difundido à escala universal para poder ser aceite como mero subproduto
da Evolução.”
Não é justamente o facto de estar difundido à escala universal que torna o fenómeno religioso um “subproduto da Evolução”?
Estás ao teu nível, Kavkaz. Não dás mesmo mais, deve ser um problema congénito de ordem neuronal insuperável.E fazes-me lembrar o trauliteiro templário,embora de sentido contrário, mas, no fundo, iguaizinhos no mesmo primarismo intelectual.
Eu ainda estou a aguardar que o Zemano saia da toca a tentar cumprir a ameaça que aqui publicamente me dirigiu, com a tua silenciosa complacência.Mas o indivíduo tem tanto de garganta funda como de cobardolas.
Tu é que não enganas ninguém e és muito bom a distorcer a verdade. Quando o cobardolas do Zemano aqui vomitou a sua reles e publica ameaça, tu calaste a tua boquinha. Nada que me espante.Estás ao teu nível.
Kavkaz
Tu ainda és muito criançola!
BBB
E muito perdido…
Anónimo
Não, é exactamente o contrário. Se fosse subproduto da Evolução, teria sido natural que o fenómeno religioso fosse meramente residual.
Tu, ao menos, poderias usar os teus neurónios para teres noção do constante e grotesco ridículo em que constantemente aqui incorres com as tuas ” singelas” tiradas.
Mas, se te dá gozo seres o João C dos ateus, força camarada.
Não tens mesmo noção do ridículo que andas por aqui a fazer ? Só sabes debitar banalidades e frases curtas com muitos pontos de exclamação ?
Andas desvairado com quê ? Apareces aqui sempre a dizer a mesma fórmula que já enjoa, de que Deus não existe e não sei que mais.
Pareces um alucinado que aparece logo aos gritos sempre que alguém manifesta a sua crença. Que se passa homem ? Já viste o caricato de andares constantemente a apregoar que Deus não existe ? Quem é que pode provar que Deus existe ? Ninguém, é uma crença logicamente deduzida por muitos que não se revêem na tese disparatada do Cego Acaso, estilo Einstein e outros que tais, estás a ver ?
Como é que podes afirmar que Deus não existe ? Com base em que critério e em que lógica ? Dominas todo o processo do Conhecimento para poderes afirmar que, na origem da vida, não está Deus ? O ateísmo é uma mera descrença na existência de Deus, não é algo filosoficamente compatível com a demonstração da sua inexistência.
Tanto espalhafato para quê ? Tantos nomes feios chamados aos crentes, que constantemente proferes, para quê ? Para mostrares a tua ” superioridade intelectual”, é isso ?
Em que mundo vives ? Tens, ao menos, a noção de que assim o Novo Ateísmo não vai a lado nenhum, a não ser ao completo descrédito ?
Quem vier aqui ao ” D.A.” e ler as tuas intervenções, foge horrorizado do Ateísmo. Por cada vez que intervéns, multiplicam-se os crentes, ainda não entendeste isto, que é tão elementar ?
Houve aqui gente com nível. Por vezes o debate ficava mais aceso, mas reconheço que Jovem 1983,JMC, João Vasco Gama e papapaulo são pessoas com estilo muito acima da tua caricata boçalidade.
Ainda não percebeste que andas por aqui a fazer um triste papel ?
O de João C dos ateus ?
Kavkaz
Foi isso que o teu “Deus” inexistente te disse?
stefano gta
Uma pergunta aos crentes… por que o Vaticano fala diabos de Stalin,.,,, mas não de Pavelic ?
“Os “trauliteiros de “Deus” quando é que viram ou falaram com esse que não existe?Contem-nos lá essa experiência inexistente!”
– Como se vê, nem um só crente no “Deus” inexistente consegue relatar-nos qualquer encontro ou conversa com o seu falso “Deus”. A razão é simples: o “Deus” dos crentes é inventado pelos próprios e não existe!
Na Rússia, um Tribunal está a
julgar o caso duma mulher de 51 anos que, por convicções religiosas, não
permitiu a intervenção médica no seu próprio filho de 11 anos depois de um
acidente de viação em que sofreu graves lesões.
A mulher faz parte da
organização fanática “Testemunhas de Jeová” e não permitiu que os médicos
fizessem uma transfusão de sangue ao filho dela e que lhe poderia salvar a vida.
Ela acreditava que “Jeová” lhe salvaria o filho.
Os médicos apresentaram uma
queixa em Tribunal e este decidiu a favor das pretensões dos médicos, autorizou
o tratamento da criança sem a autorização da própria mãe.
No entanto, o tempo perdido
não foi a favor da criança e esta acabou por morrer, vítima dos traumas e
ferimentos sofridos no acidente.
Nesta altura a Polícia conduz
uma busca operativa no sentido de recolher informação sobre os líderes e outros
participantes desta organização religiosa e saber quais as atividades contra a
lei que possam ter cometido.
Até à decisão do Tribunal a
mulher não poderá deslocar-se para fora da sua localidade.
There was a knock on the door this past Sunday morning. I opened it to find a young, well-dressed man standing there who said: “Hello sir, I’m a Jehovah’s Witness.” So I said, “Come in and sit down.” I offered him a fresh cup of coffee and asked: “What do you want to talk about?” He said, “Beats me, I’ve never gotten this far before!”
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
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