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E estás a consegui-la, caro Ratzinger!

Concordo com Ratz que uma Europa sem medo de «Deus» é uma coisa boa. O medo do castigo sobrenatural, da opinião do sacerdote, da liberdade de pensar pela própria cabeça, é péssimo.

13 thoughts on “E estás a consegui-la, caro Ratzinger!”
  • Anónimo

    A ideia arquetípica de Deus pode ter sido determinada, segundo alguns geneticistas e etólogos,pelo próprio processo evolutivo, conforme desenvolvi no comentário do texto anterior. Um dos que sustenta essa tese foi o conhecido psicólogo Carl Jung e outro, mais recente, Dean Hamer, geneticista e director do Instituto Americano do Cancro.

    Normalmente,os evolucionistas baseiam todos os comportamentos humanos, incluindo os estéticos e os culturais, no determinismo da Evolução, como, por exemplo, Steven Pinker, especialista em ciências cognitivas,sustentando que o nosso gosto estético foi configurado pela senda evolutiva, com a função primária de nos atrair para ambientes e parceiros sexuais desejáveis. Gostamos instintivamente da harmonia. Artistas que fazem uma arte chocante e reclamam da “incompreensão do público” estão enganados. Eles é que não compreenderam o funcionamento da mente humana.

    Ora, se apelo humano pela espiritualidade e pela religiosidade é uma constante desde os mais primevos tempos, porque não haveria essa dimensão específica do comportamento humano ser também determinada, segundo a lógica evolucionista, pela própria Evolução ?

    Alguns sustentam que a religião é um sub-produto do processo evolutivo, mas o contra-argumento é manifestamente insuficiente e inoperativo. Ainda não vi ninguém explicar detalhadamente porque substantiva razão haveria a crença num Ser Superior constituir um mero sub-produto da pressão evolucionista, quando a verdade é que a crença em Deus ocorre sistematicamente há muitos milhares de anos e é inegavelmente o maior arquétipo humano.A ideia-força de Deus, enquanto conceito arquetípico, subsiste independentemente da sua concreta concretização, dado que o arquétipo, por definição, não depende do preenchimento detalhado da sua idealização. Assim sendo, nada obsta que possa haver distintas concepções sobre a natureza de Deus, desde as diversificadas formas teístas de abordar a religiosidade, até à visão não antropomorfizada dos deístas ou à intuitiva dos místicos.

    Também concordo que um mundo sem medo de Deus é uma coisa boa, se o conceito de Deus puder emergir fora de uma mesquinha e intolerante antropomorfização Há muito caminho para percorrer no campo da espiritualidade ? Sem dúvida. Em nome de Deus já também se praticaram os maiores horrores. Mas isso significa que a ideia de Deus não possa ser evocada de uma forma conceptualmente mais aprimorada e benévola ?Seja como for que se responda a esta questão, a verdade é que os evolucionistas mais ortodoxos e ateístas não conseguem explicar porque razão não haveria o comportamento espiritual ou religioso ter sido e continuar a ser determinado por motivações genéticas de pendor etológico…

  • Anónimo

    A ideia arquetípica de Deus pode ter sido determinada, segundo alguns geneticistas e etólogos,pelo próprio processo evolutivo, conforme desenvolvi no comentário do texto anterior. Um dos que sustenta essa tese foi o conhecido psicólogo Carl Jung e outro, mais recente, Dean Hamer, geneticista e director do Instituto Americano do Cancro.

    Normalmente,os evolucionistas baseiam todos os comportamentos humanos, incluindo os estéticos e os culturais, no determinismo da Evolução, como, por exemplo, Steven Pinker, especialista em ciências cognitivas,sustentando que o nosso gosto estético foi configurado pela senda evolutiva, com a função primária de nos atrair para ambientes e parceiros sexuais desejáveis. Gostamos instintivamente da harmonia. Artistas que fazem uma arte chocante e reclamam da “incompreensão do público” estão enganados. Eles é que não compreenderam o funcionamento da mente humana.

    Ora, se apelo humano pela espiritualidade e pela religiosidade é uma constante desde os mais primevos tempos, porque não haveria essa dimensão específica do comportamento humano ser também determinada, segundo a lógica evolucionista, pela própria Evolução ?

    Alguns sustentam que a religião é um sub-produto do processo evolutivo, mas o contra-argumento é manifestamente insuficiente e inoperativo. Ainda não vi ninguém explicar detalhadamente porque substantiva razão haveria a crença num Ser Superior constituir um mero sub-produto da pressão evolucionista, quando a verdade é que a crença em Deus ocorre sistematicamente há muitos milhares de anos e é inegavelmente o maior arquétipo humano.A ideia-força de Deus, enquanto conceito arquetípico, subsiste independentemente da sua concreta concretização, dado que o arquétipo, por definição, não depende do preenchimento detalhado da sua idealização. Assim sendo, nada obsta que possa haver distintas concepções sobre a natureza de Deus, desde as diversificadas formas teístas de abordar a religiosidade, até à visão não antropomorfizada dos deístas ou à intuitiva dos místicos.

    Também concordo que um mundo sem medo de Deus é uma coisa boa, se o conceito de Deus puder emergir fora de uma mesquinha e intolerante antropomorfização Há muito caminho para percorrer no campo da espiritualidade ? Sem dúvida. Em nome de Deus já também se praticaram os maiores horrores. Mas isso significa que a ideia de Deus não possa ser evocada de uma forma conceptualmente mais aprimorada e benévola ?Seja como for que se responda a esta questão, a verdade é que os evolucionistas mais ortodoxos e ateístas não conseguem explicar porque razão não haveria o comportamento espiritual ou religioso ter sido e continuar a ser determinado por motivações genéticas de pendor etológico…

    • KKKKKKKKKKK

      Admitamos que seja determinada pela evolução humana.  

      Mas então como explicas os ateus ?   

      São doentes ?

      E como explicas que nas sociedades ocidentais o seu número esteja  a aumentar e não a reduzir ?   E como explicas que, pelo contrário o número de religiosos esteja a reduzir ?  Então e a evolução ?

      • Anónimo

        Como explicas os suicidas se a pulsão evolutiva aponta exactamente no sentido da sobrevivência e da propagação da espécie humana ?

        Qual é o sentido da Evolução ? A da sobrevivência ou a da autoaniquilação ?

        Qual é a lógica normal e predominante da vida ? Não é a saúde ? Ou é a doença ?
        Qual é o padrão sexual predominante ? Não é o da heterossexualidade ?

        Quer isso dizer que o suicídio, a doença e a homossexualidade também não fazem parte dos diversos fenómenos humanos ?

        Quer dizer apenas que são residuais. A norma predominante tem a ver com os paradigmas dominantes.É assim, não vale a pena ficares chateado.

        Quanto aos ateus, constato a sua existência, mas a larguíssima predominância de seres humanos é a de crentes em Deus,não de ateus.
        Podes continuar a ficar chateado, mas é assim mesmo.

        “E como explicas que nas sociedades ocidentais o seu número esteja  a
        aumentar e não a reduzir ?   E como explicas que, pelo contrário o
        número de religiosos esteja a reduzir ?  Então e a evolução ? ”

        Quem fez essa afirmação foste tu e agora fizeste-me lembrar Goebbels, o qual costumava dizer que uma mentira repetida muitas vezes acabaria por ser tornar verdade.

        Mas também não é assim e, se a tua afirmação fosse verdadeira, que não é, o ónus da demonstração é teu e,sobre essa fundamentação, nada comprovaste de cientificamente validado.

        Esperemos, entretanto, serenamente pelo resultado do Census 2011, tem calma, não te enerves.

        A tua afirmação panfletária não significa que sejas nazi, mas,que te colocaste ao nível do Goebbels, é verdade.

        Limitaste-te a papaguear cassete já gasta. É pouco, muito pouco, como argumentação intelectualmente séria. Para propagandista e panfletário, aí, nessa matéria, tens indiscutível jeito e propensão.

        Mas não te gabo o gosto, bem pelo contrário…

        • KKKKKKKKKKKKKKKK

          Gostei do teu chorrilho de insultos à laia de resposta, ou melhor, como forma de fugires à resposta.

          Entretanto a minha questão mantém-se.  Os crentes ainda podem ser a maioria, mas número de ateus está a aumentar.   Enquanto em termos históricos o ateísmo não passava de uma irrelevância numérica, com menos de um por cento de ateus, pela primeira vez na história, são normais percentagens de ateus de 5%, 10%, assistindo-se em certos países a percentagens de 20%, 30%, 40% ou até mais de 50%.  É o caso da França, China, da Noruega, da Rússia, etc. Isto nunca se tinha visto, logo quaqluer pessoa honesta reconhece que o ateísmo está a aumentar.  A este ritmo, daqui a uns séculos serão a maioria da população mundial.

          Agradeço portanto que deixes de brincar ao Dr. Goebbels, te deixes de histerias panfletárias e respondas à minha questão.

      • AST

        “Mas então como explicas os ateus ?   São doentes ?”

        Mais ou menos: é um distúrbio de personalidade, uma conduta desviante.

        Importa aferir da sua génese, pois aí pode estar uma doença ou não. 

        • KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

          Portanto, para ti, uns 20 milhões de franceses, uns 600 milhões de chineses, são “desviantes”.

          Vocês comportam-se como uns animais e depois vêm bramar que querem ser respeitados.

  • Anónimo

    nao temo esse deus imaginario… temo a humanidade

  • Dioglo Draccena

    E eu concordo com você Ricardo Alves.

  • Anónimo

    1) Dois elementos adicionais aos meus dois anteriores comentários: a Albânia, no tempo de Enver Hoxha, foi institucionalizada como país oficialmente ateu, tendo sido então suprimida toda a prática religiosa.

    Hoje, com referência ao ano de 2010, a população albanesa regista, após tantos anos de sucessiva doutrinação ateísta, as seguintes taxas de crença e descrença:

    a) Muçulmanos: 61,9%;

    b) Cristãos: 31,6%

    c) Ateus: 0,5%

    http://www.thearda.com/internationalData/countries/Country_3_2.asp

    2) Durkheim e outros estudiosos do suicídio concluiram que a religião é fortemente desincentivadora do seu cometimento ( Durkheim E. Suicide: A Study in Sociology. New York: Free Press, 1966; Gartner, J.; Larson, D.B.; Allen, G. Religious commitment and mental
    health: a review of the empirical literature. Journal of Psychology and
    Theology 19: 6-25, 1991)

    A título meramente exemplificativo, Portugal, Grécia e Albânia, no contexto europeu, e Brasil, no continente sul-americano, apresentam baixas taxas de suicídio.

    Todos eles registam elevados níveis de religiosidade.

    • Kavkaz

      Querem ver que “Deus” passou a existir na Albânia só porque o regime político mudou e chama-se Allá?

    • KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

      Gostei do teu sectarismo panfletário goebbeliano.

      Porque que é que não analisas os casos de subida do ateísmo, como o francês ou o chinês, respectivamente com mais de 30% e 50% de ateus ?

      Não convém ?  Ia-te estragar o panfleto promocional ?

      • KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

        França e China, hà 100 anos não teriam mais de 0.1% de ateus, hoje têm entre 30% e 59% de ateus, mas para o senhor hipócrita o ateísmo não está a subir.  Porque só lhe apetece ver os  países com menos de 0.1%.  Só porque ele quer.

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