O ódio do papa Estêvão VI a Formoso, seu antecessor, era tão “obsessivo e incompreensível” que o levou a ordenar que, nove meses depois de ter morrido, o cadáver fosse desenterrado para ser castigado. Os pajens cobriram-lhe o corpo com as vestes e riquezas pontifícias e sentaram-no no trono para que o seu pontificado fosse anulado. “Toda esta macabra cerimónia”, “teve a aparência de um julgamento: um tribunal foi acusando o cadáver e um diácono junto do mesmo foi respondendo em seu nome.” Depois foram-lhe cortados os três dedos da bênção e o seu corpo atirado ao rio Tibre.
“Desmedidamente nepotista, elevou a cardeais quatro dos sobrinhos, casou outros com membros das famílias principescas e repartiu entre eles abundantes bens e postos relevantes.” Noutras circunstâncias, a descrição do papa que autorizou a Inquisição poderia parecer a de um homem bondoso. Mas não. Por inveja a todos os que o rodeavam, a missão do italiano Sisto IV foi “assegurar um futuro brilhante a uma família sem perspectivas previsíveis”.
Alexandre VI é um dos papas mais pecadores da história. A sua Bula Alexandrina partilhou a América entre Portugal e Espanha. Entretanto, teve pelo menos nove filhos e conseguiu o papado graças às “atractivas e generosíssimas promessas feitas a quem votasse nele”. Para ganhar dinheiro tanto vendeu cargos na Cúria como esfolou judeus abastados. Fez dos seus 11 anos de pontificado tempos de fausto e excessos no Vaticano, onde eram organizados banquetes, festejos e orgias.
As más línguas dizem que o papa Paulo II morreu enquanto era sodomizado por um pajem, mas são rumores não confirmados. Amante apaixonado do luxo, a primeira coisa que fez quando foi ordenado Papa foi transformar a simples mitra papal numa tiara de ouro e pedras preciosas que instituísse o poder dos descendentes directos de S. Pedro. Para manter a ordem numa cidade que vivia inquieta, reinstituiu o sistema de pão e circo do Império Romano – assistindo aos desfiles populares de uma das janelas do seu palácio enquanto atirava comida e moedas à multidão.
Inocêncio VIII Foi o primeiro papa a apresentar ostensivamente os seus filhos ao povo cristão e inspirou Alexandre VI a ideia de vender os cargos da Cúria. Para se integrar na família Medici – a mais poderosa e prestigiada da época – casou um dos filhos com Catarina, uma das descendentes dos Medici. Em troca elevou a cardeal João Medici com apenas 12 anos (o futuro Papa Leão X, que inspirou as 95 teses de Lutero). No seu leito de morte Inocêncio autorizou que retirassem sangue a três crianças para transfusões. Nem ele nem os rapazes sobreviveram à façanha.
Bonifácio VIII é um dos Papas mais famosos da história. O rol de acusações que lhe foram feitas ultrapassa o de qualquer outro papa: amante da sodomia e violador de freiras, dizem que matou o seu predecessor, Celestino V, para subir ao trono papal. Tinha um apetite insaciável pelo poder. O desejo de engolir Roma para ser deus na Terra cegou-o. “Tentou impor na sociedade do seu tempo um projecto teológico anacrónico, sem se aperceber de que os tempos tinham mudado tanto que já se tornava impossível pôr em prática a sua aspiração de domínio universal”.
A FOTO É CONHECIDA E REVELA O ATRASO CIVILIZACIONAL NÃO SÓ DOS CRENTES COMO DA RELIGIÃO MUÇULMANA.
ATRASO ESSE QUE REVELA UMA PARIDADE DESSA RELIGIÃO COM A POUCA IMPORTÂNCIA QUE SE DÁ À VIDA HUMANA NESSAS PARAGENS.
SE NÃO HOUVESSE RELIGIÃO… DE CERTEZA QUE AS PESSOAS ANDARIAM MUITO MAIS OCUPADAS A LUTAR PELOS SEUS DIREITOS E PELA SOBREVIVÊNCIA E SEM ESCAPES QUE LHES JUSTIFIQUEM CRIMES COMO O APRESENTADO NA FOTO.
HÁ MUITO QUE DEFENDO TRIBUNAIS INTERNACIONAIS PARA JULGAR CASOS COMO ESTE.
Se é para ser demagógico, permitam-me que faça chantagem psicológico a todos os ateus, sejam ou não comunistas ( o senhor Rodrigues faz a todos os religiosos, sejam ou não radicais islâmicos)
-Imagine que não havia ideologias ateístas-materialistas. 200 milhões de mortos em menos de 100 anos. Ateísmo comunista, a maior máquina de matar da história:
A crueldade existe em todas as civilizações, em todos os tempos, entre todos os seres vivos.
Os crentes são Homens, logo, nesse aspecto, são iguais aos ateus.
Se não existissem crentes todos estes crimes seriam praticados por ateus. Não existiriam mais nem menos crimes, mais nem menos condutas aberrantes.
As sociedades tribais, ateias de raíz e na prática actual, fazem tudo isto e muito mais.
A noção de justiça (no sentido de “fazer justiça”, castigar o infractor) é muito diferente de pessoa para pessoa. Varia mais com o temperamento do que com a ideologia.
A tua estupidez só é comparável à crueldade de certos religiosos. Onde é que foste buscar a ideia peregrina de que “Se não existissem crentes todos estes crimes seriam praticados por ateus”? Os ateus andam a cortar narizes?
És mesmo mesquinho. Pequenino. De estatura intelectual, obviamente.
PS Cumprimentos ao António Fernando, nosso amigo comum.
Pretenderá o imbecil Moreira que o ateísmo seja uma fórmula mágica que retira a violência do mundo e impede o ateu de praticar actos sanguinários e injusto?
Isto é uma IURD do ateísmo, uma organização de auto-ajuda para ateus com medo de encararem o, logicamente consequente com o ateísmo, niilismo.
Esta ideia de que há um grupo responsável pelas guerras e crimes, e que se ele não existissem o mundo seria um paraíso sem violência, é propaganda GENOCIDA. A mesma de Hitler sobre os judeus, a mesma de Estaline-Lenine sobre os judeus e capitalistas!
PORRA!
Há liberdade religiosa em Portugal, não existe, conflitos entre as diferentes confissões. Qual a razão para estes tipos passarem o dia a insultar e a provocar quem tem religião ou acredita em Deus? Devem ser mesmo malucos…
Estive a hesitar entre devolver-te o insulto, ou ignorar-te. Optei pela terceira via: ter pena de ti.
No fim de contas, tu acabas de dar-me razão: como com católico que és, destilas ódio por todos os poros. Tu não tomas hóstias, tomas rodelas de cenoura conservada em vinagre. Ou então, tomas hóstias fora do prazo de validade. As palavras do teu Jesus de Nazaré, que tu exibes quando te convém, passam-se ao lado. És hipócrita. Ou seja, és um bom católico.
Eu nunca disse que que havia UM grupo responsável pelas guerras e crimes, nem nunca disse que se só houvesse ateus o mundo seria um mar de rosas. As guerras sempre existiram, muito antes de o mundo estar dividido em ateus e crentes, muito antes de os deuses terem sido inventados. Ou, se calhar, passaram, os deuses, a ser inventados para justificar as guerras, mas esse assunto não quero discutir porque não estou à vontade. As guerras existem porque o homem é um animal guerreiro. As guerras existem porque sim. A religião ou o ateísmo podem ser motivos arranjados para justificar as guerras. Mas sem religião ou sem ateísmo, as guerras existiriam sempre. Nunca houve, no mundo, um período em que, aqui ou ali, não houvesse guerra.
Mas também te digo que um homem bom é capaz de cometer as maiores atrocidades, se for em nome de deus.
“Não respondeste à minha pergunta: onde é que viste um ateu cortar narizes às mulheres? Onde é que viste um ateu queimar na fogueira quem afirmasse não ser ateu?”
O senhor José Moreira ou é muito ingénuo, ou muito ignorante, ou muito desonesto (ou uma combinação dessas qualidades). Não “vi” ateus a cortar narizes a mulheres, mas “vi” ateus a cortar cabeças a quem não pensasse como eles, a esventrar freiras e a afogar padres; “vi” ateus a matar pessoas em câmaras de gás, a perseguir crentes e a queimar impiedosamente os seus lugares de culto. Sim, meu caro senhor, “vi” ateus a fazer as maiores atrocidades jamais pensadas. Agora que penso nisso, é bem provável ter havido ateus a cortar narizes a mulheres. Sinceramente continuo sem perceber se a sua pergunta não passa duma piada de (muito) mau gosto. Continuo sem perceber se o senhor está genuína ou convenientemente esquecido de anos e décadas de jacobinismo, nazismo, comunismo, terrorismo anti-religioso…
Mas por muito que se apresente os factos, é impossível mudar a mentalidade fanática de um neo-ateu, mergulhado na sua fantasia sociopata de que o ateu é moralmente superior e que está mais imune a cometer actos de violência do que o religioso. Se tal mentalidade não fosse tão triste e deprimente seria de rir às gargalhadas.
Anónimo
«A tua estupidez só é comparável à crueldade de certos religiosos. Onde é que foste buscar a ideia peregrina de que “Se não existissem crentes todos estes crimes seriam praticados por ateus”?»
Os insultos ficam com quem os faz pois a mim não me afectam. Eu nem baptizado sou, mas tu, segundo dizem os que te conhecem, és. Tu é que tens a crueldade recalcada, em tal nível que nem conseguiste ser um religioso decente. Para poderes expressar essa crueldade vieste “travestir-te” de ateu. Mas, o teu discurso não é de ateu. Os ateus não são como tu nem como os outros membros do Diário.
Sabes onde fui buscar a ideia? Aos relatos históricos dos actos de barbaridade cometidos pelos ateus, os quais são exactamente iguais aos cometidos pelos crentes. Portanto, a crueldade dos ateus, se não existissem crentes, seria exclusiva.
Não tenho problemas de dizer isto: quando um individuo se acho dono do mundo, impune e com força para fazer o que quiser, se for ateu é ainda pior do que um crente, porque os crentes acreditam que Deus os julgará, os ateus acreditam que ninguém os julgará por isso.
Não respondeste à minha pergunta: onde é que viste um ateu cortar narizes às mulheres? Onde é que viste um ateu queimar na fogueira quem afirmasse não ser ateu?
Etc.
Já agora: fico feliz por haver tanta gente a falar de mim.É bom que falem, nem que seja para dizer bem. E fico ainda mais feliz por saber que há tanta gente que ME conhece e que TE conhece. São os tais “amigos comuns”. Sabem que fui baptizado, e foram contar-te. Línguas de soalheiro… Terá sido o António Fernando? Não. Não acredito. Ele é demasiado íntegro. Por isso, tenho pena de não saber quem são os que “me conhecem” e quer te falam de mim. Claro que nem me passa pela cabeça que tenhas inventado essa estória. A tua capacidade intelectual, afinal, não chega a tanto.
Mas já agora, e falando um pouco mais a sério? Sou baptizado. E depois? Estás convencido de que fui eu que pedi para ser baptizado? Ou será que fui mais uma vítima dessa entidade tenebrosa que se chama Igreja Católica?
Tu não foste baptizado? Que feliz que tu és! Mas diz-me em que papel
e que não foste baptizado: no de JCM_1, ou no de AF?
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
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