Loading

Deus não aprende com quem o criou – os homens

Começamos a Quaresma com um texto que nos possibilita reflectir sobre o projecto de Deus a respeito do ser humano. O livro do Génesis nos apresenta o homem sendo criado como o ponto alto de toda a criação, como imagem e semelhança de Deus. Exactamente por isso ele deverá proceder como superior a tudo e não deixar-se influenciar por nenhuma qualidade de qualquer coisa criada, deverá permanecer sempre livre!

É nesse exacto momento que entra o a perversão do Mal ao provocar no homem o forte e imperioso desejo de experimentar a fruta proibida, ao ponto de apequenar-se cedendo às qualidades olfactivas e visuais da fruta em detrimento da orientação do Criador.

15 thoughts on “Deus não aprende com quem o criou – os homens”
  • Ricardodabo

    O texto é duma estupidez que não tem limites. Veja-se este luminoso pensamento (um oxímoro em forma de perífrase):

    (…) Jesus (…) vence o Mal ao manter-se submisso ao Pai e mostrar-se um homem livre.

    Só a religião consegue fazer alguém ser submisso e ainda assim continuar livre.

    • MO

      Ser submisso é “colocar-se sob”. É claro que sendo nós criaturas e Deus criador, estamos sob. Ao aceitarmos a nossa condição somos verdadeiramente livres – livres da nossa ilusão e egoísmo.

      Só que esta relação (“sob”) tal como é descrita por Jesus não é de poder, mas de amor. Jesus coloca-se, e pede-nos para nos colocarmos, não sob Deus, mas sob o amor incondicional de Deus. Para nos entregarmos a esse amor, como ele se entregou até ao fim.

      Pax et bonum

    • jmc

      não só, mas ajuda

      http://en.wikipedia.org/wiki/Slave_mentality

      em caso de colonialismo não era estranho os colonizados convencerem-se que quem os subjugava era superior e, por isso, devia ser respeitado.

      • MO

        Como aplica este paralelo? Deus como colono?

        Jmc, para mim que sou crente, trata-se apenas de ser realista, de traçar um retrato real do mundo. Perceber a nossa condição de seres criados é seguida da noção de que Deus nos quer em amizade, não em servidão – como Jesus ensinou. É entender como somos feitos à sua imagem e semelhança.

        Pax et bonum

        • Anónimo

          O ajoelhar é um sinal de servidão, e não um sinal de amizade. Eu cumprimento os amigos, não ajoelho perante eles.

          • MO

            É um sinal de reverência, respeito, admiração. Ajoelhei-me perante a minha futura mulher quando a pedi em casamento.

            Pax et bonum

          • Anónimo

            Lindo gesto!
            Mas aposto que não se coloca de joelhos, quando quer falar com ela.

          • MO

            E todos os crentes oram de joelhos? Ou se quer se ajoelham? É isso condição necessária para um católico? Claro que não.

            Pax et bonum

          • Anónimo

            Caro MO, por favor!
            Esse tipo de argumento nem o chega a ser. É evidente que nem todos os crentes rezam, ou oram, de joelhos, nem todos os padres são pedófilos, nem tudo o que reluz é ouro, nem tudo o que balança cai, etc. Mas eu contava, do MO, um argumento mais contundente. Por norma, as orações fazem-se de joelhos. São vulgares as gravuras que apresentam um menino ou uma menina a rezar de joelhos, junto à cama. Isso funciona como símbolo. Claro que há gente que não anda de joelhos em Fátima, mas há muita gente que anda. Aliás, há padres (ninguém me contou, eu estava lá) que indicam “ajoelhar” “sentar” “levantar” durante as cerimónias religiosas. Nem todos, é claro. Não sei o que se passa agora, mas nas novenas de Maio e Junho havia partes do terço que eram rezadas obrigatoriamente de joelhos.
            Não será “condição necessária”, mas é assim.

          • MO

            Não será “condição necessária”, mas é assim?

            Se não é, não define o que é um católico.

            Pax et bonum

          • ajpb

            COM TANTO RESPEITO QUE TEM PELOS OUTROS…DEVE ANDAR SEMPRE DE JOELHOS.

        • jmc

          se calhar não foi o melhor exemplo, mas não sei como se chama o fenómeno social verdadeiramente paralelo, em que o subjugado considera a sua posição como justa e moralmente correcta, admirando o subjugador e verdadeiramente acreditando que é superior

          também me lembrei do síndrome de estocolmo, mas penso que se afasta mais do fenómeno religioso (embora, dependendo dos casos, não completamente)

        • jmc

          se calhar não foi o melhor exemplo, mas não sei como se chama o fenómeno social verdadeiramente paralelo, em que o subjugado considera a sua posição como justa e moralmente correcta, admirando o subjugador e verdadeiramente acreditando que é superior

          também me lembrei do síndrome de estocolmo, mas penso que se afasta mais do fenómeno religioso (embora, dependendo dos casos, não completamente)

  • ajpb

    AS JUSTIFICAÇÕES DOS CRENTES A TENTAR JUSTIFICAR O INJUSTIFICÁVEL SÃO SIMPLESMENTE PATÉTICAS…

  • Adriane Strauss

    O ser humano mostra-se ininteligivel quando permite que um ser fictício,que ele mesmo criou,torne-se superior a ele mesmo e ele ainda presta reverência e cultos, isso é o cúmulo da insanidade mental.

You must be logged in to post a comment.