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  • 8 de Janeiro, 2011
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Como será este ano?

2001
8.699.515 portugueses maiores de 15 anos responderam ao censo.
786.822 optaram por não responder à pergunta sobre religião.
342.987 respondentes afirmaram-se sem religião.

Fonte: INE

Nota: Ninguém espera que as conversões abundem. Deus tem pouca credibilidade.

21 thoughts on “Como será este ano?”
  • antoniofernando

    “Deus tem pouca credibilidade”

    Carlos Esperança

    Segundo o Censos 2001, 7.353.548 de pessoas, ou seja cerca de 85% da população portuguesa, identificou-se como católica

    Segundo outro estudo, realizado em 2005, cerca de 81% da população portuguesa indicou que “acredita em Deus”, cerca de 12% que “acredita que existe alguma forma de espírito ou força da vida” e ainda cerca de 6% que “não acredita que exista uma força divina, Deus ou força vital”

    Existem actualmente em Portugal cerca de 420 mil a 947 mil (4 a 9% da população total) que afirmam serem ateus ou agnósticos enquanto que, num outro estudo, 6,5% da população identificou-se como ateia ou agnóstica.

    Contra factos não há nenhum panfletarismo manipulador do CE que resista…:-)

    • Rafa

      É interessantíssimo como voçê fala de fatos quando estes te convém, quando não consegue apresentar nem ao menos um que seja facilmente refutável cientificamente da existencia divina. É no mínimo engraçado como voçê evoca os fatos quando não consegue adimitir o fato de que a abiógenese é um consenso científico na atualidade. Fala de fatos mas não leva em consideração pesquisas de cientistas como Wöhler, Aleksandr Oparin, a aparelhagem de Miller, George Wald e muitos outros que tinham um compromisso com a verdade, e não preenchiam suas descobertas de suposições parcias. Fala de fatos quando estes lhe são cômodos mas esquece-se de que ciência se baseia em fatos, e seu ramo estudioso da origem da vida segue a linha abiogenica.

      Cautela ao evocar fatos, eles costumam apenas apontar para onde a ciência aponta

  • Anónimo

    Eu acredito que haja mais ateus/agnósticos desde de 2001 mas também é possível que haja mais crentes visto que a população tem crescido, o que seria interessante seria perguntar às pessoas se são praticantes ou não.

    342.987 hereges estavam em 2001 destinados ao inferno vamos a ver quantas salas adicionais de tortura terá que fazer o Diabo.

  • Anónimo

    Naturalmente.
    Se me perguntarem se sou católico, em verdade tenho de dizer que sim. Fui baptizado, não me declarei apóstata, fizeram-me católico. Sou católico.
    Mas o ser católico é mais do que isso. O católico vai à missa, eu não vou (e não estou sozinho); o católico come rodelas de Cristo, eu não como (e não estou sozinho).
    Por isso, e como diz o Liio, seria interessante saber quantos, na verdade, praticam o catolicismo. Porque esses é que são católicos.
    Quanto aos ateus, se forem 6% nem é muito mau: 600.000 é um número considerável…

  • Anónimo

    Naturalmente.
    Se me perguntarem se sou católico, em verdade tenho de dizer que sim. Fui baptizado, não me declarei apóstata, fizeram-me católico. Sou católico.
    Mas o ser católico é mais do que isso. O católico vai à missa, eu não vou (e não estou sozinho); o católico come rodelas de Cristo, eu não como (e não estou sozinho).
    Por isso, e como diz o Liio, seria interessante saber quantos, na verdade, praticam o catolicismo. Porque esses é que são católicos.
    Quanto aos ateus, se forem 6% nem é muito mau: 600.000 é um número considerável…

    • Ricardo Alves

      A ICAR fez uma contagem em 2001, no momento do censo oficial. Contaram 1,9 milhões de pessoas na missa. Veremos quantos são este ano.

  • Pedro Soares

    Mas não havia uma pergunta sobre com que frequência se frequentava a missa ao Domingo? Já é, de certa forma, separar os que ainda são católicos e aqueles que o são apenas de nome.

    Também seria interessante perguntar, aos que mesmo assim se afirmam católicos, a sua concordância com o aborto, casamento homossexual, divórcio, métodos contraceptivos, sexo antes do casamento, penitência à sexta-feira, confissão regular, etc, etc. Acho que os resultados seriam curiosíssimos. 🙂 É que, olhando para a realidade que me rodeia (o Minho tradicionalmente crente), até conheço muitos católicos que até frequentam a missa ao Domingo regularmente… Mas todos ou usam pílula e preservativo, têm namoradas e vida sexual activa, muito aceitam o aborto e o casamento homossexual. Outros já se divorciaram e casaram pelo Registo Civil (!!!) e a maior parte aceita de forma natural que os filhos sejam ateus/agnósticos! É claro que isto não quer dizer nada… Falo apenas da minha experiência.. Seria interessante, assim, ver a catolicidade da sociedade portuguesa através dos Sensos 11.

  • Pedro Soares

    Ahh, e já agora, haver o cruzamento entre número de crentes católicos e faixa etária. Aí sim. Acho que iríamos ter resultados geniais… Acho que chegaríamos à conclusão que no espaço de 50 anos os católicos seriam uma minoria sem qualquer tipo de expressão no país.

    No nosso Portugal em que se bajula tanto a ICAR, em que temos um feriado para a “padroeira da pátria”, em que se recebe com mais pompa e circunstância o Papa que Obama ou Hu Jintau, em que temos, quase todos os Domingos, as palestras de Bento XVI e do Cardeal nos telejornais… E muitos outros ataques à presunção da laicidade social, seria interessante ver a credibilidade de isto tudo!

    • Anon

      Desconheces em absoluto o país onde vives.
      Olha à para as peregrinações, festas religiosas, etc, e vê a quantidade de jovens que aí estão.

      A não não ser nas zonas peri-urbanas e nas áreas urbanas degradadas, que são mais selva do que cidade, a quantidade de jovens que seguem uma religião é incomensurável.

      «em que se recebe com mais pompa e circunstância o Papa que Obama ou Hu Jintau» – Pedro Soares.

      E mal seria se assim não fosse. Obama e Jintau são dois assassinos responsáveis por milhões de mortos (directa e indirectamente). Para eles os Direitos Humanos são uma miragem: de Guantanamo ao Tibete há seres humanos a ser torturados, flagelados sob a maior crueldade. Num tempo e numa civilização em que nada disso é aceitável, é lógico que os principais responsáveis por tudo isto devam ser mal acolhidos, salvo por quem faria o mesmo se pudesse.

  • Antonio Porto

    Para desespero dos ateus, os sem religião são pessoas que creem em deus mas não frequentam nehuma igreja, nem seguem nenhum pastor
    ou pardre.
    Não se precisa estar ligado a nenhuma denominação ou religião para se crer em deus.
    A maioria das pessoas são como o ladrão na cruz, só se rende a deus na última hora.
    Ainda bem.

    • Anónimo

      Não há desespero nenhum, António Porto. Os crentes não incomodam (já não se pode dizer o mesmo das crenças). Claro que num país onde o analfabetismo ainda impera, a ignorância é rainha, e onde o Zé Cabra e o Carreira ganham discos de platina, é natural que haja muita gente a acreditar em deuses.
      Mas tenha em conta que são cada vez menos…

      • Anon

        Com 600 000 ateus e agnósticos é, sem duvida, um indicador preocupante de analfabetismo (quiçá de estupidez também).

        Ora se os crentes o não incomodam, como podem incomodar as crenças?
        Então os crentes não são a massa personificada das crenças (“os católicos”, “os islâmicos”, “os hindus”, etc. etc. )?

        É que acabaste de dizer o contrário, rematando até com a esperança de que os crentes desapareçam para te sossegar, por eles te incomodam. Uma crença que não tem seguidores não te incomoda, de certeza. Portanto, por mais atinado que queiras parecer, os crentes é que te incomodam (em grau variável conforme a crença).
        Por isso mesmo, é que “insultar as crenças não existe”, pois o objecto do insulto é a “comunidade crente”, tanto mais que uma religião é conjunto dos seus crentes (o islamismo=todos os islâmicos; o budismo=todos os budistas, etc.etc).

    • Rafa

      Como observado pelo Jose Moreira não há desespero algum entre os ateus que os sem religião sejam teístas. Os ateus normalmente confiam em fontes científicas para suas análises e estas não precisam de fiéis para ser mais ou menos influentes, pois os fatos não se tornam menos ou mais verdadeiros dependendo da quantidade de pessoas que creem neles.

      • Anon

        Mas os crentes também acreditam na ciência. Uma superior maioria de cientistas sempre foi é é crente.

        A Ciência não é coutada dos ateus, nem mais dos ateus do que dos crentes, nem mais correcta ou fiável por os ateus acreditarem nela, nem tem ligação alguma com o ateísmo. Um ateu dizer-se fã da ciência é o mesmo que eu ser fã do Sporting (não foi pela minha simpatia com o clube que ele venceu o Braga, nem é por isso que ele não vai além do terceiro lugar). Com os ateus versus ciência é a mesma coisa.

        A ciência explica fenómenos que Deus criou, a ciência emita processos que Deus estabeleceu como funcionais, a ciência não criou o universo nem o mundo, mas vive para perceber, explicar, usar e aproveitar tudo o que Deus criou.
        Um ateu é um aproveitador que se limita a comer e não se preocupa em saber quem foi o produtor da matéria-prima dos seus alimentos.
        Ateu comedor!

        • jmc

          “Uma superior maioria de cientistas sempre foi é é crente.”
          uh, não
          tempos passados, se calhar, hoje em dia é cerca de 1/3 crente, 1/3 agnóstico e 1/3 ateísta
          http://en.wikipedia.org/wiki/Relationship_between_religion_and_science#Studies_of_scientists.27_belief_in_God

          ver todas as áreas da ciência como um todo também não é muito correcto. a quantidade de médicos crentes, por exemplo, é extremamente elevada, de acordo com alguns estudos sendo uma percentagem superior à da população geral. como pode ler no link que deixei, farr curlin propôs uma explicação para isto. “The responsibility to care for those who are suffering and the rewards of helping those in need resonate throughout most religious traditions.”

        • Rafa

          O seu erro anon é fazer conclusões precipitadas, afinal eu nunca disse o contrario das suas afirmações, mas serei obrigado a fazer certas observações pertinentes.
          Também não são todos os crentes que veem na ciencia um instrumento de investigação da realidade, muitos, inclusive, acham q ela não é nada mais q um devaneio do homem.

          Minha referencia anterior consistil em reassaltar a compensassão de valores de um ateu em relação a um teísta, ateus tendem a confirar na ciencia para suas análises pois veem que sua lógica exata e raciocinio consciso são instrumento confiáveis para estudos, diferentemente da fé, que é cega e não baseia-se em nada que possa de fato ser investigado de maneira fiável ao método científico.

          Suas expeculações são exatas até certo ponto, sim a ciencia explica a natureza, mas não pode dizer se essa foi ou não criada por deus.

  • Athan3

    Uma deputada americana a favor de uma melhoria da saúde nos EUA depois de ter sido taxada como “inimiga” pelos “tomadores de chá” crentólicos no famígero fac(e)book, foi alvejada por um meliante com o perfil idênticos ao dos papagaios-lacaios-de-crenças que têm acesso ilimitado em “espaços para livres-pensadores”.

  • Anónimo

    600 000 JÁ É BASTANTE BOM.
    SE TODOS SE ASSUMIREM ATEUS O D. JOSÉ BONIFÁCIO, MELÍCIAS E COMPANHIA BORRAM-SE TODOS.

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