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O sentido

Este termo é muito usado na apologética cristã. Por exemplo, na homilia pascal de 2009, a propósito do conflito entre a criação bíblica e a teoria da evolução, José Policarpo disse que « A narração bíblica da Criação […] é uma revelação do sentido profundo da criação e da vida e não a narração do modo como as coisas aconteceram». Acrescentou também que «o homem é a plenitude da criação e o seu sentido último», que «Em Cristo ressuscitado, todo o tempo adquire o sentido definitivo», e que «nós sabemos que o sentido radical e definitivo está em Cristo ressuscitado.»(1). Esta palavra é muito útil na apologética porque se pode equivocar facilmente vários sentidos de “sentido”.

Quando falamos no sentido da vida ou em dar sentido àquilo que somos e fazemos, referimos valores que não se podem extrapolar de uma pessoa para outra. Para um, o principal pode ser a família ou a comunidade. Para outro o que dá sentido à vida pode ser a arte, a carreira ou o desporto. Neste sentido de “sentido”, o sentido das crença acerca de qualquer deus é estritamente pessoal. Quem as tem está no seu direito e não deve satisfações por isso, mas também não tem legitimidade para as afirmar como conhecimento ou de alegar que têm alguma relevância para os outros. Isto basta para a fé individual mas é insuficiente para a religião.

A religião precisa de “sentido” num sentido mais objectivo. Aquele que referimos quando dizemos que uma explicação ou esclarecimento faz sentido, e que é mais do que uma preferência pessoal. Por exemplo, algumas espécies de formiga armazenam comida para alturas de escassez, ou para sobreviver no Inverno. Podemos explicar isto com na fábula de Esopo, assumindo que as formigas são inteligentes e precavidas. No entanto, esta explicação é inconsistente com o que sabemos da inteligência dos insectos. Faz mais sentido explicar este comportamento como um reflexo, sem propósito ou consciência, que surgiu pela eliminação gradual das variantes menos capazes de acumular alimentos e que, por isso, deixaram menos descendentes.

As religiões precisam de algo que passe por explicações que façam sentido. Daquelas que qualquer pessoa racional, conhecendo os mesmos factos, reconheça como válidas. Este é o grande trunfo da ciência: quando as explicações fazem sentido tanto faz que gostem delas ou não. As religiões precisam de imitar isto para que pareçam legítimos os seus alegados conhecimentos e as pretensões dos seus profissionais à categoria de peritos nos respectivos deuses. Mas, neste sentido, as religiões falham redondamente.

Os dogmas religiosas não fazem sentido. As histórias da criação, o suposto sacrifício de Jesus, o Corão que Allah ditou a Maomé e tantas coisas do género, são só fábulas como as de Esopo (só que sem a honestidade de o admitir). São marcos culturais importantes, revelam o pensamento de quem as inventou e mostram o que, nessa altura, essas pessoas consideravam dar sentido à sua vida. Mas não revelam nada acerca da origem do universo, de quem o criou, do propósito disto tudo, da existência de deuses ou da vida depois da morte. São apenas expressões dos anseios e crenças de quem sabia ainda menos do que nós acerca destas coisas, e quase nada acerca do resto.

É legítimo que, mesmo hoje, haja quem adopte estas crenças e valores. Cada um é livre de acreditar e julgar o que quiser, por muito disparatado que seja. Mas só é legítimo enquanto for uma opção pessoal e não prejudicar os outros. O problema de extrapolar do “eu acredito” para o “vocês devem fazer” é horrivelmente evidente nos países muçulmanos e em atrocidades várias ao longo da história. E é também um problema em países como o nosso, com o dinheiro público que se desperdiça em religiões, a educação religiosa de crianças e leis que respeitam mais o direito a crer em deuses do que o direito de duvidar disso.

Coisas como «só em Cristo se penetra no mistério do homem», «revelação do sentido profundo da criação e da vida» ou «Verbo eterno que se exprime na Palavra revelada da Escritura»(1) aproveitam o sentido que os crentes encontram na sua fé e nos seus valores pessoais para os persuadir de que estas coisas fazem sentido e de que estes “peritos” têm uma compreensão profunda desta matéria. É treta. São especulações absurdas e infundadas, porque não dizem nada de concreto nem se baseiam em evidência alguma, e são uma caricatura da sabedoria, porque o conhecimento não é algo que se obtenha pela reinterpretação demagógica de superstições antigas.

Para os ateus e agnósticos não serve de nada escrever isto. É pregar ao coro. Mas pode ser que leve alguns crentes a pensar no assunto. Pode ser que olhem para as outras religiões e vejam como os imames, rabinos, pastores e cardeais (cada um risque o que considerar a mais) mantêm autoridade sobre tanta gente dizendo saber o que obviamente não sabem. Pode ser que algum crente note a semelhança entre este truque e o negócio dos professores Bambos, dos astrólogos e cartomantes. E até pode ser que perceba que pode manter a sua crença e os valores que dão sentido à sua vida sem ter de enfiar barretes nem perder tempo com quem quer vender regulamentos para a fé.

1- Rádio Vaticano, Criação bíblica e darwinismo: relação analisada por D. José Policarpo na vigília pascal, negando contradições entre as duas “teorias”.

Em simultâneo no Que Treta!

46 thoughts on “O sentido”
  • Anónimo

    O CRIACIONISMO TANTO DOBRA QUE VAI ACABAR POR PARTIR, SÓ ESPERO QUE SEJA COM AS CALÇAS NA MÃO.

  • antoniofernando

    Mais uma vez LK a querer aferir a dimensão religiosa pelo critério estrito da tão falível cientificidade. Anda permanentemente num círculo vicioso e não é capaz de sair dele. Os textos de LK são normalmente muito bem escritos,ressalvando um ou outro menor panfleto de que,dele, nada gostei. Não é o caso deste texto superior. LK faz-me metaforicamente lembrar um excelente jogador de futebol,exímio na arte de tentar driblar os parceiros de jogo, mas que acaba sempre por fazer as mesmas fintas. Vai mudando é a cor da camisola para parecer diferente, mas o conteúdo é sempre igual, a renitente tecla gasta do Cego Acaso e da Abiogénese, emolduradas por um arrazoado hábil, mas falacioso. LK está a desbaratar os seus méritos intelectuais, que são muitos, com esta deriva concentracionária em que se meteu e da qual não sai. Ao fim de uma série de artigos, não é difícil perceber que joga sempre para o mesmo lado e com as mesmas estafadas deambulações.

    O sentido da vida é, evidentemente, aquele que cada um de nós lhe quiser atribuir e não vejo que as palavras de José Policarpo tenham alguma lógica proselitista, que tanto parece incomodar LK.Não é, aliás, de estranhar que JP emita a teleologia metafísica que decorre das suas palavras.Estranho é que LK com elas se sinta tão incomodado. Que pretenderia LK ? Que José Policarpo fosse consultar Richard Dawkins, para que este sentenciasse a José Policarpo a interpretação autêntica de um suposto sentido da vida, que a luminária ateia nem sequer subscreve ? Que opte entre a interpretação evolucionista de Darwin e renegue o contributo de Lamarck? A teoria do Cego Acaso e do ” instinto” evolucionista de Darwin, quanto à forma como as formigas se organizam, é,a meu ver, totalmente destituída de sentido. Aliás, LK devia saber que não há uma Teoria Uniforme Evolucionista. Desde Lamarck, passando por Darwin e Gregor Mendel, até Ronald Fisher, vários e diferenciados foram os contributos científicos de várias personalidades.LK reduz a Teoria de Evolução a Darwin e, tal como, Dawkins, dela retira a fundamentação ateísta do processo da vida. Que reducionismo de pensamento tão pouco capaz de explicar a extrema complexidade da vida.Que dizer, então de homens, como Pasteur ou Thomas Henry Hexley,ou do nobel Georg Wald, que negaram peremptoriamente a validade científica da Abiogénese ?
    O próprio Ronald Fisher nunca sustentou, bem ao contrário, que a Teoria Darwinista impusesse o ateísmo:

    ” Para o homem religioso tradicional, a principal novidade introduzida pela teoria da evolução da vida orgânica foi a de que a criaçãon não terminou há muito tempo atrás mas está ainda em progresso, no meio da sua incrível longevidade. Deacordo com a linguagem do Génesis ainda vivemos no sexto dia, provavelmente durante o dia da manhã e o divino artífice ainda não deu por terminada a sua obra” ( R.A. Fisher, ” The Renaissance Of Darwinism, The Listener 37 ( 1947), 1009)

    LK cristalizou a sua análise interpretativa. Ficou-se com o Cego Acaso, com a Abiogénese, com o ” instinto animal”, com as “vesgas” leis da Física e não é sequer capaz de admitir que a vida possa ter o sentido teleológico evolucionista que Lamarck lhe atribuiu. As formigas ou as abelhas mostram integrar sociedades altamente organizadas ? Pois, para LK, nada dessa extraordinária organização social revela qualquer laivo de estruturação inteligente. Darwin inventou a palavra ” instinto” para tentar explicar o que o instinto não explica. Lamarck, tal como Darwin, comungam do mesmo princípio de adaptação dos seres vivos ao meio ambiente. Sem meio ambiente envolvente, sem adversidades naturais para transpor, sem predadores,sem necessidade de sobrevivência, não era possível conceber qualquer hipótese evolucionista.Seria a total estagnação. Então como é que as espécies evoluem ? Por mero acaso, por simples ” instinto” organizacional ? Qualquer criança percebe que a evolução da vida animal tem sentido teleológico. Que as formigas se organizam de forma inteligente. Que só um destituído de razão é capaz de admitir que as árvores lancem raízes na direcção da água por nada menos do que ” é assim porque sim”…

    • Rafa

      Antonio, venho por meio deste tentar lhe apontar algumas contradições mas não deixo de expressar meio profundo temor já que em outros comentários tentei ser o mais impessoal que consiguisse e não obstante voçê acabou por tentar me ridicularizar e ofender de forma gratuita.

      Enfim, vamos lá,
      salvo as considerações a LK, da qual não é do meu interesse nem muito menos da minha conta minhas críticas recaem principalmente no ultimo parágrafo do seu comentário. As “vesgas” leis da Física nos permitiram construir e aperfeiçoar de forma exponencial todos os avanços cientificos atuais, peço um pouco mais de respeito visto que as descobertas cientificas sobre eletrecidade, eletronica e computação permitem que voçê utilize seu computador, celular smartphone ou qualquer outro meio de acesso a rede para escrever este comentário, o que é no mínimo irônico.
      Quanto a Lamarck, sua transmissão de características adquiridas acabou por se mostrar erronea já que eventos que ocorram durante a vida de organismo não podem ser transmissíveis a geração seguinte, o que uma geração transmite a outra são genes e estes existem desde que o organismo é um zigoto. A lei de uso e desuso só é válida se a alteração que ela propõem estiver relacionada a alteração em órgãos de natureza muscular e não envolvam alteração no material genêtico. No mais a ciência não trata de origem teológica de vida.
      A biologia moderna não ve a estruturação social dos insetos como “inteligente” nem qualquer coisa parecida. Sua capacidade de formar sociedades organizadas vem da variabilidade formada por mutações e recombinações genéticas podada pela seleção natural que levou a adaptação ao meio ambiente. Abelhas são capazes de formar sociedades complexas não porque sejam inteligentes, mas porque se adaptaram a sobreviver no ambiente desta forma.
      Permita-me discordar, Lamarck e Darwin não comungavam o mesmo principio de adaptação, darwin propunha a seleção natrual enquanto que lamarck a transmissão de características e a lei do uso e desuso, hipóteses bem diferentes, exceto que partiam do princípio evolucionista.

      Para alguém que lê tanto Darwin aparentemente voçê não conhece muito do funcionamento de suas teorias. As árvores “lançam” suas raízes até a água porque estão adaptadas de forma a sobreviver em um ambiente onde precisem “lançar” suas raízes. Elas não são inteligentes, nem ao menos possuem sistema nervoso. Ao longo de milhares de anos as árvores incapazes de “lançar” suas raízes morreram e sobreviveram apenas aquelas com características que permitiam-nas sobreviver.

      As espécies são como são hoje não porque algum tipo de inteligencia moldou suas formas desse jeito, mas porque se adaptaram ao ambiente e conseguiram sobreviver dessa forma.
      Me surpreende que alguém que tanto cite Darwin não compreenda conceitos como variabilidade e seleção natural.

  • antoniofernando

    Para aqueles darwinistas “fundamentalistas” que nunca leram a autobiografia ou ” A Origem das Espécies” de Charles Darwin:

    “A razão fala-me da extrema dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de conceber este imenso e maravilhoso universo, incluindo o homem e a sua capacidade de olhar para trás, e para longe para o futuro, como resultado do acaso cego e da necessidade. Quando assim reflicto, sinto-me compelido a pensar numa Primeira Causa possuidora de uma mente inteligente, análoga em certa medida à do homem. Mereço, por isso, ser chamado teísta”

    “Há grandeza neste modo de ver a vida, com as suas potencialidades, que o sopro do Criador originalmente imprimiu em algumas formas ou numa só; e assim, enquanto este planeta foi girando de acordo com a lei imutável da gravidade, a partir de um início tão simples evoluíram inúmeras formas mais belas e mais maravilhosas “

    “Certos autores eminentes parecem plenamente satisfeitos com a hipótese
    de cada espécie ter sido criada de uma maneira independente. A meu ver, parece-me
    que o que nós sabemos das leis impostas à matéria pelo Criador concorda
    melhor com a hipótese de que a produção e a extinção dos habitantes passados e
    presentes do Globo são o resultado de causas secundárias, tais como as que determinam
    o nascimento e a morte do indivíduo”

    Charles Darwin

    • antoniofernando

      “Por exemplo, algumas espécies de formiga armazenam comida para alturas de escassez, ou para sobreviver no Inverno. Podemos explicar isto com na fábula de Esopo, assumindo que as formigas são inteligentes e precavidas. No entanto, esta explicação é inconsistente com o que sabemos da inteligência dos insectos. Faz mais sentido explicar este comportamento como um reflexo, sem propósito ou consciência, que surgiu pela eliminação gradual das variantes menos capazes de acumular alimentos e que, por isso, deixaram menos descendentes.”

      Ludwig Krippahl

      LK enreda-se nas suas próprias contradições:

      a) Por um lado, alude à ” inteligência dos insectos”;

      b) Logo a seguir,postula que ” faz mais sentido explicar este comportamento como um reflexo,sem propósito ou consciência…”

      c) Porém,não explicita porque é que, segundo ele, ou a tese, dita científica, que perfilha, fará ” mais sentido” essa explicação do que a fundamentação teleológica de pendor mais lamarckiano;

      d) E o que é que LK sabe, afinal, da ” inteligência dos insectos ” ? Mas em que ficamos ? Os insectos têm ou não inteligência ? Ou movem-se por mero instinto ou reflexo ? LK desta vez fintou-se a ele próprio. Deus nada tem que ver com os seus desatentos tropeções.O que LK não deve, fica-lhe mal, é tentar arengar sem o mínimo de preocupação pelo coerência intelectual das suas asserções.

      e) LK anda a tropeçar, como se vê, nas suas próprias contradições e,quanto ao seus critérios de ” evidência”, estamos conversados. Ciência objectiva será a Matemática. Todas as demais disciplinas do Conhecimento, pretensamente científico, são mais infra-ciências do que ciências, dado que permanentemente sujeitas às mais variadas interpretações. Mas LK também tem direito aos seus palpites de “fé científica” e às suas próprias contradições….

    • Molochbaal

      “A razão fala-me da extrema dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de conceber este imenso e maravilhoso universo, incluindo o homem e a sua capacidade de olhar para trás, e para longe para o futuro, como resultado do acaso cego e da necessidade. Quando assim reflicto, sinto-me compelido a pensar numa Primeira Causa possuidora de uma mente inteligente, análoga em certa medida à do homem. Mereço, por isso, ser chamado teísta”

      Charles Darwin

      ??????????????????????????????????????????????????????????????????????????

      Sim, precisamente.

      O que é EXTREMAMENTE curioso é que, noutras respostas, tu, e muitos outros cristãos radicais apresentam como “prova”(?!) de que Hitler era ateu o facto de ele adoptar certos aspectos das teorias darwinistas.

      Agora, afinal, vem-se a descobrir que vocês sabem perfeitamente que nem o darwinismo implica ateísmo nem mesmo o próprio Darwin era ateu.

      As coisas que a gente vai descobrindo…

      PS

      Entretanto, quando chamo a atenção para estes factos óbvios insultam-me. Só para depois, quando vos dá jeito, dizerem que é verdade o que há pouco diziam que era mentira e, se for necessario, voltara dizer tudo ao contrário outra vez.

    • Rafa

      Antonio, Aristóteles acreditava na inferioridade feminina, isto torna-se verdade porque ele acreditava? Não obstante ele foi um dos pensadores mais importantes e influentes da antiguidade.
      O mérito de Darwin pelas suas descobertas é inegável, mas isso não torna de forma alguma tudo o que ele acreditava verdadeiro. Sua teoria da evolução das espécies é sim amplamente aceita pela comunidade cientifica, mas a origem teológica do mundo não.

    • Rafa

      Antonio, Aristóteles acreditava na inferioridade feminina, isto torna-se verdade porque ele acreditava? Não obstante ele foi um dos pensadores mais importantes e influentes da antiguidade.
      O mérito de Darwin pelas suas descobertas é inegável, mas isso não torna de forma alguma tudo o que ele acreditava verdadeiro. Sua teoria da evolução das espécies é sim amplamente aceita pela comunidade cientifica, mas a origem teológica do mundo não.

      • Xana_C1970

        Sou mulher e também acredito na inferioridade feminina. Em quase todas as espécies superiores o macho é mais possante que as fêmeas.

        Coisas da natureza.
        E sendo você defensor incondicional do evolucionismo, não acha isso natural?
        Incongruente ou hipócrita, qual quer que lhe chame?

        • Rafa

          Não existe inferioridade feminina. Em certas espécies as fêmeas são físicamente mais fracas que os machos pois não precisam lutar para conseguir parceiros.
          “Inferioridade” por si só é um preconceito, pois constatasse que exista o superior e o inferior, coisa que não existe na natureza. Na naruteza existem mutações e recombinações que por meio da seleção natural leva a adaptação. Não existe mais forte ou mais fraco, existem os que sobrevivem as condições impostas e os que morrem incapazes de se adaptar.

          O sexo na natureza é irrelevante, é apenas mais uma ferramente de reprodução como muitas outras. As plantas por sua vez são hermafroditas, isto as torna inferiores ou não?
          Ve-se logo que não entende mto de evolucionismo nem de análise científica

        • jmc

          duas perguntas apenas, se me puder esclarecer:
          1. o que é que define uma espécie como sendo “superior”?
          2. de que forma é que a evolução está ligada a qualquer tipo de inferioridade feminina nas espécies?

        • Molochbaal

          Se és mulher e realmente acreditas na inferioridade feminina então não devias estar aqui a contradizer homens.

          Vai lavar a loiça. Vai.

        • Molochbaal

          Se és mulher e realmente acreditas na inferioridade feminina então não devias estar aqui a contradizer homens.

          Vai lavar a loiça. Vai.

  • Xana_C1970

    Onde foram desencantar este estrangeiro demente?

    Ele não sabe o que diz!
    Não escreveu um post, fez uma assorda. Uma assorda de burricadas.
    Este não é carpinteiro, mas deve ser trolha.

  • Carlos Cardoso

    Não creio que o António Fernando seja estrangeiro. E, apesar dos seus comentários não terem nada a ver com o texto inicial, também não acho que seja demente.

    • antoniofernando

      Cá por mim, acho que um indivíduo que entra num debate de ideias, como você, sem sequer desenvolver a menor linha concreta de argumentação, está de facto muito próximo da deriva demencial…

      • Molochbaal

        Qual ?

        A de num post dizer que Hitler era ateu porque era darwinista e no outro atirar à cara dos ateus que o darwinismo não implica ateísmo nem sequer o Darwin era ateu ?

        Eu, para chegar a uma linha de argumentação a esse nível preciso de estar a beber desde as 8 da manhã e ter feito misturas mesmo fudidas…

    • Xana_C1970

      Eu não me referi ao antóniofernando, pois não foi ele que escreveu o post, mas sim o tal estrangeiro ou imigrante que fez a açorda (obrigada pela correcção) mal cozinhada.

      O tal imigrante, além de maluco não sabe o que diz.
      O que é que ele faz, é trolha ou carpinteiro?

      • sxzoeyjbrhg

        O “cozinheiro” do post não é estrangeiro, nem imigrante, nem trolha, nem carpinteiro.
        E que tal se explicasse porque é que a “açorda foi mal cozinhada” em vez de fazer considerações idiotas e irrelevantes sobre a identidade da pessoa e colocar rótulos de maluco ou demente sem mais nem menos?

        • Carlos Esperança

          Ludwig Krippahl vence IBM 2006
          2007-06-20

          Ludwig Krippahl, professor do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) foi o vencedor do prémio científico IBM 2006. O trabalho vencedor teve por base a tese de doutoramento deste Professor da FCT, intitulada “Integração da Informação Estrutural de Proteínas”.
          O prémio científico IBM, no valor de 15.000 euros, foi instituído em 1990 com a finalidade de distinguir trabalhos de elevado mérito no campo das Ciências da Computação, estimulando jovens investigadores portugueses, como menos de 36 anos de idade, a divulgarem a sua investigação.

          Os trabalhos, que têm obrigatoriamente de ser submetidos em língua portuguesa e em nome individual, são avaliados por um júri constituído por um grupo de cientistas portugueses de elevado prestígio internacional e reconhecidamente líderes das principais áreas do conhecimento a que o prémio científico IBM está associado, e por um representante da IBM portuguesa.

      • Carlos Esperança

        Procure na NET. Escreva o nome no Google.

      • Carlos Esperança

        Ludwig Krippahl vence IBM 2006
        2007-06-20

        Ludwig Krippahl, professor do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL) foi o vencedor do prémio científico IBM 2006. O trabalho vencedor teve por base a tese de doutoramento deste Professor da FCT, intitulada “Integração da Informação Estrutural de Proteínas”.
        O prémio científico IBM, no valor de 15.000 euros, foi instituído em 1990 com a finalidade de distinguir trabalhos de elevado mérito no campo das Ciências da Computação, estimulando jovens investigadores portugueses, como menos de 36 anos de idade, a divulgarem a sua investigação.

        Os trabalhos, que têm obrigatoriamente de ser submetidos em língua portuguesa e em nome individual, são avaliados por um júri constituído por um grupo de cientistas portugueses de elevado prestígio internacional e reconhecidamente líderes das principais áreas do conhecimento a que o prémio científico IBM está associado, e por um representante da IBM portuguesa.

        • Xana_C1970

          Quer mal vai o ensino em Portugal onde um professor universitários têm discurso de trolha, escreve uma Post cheio de asneiras e estupidez.

          Perceber de informática não implica cultura, é certo, mas ser professor universitário sim.

          Os grandes cracks da informática estão nos bairros suburbanos do sudoeste asiático. Para eles não há segredos nem barreiras de segurança que resistam e desafiam os mais engenhosos esquemas e habilidades dos homens da Microsoft. Mas esses “especialista” de cultura, de formação cultural e conhecimento da sociedade estão no lado oposto do seu conhecimento de computação.

          Este, não quer que lhe chame trolha posso chamar-lhe informático, percebe infinitamente menos que os jovens asiáticos e até cultura tem menos.

          Como pode ser professor universitário?

          Qual é o desgraçado país que admite como professor de faculdade um informático que faz uma açorda como essa e chama a isso um artigo de opinião?

          Já reparou nos exemplos dele?
          Já atendeu às comparações que ele faz?

          Então diga se o devo considerar demente ou se ele está apenas brincando?

          Escreve uma tonelada de coisas sem pés nem cabeça, diz um pacotão de asneiras que não se devem tolerar a um moleque cábula e você vem elogiar o “professor universitário” em vez de ser amigo dele e lhe dizer que não seja ridículo?

          • jmc

            em vez de andar aqui a falar de açordas mal cozinhadas, podia começar a apontar a e a justificar quais os problemas específicos do texto?

          • Molochbaal

            Caro jmc, se ela própria diz que é inferior a nós, porque temos um coiso, como queres que ela tenha capacidade de explicar seja o que for ?

            Ela é muito inferior a nós. Boa para arear panelas.

          • Molochbaal

            Sim, tu é que escreves coisas com muitos pés e cabeça.

            A começar por admitires que, por ser mulher, és inferior, mas depois vires aqui mandar vir com professores universitários que, last but not least, têm dois colhões dentro de um saco, coisa que, para ti, é suposto torná-los muito superiores à tua pessoa.

            Sendo assim, para seres coerente e não abusares dos direitos que as mulheres progressistas conquistaram tão duramente e a que tu renuncias por vontade própria, sê coerente, diz coisa com coisa.

            Melhor ainda AGE.

            Vai coser meias.

            Não te metas na conversa dos homens porque, conforme tu dizes, nós somos muito superiores a ti.

            Vai cozinhar. Vai.

          • Xana_C1970

            És malcriado feito otário.

            Não mudas o mundo.
            O respeito e os direitos conquistados pelas mulheres não alteraram a fisiologia e as limitações femininas. Se tiver como exemplo aquilo que aqui dizes, alguns homens conquistaram o direito a ser estúpidos e malcriados.

            Qualquer cão vira-lata é superior a pessoas com a tua educação, e pouco importa se tem ou não testículos.

            É lamentável que ainda haja quem conhece tão mal o mundo. É incrível quem ache que o mundo físico se muda por decreto.
            E sim, há tarefas que as mulheres estão mais vocacionadas para fazer, tal como outras estão mais apropriadas para o homem. Depois de tudo, também somos animais e temos instintos e aptidões naturais,
            Há quem não seja nada mas julga ser tudo.

          • Carlos Esperança

            Tem razão Xana. O ensino é péssimo em Portugal mas o brilhante professor que critica não escreve com erros de ortografia.

            Siga-lhe o exemplo.

          • Xana_C1970

            Brilhante?

            Você é cego ou comediante?

            Sabe que não é o rigor gramatical da escrita na internet que demonstra as qualidades de uma pessoa. Não seria a escrita que levaria a imaginar que se trata de um trolha, mas antes as incoerência do discurso e o absurdo das afirmações.
            Falando a verdade, ainda não acredito que se trate de um professor de faculdade. O absurdo tem limites.

            O que me revolta é qu,e há tanta gente com capacidades e continua internamente injustiçada. Enquanto os interesses se sobrepuserem às qualidades vamos ter estes exemplos de professores nas nossas faculdades.

          • Molochbaal

            Xaninha, mas se tu és inferior aos homens, como podes julgar alguém que, por ter bolas, é imensamente superior a ti ?

            Cumpre mas é os preceitos do apóstolo Paulo, que tu gostas tanto, e cala-te quando há homens a falar.

            Resume-te à tua insignificância.

        • Xana_C1970

          Quer mal vai o ensino em Portugal onde um professor universitários têm discurso de trolha, escreve uma Post cheio de asneiras e estupidez.

          Perceber de informática não implica cultura, é certo, mas ser professor universitário sim.

          Os grandes cracks da informática estão nos bairros suburbanos do sudoeste asiático. Para eles não há segredos nem barreiras de segurança que resistam e desafiam os mais engenhosos esquemas e habilidades dos homens da Microsoft. Mas esses “especialista” de cultura, de formação cultural e conhecimento da sociedade estão no lado oposto do seu conhecimento de computação.

          Este, não quer que lhe chame trolha posso chamar-lhe informático, percebe infinitamente menos que os jovens asiáticos e até cultura tem menos.

          Como pode ser professor universitário?

          Qual é o desgraçado país que admite como professor de faculdade um informático que faz uma açorda como essa e chama a isso um artigo de opinião?

          Já reparou nos exemplos dele?
          Já atendeu às comparações que ele faz?

          Então diga se o devo considerar demente ou se ele está apenas brincando?

          Escreve uma tonelada de coisas sem pés nem cabeça, diz um pacotão de asneiras que não se devem tolerar a um moleque cábula e você vem elogiar o “professor universitário” em vez de ser amigo dele e lhe dizer que não seja ridículo?

  • antoniofernando

    “Podemos explicar isto com na fábula de Esopo, assumindo que as formigas são inteligentes e precavidas. No entanto, esta explicação é inconsistente com o que sabemos da inteligência dos insectos.”

    LK

    O grande rombo na Teoria Evolucionista de Darwin advém de uma reflexão, medianamente atenta, sobre a temática da Inteligência Humana. Com efeito, entre o genoma humano e o de um verme, existe apenas o dobro dos genes que compõem o verme. Ora, se nós, os humanos, somos, até ao momento, o mais recente elo da Evolução Animal, então podemos perguntar donde e quando proveio a nossa inteligência, se os restantes animais,como os insectos, apenas actuassem organizadamente por mero reflexo ou instinto.Se essa Teoria fosse válida, no que a esses aspectos respeita, então as sociedades humanas também deveriam actuar pelos mesmos processos reflexivos ou instintivos. Mas todos sabemos que os homens possuem Inteligência capaz de analisar e construir os mais diversos processos organizacionais.Donde veio essa Inteligência Humana ? Quando e como apareceu ? A Teoria Evolucionista de Darwin não tem resposta. E esta só pode ser, do meu ponto de vista, a seguinte:a Inteligência sempre esteve presente em todas as formas de vida. Só assim é possível admitir que o Homem seja uma forma de vida mais evoluída, a partir de outras formas bióticas mais embrionárias. Pode a Inteligência vir de algo inexistente ,se os anteriores seres vivos, que nos precederam, a não tivessem ? Não pode.A Inteligência teria que ter estado presente logo na primeira célula orgânica, para que seja possível admitir logicamente a sua escalada evolutiva até ao Homem.É exactamente o que defendeu o nobel Georg Wald e o que também sustenta Sam Harris, quando postula que a Consciência precede os cérebros e os próprios seres vivos.Assim sendo,LK pode saber muito pouco da inteligência dos insectos, mas o que não pode é sustentar que as sociedades altamente complexas das formigas ou das abelhas actuam por reflexo ou instinto.Aliás, ao sustentar esta bizarra tese, LK até está a legitimar as teses criacionistas nas quais não me revejo. Na realidade, se a Inteligência tivesse surgido apenas com o Homem, mas já não nas outras espécies animais, qualquer criacionista poderia então defender que a Inteligência teria sido um especial atributo conferido por Deus aos homens. Ora, eu aceito que o Homem é o resultado da evolução das espécies, perspectivada, contudo, numa óptica de pendor teleológico, e não na absurdez do cego acaso,proclamado por alguns seguidistas darwinistas mais dados a conceitos irracionais e ilógicos, como é o caso do apregoado carácter reflexivo ou instintivo do apologeta Ludwig Krippahl…

    • Abraão

      No filme sobre a vida das espécies na Terra “Crónicas de Angstrom” a pergunta deixada no final do filme:
      Quem dominará a Terra no futuro, o Homem ou o Insecto?
      E deixou no ar uma resposta:
      Quando o Homem surgiu já os insectos cá estavam.
      Onde não há inteligência não há estupidez.

      A resposta não é fácil e eu responderia: Se o mundo for dominado por lunáticos religiosos, com toda a certeza iremos todos pelos ares e os insectos continuarão adaptando-se às condições existentes como sempre fizeram.

    • Abraão

      No filme sobre a vida das espécies na Terra “Crónicas de Angstrom” a pergunta deixada no final do filme:
      Quem dominará a Terra no futuro, o Homem ou o Insecto?
      E deixou no ar uma resposta:
      Quando o Homem surgiu já os insectos cá estavam.
      Onde não há inteligência não há estupidez.

      A resposta não é fácil e eu responderia: Se o mundo for dominado por lunáticos religiosos, com toda a certeza iremos todos pelos ares e os insectos continuarão adaptando-se às condições existentes como sempre fizeram.

  • Rafa

    Diferentemente do que voçê diz o “rombo” da teoria darwiniana se localiza não inteligência humana, mas na impossibilidade de explicar a variabilidade necessária a seleção natural. O neodarwinismo explica o fenômeno da variabilidade como sendo constituído pelas mutações e recombinações genéticas com o advento da idéia de gene, sendo este comprovado empíricamente por laboratórios no início do século XX.

    A mim parece que você não entendeu a magnitude da seleção natural. Todos os organismos são como são hoje pois foram adaptados para sobreviver no meio onde vivem. Inclusive os seres humanos. A inteligencia humana, que voçê tão grandiosamente reverencia, não é nada mais que uma variação genética que possibilitou a sobrevivencia do primeiro ancestral portador de uma racionalidade mínima. Este ancestral, por ser mais racional que os outros, conseguiu sobreviver e se adaptar ao ambiente de forma a perpetuar sua espécie. A inteligencia humana, assim como qualquer característica singular de um determinado organismo, é variada da seleção natural. Somos dotados de inteligencia pois nos adaptamos ao meio onde viviamos e com a razão pudemos subjulgar os males que no assolavam. A razão serve para sobrevivermos e para que exista foi necessário o desenvolvimento do sistema nervoso central. Qualquer ser que não possua nada parecido com isso não tem consciencia, ou pelo menos não nos da provas conclusivas disso.

    • Rafa

      A biologia moderna não ve a estruturação social dos insetos como “inteligente” nem qualquer coisa parecida. Sua capacidade de formar sociedades organizadas vem da variabilidade formada por mutações e recombinações genéticas podada pela seleção natural que levou a adaptação ao meio ambiente. Abelhas são capazes de formar sociedades complexas não porque sejam inteligentes, mas porque se adaptaram a sobreviver no ambiente desta forma.

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  • Ludwig

    Xana_C1970,

    Sou português, de S. Sebastião da Pedreira, como muita gente. O meu pai era alemão, mas nasceu em Ayamonte, que só não é em Portugal por umas dúzias de remadelas (e isso antes da ponte).

    Não sou carpinteiro, mas gosto de carpintaria. Fiz a mesa onde trabalho, aqui em casa, mais alguns móveis para guardar as minhas coisas. Só no meu cantinho, no entanto, porque apesar de funcionais ficam aquém das exigências estéticas da minha mulher.

    E se bem que não seja mulher, sou casado com uma há mais de uma dúzia de anos, conheço-a bem há mais de vinte, e não acredito nada na suposta inferioridade feminina. Mas também reconheço que as pessoas não são todas iguais…

    • Molochbaal

      Caro Ludwig.

      A xaninha disse que, por ser mulher, é inferior aos homens não disse ?

      Então e tu rebaixas-te a tratar uma inferior como se estivesse ao teu nível ?

      Belisca-lhe mas é o traseiro e manda-a para a cozinha.

  • Ludwig

    António Fernando,

    Sem tempo para me debruçar sobre as suas longas e diversas considerações, optei por responder esta pergunta:

    «Que pretenderia LK ?»

    O consenso acerca de algo que pode parecer óbvio mas, infelizmente, é muitas vezes descurado: se bem que cada um tenha o direito de acreditar no que quiser, a realidade é algo partilhado por todos.

    Assim, é perfeitamente legítimo acreditar num Alá, num Jeová, num Odin ou Rá. Basta querer crer, e não é preciso dar satisfações a ninguém.

    Mas não é legítimo dizer que se sabe que Jesus ressuscitou, que Maria era virgem, que a hóstia se transubstancia, que Maomé falou com o criador do universo ou que Zeus manda raios sem que se tenha primeiro alguma evidência objectiva que suporte essas alegações em detrimento das hipóteses contrárias.

    O resultado disto pode-se resumir em poucas palavras: a fé é um direito, mas as religiões são um abuso.

  • Antonio Porto

    Num debate , quando perguntaram a christopher hitchens sobre o sentido da vida ele gaguejou e disse que a pergunta não lhe fazia sentido.
    Sentido é uma palavra ignorada pelos ateus.

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