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  • 16 de Dezembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Laicidade

A laicidade como condição de sobrevivência

A luta partidária dos países democráticos, com a consequente necessidade de caça ao voto, tem levado os Estados laicos a uma estranha cumplicidade com as religiões, não se limitando a garantir a liberdade de culto – como é seu dever –, mas subordinando-se aos interesses da religião dominante.

A globalização trouxe consigo a possibilidade de expansão de todos os credos à escala mundial, aspiração que os apóstolos acalentavam, sem contarem com concorrência. Na Europa os cristãos ortodoxos procuram manter privilégios ancestrais  e conquistar os países da ex- URSS; o Vaticano pretende opor um dique ao islão e atrair os anglicanos enquanto combate o secularismo e a laicidade; as seitas evangélicas desejam penetrar no mercado enquanto o Islão, ressentido com o seu atraso e o fracasso da civilização árabe, procura islamizar o mundo nem que seja à bomba.

A Suécia acaba de ser vítima do primeiro acto de terrorismo suicida cuja origem aponta para a demência islâmica. Segundo documentos dos EUA, difundidos pela WikiLeaks, a Catalunha é o principal centro do islamismo radical no Mediterrâneo. Na memória dos europeus perduram os actos terroristas de 11 de Março de 2004 na estação ferroviária de Alcalá, em Espanha, os atentados de 7 de Julho de 2005 no metro de Londres, a onda de ameaças por causa dos cartoons de Maomé, na Dinamarca, e as ameaças da Al-qaeda.

Se os crentes das várias religiões se limitassem a salvar a alma que acreditam ter e não tivessem no caderno de encargos a obrigação de salvarem os que não querem ser salvos, tudo seria pacífico. Nenhum céptico, ateu, livre-pensador ou agnóstico se interessa pelo número de orações que crentes os rezam, os jejuns a que se submetem, a abstinência que guardam, os alimentos que proscrevem ou a vida sexual que têm. O problema reside no desvario de quem pretende impor aos outros os seus valores particulares, convencido de cumprir a vontade do deus que lhe impuseram.

A Física, a Química e a Biologia, por exemplo, todos os dias mudam e enriquecem com novas descobertas. As ciências, apesar do azedume das religiões, evoluem a um ritmo que deixa a fé, desorientada, a ruminar livros antigos e velhos preconceitos.

O horror cristão ao secularismo só tem paralelo na aversão do Papa ao preservativo. Os judeus, menos de 20 milhões, ainda reclamam a herança divina da Palestina para as suas tribos. Os islamitas, desesperados, agarram-se ao Corão como náufragos a uma jangada, sem espírito crítico, com horror ao progresso, à liberdade individual e à modernidade.

A reislamização da Turquia é um intuito perigoso contra o espírito laico das suas elites, uma obsessão do actual primeiro-ministro simpatizante do negócio dos tapetes para as orações. A Espanha enfrenta a fúria papal que a quer devolver ao redil do Vaticano e o assédio do islamismo que a pretende transformar num novo califado.

Ai da Europa, ai de nós, da liberdade, da herança do Iluminismo e da modernidade, se os Estados, com a conivência de uma esquerda pouco inteligente e de uma direita beata, abdicar da laicidade e deixar o fanatismo religioso à solta numa sofreguidão prosélita.

Sem laicidade, imposta sem subterfúgios, a Europa das Luzes pode regredir e tornar-se o espaço beato onde o poder democrático ceda o lugar à vontade do deus que ganhar a batalha da fé pela força das armas e pelo terror.

80 thoughts on “A laicidade como condição de sobrevivência”
  • rayssa gon

    ” esquerda pouco inteligente e de uma direita beata”

    das muitas frases que eu poderia destacar, essa , sem duvida, é a melhor. infelizmente.

    sobre a europa, bem, minha impressão é que a parada aí tá feia, viu?

    a italia, a frança e a grécia pegam fogo todos os dias. ok, a frança , na verdade, nunca deixou de pegar fogo, sem me permitem a piada historiografica.
    mas a minha impressão, aqui, da ex-colonia, é que hoje a europa não está lá muito receptiva para se vive, trabalhar, estudar. pensando bem, nem pra se passar as ferias. :S

    • Carlos Esperança

      Só para passar as férias, Rayssa. A Europa é uma princesa arruinada que guarda as jóias dos séculos passados.

      Mas venha um dia. Gostará de muitas coisas. Até do Vaticano, juro. (esquecendo o clero, claro).

    • Anonimo

      “esquerda pouco inteligente e de uma direita beata”

      Como sabe, o Carlos Esperança é um ferrenho homem de “esquerda”. E, essa de “esquerda pouco inteligente” é uma das raras vezes em que a honestidade lhe veio ao de cima.

      • rayssa gon

        eu tbm sou de esquerda, anonimo. e perto do carlos esperança não tenho vergonha de dizer que ainda sou pouco inteligente.

        como andei dizendo no twitter. bem, a europa elege a direita mais rasteira só pra depois sair às ruas queimando praças, confrontando policiais e gritando. acho q tão tentando assar um porco q eles mesmos engordaram.

        vemos a imagens do acontece na italia, na frança, grecia, etc. parece desanimador.

  • Joel

    Outra vez essa paranóia antislâmica??? Oh.. os islamicos são o mal absoluto do mundo!!! Oh… eles são responsaveis por todas as desgraças do mundo… é verdade!!! Sua Santidade os EUA disseram!!!

  • Anonimo

    «Sem laicidade, imposta sem subterfúgios, a Europa das Luzes pode regredir » – C.Esperança-

    Nem mais!

    E a laicidade impõe, obrigatoriamente, que se elimine, sem subterfúgios, o ateísmo. O ateísmo é anti-laico.

    Curiosamente o ateísmo é anti-laico, anti-democrático e anti-cientifico. Ao contrário daquilo que os ateus tentam vender, o ateísmo é uma ideologia de fanáticos e não uma corrente cientifica.

    • jmc

      mas que raio?…

      o ateísmo é a descrença na existência de deus(es) e/ou a crença na inexistência de deus(es)

      laicidade é a separação do estado e das doutrinas religiosas, não podendo estas exercer poder político nem o estado exercer poder religioso. não sendo o ateísmo um movimento político ou uma religião (e não, o ateísmo não é uma religião mas sim uma crença ou descrença, qual preferir) não está de forma nenhuma ligado à laicidade de um estado.

      não tendo ligação à política, por ideologia ou de qualquer outra forma, também não é anti-democrático ou democrático ou fascista ou anti-fascista. a afirmação faz tanto sentido como dizer que uma laranja é anti-automóveis

      e leia a definição outra vez. é uma crença. nada tem a ver com a ciência. claro que não é uma corrente científica…

      agora diga-me, como é que a laicidade impõe que se elimine o ateísmo?

      • Anonimo

        Hoje até o “jmc” consegue ser honesto ao dizer: mas que raio?…

        ”laicidade é a separação do estado e das doutrinas religiosas, não podendo estas exercer poder político nem o estado exercer poder religioso”

        Costuma ir muito mais longe e chamar laicidade a coisas que não têm nada a ver, como o ensino da disciplina de Moral Católica, ou os crucifixos. Sempre teve um assomo de lucidez para dizer a verdade, definindo a laicidade como aquilo que ela é.
        Talvez isto tenha a ver com a afirmação do Carlos Esperança, segundo o qual, as pessoas de esquerda “são pouco inteligentes”. Agora esforçam-se por querer demonstrar que não é bem assim.

        O estado laico implica, obrigatoriamente, o reconhecimento da validade das religiões, dando-lhes um estatuto de “poder não temporal”. Por isso o Estado se vê obrigado a definir quem manda em quê – separando os poderes, ou seja: reconhecendo o seu poder e o poder (diferente e separado) da Igreja (no nosso caso, que somos uma nação católica). Ao contrário, o teísmo não reconhece validade ou poder às religiões. Portanto, um estado laico opõe-se a um estado ateu que despreza ou proíbe as religiões.
        Não é possível um estado ser ateu e laico ou mesmo tempo. Ou seja: um estado não pode reconhecer as religiões como um conjunto de instituições com um “poder, uma dinâmica e validade” aceite e instituído e ao mesmo tempo dizer que são uma fraude e uma mentira, porque se baseiam no que não existe.

        A “ateu laico” é mesma coisa que um “abstémio alcoólatra”. A não ser como figura de estilo num texto literário, são coisas que “não casam”.

        • jmc

          concordo: um estado ateu não é um estado laico

          no seu primeiro comentário, porém, tinha referido que o ateísmo era contra a laicidade de um estado. isto não é verdade pois a laicidade de um estado implica a sua não adopção de religião nenhuma e não a proibição de qualquer uma (como é o caso num estado ateu ou anti-teísta, que por acaso são duas definições diferentes, preferiria a 2ª mas costuma-se usar a primeira, infelizmente).

          p.s.: o “mas que raio” foi pela sua última frase. acho que nunca antes tinha visto o ateísmo tão mal classificado.

      • Anonimo

        Hoje até o “jmc” consegue ser honesto ao dizer: mas que raio?…

        ”laicidade é a separação do estado e das doutrinas religiosas, não podendo estas exercer poder político nem o estado exercer poder religioso”

        Costuma ir muito mais longe e chamar laicidade a coisas que não têm nada a ver, como o ensino da disciplina de Moral Católica, ou os crucifixos. Sempre teve um assomo de lucidez para dizer a verdade, definindo a laicidade como aquilo que ela é.
        Talvez isto tenha a ver com a afirmação do Carlos Esperança, segundo o qual, as pessoas de esquerda “são pouco inteligentes”. Agora esforçam-se por querer demonstrar que não é bem assim.

        O estado laico implica, obrigatoriamente, o reconhecimento da validade das religiões, dando-lhes um estatuto de “poder não temporal”. Por isso o Estado se vê obrigado a definir quem manda em quê – separando os poderes, ou seja: reconhecendo o seu poder e o poder (diferente e separado) da Igreja (no nosso caso, que somos uma nação católica). Ao contrário, o teísmo não reconhece validade ou poder às religiões. Portanto, um estado laico opõe-se a um estado ateu que despreza ou proíbe as religiões.
        Não é possível um estado ser ateu e laico ou mesmo tempo. Ou seja: um estado não pode reconhecer as religiões como um conjunto de instituições com um “poder, uma dinâmica e validade” aceite e instituído e ao mesmo tempo dizer que são uma fraude e uma mentira, porque se baseiam no que não existe.

        A “ateu laico” é mesma coisa que um “abstémio alcoólatra”. A não ser como figura de estilo num texto literário, são coisas que “não casam”.

    • Anónimo

      Você perdeu uma excelente ocasião para deixar o teclado em paz.
      Três linhas de disparates. Mas ainda não conseguiu alcançar o Toino-do-deus-privativo.
      Há que fazer um esforço.

    • Anónimo

      OH ANÓNIMO ÉS COMO UM CALHAU ROLADO.

    • Anónimo

      OH ANÓNIMO ÉS COMO UM CALHAU ROLADO.

  • antoniofernando

    “Se os crentes das várias religiões se limitassem a salvar a alma que acreditam ter e não tivessem no caderno de encargos a obrigação de salvarem os que não querem ser salvos, tudo seria pacífico”

    “A globalização trouxe consigo a possibilidade de expansão de todos os credos à escala mundial”

    Carlos Esperança

    1-Eis CE regressado à sua própria generalizante globalização. Afinal o anterior texto delico-doce,de sua autorira, era mesmo para tentar enganar papalvos.

    Aqui, a propósito de um acto reprovável de um louco islamita,lá derivou o missionário ateu para mais uma das suas entediantes pereginações folhetinescas.

    É evidente que o Islamismo, tal como apreendido pelos sectores mais fanáticos, pode constituir fermento ideológico dos seus militantes mais agressivos.

    Como é patente que livros como o Deuterónimo e o Levítico certamente justificaram múltiplas atrocidades.

    Mas pretender envolver nestas inclemências a generosa e altruísta Doutrina de Cristo,na mesma panóplia de aberrações teológicas,como constantemente o faz CE,só pode ser incultura, ignorância ou má-fé.

    Alguém conhece hoje países com referências cristãs, cujos membros decapitem outros cidadãos em praças públicas, apedrejem ou chicoteiem mulheres, pendurem seres humanos em postes de iluminação ou se façam explodir, como o fanático da Suécia ?

    Alguém conhece países islâmicos onde os cristãos possam livremente manifestar o seu Cristianismo,a o invés do que sucede em países com predominância cristã, onde os islâmicos têm as suas mesquitas activas e os seus membros pacificamente reunidos ?

    Alguém pode dizer que, na China ou na Coreia do Norte, os cristãos são livres de proclaramem a sua Fé ?

    2-Depois a estafada questão do preservativo, tão renitente e hipocritamente invocada por CE:

    Alguém ouvir Bento XVI afirmar que quem andasse em relações múltiplas e promiscuas deveria não usar preservativo ?

    Ou o que Bento XVI legitimamente sustenta é que, na específica mundividência católica, a sexualidade deve ser integrada numa relação matrimonial exclusiva e de recíproca fidelidade ?

    Qualquer pessoa bem intencionada, goste ou não de Bento XVI, vê que é,na segunda hipótese, que deve ser enquadrado o posicionamento institucional legítimo da Igreja Católica.

    Por isso, já enoja esta constante falta de seriedade intelectual do CE, a arengar sempre na linha da mais medíocre argumentação…

    Mas não é nada de estranhar. Amanhã CE vai trazer-nos mais de mesma menoridade de pensamento…

    • Molochbaal

      Caro nacional-mentiroso,

      Então já descobiste as centenas de referências elogiosas a deus, ao criador, à divina providência, ao movimento social-cristão que enchem o mein kampf e que provam que hitler é um ateu convicto ?

      Toda a gente sabe que os ateus são crentes em deus, no criador, na divina providência e no movimento social-cristão, daí que naturalmente tenhas todos os motivos para afirmar que era ateu.

      És mesmo um nacional-vendedor-de-banha-da-cobra.

    • Anonimo

      Parabéns por este comentário, antoniofernando!

  • Pedro Soares

    “Na Europa os cristãos ortodoxos procuram manter privilégios ancestrais e conquistar os países da ex- URSS; o Vaticano pretende opor um dique ao islão e atrair os anglicanos enquanto combate o secularismo e a laicidade; as seitas evangélicas desejam penetrar no mercado enquanto o Islão, ressentido com o seu atraso e o fracasso da civilização árabe, procura islamizar o mundo nem que seja à bomba.”

    “Se os crentes das várias religiões se limitassem a salvar a alma que acreditam ter e não tivessem no caderno de encargos a obrigação de salvarem os que não querem ser salvos, tudo seria pacífico. Nenhum céptico, ateu, livre-pensador ou agnóstico se interessa pelo número de orações que crentes os rezam, os jejuns a que se submetem, a abstinência que guardam, os alimentos que proscrevem ou a vida sexual que têm. O problema reside no desvario de quem pretende impor aos outros os seus valores particulares, convencido de cumprir a vontade do deus que lhe impuseram.”

    Reflexões sublimes. Parabéns!

    Em relação ao comentário do António Fernando: “as pretender envolver nestas inclemências a generosa e altruísta Doutrina de Cristo,na mesma panóplia de aberrações teológicas,como constantemente o faz CE,só pode ser incultura, ignorância ou má-fé”. Percebo o que que dizer. E não. Acho que o CE não estabelece uma ponte directa entre radicalismo islâmico e cristianismo. Hoje em dia, parece-me evidente, a doutrina da Igreja Católica aponta para o respeito das liberdades e para a promoção da não-violência.

    Penso que o ponto será: a ICAR começou por ser uma organização devotada a promover o bem estar e equidade de todos (concordamos aqui, certo?) mas, num período posterior acabou, para defender a sua hegemonia, por torturar, mutilar, ceifar vidas… Curiosamente, todos estes actos de esquizofrenia comportamental foram apoiados pelas mesmas fontes (Bíblia – Estudos Teológicos). Agora, parece, voltamos ao “período virado para o Homem”. Mas, até quando? Você garante-me que, na loucura da defesa da “fé” e da “posição”, não surja um papa demente que re-admita a pena de morte para os hereges?

    A evangelização e a noção de que a vossa é que é “A” religião, a noção, muitas vezes expressa pelos crentes, de que os seus valores é que são “OS” valores (sendo que os outros não passam de aberrações pecaminosas) são um perigo, uma ameaça latente, sempre à espera da ignição para voltar a explodir. Porque a vossa evangelização será “uma missão sagrada” e portanto, por definição, acima de qualquer convenção humana. Seja ela o direito inegável à vida que o direito internacional consagra.

    Cumprimentos.

    • antoniofernando

      “Você garante-me que, na loucura da defesa da “fé” e da “posição”, não surja um papa demente que re-admita a pena de morte para os hereges? ”

      Pedro Soares

      Não, não garanto nada. Nem isso nem que, na loucura da defesa do ateísmo radical, não possam aparecer novos ateus como Estaline, Mao Tse Tung , Pol Pot ou Enver Hoxha que venham novamente perseguir as religiões e os crentes…

      • Pedro Soares

        António Fernando, esses crimes foram cometidos não em nome do ateísmo, mas em primeiro lugar, em nome de um suposto regime político ditatorial que (TAMBÉM) defendia a laicidade do estado. Não tem uma coisa haver inequivocamente a ver com a outra. A esmagadora maioria das mortes nesses períodos foram de claros opositores políticos não de crentes.

        Já a Igreja da Inquisição matava, torturava, aprisionava,etc, etc, com o claro objectivo de travar o avanço dos protestantes, dos hereges e do secularismo. Não existe o mesmo relação, e você sabe disso melhor que ninguém.
        Acusava o CE de má fé, desculpe-me a sinceridade, mas esta sua comparação entre Inquisição/Comunismo Ateu de boa fé tem muito pouco.

        Cumprimentos!

      • Pedro Soares

        António Fernando, esses crimes foram cometidos não em nome do ateísmo, mas em primeiro lugar, em nome de um suposto regime político ditatorial que (TAMBÉM) defendia a laicidade do estado. Não tem uma coisa haver inequivocamente a ver com a outra. A esmagadora maioria das mortes nesses períodos foram de claros opositores políticos não de crentes.

        Já a Igreja da Inquisição matava, torturava, aprisionava,etc, etc, com o claro objectivo de travar o avanço dos protestantes, dos hereges e do secularismo. Não existe o mesmo relação, e você sabe disso melhor que ninguém.
        Acusava o CE de má fé, desculpe-me a sinceridade, mas esta sua comparação entre Inquisição/Comunismo Ateu de boa fé tem muito pouco.

        Cumprimentos!

        • antoniofernando

          Pedro Soares:

          Não me venha com essa conversa de que Estaline era muito bonzinho enquanto ateu e muito mau enquanto comunista. Fica-lhe mal. Você, no primeiro comentário, parecia ir bem encaminhado, mas ,de tanto ler o CE ,agora descarrilou por completo. Foi um tombo do tamanho de todos os gulags…

          • Pedro Soares

            António Soares, eu não disse que Estaline era bonzinho enquanto ateu. Ele foi um mostro. Por favor, não diga coisas que eu não disse nem desvie o teor da discussão a seu favor. Isso não dignifica a a troca de argumentos.

            Você disse que a culpa de terem surgido Estaline, Mao, Plot, etc, etc, foi do ateísmo. Que foi o ateísmo que provocou os crimes comunistas. Eu digo que não. E parece-me mais que óbvio. Foi culpa de uma ideologia política. E foi na suposta defesa do seu regime comunista que os crimes aconteceram. Não na defesa do ateísmo. Se você não consegue ver isto eu não faz sentido continuar aqui a argumentar. É óbvio demais.

            Cumprimentos.

          • Pedro Soares

            *António Fernando

    • Anonimo

      “Vaticano pretende opor um dique ao islão”

      Recomendo que mude de lentes e uma lavagem aos ouvidos.

      Quem barra a expansão do islamismo na Europa são os estados (laicos), sobretudo: França, Alemanha e Suiça. Nesses países são inúmeras as leis (laicas) anti-islamismo.
      A expansão da cultura islâmica está a ser filtrada pelos estados ao arrepio da tão apregoada “liberdade”.

  • Eduardo Russo

    Caro antoniofernando

    Concordo consigo no que diz respeito aos países islamicos. Neles não há liberdade religiosa e nem tolerancia com ateus e agnósticos. E quem não for muçulmano é considerado cidadão de segunda classe. No Ocidente cristão isso não se dá . Qual o motivo ? Aqui a religião não predomina na forma de governo nem as leis são baseadas na Biblia. Caso contrário, eu estaria morto pois trabalho aos sábados, consumo bebidas alcólicas e aprecio um leitão assado.

    Concordo também que a “generosa e altruistica doutrina de Cristo” * não poder ser misturada com as barbaridades do Levitico e Deuteronimo , apesar de J Cristo ter dito que não mudaria nem uma vírgula da Lei Mosaica. Mas os homens são assim mesmo ;separam o trigo do joio ,lançam fora o trigo e ficam com o joio.

    Cumprimentos

    Obrigado

    * esta espressão eu ouvi de um amigo que segue o Espiritismo.
    Vc. também é espírita ? Aqui no Brasil pé comum ser meio católico e meio kardecista.

    • MS Dos622

      E desde quando Alan Kardec ou Max Heindel são ateus ou anti-católicos?

      • Anónimo

        “E desde quando Alan Kardec ou Max Heindel são ateus ou anti-católicos?”

        Basta ler umas poucas de linhas da satânica “doutrina” kardecista e outras tantas do catecismo da Igreja Católica e comprove.

        • MS Dos622

          João:
          Acho que estás a exagerar sobre o Espiritismo moderno.

          Como hoje não tenho tempo para te responder, fiz estes recortes da wikipédia e espero que leias e me digas se não achas exageradas as tuas observações sobre o “espiritismo”. Hoje o espiritismo não é o “culto pagão” dos espíritos.

          “O Espiritismo é um conjunto de doutrinas espiritualistas que consideram o homem um espírito imortal que alterna experiências nos mundos material e espiritual, de acordo com a doutrina da reencarnação, com o objectivo de evoluir, tanto moral quanto intelectualmente, rumo a Deus. Considera também a comunicabilidade entre os vivos e os mortos, geralmente por meio de um médium, ou seja, de um mediador.”

          “A doutrina espírita adopta a Moral cristã, apesar de suas concepções teológicas diferenciadas. Para os espíritas, nome dado aos seguidores do Espiritismo, Jesus Cristo se trata do espírito mais elevado a já ter encarnado na Terra, bem como o modelo de conduta para o auto-aperfeiçoamento humano, tendo provado, pela prática da caridade absoluta e pela sua própria encarnação, que o homem pode suportar as provas necessárias para a sua elevação espiritual.”

          “A doutrina espírita, de modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos:
          Na existência e imortalidade do espírito, compreendido como individualidade inteligente da Criação Divina;
          Na defesa da reencarnação como o mecanismo natural de aperfeiçoamento dos espíritos;
          No conceito de criação igualitária de todos os espíritos, “simples e ignorantes” em sua origem, e destinados invariavelmente à perfeição, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o livre – arbítrio;
          (…)”

          Grande parte dos Espíritas de hoje aceitam o dogma da Santíssima Trindade.
          Portanto, mantenho o que disse. Allan Kardec não é ateu nem anti-católico.

          • Anónimo

            Moderno ou não, o Espiritismo NEGA frontalmente pelo menos duas dezenas de verdades de Fé. Para além de ser uma coisa condenada expressamente pela Bíblia e pela Igreja Católica.

            Não pode, de maneira nenhuma, ser chamado de católico ou cristão, por muito “bom” que aparente ser.

            Ninguém pode ser verdadeiramente católico e espírita ao mesmo tempo. Isso de ir à Missa ao Domingo (e quem sabe, até comungam – ou melhor, comem a própria condenação, pois cometem o pecado gravíssimo de receber o Corpo de Jesus sem estar em estado de graça!!) e aos centros espíritas à sexta é de lamentar. De lamentar tamanha ofensa a Deus e de lamentar que não haja padres nem Bispos que a isso se oponham e ensinem a incompatibilidade do Espiritismo – seja ele qual for, moderno ou antiquado, um acto de satanismo pagão – e o Catolicismo.

      • Eduardo Russo

        Caro MS Dos622

        Que eu saiba, Alan Kardec não era ateu e nasceu numa família católica, portanto deve ter sido batizado. Por outro lado , muitos católicos consideram a sua doutrina como sendo satânica.
        O que eu escrevi é que no Brasil há muitas pessoas que frequentam missas aos domingos e vão centro espírita às sextas-feiras. E também vão à terreiros de umbanda ,cartomantes, consultam tarôs, runas , horoscopos (os mais variados) etc e etc.

        Obrigado

  • antoniofernando

    Caro Eduardo Russo

    Onde está a alusão alegadamente feita por Cristo, segundo a qual ” não mudaria nem uma vírgula da Lei Mosaica”, pode citá-la em concreto ?

    Acha que a posição de Cristo, no episódio da mulher adúltera, esteve em consonância ou contra a Lei Mosaica que ordenava a sua lapidação ?

    ” generosa e altruística doutrina de Cristo” não vejo que seja expressão exclusiva de qualquer seguidor do Espiritismo. Agora, se eu sustento a imortalidade da alma, é evidente que admito perfeitamente a existência dos chamados fenómenos de mediunidade espírita. Os quais, aliás, são secundados pelos estudos científicos sobre as memórias de vidas passadas e pela análise das chamadas experiências de quase-morte.Note que até o próprio ateu e neurocientista Sam Harris admite que a dimensão imaterial consciência pré-exista ao cérebro e aos seres vivos.
    Mas não é nada que não tivesse sido assumido, por exemplo, por Agostinho de Hipona, que chegou a equacionar a hipótese da reencarnação, ou pelo próprio Papa João Paulo II quando afirmou:”o diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo”(Revista VEJA, nº1899, ano 38 de 06/04/2005, p.93″ )

    • Anónimo

      António Fernando:
      a conversa não é comigo, mas permita-me:
      Mateus 5
      17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.
      18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
      Luc 16:17 – E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.
      A qual lei se referiam os evangelistas?

      • antoniofernando

        Porque razão Cristo foi crucificado ? Não foram os fariseus do Sinédrio que O condenaram à morte e Pilatos limitou-se a lavar as mãos do sangue que tinha do Justo ? Não constam no Evangelho múltiplas passagens de conflito entre Jesus e os fariseus àcerca do modo de encarar o Divino ? Não deveria a mulher adúltera ter sido lapidada perante a Lei Mosaica ? Porque Cristo consentiu que os apóstolos comessem espigas durante o sábado em que qualquer actividade humana era proibida ? Porque afirmou Cristo que comer com as mãos não traz nenhuma impureza, mas que a impureza está apenas nos maus sentimentos ? Porque é que no Evangelho é Maria Madalena quem aparece como primeira testemunha da Ressurreição de Cristo, quando os testemunhos das mulheres, na época, eram probatoriamente desvalorizados ? Porque é que os fariseus consideraram que Cristo blafesmara e os seus próprios conterrâneos O chamaram louco ? Porque Cristo foi apologista da Lei de Talião ou foi porque veio romper com a Lei de Talião ?…

        • Anónimo

          “Porque razão Cristo foi crucificado ?”

          Para cumprir as Escrituras e a vontade de Deus e, assim, salvar-nos para merecermos o Céu.

          “Não foram os fariseus do Sinédrio que O condenaram à morte e Pilatos limitou-se a lavar as mãos do sangue que tinha do Justo?”

          Foram.

          “Não constam no Evangelho múltiplas passagens de conflito entre Jesus e os fariseus àcerca do modo de encarar o Divino ?”

          Sim. Fariseus eram “perfeitos” naquilo que diziam, ensinavam e defendiam. Mas no seu coração, estavam muito distantes do que ensinavam, diziam e defendiam. Viviam das aparências de zelosos.

          “Não deveria a mulher adúltera ter sido lapidada perante a Lei Mosaica?”

          Jesus, como Deus, vê além da Lei. Viu o coração da adúltera e viu que estaria arrependida. Como tal, foi perdoada.

          “Porque Cristo consentiu que os apóstolos comessem espigas durante o sábado em que qualquer actividade humana era proibida ?”

          Com este sinal, mostrou Jesus que o dia santificado, na Sua e única Igreja, seria o Domingo.

          “Porque é que no Evangelho é Maria Madalena quem aparece como primeira testemunha da Ressurreição de Cristo, quando os testemunhos das mulheres, na época, eram probatoriamente desvalorizados?”

          Foi a que muito O amou, como sua discípula e que foi, sem medo, ao Seu sepulcro de manhãzinha, arriscando a vida às mãos dos soldados romanos.

          “Porque é que os fariseus consideraram que Cristo blafesmara e os seus próprios conterrâneos O chamaram louco ?”

          Porque não O reconheceram como Deus. Ainda hoje os Judeus blasfemam d’Ele a toda a hora, não O reconhecendo como Deus.

        • Anónimo

          “Porque razão Cristo foi crucificado ?”

          Para cumprir as Escrituras e a vontade de Deus e, assim, salvar-nos para merecermos o Céu.

          “Não foram os fariseus do Sinédrio que O condenaram à morte e Pilatos limitou-se a lavar as mãos do sangue que tinha do Justo?”

          Foram.

          “Não constam no Evangelho múltiplas passagens de conflito entre Jesus e os fariseus àcerca do modo de encarar o Divino ?”

          Sim. Fariseus eram “perfeitos” naquilo que diziam, ensinavam e defendiam. Mas no seu coração, estavam muito distantes do que ensinavam, diziam e defendiam. Viviam das aparências de zelosos.

          “Não deveria a mulher adúltera ter sido lapidada perante a Lei Mosaica?”

          Jesus, como Deus, vê além da Lei. Viu o coração da adúltera e viu que estaria arrependida. Como tal, foi perdoada.

          “Porque Cristo consentiu que os apóstolos comessem espigas durante o sábado em que qualquer actividade humana era proibida ?”

          Com este sinal, mostrou Jesus que o dia santificado, na Sua e única Igreja, seria o Domingo.

          “Porque é que no Evangelho é Maria Madalena quem aparece como primeira testemunha da Ressurreição de Cristo, quando os testemunhos das mulheres, na época, eram probatoriamente desvalorizados?”

          Foi a que muito O amou, como sua discípula e que foi, sem medo, ao Seu sepulcro de manhãzinha, arriscando a vida às mãos dos soldados romanos.

          “Porque é que os fariseus consideraram que Cristo blafesmara e os seus próprios conterrâneos O chamaram louco ?”

          Porque não O reconheceram como Deus. Ainda hoje os Judeus blasfemam d’Ele a toda a hora, não O reconhecendo como Deus.

          • jmc

            estou um bocado confuso.. jesus foi chicoteado, usou uma coroa de espinhos, carrou com uma cruz pesadíssima às costas à qual foi pregado e deixado ao sol até morrer.. porque deus, o seu pai, assim o quis?

            tinha a ideia que o deus do cristianismo era benevolente

          • Anónimo

            “tinha a ideia que o deus do cristianismo era benevolente”
            Nem pensar!!! Benevolente, só o deus do Toninho.

          • Anónimo

            Deus assim quis e Cristo, sendo Deus, assim o quis também. Tal foi o Seu amor por nós, que Se submeteu a isso para que fôssemos livres das consequências da queda de Adão – o “homem velho”- e, pela Sua paixão e morte, o “homem novo”, Jesus, resgatasse as almas com o Seu próprio sangue.

            Quem O rejeita, despreza todos esses sofrimentos, despreza o preço que custou a nossa salvação e, por isso, a condenação de uma alma (por culpa própria, pois para o Inferno só vai quem quer e se condena), é extremamente ofensiva e se pudesse haver tristeza no Alto, extremamente triste para o Céu – para os Santos, para a Virgem e para o próprio Deus – pois o Seu Sangue foi derramado também por esses desgraçados que O rejeitaram até na morte, em vão, por culpa dos próprios.

          • jmc

            então… desculpe lá, mas isto levanta-me uma série de dúvidas…

            ouvi já falar da história de ter aparecido jesus 3 dias depois e ascendido (retornado?) ao céu, portanto, não morreu, está vivo. como é que isto equivale a um sacrifício? para além disso, por que é que teve de sofrer e “morrer” para conduzir as pessoas à salvação? não haveria uma maneira mais fácil? se era deus e consegui fazer os milagres que lhe são atribuídos, porque não impediu a tortura que era feita sobre o seu povo e os seus seguidores, e já agora, sobre ele próprio?

        • Anónimo

          Bom, o João C fez-me o favor de responder às SUAS perguntas – embora nenhum dos dois tenha respondido à MINHA pergunta.
          Então, é assim (como diz o outro): Partindo da hipótese, meramente académica, de que Jesus, dito Cristo, tenha existido, ele veio, segundo o João C, e acho que ele não inventou nada, “para cumprir as Escrituras”. Muito bem. Então, morreu porque tinha de morrer, “para cumprir as Escrituras”. Pelo que os fariseus do Sinédrio mais não fizeram do que “cumprir (…) a vontade de Deus” (ver João C). De qualquer modo, se Jesus era Deus, omnisciente, já saberia que, ao fim de três dias iria ressuscitar. Pelo que a “morte” perde, quanto a mim, qualquer valor.Foi batota, pura e simples. Assim, até eu era capaz de morrer.
          Diz o João C – e continua a não inventar nada, o que só lhe fica bem – que Jesus morreu para “salvar-nos para merecermos o Céu” (copy/paste). Muito bem, o que quer dizer que estou garantido – mesmo sendo ateu. Mas sempre pergunto o que acontecerá aios que, tendo vivido e morrido antes de Jesus, não conheceram a sua palavra. Estarão salvos? E os que, tendo ouvido falar dele, não lhe ligam peva, como os muçulmanos, hindus, budistas, taoistas, kardecistas, e todas as centenas de “istas” que existem? Vai tudo para o inferno? Já agora: onde é o inferno? Existe? O JP2 disse que era mentira, que não havia inferno nenhum…
          Deus, alegadamente, criou uma lei. Dizem, os crentes, que a palavra de Deus é perene e imutável. O que se compreende, tratando-se da palavra de Deus, e não o de um qualquer engenheiro que hoje diz que não aumenta impostos e depois é o que se vê. Aliás, o próprio Jesus disse que não seria mudado “nem um jota nem um til”. Mas: mudou, ou não mudou? Santifica-se o sábado, ou santifica-se o domingo? Lapida-se a mulher adúltera, ou nem por isso? Ou será que, à imagem e semelhança do António Fernando, Jesus também tinha um particular “conceito de Deus”?
          Depois, há uma questão que me faz cócegas no cérebro: quem foi que disse que Jesus era filho de Deus? Algum de vocês acha que os homens têm capacidade para decidir da divindade, ou não, de Jesus? No entanto, a divindade de Jesus foi decidida no Concílio de Nicéia, por vulgares humanos. O que teria acontecido, se a tese de Árius tivesse prevalecido?
          “Sim. Fariseus eram “perfeitos” naquilo que diziam, ensinavam e defendiam. Mas no seu coração, estavam muito distantes do que ensinavam, diziam e defendiam. Viviam das aparências de zelosos.” Não sei porquê, este pequeno texto faz-me lembrar qualquer coisa muito recente, ou alguém ligado ao catolicismo. Pedofilia, ou coisa assim, não me lembro bem, os meus quase noventa anos também não ajudam…
          “Jesus, como Deus, vê além da Lei. Viu o coração da adúltera e viu que estaria arrependida. Como tal, foi perdoada.” Ora, ora, a Alexandra Solnado travestida de JoãoC. Ó João, tenha calma, que só a Xana é que consegue falar com Jesus, e julgo que toma o pequeno-almoço com ela. Ela é que sabe o que é que Jesus pensa, vê, sente, etc. Ou será que você já comprou os livros dela?
          “Com este sinal, mostrou Jesus que o dia santificado, na Sua e única Igreja, seria o Domingo.” Não é verdade, e você sabe disso. Se não sabe, devia saber. Mas eu lembro-lhe, na hipótese, não despicienda, de estar esquecido: Foi Constantino, verdadeiro fundador do catolicismo, quem decidiu que o domingo seria consagrado a Deus. E sabe porquê? Porque os pagãos consagravam o actual domingo à adoração do Sol. Era o “dia do Sol” ou, em inglês (que ainda se mantém) Sunday.
          Finalmente, uma palavra especial para o António Fernando: Jesus era filho de Deus? De que deus? Do da Bíblia, ou do seu?

          • Anónimo

            “Claro que qualquer crente que se preze responderá que para merecer o Céu (onde é que isso fica?) é preciso seguir a palavra de Jesus. Por exemplo, fazer o bem, amar o próximo, etc. Óptimo, mas para isso eu não preciso de religião para nada. Nem de Jesus.”

            Precisa da Fé para se salvar. Amor, caridade, boas obras, etc etc etc…ou seja, virtudes meramente NATURAIS e HUMANAS, sem a Fé, não salvam ninguém.

            Portanto, de ateus, pagãos e pseudo-crentes (falsos cristãos e seguidores de falsas religiões, etc,) que tivessem sido extremamente bondosos e muito bonzinhos para si mesmos ou para os outros, está, literalmente, o Inferno cheio, porque recusaram, de livre e espontânea vontade, o Bem verdadeiro, único e Eterno – Deus, Nosso Senhor, desprezando-O a Ele, a Sua Mãe e à Sua Santa Igreja, sendo apenas bons no sentido humano. O que não é uma virtude, mas uma obrigação e dever de qualquer pessoa.

            Fora da Igreja Católica, sem a verdadeira Fé, não há nem pode haver salvação. Por muita bondade que tenhamos.

          • Anónimo

            A tese de Árius nunca poderia ter prevalecido. Assim como a vossa – e de tantas outras igualmente falsas – nunca poderão prevalecer, igualmente e pela mesma razão, dada pelo próprio Deus feito homem:

            “Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja. E as portas do Inferno não prevalecerão contra ela”. (Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, Evangelho de São Mateus).

          • Anónimo

            Sim, em Cristo a morte perde qualquer valor. É reduzida a nada. Ele venceu-a.

            Mais que a morte, é a Paixão e todos os sofrimentos de Cristo, o Seu Sangue que nos abrem as portas do Céu e nos fazem merecedores do mesmo, se para isso contribuirmos. Todos temos os portões do Céu abertos. Só não vai para lá quem não quiser e rejeitar abertamente e até ao final a Deus e a Sua Igreja. Aí, justamente, os que assim quiseram, condenar-se-ão por sua culpa ao fogo eterno, desprezando todo o sofrimento e sangue derramado por quem muitos os amou até à morte na cruz.

          • jmc

            se me pudesse esclarecer, não tenho bem a certeza disto. seu eu tiver vivido uma vida de crimes hediondos, mortes, destruição, horror, etc. e no último mês da minha vida me arrepender de tudo isto e me converter ao cristianismo, vou para o céu?

            da mesma forma, se a minha vida estiver cheia de bons actos, caridade, amor, compaixão, etc. mas não acreditar em jesus cristo, vou para o inferno?

          • Anónimo

            Sem muito tempo – agora e nos próximos dias, respondo muito resumidamente:

            – Na primeira questão está em jogo a Misericórdia Divina. Por muito que um homem seja pecador, capaz de cometer e ter cometido os piores pecados possíveis e imaginários, se chegar ao fim da sua vida (mesmo nos últimos momentos), arrepender-se verdadeiramente e aceitar Jesus Cristo, a Sua Igreja e assim, confessando-se e recebendo os Sacramentos, provavelmente sim, irá para o Céu.

            Óbvio que não é válida a postura do “faço o que me apetecer, nego a Cristo, rejeito os Sacramentos e depois quando me vir aflito ou perigo de morte, arrependo-me e confesso-me.” Isso é pecado e uma tentação que vem do Demónio. A não haver tempo para se confessar (imagine alguém que, num acto de doença mental grave, toma 30 comprimidos de Diazepam para se suicidar), nos momentos breves que antecedem a morte se, sinceramente se arrepender e aceitar Jesus Cristo (o que pode acontecer ao pecador mais endurecido, se o coração estiver aberto a isso, através da oração persistente de alguém ou pelo intercessão da Gloriosa Mãe de Deus), apenas em desejo sincero, pode ser salvo. Ainda que, muito provavelmente, permanece longos períodos no Purgatório, até ao Fim dos Tempos, se Deus assim o entender. Mas salva-se.

            Resumindo: Arrependimento sincero, aceitar Jesus Cristo como Seu Senhor e Salvador, pelo menos em desejo. Evidente que O aceita e se arrepende verdadeiramente, a haver esse tempo, faz uma confissão bem-feita e prepara-se para uma morte cristã.

            No segundo caso, depende. Faezr o bem é uma virtude do ser humano. Todos, humanamente, como seres humanos e sociais, devemos fazer o bem. É o “normal”. É nosso dever, é nossa obrigação. É a Lei Natural.

            Se alguém, por ignorância invencível e não-culpável, fraqueza extrema, educação firme noutras crenças não tendo culpa de não conhecer bem a Igreja, etc, pratica o bem, é caridoso e bondoso, cumpre com a Lei Natural, é salvo pois pertence à alma da Igreja, embora não ao seu corpo. (ex: indígenas que desconhecem a civilização e a Igreja, mas sabem, pela Lei Natural que matar e roubar é mau…).

            Outros que poderão fazer o bem, ser caridosos, tolerantes, etc… mas rejeitam abertamente a Igreja e a Jesus Cristo (e a Deus, claro), desprezam o Sagrado de livre e espontânea vontade, não seguem os seus mandamentos, não por ignorância invencível mas por ignorância culpável (não sabem nem querem saber, tendo meios para isso, a Doutrina da Igreja e os ensinamentos de Cristo) ou, pior, conhecem e rejeitam-na, podem até pertencer ao corpo da Igreja (baptizados), mas não à sua alma. Portanto, limitaram-se a fazer o bem, durante a vida, que era o mínimo exigido como seres humanos. Esses, por muito bem que fizessem – humanamente falando – dificilmente (à partida, porque só Deus é juiz) serão salvos e condenam-se.

            Ter sempre em mente que a alma vale mais que o corpo. Ser “bons” nas coisas materiais (humanas e do mundo) não tem grande mérito, porque todo o bem deste mundo é relativo. fazer o bem sem ter em vista o Bem – o próprio Deus – mais não é que o normal para a condição humana.

            Como disse, só Deus é Juiz. Só Ele julgará cada um segundo as suas obras e a sua Fé. Sabemos apenas que a Fé e as boas obras têm de estar juntas para sermos merecedores da salvação eterna. Porque boas obras, todos fazem. Divinizá-las e colocar nelas um sentido sobrenatural é que é de louvar. E é isso que incentiva a fazer a Santa Igreja.

            Cumprimentos.

          • Anónimo

            Caríssimo JoãoC:
            Os meus parabéns! Em termos de retórica religiosa, a melhor das “testemunhas de Jeová” não lhe chega aos calcanhares. E olhe que eles têm resposta para (quase) tudo. Ainda há dias, num os meus comentários, chamava ignorantes aos ateus, nos quais me incluo, porque andavam sempre à procura de respostas. Comparei-os (-me) com os católicos em particular e com os crentes em geral que, em contrapartida, só têm certezas. Houve logo quem quisesse morder-me as canelas. Gente que, certamente, nunca leu os comentários do João C. Vocâ sabe mesmo do que fala, e eu admiro-o por isso.
            Mas a verdade é que você não respondeu às minhas perguntas. Sinceramente, esperava mais de si. Não acredito que tenha sido por preguiça que, como se sabe, é um dos pecados mortais. Terá sido, pois, por falta de tempo. Mas vou insistir, a ver se consigo algumas respostas:
            – Afinal, há inferno, ou não? O infalível JP2 disse que não, o também infalível B16 disse que sim. Ou seja, um dos dois não é infalível. Qual a sua opinião?
            – Já lhe tinha perguntado, mas você não respondeu: O que é a alma, e para que serve?
            – Já agora, e aproveitando o balanço, vou-lhe fazer a pergunta que costumo fazer quando quero despachar uma enfadonha “testemunha” de Jeová. Com resultados garantidos, pois nunca mais voltam a bater-me à porta, e que é a seguinte (a pergunta, claro): O Génesis afirma, preto no branco, que Caim matou Abel. O Senhor chateou-se à brava, e Caim foi vaguear pelo mundo. Além disso, marcou-o com um sinal, para que “para que o não ferisse qualquer que o achasse.”. Caim foi ter à terra de Node, onde conheceu sua mulher, com quem casou. Então, é assim:
            a) – Quem poderia ferir Caim, se só havia três pessoas (Adão, Eva e Caim)?
            b) – Donde veio Node?
            c) – Donde veio a mulher que Caim conheceu?
            É capaz de me responder a isto?
            Obrigadinho.

          • Anónimo

            Como disse, não ando com grande tempo, realmente.
            Mas respondo resumidamente:

            Há Inferno sim. É Dogma de Fé. Tal como o Céu e o Purgatório. Sendo dogma – Verdade de Fé, eterna e imutável – é impossível, agora ou no futuro, que algum Papa diga o contrário. Se dizer, cai em heresia e o povo católico tem razão em desobedecer e descrer na “nova” doutrina.

            O anterior Papa não o aboliu, assim como este não aboliu o Limbo. Foram, mais uma vez, frases mal interpretadas e apressadamente noticiadas pela imprensa incompetente e por caluniadores e inimigos da Igreja.

            A alma vem de “anima”, que quer dizer “animar”. É a parte imaterial do ser humano, que nos distingue dos animais. Criada no momento da concepção por Deus, que a infunde no novo ser. É a parte que, para além de toda a Biologia e Fisiologia da pessoa, lhe dá ânimo, lhe dá a própria vida. Não é o corpo vivo – com todas as reacções bio-fisiológicas que o fazem viver naturalmente – que sustém a alma. É a alma que o sustém, que o anima, que faz com o que o corpo humano viva e tenha essas mesmas reacções. Uma vez a alma chamada a Deus, ela vai e o corpo morre. Subitamente ou decorrente de doença progressiva, como sabemos.

            Para que serve? Sendo a alma o “ser” da pessoa – distinta da personalidade – é a parte mais importante que o corpo para o ser humano. É o próprio ser humano. “Que adianta ao homem ganhar o mundo se vier a perder a sua alma?” (Nosso Senhor Jesus Cristo). Serve para animar o corpo que se formou no ventre da mãe, durante a vida que Deus lhe pede que seja administrada (porque só Ele é dono da vida), para que ambos – alma e corpo, ou seja, o homem completo – glorifiquem a Deus, nas obras e na Fé.

            Morrendo o corpo, a alma retorna às mãos do Criador, será julgada, terá o prémio ou castigo eterno e, no final dos tempos, voltará a unir-se ao corpo (glorificado) para viver eternamente na companhia de Deus e dos Santos no Céu ou na companhia de Satanás e com os sofrimentos do Inferno, lugares onde já se encontra a alma depois da morte.

            Quanto às perguntas sobre o Génesis… Primeiro funcionam sim para afastar as TJ, cuja “doutrina” se guia apenas e só pela Bíblia. Como deve saber, a Doutrina Católica não se baseia apenas (há livros que sim, os históricos) na literalidade da Bíblia, mas no contexto da Tradição Divina e do Magistério da Igreja, que interpreta legitimamente as Escrituras.

            Como tal, sinceramente, não conheço o que diz o Magistério da Igreja sobre essa questão. Portanto, não posso nem devo dar uma opinião pessoal, pois não me é legítimo a mim interpretar o Génesis, mas a resposta pertence à Igreja. Desconheço, honestamente, a resposta correcta da Igreja a essas dúvidas, mas estou certo que a Igreja tem resposta para elas, tendo em conta estes três pilares em que se baseia a Doutrina: Bíblia, Tradição e Magistério.

            Procure,se a dúvida for sincera e tiver mesmo vontade de saber, como eu farei, assim ter tempo, no Catecismo da Igreja Católica ou noutro documento oficial que trate das Escrituras.

          • Anónimo

            1) – ” É a parte imaterial do ser humano, que nos distingue dos animais”. O imaterial também arde? E sofre?
            2) – “… ou seja, o homem completo – glorifiquem a Deus, nas obras e na Fé.” Ou seja, nascemos e vivemos para glorificar um gajo que nunca vimos? Você está a chamar vaidoso e narcisista ao seu Deus? Isso não é pecado?
            3) – [a alma] “Criada no momento da concepção por Deus, que a infunde no novo ser.” Ou seja: Deus fabrica a alma, mete-a no novo ser e, se ela se portar mal, manda-a para o inferno. Boa! Então, Deus faz uma coisa foleira e depois castiga-a? Você está a chamar idiota a Deus? Isso não é heresia? Afinal, é o corpo que manda na alma, ou é o contrário? Repare: [A alma] “É o próprio ser humano.” Foi você que disse, não fui eu. Que raio de Deus sádico é esse, que faz um homem cheio de defeitos, e depois castiga-o? Se o homem se desvia do bom caminho, a culpa é do criador, ou não? J´
            a reparou que, se eu sou ateu é porque a minha alma assim o determina? Porque ela “sou eu”? E se a alma me foi dada por Deus, então ele é que é o culpado de eu ser ateu? Será que ele (Deus) não tinha, na altura, uma alma crente para me dar? Ou será que quis, na verdade, dar-me uma alma racional? Se assim for, estou capaz de acreditar nele, afinal, o gajo até é fixe… Sendo assim, se eos ateus o são porque Deus quis, com que direito é que você e os seus sequazes vêm para aqui vituperar o ateísmo?
            4) – ” (porque só Ele é dono da vida). Que grande treta! E os que se suicidam? E os que são assassinados? Não foram eles que decidiram acabar com a vida?
            5) – “Quanto às perguntas sobre o Génesis…” Gostei da resposta! Mas deixou-me uma dúvida: você tem a certeza de que NÃO É, mesmo, “testemunha” de Jeová? É que é essa, exactamente, a resposta que me dão: “Vou perguntar ao meu pastor, mas se quiser consulte a “Torre de Vigia”.
            Farinha do mesmo saco?
            De qualquer modo, não é uma questão de interpretação. Aliás, se a Bíblia tivesse sido escrita por inspiração divina nunca seria passível de interpretações. Era perfeita, e pronto. Preto é preto, branco é branco, não há lugar a outras cores, nem a cinzentos. Claro que pedir-lhe para compreender isto é o mesmo que pedir a um bebé para não borrar as fraldas.
            Mas continuo à espera dos seus esclarecimentos. E não se preocupe com o tempo: eu tenho todo o tempo do mundo. Se não for hoje, pode ser amanhã ou noutro dia qualquer.
            6) – “Procure,se a dúvida for sincera e tiver mesmo vontade de saber” Claro que é sincera. Claro que tenho vontade de saber. Claro que quero ter a certeza daquilo que suspeito: afinal, houve várias “criações”. Pelo menos, duas. Se for assim, cai por terra a “teoria” ateísta de que somos, todos, produto de incesto.
            Estes ateus não ganham juízo…

          • Molochbaal

            Ora, não te metas com o JC porque tu também tens certezas absolutas.

            Tu SABES que deus não existe. Conheces os cantos todos ao universo, conheces todos os universos possíveis, todo o espaço e todo o tempo.

            E então tens a certeza.

            E entretanto, ninguém disse que o inferno não existe. O que disseram foi que o LIMBO não existe.

            A grande questão agora é para quê que foi o dinheiro pago pelas missas rezadas durante gerações pelas almas do limbo. Terão as missas automaticamente revertido pelas almas do inferno ?

            Terá o céu um departamento de contabilidade que reencaminha as missas pela aflição de almas que afinal não estavam nada aflitas por outras que estavam mesmo, mesmo, mesmo a precisar ?

            Ou todos os milhões de missas rezadas pelas alminhas do limbo foram pura perda de tempo ?

            Este é um dos mistérios da fé. E não é um dos mais pequenos.

          • Anónimo

            Relativamente à existência ou não de deus, acho melhor ficarmos por aqui, já que corremos o risco de cair numa conversa de surdos. Realmente, nada há que diga que deus existe, como nada há que diga que não existe. Do mesmo modo que nada há que diga que não existe um dragão invisível no meu quintal. Será que, também em relação ao dragão, a melhor postura é tornar-me agnóstico?
            Quanto ao inferno, uma pequena busca na “net” vai-te informar que João Paulo II disse, claramente, que o inferno, tal como nos tem vindo a ser descrito, um lugar de fogo e sofrimento, e que até foi mostrado aos pastorinhos em Fátima, não existe. Para ele, “O inferno é a ausência (ou privação, estou a citar de memória) de Deus”. O actual Papa é que veio dizer que sim senhor, o inferno existe. Ele lá sabe em que se baseia.
            Quanto às missas que sã rezadas (e pagas!) pelas alminhas do Limbo, aka Purgatório, elas continuam a ser rezadas. Agora, “em memória” dos falecidos. Chama-se a isto reconversão do negócio. Ou reciclagem.

          • Anónimo

            Sim, em Cristo a morte perde qualquer valor. É reduzida a nada. Ele venceu-a.

            Mais que a morte, é a Paixão e todos os sofrimentos de Cristo, o Seu Sangue que nos abrem as portas do Céu e nos fazem merecedores do mesmo, se para isso contribuirmos. Todos temos os portões do Céu abertos. Só não vai para lá quem não quiser e rejeitar abertamente e até ao final a Deus e a Sua Igreja. Aí, justamente, os que assim quiseram, condenar-se-ão por sua culpa ao fogo eterno, desprezando todo o sofrimento e sangue derramado por quem muitos os amou até à morte na cruz.

      • Eduardo Russo

        Caro JoseMoreira

        Obrigado pela ajuda com as citações de Mateus e Lucas.

        • Anónimo

          Não tem que agradecer.
          Como, certamente, reparou, o António Fernando desatou a assobiar para o lado…

    • Anónimo

      O Espiritismo é só mais um satanismo pagão (passe o pleonasmo).

      Acho extremamente perverso que deturpe o discurso do Papa e os escritos de Santo Agostinho no que respeita a isto.

      PROFISSÃO DE FÉ CONTRA O ESPIRITISMO:

      “Creio em um só Deus verdadeiro, / distinto do mundo / e subsistente em Três Pessoas: / Pai, Filho e Espírito Santo, / Criador do universo e quanto nele existe; / e que com sua paternal Providência / conserva e governo / todos os seres materiais e espirituais. / Creio que Deus se manifestou aos homens / no Antigo e Novo Testamento / e reafirmo publicamente a minha fé / em tudo que Deus nos revelou. / Creio que Jesus Cristo, / Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, / Deus igual ao Pai e ao Espírito Santo, / se fez verdadeiro Homem, / com corpo e alma, / no seio puríssimo da Virgem Maria; / e que padeceu e morreu para nos salvar. / Creio que Jesus Cristo fundou a Igreja Católica / e instituiu sete Sacramentos, / sinais eficazes da graça divina, / que nos conferem os frutos da Redenção. / Creio que vivemos uma só vez sobre a terra / e que imediatamente depois da morte / a alma será julgada por Deus, / recebendo os bons, / logo ou depois do Purgatório, / o prémio no Céu / e os maus o castigo sem fim no Inferno; / e que no juízo final / todos hão de ressuscitar / com seus próprios corpos. / Condeno, por isso, / e rejeito o Espiritismo, / suas doutrinas heréticas / e suas práticas supersticiosas, / particularmente a reencarnação / e a evocação dos mortos, / muitas vezes condenada por Deus e pela Igreja.”

      Deut. 18, 10-14: “Não se ache entre vós quem consulte adivinhos ou pitões, ou indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina estas coisas.”

    • Eduardo Russo

      Caro antoniofernando

      Grato por responder-me.

      escrevi algo confiando na memória e errei um bocado. a citação correta é a que o José Moreira postou abaixo.
      Na minha opinião , no episódio de mulher adúltera Jesus comportou-se de maneira contrária à lei mosaica, desobedecendo-a , porém sem revoga-la
      Vamos imaginar a cena .
      Jesus propõe á turba enfurecida :
      Quem estiver livre de pecado que atire a primeira pedra .
      E aí um fulano levanta-se e diz : eu nunca pequei e por isso vou apedrejá-la.
      Qual teria sido a reação de Jesus ?
      Como não testemunhamos esta cena a resposta fica a cargo da crença de cada um.
      Eu acredito que o fulano que afirmasse “nunca pequei ou errei” é que seria apedrejado, pois mentir também era pecado.

      Quanto á questão do Espiritismo , só achei interessante e coincidente a expressão “generosa e altruistica Doutrina de Cristo” , pois os espíritas se consideram cristãos , apesar de muitos tratá-los como satanistas.

      Cumprimentos e obrigado

  • Athan3

    Vc meu caro, é um colunista de primeira linha, isso é fato. Sabe o que aborda e como abordar as questões. Sugiro apenas que nos lembremos que SEMPRE o Terror procura de preferência (a não ser qdo não querem dar na pinta) lugares onde pessoas laboram no árduo dia-a-dia, e passam por longe dos covis dos comparsas, as igrejas, etc. Essa aflição em destruir cidades, empresas, prédios importantes, é só uma tentativa que denuncia a intenção do tal “refluxo”, ou seja, toda vez que o mundo começa a se livrar das garras das crenças, os mandantes delas impõem um jogo de violência, e fazem isso combinados entre si. O único podre e desprezível intento é cada bando de feitores de crenças impor a sua “segurança” nos lugares, e manterem seus currais dóceis, com os escravos-fiéis a arrastarem-se em desespêros, espavoridos, e temerosos, enquanto assistem os regalos opulentos se esbaldarem em suas pompas “divinas”. É assim que deliram levar o mundo eternamente. Mas isso tem um fim inexorável, acionado pelo Efeito-Reverso. Vamos ver.

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  • Joao MOUTINHO

    Carlos Esperança,

    Já houve ateus a quererem impôr um Estado ateu com as consequências que já sabemos.

    João Moutinho

    • Carlos Esperança

      Um Estado ateu é uma espécie de Estado confessional. Igualmente perverso. Deve ser combatido em nome da laicidade.

      • Anonimo

        Outra vez!
        O Carlos Esperança está outra vez a ser honesto!

        Acho que as lições de seriedade e coerência do AntinioFernando estão a ter um efeito positivo.

  • Athan3

    No Brasil o salário de deputados passa de 16 mil para 26 mil, aumento aprovado em cinco minutos. O IBGE informa que cai a qualidade da alimentação do brasileiro; a educação já sabemos; os índices são degradantes como talvez aí em Portugal e tb nos EUA. Ninguém se dá conta que foi prometido que nos SEIS PRIMEIROS MESES DE GOVERNO do homem da fome-zero, o salário do brasileiro seria de R$600,00. Descobrimos aqui barris e mais barris de petróleo. E dizem pra nós que ainda vamos precisar de 10 anos para os professores exercerem a profissão em situação condizente. Muito tudo dentro da mais “sagrada paz”. Só câmaras públicas com crucifixos ostentados e orações para ajudar a empanar essa SAFADEZA contra os cidadãos, podem fazê-los seguir assim indefinidamente como cordeirinhos pacatos, com um herói MATADOR nos morros, com um ‘mago’ twiteiro, com deputados que por pouco terem o que fazer usam a tv como apresentadores para fomentar apavoramento social com rompante de “defensores” da “segurança” e das “famílias”.
    É por isso que os frequentadores de igrejas, os fiéis ‘repreendedores’ de tudo e de todos, estão cada vez mais sendo vistos como “coisa que não vale nada”, ou “cambada de dependurados em saco de canalhas”.
    As “bolsas-famílias” (que encurvam o cidadão a um servilismo lacaio) depreciam o cidadão que merece um salário pra dispor da liberdade e o brio do que fazer com o seu dinheiro. As igrejas que redistribuem as ‘bolsas” conseguem amealhar miseráveis que vendem-se e cobiçam entre si interesses de regalias em “meter a mão” em 6 bolsas pra fulano, oito pra sicrano; e assim vai a “pátria abençoada”; cujos deputados que toda hora são pegos em ladroagem e patifaria e pederastia recebem alcunhas diviníssimas como “abençoados”, etc, etc.
    E para tudo ficar bastante convincente, ainda armam difamação contra os ateus. E vão forçar mais ainda essa mutreta, pois o aumento de ateus e sem-crenças cresce a cada minuto. Afinal, só miseráveis coniventes e confortados pelos interesses espúrios dos desgraçadores da Nação Brasileira se prostam e se amancomunam com tal estado que repugna o brio civil dum ser minimamente consciente.

  • Athan3

    No Brasil o salário de deputados passa de 16 mil para 26 mil, aumento aprovado em cinco minutos. O IBGE informa que cai a qualidade da alimentação do brasileiro; a educação já sabemos; os índices são degradantes como talvez aí em Portugal e tb nos EUA. Ninguém se dá conta que foi prometido que nos SEIS PRIMEIROS MESES DE GOVERNO do homem da fome-zero, o salário do brasileiro seria de R$600,00. Descobrimos aqui barris e mais barris de petróleo. E dizem pra nós que ainda vamos precisar de 10 anos para os professores exercerem a profissão em situação condizente. Muito tudo dentro da mais “sagrada paz”. Só câmaras públicas com crucifixos ostentados e orações para ajudar a empanar essa SAFADEZA contra os cidadãos, podem fazê-los seguir assim indefinidamente como cordeirinhos pacatos, com um herói MATADOR nos morros, com um ‘mago’ twiteiro, com deputados que por pouco terem o que fazer usam a tv como apresentadores para fomentar apavoramento social com rompante de “defensores” da “segurança” e das “famílias”.
    É por isso que os frequentadores de igrejas, os fiéis ‘repreendedores’ de tudo e de todos, estão cada vez mais sendo vistos como “coisa que não vale nada”, ou “cambada de dependurados em saco de canalhas”.
    As “bolsas-famílias” (que encurvam o cidadão a um servilismo lacaio) depreciam o cidadão que merece um salário pra dispor da liberdade e o brio do que fazer com o seu dinheiro. As igrejas que redistribuem as ‘bolsas” conseguem amealhar miseráveis que vendem-se e cobiçam entre si interesses de regalias em “meter a mão” em 6 bolsas pra fulano, oito pra sicrano; e assim vai a “pátria abençoada”; cujos deputados que toda hora são pegos em ladroagem e patifaria e pederastia recebem alcunhas diviníssimas como “abençoados”, etc, etc.
    E para tudo ficar bastante convincente, ainda armam difamação contra os ateus. E vão forçar mais ainda essa mutreta, pois o aumento de ateus e sem-crenças cresce a cada minuto. Afinal, só miseráveis coniventes e confortados pelos interesses espúrios dos desgraçadores da Nação Brasileira se prostam e se amancomunam com tal estado que repugna o brio civil dum ser minimamente consciente.

  • Andreia_i_s

    O que eu digo é se houver respeito dos dois lados o mundo era melhor. Por mim a pessoa pode acreditar no que quiser desde que não imponha, ou que venha com tretas do costume: por exemplo: “vou rezar pela tua conversão”. Isto sim a mim não é a questão do incomodar mas sim questão de respeito. Se eu ou outro alguém diz a um crente sou ateu/ateia o crente só tem que respeitar e desejar felicidades à pessoa. O que mais me chateia é sempre que alguém esteve durante um tempo numa religião, a pessoa pergunta sempre o porquê de ele/a ter abandonado. O que é que estão com medo? de perder sócios?Mas também se um ateu vira crente o ateu também desejará a felicidade a pessoa por muito que pense que ela acredita num conto de fadas.

  • Anónimo

    BOM TEXTO….E…

    CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS…E O FUTURO A DEUS É QUE NÃO PERTENCE.

  • Antonio Porto

    Carlos, infelizmente a laicidade que você procura não existe,
    principalmente em paises governados por ateus (urss, china, cuba).
    Lá não há a mistura de religião e poder , mas tem a trágica
    mistura de ateísmo e poder.
    A carnificina histórica deste tipo de mistura não trazem boas lembranças.

    • Carlos Esperança

      Julguei que a URSS já tivesse acabado.

      Pensei que Cuba tivesse sido visitada pelo Papa e a ICAR estivesse pujante.

      Imaginei que na China houvesse bispos nomeados pelo Gover no e outros pelo Papa.

      Devo andar noutro planeta.

      Obrigado pelas informações.

    • Anónimo

      Nunca foi, certamente, a Cuba nem à Rússia. É pena. Poderia visitar, como muita gente faz, algumas belas igrejas. Católicas. Os governantes podem ser ateus (em Portugal são católicos), mas os estados são laicos (em Portugal, nem por isso…). Ou seja, permitem o exercício religioso. Não deixam é que as igrejas metam o bedelho nos assuntos de estado. Nem vice-versa. Cada macaco no seu galho.

  • Athan3

    “Moral e respeito”; o manual da Patifaria, ou, Calhamaço de Embustes, tem muito pra ensinar a gurizada a sair correndo dele nas escolas. e quem tiver juízo, nas casas também.
    Já houve imbecis crentes querendo vender “moral” cirstã para esquimós, mas se tem os que nem sequer deviam abrir a boca pra falar com seus “respeitos” em referência ao sexo são os crentes, os infurnados em crenças:
    Notem essa reportagem dum repórter brasileiro:
    http://www.youtube.com/watch?v=8fqDa8RPt0o&feature=player_embedded
    Não adianta conversa fiada: Seja “adúltera” ou “adultera”, o livrinho do pai dos “isculhidos” MANDA mesmo o cara pegar a mulher de outro, e fazê-la dele. Note-se que nem sequer é uma pulada de cerca não, o “TREMENDO” manda TOMAR a mulher do cara. É um calhamaço de patifaria, impróprio para menores de 12 anos de idade. E não vem com essa de “contexto” pra boi dormir. Tá ali, BEM escrachado mesmo.

  • Renatomm

    laicidade, quem sabe um dia quando tudo for pelos ares.

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  • Rerisson

    Considerando que as revoluções anti-religiosas mataram 150 milhões de pessoas no século XX, poderíamos aplicar a mesma lógica:

    — se os ateus se limitassem a guardar a sua falta de fé para eles mesmos ao invés de quererem se preocupar com o que os outros fazem com a fé deles, “tudo seria pacífico”?

    E devo acrescentar: o texto mistura casos de violência do islam com casos de mera PREGAÇÃO por parte de igrejas ortodoxas, evangélicas e católicas, apresenta tudo como se fossem situações iguais, como se fosse violência, para concluir que o mundo seria muito melhor sem as religiões.

    As ditaduras atéias da URSS e da China falam por si mesmo.

  • Rerisson

    * “por si mesmAS”.

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