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  • 12 de Dezembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Islamismo

11.12.2010: o atentado “falhado” em Estocolmo…

Por

E – Pá

A Europa durante muito tempo considerou que estava de fora, ou à margem, da “onda terrorista” actual. Digo actual porque a Europa desde há muitos anos que lida com actos de violência, seja de natureza étnica ou separatistas [País Basco] ou étnico-religiosos [Irlanda do Norte, ex-Jugoslávia, etc.].

Como denominador comum para a maioria destas graves convulsões político-sociais que afectam profundamente a segurança dos cidadãos está: o nacionalismo. O ideário nacionalista cresce à sombra do desaparecimento de modelos imperiais, sejam universais, majestáticos ou regionais.

Hoje, melhor desde o início do séc. XXI, que paira sobre a Europa um outro tipo de ameaça. A segurança do Mundo, logo, também da Europa, foi afectada pelas “novas cruzadas ocidentais”, i. e., a guerra do Afeganistão e a invasão do Iraque.
E a Jihad, terá sido a resposta violenta [e organizada] destinada a afirmar o islamismo à força. Para isso, socorre-se de oportunismos religiosos, de matriz fundamentalista, organizando ataques terroristas, acções paramilitares [guerra urbana] e sabotagem em nome da religião islâmica [um pouco a reedição do conceito das medievais “guerras santas” movidas em defesa da cristandade].
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Qualquer crítica aos fundamentos ou aos símbolos da crença muçulmana é passível de provocar atentados do tipo “homens-bomba”, como o que se verificou, neste fim-de-semana em Estocolmo.
Mas, por outro lado, a Suécia é um caso atípico. Não existe – em relação ao povo ou ao governo sueco – um substrato evidente, do tipo causa-efeito, como, p. exº., podemos inserir nos atentados de Londres em 2005, ou de conotação mais indirecta o de Madrid, em 2004.
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A “atitude sueca” é conhecida por ter uma grande abertura política e humanista [nomeadamente na área social]. Resquícios da Reforma que perduraram mau grado as tentativas de “contra-Reforma” [falhadas].
Mas a Suécia [e na generalidade os Países escandinavos] sempre foi um País de acolhimento, albergando refugiados, dissidentes ou migrantes. A juventude sueca gosta de conhecer e, muitos, viajam. Percorrem o Mundo, conhecem novas realidades, mantêm contactos e promovem todo o tipo de intercâmbios.
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Esta “porta aberta” torna a Suécia vulnerável a situações deste tipo. Porque, como se deduz de um texto do Swedish Securite Service de Julho passado a Suécia julgava-se ao abrigo deste tipo de atentados…
Os atentados de sábado [os dois atentados quase em simultâneo] em Estocolmo terão sido acções grosseiramente falhadas [gros raté], em termos de objectivos [destruição patrimonial, de devastação sanguinária e de impacto mediático]. A circunstância de algo ter “falhado” aos jihadistas, não pode evitar que a Europa – no rigoroso respeito pelos direitos individuais e colectivos dos cidadãos – reflicta sobre as políticas de segurança no futuro. A cooperação entre os Estados europeus [e com o Mundo] é imperativa e fundamental.
9 thoughts on “11.12.2010: o atentado “falhado” em Estocolmo…”
  • Eduardo Russo

    É de se lamentar que tal atentado tenha ocorrido num país que preza a liberdade do indivíduo antes de mais nada. Tive oportunidade de trabalhar numa empresa de origem sueca e ficava admirado com o respeito e civilidade dos dirigentes para com todos os funcionários.
    Espero que os terroristas sejam punidos severamente, já que a Suécia é uma terra acolhedora e quem a agride não pode ser boa coisa.
    Qual a motivação de tal atentado ? Diferença religiosas ? Disputas territorais ?
    Eu tenho cá um palpite que é por causa da liberdade sexual (especialmente das mulheres) o que mais “aborrece” aos bombistas de plantão.

    Obrigado.

    • Molochbaal

      “Eu tenho cá um palpite que é por causa da liberdade sexual (especialmente das mulheres)”

      Não fales em “liberdade-sexual” que o nacional-cretino salta já a espumar de raiva. Ele até já divisou um plano, com a ajuda de uma equipa de “especialistas” do governo do Uganda, os mesmos que planearam condenar à morte os homosexuais, e baseado em citações de Simone Weil e Agostinho da Silva. Estas citações não têm nada a ver mas ficam sempre bem para enfeitar uma teoria espatafúrdia.

      Este plano, para combater a SIDA, consiste em privar de sexo 80% da população.

      É simplesmente genial.

      Nem sei como a direção geral de viação não se lembrou de aplicar este princípio proibindo o trânsito automóvel para evitar acidentes de viação.

      • Eduardo Russo

        Caro Molochbaal

        Antes de mais nada , obrigado por responder-me.

        O meu ” palpite ” é brincadeira , mas pode tornar-se sério quando se tem conhecimento das irracionalidades de fanáticos . Aqui na “terra brasilis” de vez em quando aparece algum caso envolvendo sexo e crendice. Geralmente acabam na Delegacia policial.
        Obrigado

  • Eduardo Russo

    É de se lamentar que tal atentado tenha ocorrido num país que preza a liberdade do indivíduo antes de mais nada. Tive oportunidade de trabalhar numa empresa de origem sueca e ficava admirado com o respeito e civilidade dos dirigentes para com todos os funcionários.
    Espero que os terroristas sejam punidos severamente, já que a Suécia é uma terra acolhedora e quem a agride não pode ser boa coisa.
    Qual a motivação de tal atentado ? Diferença religiosas ? Disputas territorais ?
    Eu tenho cá um palpite que é por causa da liberdade sexual (especialmente das mulheres) o que mais “aborrece” aos bombistas de plantão.

    Obrigado.

  • Eduardo Russo

    É de se lamentar que tal atentado tenha ocorrido num país que preza a liberdade do indivíduo antes de mais nada. Tive oportunidade de trabalhar numa empresa de origem sueca e ficava admirado com o respeito e civilidade dos dirigentes para com todos os funcionários.
    Espero que os terroristas sejam punidos severamente, já que a Suécia é uma terra acolhedora e quem a agride não pode ser boa coisa.
    Qual a motivação de tal atentado ? Diferença religiosas ? Disputas territorais ?
    Eu tenho cá um palpite que é por causa da liberdade sexual (especialmente das mulheres) o que mais “aborrece” aos bombistas de plantão.

    Obrigado.

  • antoniofernando

    Eis a forma infame como se comportam os “amigalhaços” do velhaco Baal…

    • Molochbaal

      Olá nacional-besta-assassina,

      Ná.

      São é amigos teus.

      Já aqui defendi a pena de morte para o terrorismo.

      Quando eles são apanhados tu choramingas para que que sejam muito bem tratados, em prisões de primeira classe, gastando para isso os milhões que eram necessários para a ajuda aos pobres. Eu peço que lhes metam uma bala na cabeça, que é muito mais eficaz e barato.

      Evidentemente que são muito mais teus amigalhaços do que meus.

      Mas também, é natural que te amigues com os criminosos em geral. Afinal, se algum dia houver justiça, ainda se vão pedir contas, em “sede própria” aos criminosos que estão a contribuir para espalhar a epidemia de SIDA com campanhas anti-preservativo.

      Então convém que exijas já prisões tipo hotel cinco estrelas, mesmo que há custa do auxílio aos pobres. Assim, não só garantes uma cela com vista para o mar, como a tua popularidade e a segurança do teu traseiro quando fores ao duche na prisão.

  • RedBloc

    Coincidências wikiliquianas…

  • padre max

    Lendo o artigo (o atentado “falhado” em Estocolmo), e seguidamente os comentários posteriores, sinto-me confundido!
    Sobre o atentado, se é que foi um atentado dum grupo islâmico, reconheço que li por alto a notícia, reflicto sobre como tudo isto começou e onde comecei a ouvir a palavra terrorista. Nas nossas guerras coloniais, os grupos de libertação eram “turras” terroristas, os terroristas da alqaida, só o são agora, pois enquanto eram financiados, digo mais, inventados e criados, pela CIA no Paquistão para combater o comunismo no Afeganistão, não o eram.
    Os Palestinianos, que foram espoliados da sua terra, massacrados, humilhados, etc., etc., sem que a ONU ou qualquer movimento internacional defendesse os seus direitos perante um agressor fortemente armado pelos US, resolveram combater os seus agressores com as armas que dispunham, eles próprios, começaram a ser chamados de terroristas e assassinos de inocentes. Inocentes podem ser as criancinhas, não quem se diz viver em democracia e faz com o seu direito de voto a composição dum governo que afronta toda a ética e moral necessária para se considerar inocente.
    Em democracia, quando um país entra em guerra é com o aval do povo que o elegeu, por consequência esse povo é responsável por essa guerra, quer queira quer não.
    No caso sueco, não vejo grandes objectivos a abater pelos fundamentalistas islâmicos, bem pelo contrario, este dito atentado falhado serve melhor a politica da repressão e da continuidade destas guerras injustas do que de propaganda para a causa islâmica, quer ela seja no Iraque, no Afeganistão ou na Palestina. Talvez os Suecos precisassem dumas mortes para se convencerem a juntarem.se a dita coligação internacional contra o terrorismo. Quem sabe?
    Sera que este atentado tem falsa bandeira?
    Aguardarei pelos resultados.
    Padre Max

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