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  • 11 de Dezembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Coisas que não entendo

Há quem suporte a missa semanal, até a diária, sabendo que o espectáculo se repete e só mudam as rendas dos vestidinhos eclesiásticos e a cor dos enfeites, conforme a época e o cânone litúrgico. Até os cenários se mantêm, excepto quando alguma mosca poisa onde não deve ou uma aranha tece a teia num espaço longe da fé e dos crentes.

Para um ateu é como assistir ao mesmo filme todos os dias, com o desconsolo de saber o enredo de cor e não poder dizer piadas. Os crentes da vida eterna vêem no sacrifício a apólice que lhes garante o espaço onde julgam que há virgens lúbricas à espera de bem-aventurados para orgias loucas e rios de mel sem medo da diabetes da alma, deus a dizer piadas ao filho e anjos a tocar harpa no baile das almas sem corpo.

Os santos andam ali em perpétua pasmaceira, privados de canastro e de entendimento, sem saberem que fizeram milagres depois da ida para o Paraíso. Os anjos voam em bandos enquanto os da primeira hierarquia jogam aos dados com o Espírito Santo.

No Paraíso dos judeus Jeová canta em aramaico para os que deixaram as trancinhas e o resto a apodrecer debaixo do cipreste, enquanto Maomé aluga camelos para o oásis das virgens com a recomendação aos ex-suicidas de seguirem o leito do rio de mel doce.

No Paraíso cristão onde Jesus, o que fazia milagres à beira do Lago Tiberíades e passou o Mar Morto a pé antes de ter furados os pés, o único deus verdadeiro fica à direita de quem vem do Purgatório e à esquerda dos que saem do Inferno, canonizados depois de uma excomunhão.

O que não entendo é esta sedução dos crentes pelo Diário Ateísta. Aqui não encontram quem os siga nas novenas, quem viaje de joelhos ou se ponha de rastos perante o deus que lhes venderam na pia baptismal.

Não nos encontraremos no vale de Josafá onde é exíguo o espaço para os que acreditam na ressurreição da carne, na vida eterna e no julgamento de um deus que, se existisse, estaria a contas com a justiça pelas asneiras que dizem que disse e pelas crueldades que são atribuídas ao seu divino mau feitio.

Quando o ciclo biológico se tiver cumprido só nos distingue a água benta com que os créus se borrifam  e os óleos com que se besuntam enquanto os ateus partem mais asseados.

91 thoughts on “Coisas que não entendo”
  • RedBloc

    Meu caro Carlos Esperança. Confesse que está a gostar. Só pode!
    Eu também me tenho divertido bastante.
    Antes que chegue o Nody é a minha vez de ir buscar as pipocas.
    Olééé

  • carpinteiro

    «…só nos distingue a água benta com que os créus se borrifam e os óleos com que se besuntam enquanto os ateus partem mais asseados.»

    Obrigado pelo humor e a maestria da palavra.

    • Carlos Esperança

      Carpinteiro:

      Quando quiser tem lugar no outro lado. Faz aqui muita falta, mas pode ser ubíquo.

    • Carlos Esperança

      Carpinteiro:

      Quando quiser tem lugar no outro lado. Faz aqui muita falta, mas pode ser ubíquo.

      • antoniofernando

        Você já conseguiu conduzir o “D.A.” a este atoleiro tão sectário e panfletário.Que deve ser a maior vergonha da ateísta blogosfera. Não lhe chega ? Com o Carpinteiro a seu lado, quer enterrar definitivamente o enxurdeiro ? …

  • antoniofernando

    “O que não entendo é esta sedução dos crentes pelo Diário Ateísta”

    “O que não entendo é esta sedução dos crentes pelo Diário Ateísta”

    Carlos Esperança

    Você sobrevaloriza-se imenso Carlos Esperança. O seu argumentário tem vindo a tornar-se cada vez mais anedotário. Como não seria possível vir aqui ver o seu espectáculo decadente ? Ainda por cima é de Graça Ateísta. Com ou sem pipocas é imperdível.E quanto mais alguns ateus se assanham em sistematizada confraria, mais ainda isto se torna assaz divertido, impagável e imperdível… 🙂

    • antoniofernando

      Aliás, Carlos Esperança, repare bem que até os seus próprios confrades ideológicos já lhe perderam o respeito e nada ligam ao que você arenga: depois de jantar vêm para aqui de balde de pipocas divertirem-se com o pagode em que o “D.A.” se transformou. Outros já se piram para o Jugular para verem o que a Palmira anda a debitar. Veja só as sucessivas desfeitas que os seus confrades lhe fazem…:)

      • Sandramdcunha

        António Fernando,

        Está completamente equivocado. Os ‘confrades ideológicos’ do Carlos Esperança vêm aqui porque é um sitio onde se respira inteligência, lógica e ciência. Se aproveitam para se divertirem ao mesmo tempo, não é certamente à custa do argumentário dele mas sim do dos créus que há falta de coisas interessantes nas vidas monótonas que levam vêm para aqui em busca de uma pitada de adrenalina que lhes apimente a existência. Tristes. Mas cómicos mesmo assim 🙂

        • Anónimo

          “é um sitio onde se respira inteligência, lógica e ciência.”

          LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL…

          Mais umas semanas aqui e vê o que lhe acontece.. ou embrutece ou ganha juízo.

        • Anónimo

          “é um sitio onde se respira inteligência, lógica e ciência.”

          LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL…

          Mais umas semanas aqui e vê o que lhe acontece.. ou embrutece ou ganha juízo.

          • carpinteiro

            Embrutece Jota cê. Embruteces…

        • antoniofernando

          A Sandrinha também é vesga só para um dos lados. E olha para ela agora armada tão farisacaimente ” moralista”.Que nojo.As pipocas estavam boas, Sandrinha ?… 🙂

        • Anon

          Em que mundo vives rapariga?

          O que tem a ver uma crença ideológica chamada ateísmo com a lógica e ciência?

          O Ateísmo está muito mais longe das ciências do que as religiões. O ateísmo é uma corrente ideológica sectária e fundamentalista, baseada no pressuposto de que se os ateus se disserem apoiantes da ciência já são gente correcta e impoluta.
          Errado, moça!
          A ciência não se compadece com ideologias nem as pode apoiar em caso algum. E, ciência não é feita de certezas imutáveis nem aceita com um facto acabado aquilo aquilo que não pode explicar.
          Deus existe como na hipótese cientifica, mas não existe de forma alguma na ideologia sectária dos ateus.
          É um abuso e uma estupidez aceitar que os ateus coloquem um símbolo cientifico para testemunhar e simbolizar uma ideologia.
          Isso apenas demonstra que se trata de gente pouco séria ou de muito pouca educação.

          As posições anti-sociais do ateísmo são muito antigas e sempre foram relegadas para aquilo que devem ser: uma dissidência ideológica em relação ao homem bem-formado.

          Hoje o ateísmo é manso e sem meios para actuar. Já lá vão os tempos em que réis, imperadores, chefes militares e políticos puderam ajudar a impor o ateísmo como verdade oficial exclusiva.
          E, quando dizem que a religião já não tem poder de se impor, é exactamente o contrário: nenhum lugar do mundo se tornou ateu, ao longo de tantos séculos da Historia Humana, nem pela força das armas, quanto mais pela simples conversa de gente sem noção da forma ridícula e mal educada como defende a sua ideologia fanática.

          O Carlos Esperança nem sequer entende o que tantas vezes praticou. Ele, já maior e vacinado, assistiu às missas dominicais todas, esteve e participou em festas religiosas, tudo de forma voluntária e como crente.
          Um dia fez alguns disparates e um padre ajudou a pôr-lhe um freio. Para se vingar do padre passou a dizer-se ateu e a combater os crentes e as religiões, esperneando para todo o lado, sem noção daquilo que diz e faz.
          Depois vem gente incauta e desprevenida a este blog, que é apenas um blog pessoal onde a gente se diverte a dizer disparates e absolutamente mais nada, mas o Carlos Esperança imagina que tem aqui um exercito pronto a atacar os padres, os católicos, a incendiar igrejas e matar frades.

          Eu já alinhei no jogo do Carlos Esperança e deste blog, enquanto foi razoável fazê-lo. Mas agora, como diz o antoniofernando, estão a exceder os limites e tornar-se extremamente arrogantes e muito mal educados.
          Por isso, não posso estar do lado deles. Haja bom-senso.

          Quando quiserem que o ateísmo se imponha, façam-no pela força do exemplo.
          Mostrem aos católicos como se faz: criem estruturas para ajudar os desprotegidos, socorram quem necessita aqui e no mundo inteiro, dêem conforto a que o não tem , levem felicidade as pessoas e confortem-lhes o espírito com o ateismo.
          A ser malcriados não vamos lá.
          Eu não acredito que alguém que não seja doente, como alguns do Diário Ateísta, se buscam algo que as religiões não lhe dá, o encontre aqui ou num ateísmo como este.

          Servirá um ou outro jovem na crise da adolescência, um ou outro perturbado num dado momento da vida, um ou outro doente, mas não serve para gente equilibrada e educada.

          João António Costa Vicente – Erada – Covilhã

          • Anónimo

            Caríssimo Anon:

            Ao escrever “O Ateísmo está muito mais longe das ciências do que as religiões.” demonstrou precisamente que não sabe o que é Ciência. A sua ciência serve a sua religião, a Ciência serve o conhecimento dos homens relativamente à Natureza e às suas Leis.

            O seu conhecimento histórico é extremamente lacunar. A descrença em divindades teve momentos pontuais e residuais na História da Humanidade, a partir do Século XVIII a descrença generalizou-se paulatinamente a vários países da Europa. Até esta altura o sangue derramado era essencialmente o resultado inevitável da relação entre governo e religião. Há sectores da própria Igreja Católica Apostólica Romana que já vieram a publico assumir a vergonha pelas cruzadas, pela inquisição, onde se contam processos famosos como o de Galileu…

            Que tal exigir seriedade na abordagem destas matérias precisamente nos espaços religiosos, cujas acções/reacções extravasam em muitos casos esse domínio religioso, e a esfera dos seus seguidores, para influenciar a vida de quem assumidamente nada quer ter a ver com algo que se discute e apresenta sem a menor base, fundamento ou prova na realidade onde as coisas acontecem, mas que se justificam com a ideia ideal do que seria a ordem de algo que ninguém conhece, e só alguns supostos especiais dizem saber conhecer…

            A descrença é generalizada, e cada vez mais é assumida. Cada vez mais as pessoas aprendem a criticar, pois os meios de preservar e transmitir informação são os mais completos que alguma vez tivemos. Encontra essa prova no decréscimo de milagres. Onde há séculos se dizia que um milagre fabuloso aconteceu num país distante e as pessoas acreditavam, hoje isso se torna cada vez mais difícil fazer…

            Você em última análise também é um ateu em relação a outras religiões ou ideologias religiosas, quais os seus motivos para ser assim e o seu critério para acreditar no que acredita?…

            Cumprimentos.

          • Anon

            Não lhe posso responder porque não estou em casa.
            Ainda lhe reponderei, pois você faz afirmações absurdas.

            Hoje falo-lhe apenas desta, que demonstra uma grave falta de conhecimentos.

            “Você em última análise também é um ateu em relação a outras religiões ou ideologias religiosas”

            Um ateu?
            Um ateu não admite a existência de Deus em situação alguma.
            Em relação às outras religiões eu poderia ser um pecador, um herege, um blasfemo, um sacrilego ou um infiel, mas nunca e em hipótese alguma um ateu.
            A sua observação é completamente absurda.

          • hh

            Gostei e dou-lhe toda a razão. Desde quando um crente pode ser um ateu?

      • jmc

        Caro antoniofernando:

        as pipocas foram preparadas para apreciar o seu espetáculo

        não desapontou

        • antoniofernando

          Você também não. Mantém-se o mesmo hipócrita de sempre, que só olha para um dos lados e não mostra estaleca ética para censurar o que provém da sua confraria. É um frade menor desta cariacta trupe ateísta…

    • antoniofernando

      Aliás, Carlos Esperança, repare bem que até os seus próprios confrades ideológicos já lhe perderam o respeito e nada ligam ao que você arenga: depois de jantar vêm para aqui de balde de pipocas divertirem-se com o pagode em que o “D.A.” se transformou. Outros já se piram para o Jugular para verem o que a Palmira anda a debitar. Veja só as sucessivas desfeitas que os seus confrades lhe fazem…:)

    • Paulo

      «O meu marido perdeu o emprego em Maio de 2009 por causa da crise económica. Desde essa altura, procurava trabalho sem êxito. A nossa situação estava a tornar-se desesperada; e nem sequer conseguia que o chamassem para qualquer entrevista. Em desespero de causa, procurei na Internet uma novena em que se pedisse pelo trabalho. Foi assim que tive conhecimento de S. Josemaria, da sua mensagem e do Opus Dei.
      Nesse mesmo dia comecei a rezar a Novena do trabalho, e dois dias depois telefonaram-lhe para entrevistas em três postos de trabalho que ele tinha contactado, sem receber qualquer resposta. Não foi admitido em nenhum desses postos, mas nós CONTINUÁMOS a rezar. Hoje tenho a imensa alegria de poder escrever para agradecer o facto de o meu marido ter conseguido um trabalho – que é um grande desafio para ele – no qual o apreciam pela sua qualificação, e onde tem um bom ordenado.
      Obrigada, S. Josemaria, por fazeres verdadeiros milagres»

  • antoniofernando

    “O que não entendo é esta sedução dos crentes pelo Diário Ateísta”

    “O que não entendo é esta sedução dos crentes pelo Diário Ateísta”

    Carlos Esperança

    Você sobrevaloriza-se imenso Carlos Esperança. O seu argumentário tem vindo a tornar-se cada vez mais anedotário. Como não seria possível vir aqui ver o seu espectáculo decadente ? Ainda por cima é de Graça Ateísta. Com ou sem pipocas é imperdível.E quanto mais alguns ateus se assanham em sistematizada confraria, mais ainda isto se torna assaz divertido, impagável e imperdível… 🙂

  • Anónimo

    E é com este tesourinho deprimente que nos mostram o “ateísmo” supostamente apregoado e doutrinado por aqui.

    Nem ateístas sabem ser, quanto mais andarem a criticar os crentes…

    Façam um favor à honestidade.

    Mudem o nome do site. Isto não é um Diário Ateísta. Se não fosse o Anedotário Delirante Nacional, seria um Diário Anti-Católico.

    E o que anti-católico é anti-Deus.

    O anti-Deus é o Diabo.

    Portanto, sem qualquer dúvida. D.A. = Sucursal do Inferno.

    O que vale é que é, na verdade um site de humor 🙂

    O que exlplica 90% da minha estadia aqui…os outros 10 (sim, fui eu), é mesmo para vos manter debaixo de olho…

    “Convém ter os amigos perto…os inimigos, ainda mais perto”.

    SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

  • Anónimo

    E é com este tesourinho deprimente que nos mostram o “ateísmo” supostamente apregoado e doutrinado por aqui.

    Nem ateístas sabem ser, quanto mais andarem a criticar os crentes…

    Façam um favor à honestidade.

    Mudem o nome do site. Isto não é um Diário Ateísta. Se não fosse o Anedotário Delirante Nacional, seria um Diário Anti-Católico.

    E o que anti-católico é anti-Deus.

    O anti-Deus é o Diabo.

    Portanto, sem qualquer dúvida. D.A. = Sucursal do Inferno.

    O que vale é que é, na verdade um site de humor 🙂

    O que exlplica 90% da minha estadia aqui…os outros 10 (sim, fui eu), é mesmo para vos manter debaixo de olho…

    “Convém ter os amigos perto…os inimigos, ainda mais perto”.

    SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

    • jmc

      “Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam,” – Lucas 6:27

      • Anónimo

        Bem pregava Frei Tomás: Fazei o que ele diz, não olheis para o que ele faz.
        Essas coisas bíblicas são muito lindas e muito instrutivas, mas é para OS OUTROS.

      • antoniofernando

        ” vossos inimigos e ” aos que vos odeiam”. Saiu-lhe a boca para a verdade quanto à posição de alguns ateus relativamente aos crentes, tal como a do autor desta pérola ” a crueldade é apanágio dos crentes”…

        Tenha vergonha ó fariseu…

        • jmc

          tem razão, pessoalmente não odeio crentes.. queria só por isto em pratos limpos.

          apenas pus o versículo todo porque sei como a descontextualização (pick-and-choose) não é coisa boa. gostaria de referir mais a 1ª parte do versículo, acerca de amar os inimigos, que joaoC aparenta dos ateus considerar

    • Anónimo

      Encontrei um video teu JoãoC não sei se és tu ou o jairito ou o zéquinha mas acho que és tu…

      Então é isto que fazes após uma visita ao diário ateísta:
      hahahahahah………….

      http://www.youtube.com/watch?v=tp8owxamcRQ&has_verified=1

      • 1atento

        Tanto pode ser o Joca, como o jairo porco-entremeado, como o Zeca e outros que tais. Todos eles se comportam assim. O tófernando não; esse é um sacana Chico-esperto, é um self-made God! Exactamente! É o Deus que as moscas adoram.

        • antoniofernando

          O atento do Rodrigues sai sempre à estaca na defesa do seu papa ateísta. Mas faz-se de desentendido quando o outro Rodrigues chama ” facínora” a Bento XVI ou o CE diz que ” a crueldade é apanágio dos crentes”.Cambada de pusilânimes. Querias festarola ? Aí a tens ó pipoqueiro… 🙂

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  • Anónimo

    Como preparar pipocas para as sessões nocturnas do “D.A.” :

    http://www.youtube.com/watch?v=hp1kkL5cpMw

    A partir desta experiência podemos concluir que os grãos de milho para pipocas são autênticos grãos bomba! Os grãos de milho são constituídos por uma camada externa rígida chamada pericarpo e por amido e água no seu interior. Quando a temperatura aumenta, a água sofre uma expansão, ou seja, passa a ocupar um volume superior ao inicial. Como consequência disto, a pressão no interior do pericarpo aumenta gradualmente à medida que a água ocupa uma maior volume. Num determinado instante, a pressão é tão elevada que o pericarpo cede, isto é, a pressão é suficiente para que o pericarpo expluda! Por sua vez, o amido contido inicialmente no interior do pericarpo sofre uma expansão brusca, transformando-se num sólido poroso, branco e delicioso. Prova e vais ver que tenho razão.

    http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/pipocas.html

    • carpinteiro

      Só vens aqui conspurcar o lugar.
      Por mim já tinhas levado um chuto-no-cu há muito mesmo muito tempo.
      Para troll já cá estavam outros antes de ti. E com melhor aspecto…

      • antoniofernando

        Oh para ele agora tão brejeiro. Julguei-te mais pipoqueiro e menos javardo, mas afinal também és mais casca-grossa como os demais burgessos da tua confraria. E, afinal, também és tão chinela-no-pé como esses que vêm aqui de balde de pipocas assistir ao caricato espectáculo de Carlos Esperança e seus alinhados.Vá, prova as pipocas que os teus comparsas já se empaturraram com as que lhes eram devidas 🙂

      • antoniofernando

        ” Conspurcar o lugar”

        Tu és do piorio. Já te conheço de gingeira há muito tempo para saber que as tuas falinhas apontavam sempre na mesma sectária posição. Nunca foste capaz de censurar qualquer comportamento censurável que viesse do teu alinhamento ideológico e só te armas em puritano quando tu e os teus comparsas levam as respostas merecidas. Não gostas ? Problema teu…

  • Jairo Entrecosto

    “Os ‘confrades ideológicos’ do Carlos Esperança vêm aqui porque é um sitio onde se respira inteligência, lógica e ciência. ”

    Ainda me estou a rir….

    Quanto ao Esperança, há sete anos que diariamente escreve a ridicularizar e a provocar “os crentes”. A dada altura, não se admire se atrai atenção e ouve o que não gosta.

    Incapaz de situar e comentar alguma crítica que lhe tenham feito, incapaz de pedir desculpas por escrever coisas como “a crueldade é apanágio dos crentes”; faz textos a choramingar, tentando provocar quem o critica divindindo o mundo entre os “crentes” que vão à missa e os ateus. Mesmo neste texto, mais não faz do que tentar ridicularizar quem vai à missa.

    Alguém já veio aqui ofendê-lo por você não ir à missa? Tenha vergonha.

  • carpinteiro

    «Alguém já veio aqui ofendê-lo por você não ir à missa? Tenha vergonha»

    Jairo, a minha mãe, quando pertencia ao reino dos vivos, costumava dizer que burrice em demasia é moléstia.

    Vergonha devias ter tu! quem está no sitio errado és tu. Este é um blog ateu. Para que queres os olhos na cara?
    Achas-te no direito de entrar na casa dos outros para os insultares armado em chico-esperto?
    Se eu não vou (apesar de existirem milhares deles), aos blogues de cariz religioso, onde também me poderia sentir ofendido com o que lá se escreve, porque insistes em vir aqui dar-nos provas da tua pouca inteligência?
    Alguém te convidou por acaso?
    Que esperavas ver aqui escrito?
    As vantagens de pertencer a um qualquer rebanho de ovelhas religiosas, (entre as milhares de seitas à escolha) e falar sobre na felicidade de acreditar em seres invisíveis e pagar as uns pançudos para me contarem histórias tão infantis quanto ridículas?
    Ora ora,… tem juízo ó jairo-entrecosto-no-churrasco.

  • Jairo Entrecosto

    “Este é um blog ateu”

    Não. Estás distraído.Este blogue SÓ fala de religião, deus, religiosos, papas, “crentes”.

    Mas o pior nem é isso. O pior é que só serve para insultar, ridicularizar, atacar e ofender os religiosos.

    Censurem comentários, e eu deixo de cá vir. Alguma vez vos pedi ou exigi que me publicassem os meus comentários? Apaguem-nos todos, quero lá saber. A casa é vossa, não têm chaves para trancar as portas?

    Eh, eh….

    Divirto-me a ver as figurinhas destes catraios. Gostam de atirar pedras aos outros, mas quando têm resposta; choram.

    Só falta pedirem-me de joelhos para que eu deixe de publicar comentários aqui. Patético…

    • carpinteiro

      «Só falta pedirem-me de joelhos para que eu deixe de publicar comentários aqui. Patético…»

      Embrutece… ora embrutece?!

  • Anónimo

    Diz o Jairo que só cá vem porque a porta está aberta. Não pede aos donos da casa para entrar nem os obriga a isso. Entra porque a porta está aberta. Não importa que os donos lhe digam para ele ir pregar para outra freguesia. Se a porta está aberta, ele entra e “mai nada”.

    A isto chama-se “espírito de missão” e diz-nos muito de como este tipo de personagem pensa e age.
    Ao fim da força quer impor-se a todos os que não pensam como ele e enquanto as coisas não forem como ele quer, daqui não saí. Ao bom estilo missionário.

    Obviamente que a solução por ele preconizada, seria barrarem-lhe a passagem à bruta. Uma solução à sua medida.
    Mas não é assim que os donos da casa pensam. E eu até consigo entender porquê.

    Seria muito difícil demonstrar o quão “amorosas” são estas pessoas da religião do amor, se não os deixassem expor aqui por palavras dele próprios, a sua verdadeira essência.
    Penso que no fundo é uma grande ajuda para quem tem como um dos objectivos, demonstrar os podres da religião.

    Sei que por vezes é preciso ter estômago para aguentar as afrontas destes amorosos cristãos, mas temos que considerar que são preciosos estes contributos à causa da denúncia da hipocrisia das religiões.

    Assim, e arriscando-me a contrariar o que já aqui terei afirmado, digo: não se vá embora Jairo, as suas palavras serão sempre esclarecedoras para quem tiver dúvidas acerca dos malefícios que os religiosos mais radicais representam.

    • Jairo Entrecosto

      “não se vá embora Jairo, as suas palavras serão sempre esclarecedoras para quem tiver dúvidas acerca dos malefícios que os religiosos mais radicais representam. ”

      Eh, eh….eu limito-me a analisar e a comentar o que vocês escrevem sobre religião. E sou acusado de ser fanático religioso. Até já sabem qual é a minha religião e tudo. Se vou à missa, se rezo, se pago dízimo…

      Religião, religião, religião, o ateu fanático não pensa em mais nada. Criticam-no, é religião.

      O homem do talho é religioso e não tem galinha para canja, a culpa é da religião.
      O anónimo na rua acha mal que se diga ” a crueldade é apanágio dos crentes”, ou “não há nada melhor do que a religião para transformar o homem num monte de merda”; é fanático da religião. Tudo é por causa da religião.
      Está certo, afinal o ateu fanático só fala de religião, divide o mundo entre “religião” e “não-religião”; e faz da sua característica “não gosto de religião”, característica ontológica e central à sua personalidade.

      Se pisa os pés a alguém, quando ouve um ai e leva um empurrão, aponta logo o dedo. histérico da vida:

      “Apanha, é religioso! Não gosta de mim, é por causa da religião. Religião é má.”

      Eh, eh… cómicos.

    • Anónimo

      Levou um “like”, e apoio. No fim de contas, nada há de melhor para a causa ateísta do que a demonstração inequívoca do que está por detrás da máscara, e da forma como eles seguem os ensinamentos do “Cristo” que eles dizem adorar (“SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.” JoãoC. “dixit”).
      Como já aqui foi dito, cada vez me sinto mais feliz no meu ateísmo.

      • Jairo Entrecosto

        “Como já aqui foi dito, cada vez me sinto mais feliz no meu ateísmo.”

        Óptimo. Significa então que vai parar de fazer parte deste projecto chamado Diário Ateísta, de insulto a quem é religioso,e também já é feliz?

        ( pergunta retórica)

    • Anónimo

      Levou um “like”, e apoio. No fim de contas, nada há de melhor para a causa ateísta do que a demonstração inequívoca do que está por detrás da máscara, e da forma como eles seguem os ensinamentos do “Cristo” que eles dizem adorar (“SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.” JoãoC. “dixit”).
      Como já aqui foi dito, cada vez me sinto mais feliz no meu ateísmo.

  • Lindinha

    Prima com a linguagem. És um artista, cherri … congratulações.

  • Eduardo Russo

    Sugestões para uma boa leitura:

    Monfort Associação Cultural

    Frente Universitária Lepanto

    Quem estiver cansado do DA tem aqui duas opções católicas e para islamicos A Voz Muçulmana do Brasil.

    Eu costumo frequentar estas páginas tambem.

    Obrigado.

  • Antonio Porto

    Carlos, eu sei porque você NÃO entende:

    20 coisas que tens de acreditar para seres ateu:

    1. Tens de acreditar que o universo criou-se a si mesmo. Se rejeitas a proposição “Deus criou o universo”, a tua única alternativa é que as leis que funcionam dentro do universo são também responsáveis pela criação desse mesmo universo.

    2. Tens de acreditar que a vida criou-se a si mesma. Essencialmente, é o mesmo que o anterior mas aplicado às formas biológicas. Se és ateu, tens que acreditar que, de alguma forma, as “forças naturais” (seja lá o que isso for, dentro do ateísmo) foram capazes de criar o que seres inteligentes como nós temos grandes dificuldades em imitar.

    3. Tens de acreditar que essa vida, de alguma forma desconhecida da ciência, conseguiu criar os seus próprios sistemas para ver, respirar, navegar, auto-curar, alimentar, e tudo o mais.

    4. Tens de acreditar que essa forma de vida gerou os seus próprios órgãos reprodutores, e que “por acaso”, nas proximidades havia outra forma de vida que tinha órgãos reprodutores compatíveis de forma a que a reprodução sexual começasse a fazer parte da história da vida.

    5. Tens de acreditar que formas de vida marinhas “quiseram” ir viver para terra firme, embora estivessem bem adaptadas à vida nos mares.

    6. Tens de acreditar que durante o processo de se transformar em forma de vida terrestre, os seus órgãos internos e externos foram-se adaptando de forma calculada e simultânea de forma a que essa forma de vida não se tornasse incapaz de nadar mas fosse ainda incapaz de caminhar.

    7. Tens de acreditar que, já em terra, essa forma de vida tivesse sido acompanhada pela “esposa” de forma a que ambos pudessem continuar com a linhagem.

    8. Tens de acreditar que essa forma de vida se foi transformando de modo a que gerasse animais perfeitamente adaptados à vida em terra, embora tivesse vindo de um ambiente totalmente distinto como a água.

    9. Tens de acreditar que, depois do aparecimento dos mamíferos, um deles “sentiu saudades” da vida na água, e evoluiu para algo que deu origem às baleias, golfinhos e outros mamíferos marinhos. Mais uma vez, e sempre de forma aleatória e não direccionada, os órgãos internos e externos tiveram que se modificar de forma coordenada e bem calibrada de forma a que o animal não se tornasse incapaz de viver em terra e nas profundezas marinhas.

    10.Tens de acreditar que um réptil evoluiu para um pássaro, embora a mínima modificação da forma de caminhar dos pássaros signifique morte instantânea.

    11. Tens de acreditar que os dinossauros viveram há “milhões de anos atrás” embora tenha sido encontrado material orgânico dentro de ossos de dinossauro em bom estado de preservação. Isto contradiz a tese de que eles viveram há milhões de anos.

    12. Tens de te contradizer ao afirmar que, por um lado, os conceitos do “bem” e do “mal” são relativos às sociedades que as promovem, mas que ao mesmo tempo, é absolutamente errado roubar, matar, e ensinar o Criacionismo nas escolas.

    13. Tens de afirmar que todo o comportamento humano pode ser explicado segundo a interacção das leis naturais na nossa constituição material, mas ao mesmo tempo devemos usar a “razão” (uma entidade não-física) para resolver os problemas morais da existência humana.

    14. Tens de defender a tese de que o Cristianismo é mau para a sociedade, embora estudos científicos mostrem que aqueles que subscrevem a visão Bíblica do mundo são, em geral, mais saudáveis, mais optimistas, mais generosos e mais altruístas, e menos propensos a comportamentos auto-destrutivos.

    15. Tens de acreditar que se o mundo subscrevesse à tua versão do ateísmo, o mundo seria bem melhor, pese embora o facto do ateísmo ser responsável pela morte de mais de 100 milhões de seres humanos em menos de 70 anos.

    16. Tens de acreditar que a ciência é algo que suporta o ateísmo, embora a ciência moderna seja o resultado da visão Bíblica do mundo (1, 2, 3, 4, 5) e o ateísmo nada tenha feito para o avanço da ciência.

    17. Tens de acreditar que, se os cristãos quiserem sobreviver neste mundo “científico”, eles vão ter que rejeitar muitas das suas crenças “arcaicas”, pese embora o facto de que igrejas que fizeram isso mesmo estarem a morrer espiritualmente.

    18. Tens de aceitar que a homossexualidade é um comportamento natural e não-reversível, embora haja ampla documentação que mostre que o comportamento homossexual, como comportamento auto-destrutivo que é, possa ser alterado.

    19. Tens de aceitar que não há problemas nenhum em abortar bebés, pese embora o facto de que mulheres que fazem abortos serem mais susceptíveis de contrair cancro da mama e serem mais propensas a ter problemas psicológicos.

    20. Tens de aceitar a noção de que após a morte, entramos num estado permanente de não existência, pese embora Alguém tenha vindo do mundo dos mortos e tenha dito que há vida para além da sepultura.

    • Molochbaal

      “20. Tens de aceitar a noção de que após a morte, entramos num estado permanente de não existência, pese embora Alguém tenha vindo do mundo dos mortos e tenha dito que há vida para além da sepultura.”

      Alguém ?

      Uma data deles!

      Perséfone, Baco, Mitra, Orfeu, Osíris, Inanna, Hércules, Teseu, Perseu, Glauco, Esculápio, Adónis, mais uma montanha de outros.

      Mas o mais provável é que estes heróis divinos sejam lendas.

      Excepto o teu, claro, só porque tu queres.

    • Anónimo

      Caríssimo Antonio Porto:

      Li o seu comentário e confesso que estou estupefacto. Você demonstra uma ignorância grave no que toca à Ciência e aos vários ramos científicos.

      A conjugação “acreditar” em muitos dos pontos que assinalou pretende reduzir aquilo que está demonstrado em muitos casos para o nível da necessidade de demonstração que quem acredita num deus ou deuses nunca conseguiu provar.

      Para além da literatura (sim porque a Ciência é muito mais do que a literatura…), a Ciência tem registos fósseis, tem dados empíricos ao nível da química, biologia, geologia, tem modelos matemáticos que podem ser aplicados com resultados previstos, etc. etc. etc.

      Na Ciência não se acredita, estabelecem-se hipóteses, demonstra-se e generaliza-se o conhecimento para ser aperfeiçoado/completado por outros cientistas com a mesma honestidade intelectual em duvidar daquilo que ainda não têm resposta e, por isso mesmo, procuram-na…

      Cumprimentos.

      • JF_lab Bioq021

        “Confesso que estou estupefacto. Você demonstra uma ignorância grave no que toca à Ciência e aos vários ramos científicos. “

        Eu é que fico estupefacto com o Jovem 1983 se sair com uma afirmação deste tipo.
        Será possível que tão ilustre comentador não saiba distinguir entre as “teorias explicativas de…” (e existem várias sobre o mesmo assunto: daí que se tenha que acreditar numa delas) e aquilo que “está cientificamente comprovado sem margem para erro”.

        Todas as questões apresentadas estão correctas.
        Tenho dúvidas apenas na questão 11. Talvez haja milagres.

      • JF_lab Bioq021

        “Confesso que estou estupefacto. Você demonstra uma ignorância grave no que toca à Ciência e aos vários ramos científicos. “

        Eu é que fico estupefacto com o Jovem 1983 se sair com uma afirmação deste tipo.
        Será possível que tão ilustre comentador não saiba distinguir entre as “teorias explicativas de…” (e existem várias sobre o mesmo assunto: daí que se tenha que acreditar numa delas) e aquilo que “está cientificamente comprovado sem margem para erro”.

        Todas as questões apresentadas estão correctas.
        Tenho dúvidas apenas na questão 11. Talvez haja milagres.

        • Anónimo

          Caríssimo JF_lab Bioq021:

          A minha crítica é especifica, não atende de um modo geral ao comentário de Antonio Porto, pois existem vários aspectos que demonstram a sua convicção, a começar com o modelo de ateu que prescreve e defende que todos os ateus têm de necessariamente seguir para serem ateus…

          Como saberá não há esse tipo de orientação no que toca ao ateísmo em geral. Quem não acredita num ou mais deuses, não acredita por diferentes razões, que não necessariamente as mesmas. Se ponderar devidamente repara que em última análise o ateísmo – a descrença – é a orientação com “mais seguidores” em todo o mundo. Considere para esta afirmação o seguinte, uns não acreditam em todos os deuses, estes em menor número (nos quais me incluo), e outros que não acreditam em outros deuses, isto é, para além do seu ou dos seus, sendo estes em maior número…

          Este último parágrafo aponta de forma muito simples o erro em que incorrem as exposições similares do tipo daquela que Antonio Porto há pouco fez…

          Quanto à minha crítica, as considerações relacionadas com a Ciência e os seus contributos, essa é clara. Caso não tenha percebido, o ponto 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 18, promovem a descredibilização de diversos contributos de vários ramos científicos em função da desarticulação do criacionismo com aquilo que a Ciência tem vindo a demonstrar: a evolução natural das espécies. Antonio Porto, ao contrário de verificar as provas empíricas que demonstram a existência deste processo natural, prefere desprezar os factos em função da literatura criacionista com base nas tradições dos povos da Idade do Bronze que viveram na região central do próximo oriente…

          “Tem que acreditar” é uma expressão que a ciência nem sequer considera, antes “Tem de demonstrar/comprovar”, isto sim expressão da gíria científica, princípio, atitude, que Antonio Porto desconhece ou visa contornar consequentemente veiculando uma falácia ideologicamente comprometida, pela aparente razão que o move a convicção, contudo essa não é a atitude que faz a Ciência, e é por esse motivo isento de convicção – fé – que encontramos o valor do trabalho científico, e daí – precisamente . a sua importância para o Presente e Futuro da humanidade…

          Cumprimentos.

          • JF_lab Bioq021

            Você não percebeu nada do que o António Porto escreveu.

            Um exemplo:
            A questão 3.
            O que aqui se refere não tem nada de criacionista nem de evolucionista.
            O que o António Porto diz, e muito bem, é que, se admitirmos que a “a vida se formou por decisão dela própria” (ou até por acaso), ela (essa vida) teve que criar todo o resto, pois nada estava criado. Temos que acreditar que isto é possivel. Ou então temos que acreditar que o acaso criou tudo isto.
            Não é possivel saber com certeza o que se passou. Podemos amarrar em algumas peças do puzele e construir todo a cenário segundo a hipótese mais provável. Acreditamos que, com as evidencias que temos, é correcto afirmar-se que aconteceu assim. Mas, quantas vezes a ciência recuou nas suas explicações? Não acreditaram as pessoas naquilo que antes a ciência dizia?
            .

            3. Tens de acreditar que essa vida, de alguma forma desconhecida da ciência, conseguiu criar os seus próprios sistemas para ver, respirar, navegar, auto-curar, alimentar, e tudo o mais.

          • Anónimo

            Caríssimo JF_lab Bioq021:

            O comentário de Antonio Porto, que já fui verificar, é a reprodução de um post de um blog ideologicamente comprometido com movimentos religiosos que promovem a defesa do criacionismo unicamente através de campanhas de descredibilização, sobre diferentes suportes, dos resultados recolhidos pela Ciência desde Darwin, tudo sem apresentar qualquer outro fundamento para além da convicção desses grupos…

            A justificação desses grupos tem como base os mitos da criação do mundo, que sabemos que foram em tempos passados de geração em geração, primeiramente através de oralidade e posteriormente redigidos e compilados em diferentes livros, ainda bastante em conta por diversos religiosos, apesar de todas as provas em contrário…

            Este Intróito é necessário para considerar a posição que Antonio Porto reflecte e reproduz no seu comentário. Partindo do seu exemplo, o ponto 3 demonstra uma posição comum dos criacionistas que acaba sempre na referência máxima sobre a complexidade do olho humano, e na questão: “como algo tão perfeito e complexo existe?”, a que se segue a afirmação totalmente vazia de crítica: “só pode ter sido deus a criar!”.

            O olho é um órgão transversal a diversos animais, não é só propriedade do homem. Há quem veja nessa complexidade o privilégio de um criador para a humanidade, esquecendo que há diferentes complexidades e consoante a observação, comparação e avaliação entre diferentes espécies em determinadas situações, há espécies que “metem” o olho humano “num canto”, o mesmo se aplica com outros órgãos e sistemas…

            Conhecemos como se sucedeu a evolução do olho humano e de outras espécies. Em que condições foi determinado o seu tamanho, como se definiu o alcance e distância do campo de visão, como o tamanho dos olhos pode ter em algumas condições relação com o tamanho do crânio, a capacidade de observação de gamas de cores, o funcionamento dos nervos ópticos, a construção da tridimensionalidade, porque umas espécies conseguem ver com menor luminosidade do que outras, etc. etc. etc. O mesmo se aplica a outros órgãos e sistemas…

            Todo o conhecimento que temos deve-se à pesquisa, investigação, observação, análise, testes, dúvidas, críticas, hipóteses, confrontações, recuos, demonstrações. Não encontra nada disto nos livros religiosos, isto é, como o mundo funciona, e unicamente pela simples razão: as pessoas que escreveram esses textos não sabiam. Agora nós sabemos várias coisas, e continuamos a procurar compreender o que ainda não sabemos, porém há ainda quem pense que sabe sem procurar, e isso é grave…

            A Evolução está demonstrada, os dados recolhidos e obtidos cientificamente, a partir da observação e estudo da realidade, são incompatíveis com a proposta criacionista. A questão da criação é diferente daquilo que o ponto 3 implica, pois este parte do principio criacionista que os “sistemas para ver, respirar, navegar, auto-curar, alimentar, e tudo o mais” foram criados e sempre existiram assim, o que a Ciência demonstrou que isso não é verdade. Quanto ao surgimento da matéria/formas de vida, ninguém conseguiu demonstrar como aconteceu, e se isso ainda não foi descoberto num laboratório, muito menos aparenta que acontecerá na cabecinha iluminada de alguém que se considera especial em relação a todas as formas de vida para saber “do nada” essa resposta…

        • Anónimo

          Para não nos estupefazermos todos, diga-nos lá o que é que está cientificamente comprovado sem margem para erro. E já agora, dê-nos um exemplo concreto de algumas teorias explicativas para que possamos escolher um para acreditarmos.

          • JF_lab Bioq021

            Está comprovado sem margem de dúvida, por exemplo que:
            1 kg de massa de um dado corpo + outro kg de massa desde mesmo corpo são 2 kg de massa desse corpo, se mantivermos todas as condições iniciais.

            Escolha uma teoria para acreditar sobe:
            A formação da lua.
            A Extinção dos dinossauros.

          • Anónimo

            Ou seja, para si a prova cientifica sem margem de erro é que 1+1=2. Sim, porque o exemplo que me dá diz-nos que se a uma unidade de qualquer coisa, somar outra unidade dessa mesma coisa, ficamos com duas unidades da dita coisa.
            Muito bem, não considero isto como uma prova cientifica sem margem de erro, mas deu para perceber o que queria dizer com isso.

            Mas já agora, gostava de saber se considera prova cientifica sem margem (aceitável) de erro, a medição, por exemplo, das distâncias entre a Terra e outros corpos celestes.

            A questão das “teorias à escolha”, conforme as apresenta, é que elas não servem para “acreditar”, elas servem para se confrontarem e desafiarem umas às outras. O facto de existirem melhores indícios ou probabilidades para uma ou para outra, implicará em última análise que apenas restará aquela que melhor preencher os requisitos. A comunidade cientifica, discute e compara, não acredita e tem fé. São as teorias mais bem fundamentadas aquelas que são aceites.

            No caso da extinção dos dinossauros, por exemplo, existem efectivamente várias teorias, mas só uma delas tem sido difundida como a mais provável. Será porque tem um grande número de crentes, ou porque é considerada a mais plausível pela comunidade cientifica?
            As teorias cientificas evoluem. As mais aptas sobrevivem, as menos aptas desaparecem. Será também este o destino da dos dinossauros.

    • Anónimo

      Caríssimo Antonio Porto:

      Um reparo, pesquisei na Internet e verifiquei que o seu comentário reproduz um post que se encontra num outro site. Não sendo o autor do mesmo, a não citação do respectivo autor ou do local de onde retirou o texto constitui plágio. Você saberá o que faz, mas esta atitude não credibiliza ninguém.

      • Anónimo

        Naaão! Tem a certeza jovem1983?
        Só falta dizer agora que era num qualquer site criacionista ou da família. 🙂

        É isto caro jovem1983. Um blog não é um blog sem a presença de um criacionista (no mínimo) com o seu usual sistema de copy-paste. Só dizem asneiras, mas pelo menos não insultam muito.

      • jmc

        eish e eu que já estive a responder a tudo…

        bem, ao menos aprendi coisas hoje como a evolução das baleias…

      • Andreia_i_s

        jovem1983:

        parabéns pelo seu comentário :), só um há parte, por mais que diga que a ciência comprovou muita coisa nunca vão acreditar.

    • jmc

      obrigado, é bem melhor ver um post com argumentos que possam abrir saudável discussão em vez da troca de insultos de um lado para o outro.

      vamos lá ver:

      1. OK. O argumento cosmológico – http://en.wikipedia.org/wiki/Cosmological_argument
      Lá pode encontrar alguns contra-argumentos dos quais aprecio bastante o 1º: se deus causou o universo, o que causou deus? isto é, infinitas perguntas de causalidade. Na possível argumentação (não digo que seja a sua, mas já a ouvi) que deus sempre existiu e não “precisou” de criação própria, contra-argumenta-se que o mesmo se pode dizer do universo. Na teoria mais apresentada para justificação, o big bang, o universo não é “criado”, apenas se espande do ponto de quase-infinita contracção em que se encontrava.

      2. OK. Não conheço explicação para isto, porém, mas não me importo de aceitar como uma hipótese válida que as condições naturais se tenham reunido para criar acidentalmente vida, tal como é válida a hipótese da existência de um deus criador de vida a dada altura. São hipóteses e nenhuma é confirmada.

      3. OK. O desconforto gera evolução. Os seres vivos procuram adaptar-se à natureza que os rodeia. Se não evoluirem para este fim, morrem por extinção de espécie. Se evoluirem, safam-se.

      4. É uma questão muito debatida, o porquê da natureza precisar dos dois sexos para a reprodução na maior parte das espécies. Procura de variedade talvez, mas não é o caso de todas as espécies, havendo reprodução asexual onde apenas necessário 1 progenitor.

      5. Algumas sim. Como já tinha dito, desconforto gera evolução. Os peixes de hoje, por exemplo, não sentiram essa “necessidade”.

      6. Há passos intermédios. Desde crocodilos a caranguejos ainda hoje temos uma imensidade de espécies que sobrevive em ambos os ambientes.

      7. O mesmo que o ponto 4. Não sei, e não sei se alguém sabe.

      8. Evolução e os passos intermédios, como já expliquei em pontos anteriores.

      9. Já aprendi algo novo hoje 🙂 http://en.wikipedia.org/wiki/Evolution_of_cetaceans

      10. Não percebi o argumento… Agradecia que clarificasse

      11. Refere-se a isto? http://news.nationalgeographic.com/news/2005/03/0324_050324_trexsofttissue.html
      Descoberta espetacular, de facto, e engraçada porque só aconteceu por terem de partir o osso por dificuldades de transporte. Não vejo, porém, como contradiz terem vivido há milhões de anos.
      Mais alguma informação aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Tyrannosaurus#Soft_tissue

      12. Sim, são, como podemos ver no post mais recente acerca de umas pessoas acharem bem apedrejar mulheres por adultério enquanto outras nem sequer imaginam tal castigo.
      Quanto a roubar e matar livremente e sem consequências os conceitos são universalmente negativos em qualquer sociedade porque, senão, essa sociedade não existiria (por morte mútua).
      Quanto a endinar o criacionismo na escola, não percebi porque comparou a roubar e matar como sendo uma coisa universalmente má nas sociedades. O criacionismo não é ensinado na escola porque não é considerada uma alternativa viável à teoria da evolução. Na hipótese de haver uma alternativa com decente fundamentação científica positiva, a mais prevalente deve ser ensinada, e se forem ambas igualmente prováveis, que sejam ensinadas ambas.

      13. Antes de mais, por favor explique como entende que a razão é uma entidade não-física. Aliás, parece ser um argumento interessante por isso agradecia se o elaborasse mais detalhadamente.

      14. Que estudos científicos?

      15. Tem aqui um relatório sobre todas as mortes associadas a teísmo e ateísmo http://teapotatheism.blogspot.com/2008/06/anonymous-wanted-body-count-total-so-he.html
      45 milhões devido à revolução francesa, maoismo e pol pot. Mais 50 milhões se contarmos com estaline para 95 milhões totais na história.
      Estive a somar as religiosas marcadas no século 20 e dão pouco mais de 83 milhões. Não contei com o resto da história (2150 milhões).

      16. Não percebi esta associação entre ciência e ateísmo. Aliás, não percebo o que é que grande parte destes argumentos, sendo científicos, têm de ser acreditados para se desacreditar em deus(es).
      Outra coisa, como é que a ciência moderna é resultado da visão bíblica do mundo?

      17. Mais uma vez, a ciência não tem a ver com a crença em deus(es).

      18. Que documentação? Encontrei algo, porém, que indica precisamente o contrário http://www.apa.org/helpcenter/sexual-orientation.aspx

      19. Não estava a par dessas correlações, mas admito que não investiguei muito sobre o assunto. Sempre se falou mais do debate moral do aborto. Em qualquer caso não me admira que tenha consequências psicológicas para a mãe e/ou para o pai. A decisão foi deles, porém, e apoio a liberdade desta decisão.

      20. Aceito perfeitamente. Já nele o estava antes de nascer. Já agora, quem é que fez isso?

      • Anónimo

        Louvável trabalheira jmc. Embora desconfio que debalde (que raio de palavra esta).

        Agora sente-se confortavelmente à espera da resposta. Mas mesmo confortavelmente, caso contrário ainda apanha uma entorse espinal 🙂

  • Jairo Entrecosto

    “se deus causou o universo, o que causou deus?”

    NInguém. Deus é a resposta lógica ao problema das causas consequentes. Um movimento de sequência infinita de causas que originam outras é logicamente absurdo, porque implicaria um passado infinito. Se o passado fosse infinito, um determinado evento ocorrido num determinado tempo nunca poderia acontecer.. Imagine uma sequência de peças de domínio a cairem uma em cima das outras. Se sequência anterior a determinada peça de dominó é infinita, essa peça nunca será derrubada. Se essa peça se chama “universo”, e hoje sabemos que ele teve um início, já vê o problema lógico e científico que o seu ateísmo acarreta.

    “Na possível argumentação (não digo que seja a sua, mas já a ouvi) que deus sempre existiu e não “precisou” de criação própria,”

    Não é possível argumentação, é a resposta correcta. Deus é não-criado.

    “contra-argumenta-se que o mesmo se pode dizer do universo”

    Não, não pode. E é por isso que se conclui que ele necessita de uma Causa não criada.
    Se o universo é eterno, não teve início. Aquilo que não teve início, por definição é imutável: não carece de uma sequência anterior a si para existir, não tem de dar necessariamente sequência a algo. Está fora do tempo e das causualidades, por isso é eterno.

    Mas o universo não é imutável, transforma-se. muda. Em suma, há movimento nele ( os seus elementos passam de potência a acto). Logo, o universo não pode ser eterno ( sabemos cientifica e logicamente que é finito).

    A questão é esta:

    Tudo o que começa por existir, teve uma Causa.
    O Universo começou por existir,
    O Universo teve uma Causa.

    Essa causa é não-criada, ou é criada.
    Se essa causa é criada, teve uma causa, que teve uma causa, que teve uma causa…
    Mas uma sequência infinita de causas criadoras é logicamente absurda, implicaria um passado infinito e impossível o presente onde se dá determinada causa.
    Logo, se há movimento é porque há, necessariamente, uma primeira causa não-criada.

    Essa causa não-criada é um ser pessoal, com vontade, ou é uma existência cega e impessoal, sem vontade.
    Se essa causa é impessoal e sem vontade, o universo teria de se ter iniciado por necessidade, consequência inevitável dessa causa.
    Mas já vimos que uma causa não-criada, não é antecidade de qualquer causa, logo, não necessariamente de dar origem a coisa alguma.
    Logo, como o universo teve um início, a causa não-criada é um ser com vontade que decidiu criar tudo o que existe.

    O ateu tem de se decidir:

    1. O universo é eterno, não teve um início.

    2. O universo teve um início, inevitável.

    Estas duas posições, são absurdas. A primeira implica fechar os olhos à evidência científica e à própria lógica.

    O segundo implica que o nada, inevitavelmente cria tudo.

    Por isso se diz, é preciso ter mais fé para ser ateu, do que para acreditar na existência de uma Causa Não-Criada, Imutável.

    • Anónimo

      Caríssimo Jairo Entrecosto:

      Não adianta prescrever como uma pessoa acaba por não acreditar em um deus ou deuses. A descrença surge em diferentes casos de diferentes maneiras, e pode nem sequer envolver o pensamento sobre uma possível origem do universo, matéria, vida…

      O que melhor classifica o seu comentário é a expressão que o nosso Ministro Vieira da Silva disse uma vez no Parlamento à oposição, “o que Vossas Excelências apresentaram foi uma mão cheia de nada“. Isto foi o que fez…

      Não será certamente por uma lógica dedutiva comprometida que alcançará esse conhecimento, mesmo que expurgue esse comprometimento ideológico do seu discurso teria ainda que testar a sua hipótese seriamente, através da análise de modelos com base em cálculos e dados empíricos, para podermos considerar a sua teoria como tendo uma base precisa para apreciação, validação, refutação/reformulação. Mas note, para a Ciência não vale iniciar o processo tendo uma conclusão à partida, situação que é frequente fora dos domínios científicos, como é por exemplo o criacionismo…

      O que sabemos que foi realmente criado são os diferentes conceitos de deus, e conhecemos os seus criadores: a humanidade. Ao longo do tempo a oferta de seres abstractos para adoração/referência/submissão foram aumentando, outros deixados a pouco e pouco no esquecimento colectivo (e recuperados posteriormente pela História e pela Arqueologia…) porque foram sendo substituídos por outros conceitos no colectivo geral…

      A convicção – fé – é algo que não tem lugar nas fileiras dos cientistas que aplicam rigorosamente o método científico. São as provas que contribuem para a consideração/validação de uma teoria que têm valor.

      Visto que costuma fazer aclamações positivas sobre a validade e existência de um determinado deus, juntamente com outros crentes, termino por pedir, a si e a outros crentes, as respectivas provas onde se baseiam para validar essa mesma consideração?

      No fundo o que peço é uma mão cheia de provas, que até à data os diferentes proponentes pela existência de seres abstractos nunca conseguiram demonstrar…

      Cumprimentos.

    • jmc

      Bravo. Adoro discussões que não envolvam a troca de insultos do costume e a argumentação e contra-argumentação para a cosmologia do universo é um assunto extramente interessante para se debater.

      Antes de mais gostava de esclarecer uma coisa acerca do big bang, apenas para que ninguém esteja em equívoco ou tome assunções erradas nesta troca de ideias. Já vi a teoria do big bang a ser erroneamente publicitada como a criação a partir do nada. O big bang afirma que inicialmente toda a matéria era uniforme e estava quase-infinitamente comprimida num ponto que explodiu (não sei por que razão, mas já entrarei mais em detalhe sobre a causalidade) de forma a, após bastante tempo, formar o que vemos hoje. A matéria não “apareceu” mas existia já, e transformou-se.

      Causalidade. Uma coisa aconteceu PORQUE outra aconteceu numa altura anterior. Isto é válido para praticamente todas as experiências que vemos no dia a dia, mas não se pode ligar a lógica à causalidade porque a causalidade é empírica, sendo por isso duas coisas diferentes (depois meto aqui um link de um artigo que li ha pouco tempo a explicar isto. grande cena mesmo). 1+1=2 e isto é lógica matemática que compreendemos, é imutável. O tony na auto-estrada anda muito depressa, logo chegou ao seu destino mais cedo. Isto é causalidade. O problema da causalidade é que é empírica e não absoluta. Quem sabe se o tony, para além de andar depressa na auto-estrada, não gosta também de parar nas estações de serviço que passa para tomar um café e ler o jornal?
      O problema essencial da causalidade, portanto, é a assunção de certas premissas como necessárias e suficientes para atingir uma conclusão.

      Vou desviar agora para uma outra coisa, que é o tempo. O tempo é visto regularmente como sendo a coisa mais perfeitamente natural da nossa existência. Normalmente nem nos apercebemos do quão fantástico é. O que é o tempo? É simplesmente andar para a frente? É apenas a ordem natural das coisas? Porque não podemos voltar atrás no tempo? Porque não podemos ir para o futuro? De facto, se o tempo é apenas mais uma dimensão para além das 3 visíveis, porque não a podemos caminhar como qualquer outra?
      Podia divagar muito por aqui mas o meu objectivo é relacionar isto com o big bang, e esta relação liga-se bastante ao modelo matemático do espaço-tempo que é uma consequência directa da teoria de relatividade especial do einstein (quero estudar muito mais sobre isto, posso estar errado). No big bang não se crê que apenas toda a matéria explodiu para dar o que vemos hoje, mas crê-se também que o tempo começou (muito literalmente) nesse ponto, expandindo-se com a matéria. Consideremos então que tanto as 3 dimensões visíveis actualmente como o tempo por onde passamos estavam inicialmente comprimidos num só ponto e explodiram. O que aconteceu antes? Qual foi a causa?
      Bem…. nada… eu sei que isto parece inacreditável, estou ainda a pensar à medida que escrevo isto porque não tinha ainda investigado muito a teoria mas… nada… a causalidade existe em função do tempo. uma coisa causa outra porque a causa ocorre antes da consequência. mas e se o início do universo como o conhecemos foi também o início do tempo como o conhecemos? nesse caso a causalidade acerca do início do universo deixa de fazer sentido visto ser dependente do tempo.
      então… o que havia antes do universo? “antes” não é um conceito que se aplique a algo onde o tempo ainda não existia. se calhar são dimensões que não conseguimos imaginar onde as leis da física são drasticamente diferentes e o tempo, comprimento largura e altura são irrelevantes pela sua inexistência. se calhar somos apenas resultado de um mini-big-bang no large hadron collider de uma espécie que vive noutras 4 dimensões 🙂

      porque não digo simplesmente que deus fez a explosão do universo e iniciou-o como o vemos, já que, sendo deus, transcende o espaço e o tempo? é uma hipótese que não descarto, mas coloco-a lado a lado com a de um LHC de outras dimensões (ou qualquer) visto ambas terem a mesma probabilidade de estarem certas.

      divaguei um bom bom bocado, mas não foi um desvaneio inútil visto estar inteiramente relacionado com o argumento em questão. vou deixar aqui um link que me foi extremamente elucidativo acerca de razões para a existência de um deus que eu conhecia e não: http://www.randomhouse.com/pantheon/authors/goldstein/36%20Arguments.pdf

      O argumento cosmológico é logo o 1º, que se organiza da seguinte forma:
      1. tudo o que existe deve ter uma causa
      2. o universo deve ter uma causa (de 1)
      3. nada pode ser a sua própria causa
      4. o universo não pode ser a sua própria causa (de 3)
      5. algo fora do universo deve ter causado o universo (2 e 4)
      6. deus é a única coisa que está fora do universo
      7. deus causou o universo (5 e 6)
      8. deus existe

      a base de contestação é que deus não precisa de uma causa, mas isso contradiz a 1ª e 3ª causa. depois (estou praticamente a transcrever isto do documento…), porque é que deus é que deve ser essa causa?

      aliás, defende que o universo não pdoe ser considerado, tal como deus, de algo que não necessita de criação. como defende esta posição?

      agradecimentos por uma boa discussão e
      cumprimentos

      jmc

    • Anónimo

      oh jairo entrecosto no churrasco

      EU NÃO SOU TÃO EXIGENTE COMO O JOVEM 1983 E BASTA-ME UMA SÓ PROVA.
      UMA , MESMO QUE PEQUENININHA…
      …MAS NÃO VALE DIZER QUE ALGUÉM DISSE…
      ISSO NÃO É JOGAR LIMPO.

  • Jairo Entrecosto

    “Visto que costuma fazer aclamações positivas sobre a validade e existência de um determinado deus, juntamente com outros crentes, termino por pedir, a si e a outros crentes, as respectivas provas onde se baseiam para validar essa mesma consideração?”

    Porquê?

  • Jairo Entrecosto

    “Visto que costuma fazer aclamações positivas sobre a validade e existência de um determinado deus, juntamente com outros crentes, termino por pedir, a si e a outros crentes, as respectivas provas onde se baseiam para validar essa mesma consideração?”

    Porquê?

    • Anónimo

      Reprodução do comentário que lhe fiz anteriormente neste post, para que se perceba devidamente onde este parágrafo se incluí, e o seu contexto…:

      “Caríssimo Jairo Entrecosto:

      Não adianta prescrever como uma pessoa acaba por não acreditar em um deus ou deuses. A descrença surge em diferentes casos de diferentes maneiras, e pode nem sequer envolver o pensamento sobre uma possível origem do universo, matéria, vida…

      O que melhor classifica o seu comentário é a expressão que o nosso Ministro Vieira da Silva disse uma vez no Parlamento à oposição, “o que Vossas Excelências apresentaram foi uma mão cheia de nada”. Isto foi o que fez…

      Não será certamente por uma lógica dedutiva comprometida que alcançará esse conhecimento, mesmo que expurgue esse comprometimento ideológico do seu discurso teria ainda que testar a sua hipótese seriamente, através da análise de modelos com base em cálculos e dados empíricos, para podermos considerar a sua teoria como tendo uma base precisa para apreciação, validação, refutação/reformulação. Mas note, para a Ciência não vale iniciar o processo tendo uma conclusão à partida, situação que é frequente fora dos domínios científicos, como é por exemplo o criacionismo…

      O que sabemos que foi realmente criado são os diferentes conceitos de deus, e conhecemos os seus criadores: a humanidade. Ao longo do tempo a oferta de seres abstractos para adoração/referência/submissão foram aumentando, outros deixados a pouco e pouco no esquecimento colectivo (e recuperados posteriormente pela História e pela Arqueologia…) porque foram sendo substituídos por outros conceitos no colectivo geral…

      A convicção – fé – é algo que não tem lugar nas fileiras dos cientistas que aplicam rigorosamente o método científico. São as provas que contribuem para a consideração/validação de uma teoria que têm valor.

      Visto que costuma fazer aclamações positivas sobre a validade e existência de um determinado deus, juntamente com outros crentes, termino por pedir, a si e a outros crentes, as respectivas provas onde se baseiam para validar essa mesma consideração?

      No fundo o que peço é uma mão cheia de provas, que até à data os diferentes proponentes pela existência de seres abstractos nunca conseguiram demonstrar…

      Cumprimentos.”

  • RedBloc

    Deus é a resposta lógica, li algures na diagonal aí para trás.
    Nada mais haverá a dizer.
    DEUS É A RESPOSTA LÓGICA.
    Para que é que precisamos mais, façamos como os Amish

    • Jairo Entrecosto

      Vocês é que se dizem ateus, logo presumo que já conseguiram impugnar todas as provas racionais sobre Deus. Ou desconhecem-nas?

      Por exemplo, é preciso o Jovem1983 ter uma grande lata para, depois de eu apresentar um raciocínio lógico clássico e sobejamente conhecido, fugir dele e exigir-me provas daquilo em que eu acredito. Assim mesmo, como seu eu lhe devesse alguma coisa.

      Vocês já ouviram falar, por exemplo, numa coisa chamada Suma Teológica?

      Os senhores ateus querem provas científicas de Deus?! Nem sequer sabem que a questão é FILOSÓFICA, nem qual a razão para o ser?!

      Ah.. Racionais, estes “ateus”…

      Mantém-se:

      1. O universo é eterno, não teve um início.

      2. O universo teve um início, inevitável.

      Qual destes absurdos é o vosso,senhores ateus?

      • Anónimo

        Caríssimo Jairo Entrecosto:

        “Depois de apresentar um raciocínio lógico clássico e sobejamente conhecido” mas onde estão as provas que pedi? Não tem, pois…

        Qualquer construção abstracta pode ser objecto de discussão no campo filosófico, mas quando alguém clama que há manifestações no concreto de algo que segundo os sujeitos dessas aclamações existe na realidade, como qualquer outro agente com impacto real, esse é encontrado na realidade, onde as coisas acontecem.

        Qualquer sujeito tem a capacidade de criar entes abstractos e com esses procurar justificar a dinâmica do mundo. Mas a correspondência e correlação com a realidade nunca conseguiram provar. Se não considera este juízo resultado de uma mente racional, perdão mas o seu conceito de mente racional não tem também correspondente na realidade…

        Caro, tenho certeza que existe um ser com uma aparência similar à dos humanos que vela por toda a humanidade que come o pequeno almoço, mas que se abstém do almoço e só come uma sopinha ao jantar. É um ente perfeito, para além da matéria, aliás toda a matéria emana da sua existência inicial, onde esse ente é a causa primeira, sem criador, mas que criou tudo, incluindo a vida que nós temos. Preparou-nos um mundo para ser a nossa casa, e criou animais para fazermos deles o que quisermos. Ele não está cá fisicamente, no concreto, mas está cá sempre porque é omnipresente, ele tem conhecimento de tudo, pois é omnisciente, ele é verdadeiramente bom, porque sei que cuida de quem merece, mesmo daqueles que por vezes o não têm em boa conta. Isso é a manifestação da liberdade para cada um de nós fazer as suas escolhas neste mundo precioso que transborda de sinais que demonstram a todos, e cada um de nós, a sua magnifica e eternal existência, mas tenho certeza que quantas mais pessoas acreditarem no Único e Verdadeiro, melhor será o mundo que vivemos, porque, no essencial, foi precisamente isso que ele quis quando nos criou…

        Viu como é muito fácil, o difícil será demonstrar, e quem faz aclamações deste tipo não deve acreditar que todos acreditarão só porque um ou mais têm a mesma convicção em tal entidade…

        Por favor caro Jairo Entrecosto, eu gosto muito de Filosofia, mas a filosofia tem limites, sobretudo quando se aclama que algo tem domínio sobre a existência concreta, o natural, a realidade…

        O fardo da prova está do lado de quem diz que existe, eu não escrevo que existe, escrevo sim que há conhecimento que a humanidade não possuí actualmente, mas há quem se esforça trabalhando para o obter no Futuro.

        Cumprimentos.

        • Jairo Entrecosto

          “O fardo da prova está do lado de quem diz que tal ente existe”

          E também do lado de quem diz que não existe. O ónus da prova é sempre de quem afirma algo. Cada um é responsável pelas suas afirmações, seja de inexistência, seja de existência. Asseguro-lhe que posso provar a inexistência de ursos na minha sala de estar. 🙂

          As religiões, teologia, apologética e filosofia mais não fizeram do que apresentar relatos, argumentos, testemunos, raciocínios, sistemas, etc.

          NINGUÉM TEM O ÓNUS DE CONVENCER UM ATEU A DEIXAR DE O SER.

          Quem nega a existência de um ser, também tem o ónus de demonstrar a inexistência. Inexistências, também se demonstram.

          Tem tudo a ver com a definição do ser ou entidade que estejamos a falar. Depois da definiçaõ assumida, podemos discutir e argumentar a favor ou contra a existência desse ser.

          O ateu tem o ónus de demonstrar a inexistência de Deus, quando garante que Deus não existe.

          Eu argumentei a favor de uma causa primeira de tudo o que existe, não criada.

          O Jovem, em vez de discutir esses argumentos, optou pela falácia da incredulidade pessoal. A referência em debates, não é a crença dos debatentes, mas a existência. Interessam são argumentos objectivos.

          Invocar “não fiquei convecido” ou “dá-me provas”; ignorando propositadamente as montanhas de argumentos, relatos, provas, testemunhos, raciocínios que JÁ EXISTEM, é desonesto.

          Se o Diário Ateísta fosse sério, trataria de ir pegando nos vários argumentos favoràveis à existência de Deus, e tentaria derrubá-los logicamente. Com seriedade e tranquillidade.

          Infelizmente, o vosso ateísmo é tão racional e bem pensado, que resumem a questão de Deus a tentarem-se convencer de que “não existem provas, não existem provas, não existem provas”….

          I

          • Anónimo

            Caríssimo Jairo Entrecosto:

            Não prestou atenção ao que escrevi, logo errou. Eu não escrevi um argumento positivo, confirme. Para que não haja mal entendido eu escrevi sempre no sentido da descrença, que é isso precisamente o que encerra o conceito de Ateísmo, a não crença em divindades, em oposição à crença em divindades, o Teísmo.

            Vamos esclarecer algumas definições, pois é perceptível que o Jairo Entrecosto não compreendeu devidamente, e isto não tem nada a ver com falácias, mas uma constatação concreta. Ateísmo não significa aquilo que alguns persistem em escrever erradamente de forma regular. Tal como o exemplo de Moral, a conjugação de “A” + “Moral” significa a ausência de moral ou a atitude contrária à moral? Tem dois termos distintos para essas duas condições distintas, e são por si só evidentes: Amoral e Imoral, respectivamente.
            Com o conceito de ateísmo aplica-se precisamente este princípio, o que encerra a conjugação “A” + “Teísmo” é unicamente a ausência da crença em uma ou mais divindades, nada mais…

            Foram precisamente elementos objectivos, concretos e não abstractos, que lhe pedi para demonstrar o deus que acredita, e o mesmo se aplica a qualquer crente em outro deus diferente do seu.

            Ao contrário do que escreveu, eu não invoquei que “não fiquei convencido” ou “dá-me provas”, foquei de forma muito simples que a única base para as crenças/convicções – fé – dos crentes não foram demonstradas para além da introspecção individual e catarse colectiva…

            O método cientifico permite o escrutínio colectivo dos processos e resultados obtidos, ao contrário do fraco sentido racional e crenças vazias em seres sobrenaturais que são distinguidos em grau de especialidade pelo seu grau de divindade. Seres esses que a História e o raciocínio lógico facilmente demonstram que são meras construções conceptuais da humanidade para suprir a ignorância que tinha no passado, para cumprirem alguns fins localizados e concretos – em contextos particulares, que visavam a orientação da vontade de muitos homens perante a vontade de alguns – e que nada mais acrescentaram aquilo que a humanidade sempre conseguiu encontrar – e continua a encontrar – fora do alcance das diferentes religiões e variadíssimas ideologias religiosas.

            O que guarda na sua sala de estar certamente é concreto, pode adiantar outras noções abstractas, mas não terá provas da sua existência conforme a sua crença.

            Caro Jairo, faça favor, defenda o que quiser, pessoalmente não escrevo que não há um ou mais deuses, escrevo que aquilo que as pessoas acreditam e extravasa a esfera individual para influenciar a vida de terceiros tem de ser demonstrado pelos agentes que conscientemente ou inconscientemente fazem essa aclamação/afirmação.

            Eu tenho várias dúvidas, mas há a certeza que o leque de vários conceitos de divindades ao longo dos tempos resultam de construções culturais – a História demonstra-o – e, porque ninguém conseguiu provar o contrário, daí não passam, e por isso descreio com tamanha facilidade do que o Jairo Entrecosto acreditam sem provar concretamente, porque é na realidade que dizem que essas divindades influem, mas isso não se confirma…

            Termino apenas com o exemplo da hipocrisia que essa crença cega, vazia de crítica acarreta. Várias vezes assisti mães que tiveram filhos com deficiências graves, que colocaram em causa a sua mobilidade, raciocínio e capacidade de comunicação; essas mães – porque se consideram especiais e crentes em seres divinais, e num determinismo que não tem qualquer compatibilidade com a realidade – testemunharam que achavam que os filhos são assim para elas e os outros aprenderem uma Lição!
            Isto extravasa qualquer discussão filosófica para a esfera do absurdo, da ignorância, da hipocrisia, entre outras, porque a “oferta” conceptual que vossas excelências exortam não tem qualquer correspondente com a realidade, daí ser tão importante as provas para prestarmos a devida consideração e reverência a tal ser que, nestas coisas e outras, supostamente, intervém…

            Cumprimentos.

          • jmc

            apenas em relação ao “Quem nega a existência de um ser, também tem o ónus de demonstrar a inexistência. Inexistências, também se demonstram.”, deixo-lhe este vídeo que me lembrou 🙂
            http://www.youtube.com/watch?v=fTmac2fs5HQ
            “You are never called upon to prove a negative”

            ou mesmo uma citação de Carl Sagan que tenho apreciado imenso:
            “Extraordinary claims require extraordinary evidence.”

            em qualquer caso, defendo que praticamente nada sobre a existência ou não de deus é possível provar (agnosticismo, basicamente), por isso estou bastante interessado nas “montanhas de argumentos, relatos, provas, testemunhos, raciocínios” que mencionou

        • jmc

          é verdade que a filosofia tem limites… bem como a ciência… e a ciência, baseada na realidade e na evidência apresentada, é limitada para responder a questões metafísicas como a existência de deus, uma entidade baseada em fé. é claro também, que a filosofia não “responde” por inteiro a estas questões, mas ajuda a apontar na direcção certa. a ciência, sem dúvida, à medida que vai avançando vai desmistificando certas partes da filosofia, especialmente sobre a construção do mundo e a origem do mesmo.

          a crença não implica (nem pode implicar) conhecimento até haver verdade demonstrada. não passa de crença, portanto, e esta crença será tanto teísta como ateísta. até à altura deste comentário não existem provas conclusivas para a existência ou não de um ou mais deuses, por isso são conceitos que se mantém no ramo da crença e fé. é excusado pedir provas, não as encontrará, nem do seu lado nem do outro.

          é na lógica e na filosofia que, não conseguindo provar a inexistência de tantos deuses, conseguimos resolver pelo menos alguns problemas de semântica e conceito como o trilema de epicuro que maravilhosamente demonstra a incompatibilidade entre omnipotência e omnibenevolência.

  • RedBloc

    Deus é a resposta lógica, li algures na diagonal aí para trás.
    Nada mais haverá a dizer.
    DEUS É A RESPOSTA LÓGICA.
    Para que é que precisamos mais, façamos como os Amish

  • Jairo Entrecosto

    Sobre Carl Sagan, o quão “científica” era a sua banha da cobra e o que significa “prova extraordinária”:

    http://neoateismoportugues.blogspot.com/search?q=provas+extraordin%C3%A1rias

    Jovem,

    “sentido da descrença, que é isso precisamente o que encerra o conceito de Ateísmo, a não crença em divindades, em oposição à crença em divindades, o Teísmo”

    Todo o seu texto encalha a partir daqui. Ateísmo não é “descrença”, o ateísmo é crença na inexistência. “Descrença” têm os bebés, as árvores e os cães.

    Quando um homem adulto toma conhecimento de um conceito, pensa sobre ele, analisa-o e chega a uma convicção sobre a sua realidade, desenvolveu uma crença sobre esse conceito. Seja essa crença sobre inexistência, seja sobre a existência do conceito como real.

    Não podemos debater a existência de Deus, porque o Jovem opta pela incredulidade pessoal. Julga-se o legítimo julgador das fés e crenças alheias. Esqueça isso. Um debate não é para nos convencermos a mudar de opinião, mas para expor argumentos e factos com objectivdade. “Eu acredito” ou “convençam-me com provas”, não vale nada num debate.

    Os debates normalmente são interessantes, porque se tratam de dois lados com posições opostas sobre um assunto, mas que conhecem e estudaram o problema. A começar, sabem a definição daquilo que estão a debater como verdadeiro ou falso. E apresentam argumentos objectivos, tendo cada parte o ónus de demonstrar as suas afirmações. Não se trata de “eu acredito em Deus” versus “Eu não acredito em DEus”, mas “Vou apresentar argumentos que demonstram a inexistência de Deus”; e “Vou apresentar argumetnos que demonstra essa existência”.

    Experiências e sentimentos pessoais não pode ser discutidos. Se eu tenho uma conversa com o Jovem numa sala fechada, sem mais ninguém lá dentro, a conversa não deixa de existir apenas por não poder ser provada a quem não esteve lá.

    Se alguém diz “isto não existe”, tem de o demonstrar. O mesmo para quem diz “isto existe”.

    Quem não sabe, não está seguro, não tem a certeza sobre se algo existe ou não, não pode participar em debates. Como é óbvio, pode apenas fazer parte da assistência e deve estudar melhor o assunto.

    Dizer que “sou apenas descrente”, é um tiro no pé do “ateísmo racional”. Óptimo, você é “descrente”, não tem a certeza, está à espera de provas. E EU COM ISSO?
    É que a partir da sua assumida ignorância, você age como se eu tivesse o dever de lhe provar auqilo em que acredito. Mas eu não tenho de lhe provar nada.

    Se vocês não têm a certeza de que Deus não existe, não se digam ateus.

    Se quiser, eu mostro-lhe ateus que assumem que o seu ateísmo é “convicção e certeza de que Deus não existe”. Com esses, pode-se debater. Há uma base, sabem a definição daquilo que negam.

    A treta do “ónus da prova”, como vocês a colocam, é só um truque retórico de incredulidade pessoal. É tornar a referência da discussão/debate, na vossa aceitação dos argumentos.
    Perante a possibilidade de ir sempre alegando “não fiquei convencido” ou “isso não é prova suficente”, é claro que isso não pode significar um debate. Isso é mais um julgamento, em que vocês arbitrariamente se definem como juízes de quem não vos quis convencer a nada.

    • hh

      Excelente.

    • jmc

      estive a ler um bocado sobre a definição do ateísmo. estão aqui dois artigos com definições bastante claras sobre o assunto
      http://atheism.about.com/od/definitionofatheism/a/BeliefDisbelief.htm
      http://atheism.about.com/od/definitionofatheism/a/DisbeliefDenial.htm

      tenho andado a perguntar-me se “descrença na existência de um deus” é igual a “crença na não-existência de um deus”. inicialmente não me pareciam diferentes.
      uma crença em x, porém, não implica a descrença em não-x. da mesma forma a descrença em x não implica a crença em não-x.

      diz-se que há 2 formas essenciais do ateu. relativamente à existência de deus, um não crê nela, e o outro nega-a. é a diferença entre passividade e actividade na afirmação.

      existe um exemplo bom no artigo sobre isto, que envolve t-shirts amarelas

      como já tinha dito noutro comentário, não há provas para a existência ou não existência de deus (especialmente nas definições de deus mais vagas) nem poderão haver.
      há crença, mas não há conhecimento (e entramos pela epistemologia…)
      o conhecimento provém do conjunto crença e verdade provada. a descrença numa verdade provada anula o conhecimento dela. da mesma forma, a crença numa não-verdade também não garante conhecimento.

  • Anónimo

    E NÃO SÓ…

    É QUE DE OUTRA FORMA, NÃO NOS LIVRAVA-MOS DE TER QUE VER A PADRALHADA A VIOLAR CRIANCINHAS, ENQUANTO DEUS E O S. PEDRO CONTAVAM AS ALMAS. SIM, PORQUE OS VÍCIOS NÃO ACABAM COM O APELO DA BIOLOGIA…AFINAL A ALMA SERVE PARA QUÊ?

  • Jairo Entrecosto

    Quem parece ter muito interesse em relações sexuais com crianças, de forma protegida por lei, é Peter Tatchell, militante ateu que também é activista da causa gay, amigo e camarada de Richard Dawkins.

    http://neoateismoportugues.blogspot.com/2010/10/neo-ateistas-portugueses-e-pedofilia.html

    Quando é que os ateus do Diário Ateísta denunciam a podridão no seu do movimento ateísta internacional?

    • jmc

      caro sr. entrecosto

      o que o leva a crer que foi o ateísmo que levou peter thatchell às suas ideologias para defender a alteração da definição de menores de idade no seu país?

      gostava de saber de onde brota esta relação de causalidade

      • Jairo Entrecosto

        “o que o leva a crer que foi o ateísmo que levou peter thatchell às suas ideologias para defender a alteração da definição de menores de idade no seu país?”

        Não fiz nenhuma relação de causualidade. Apontei que ele é ateu, militante. Talvez seja por isso que nenhum dos interessados nas vítimas de pedofilia deste Diário se interessa por expor e criticar esse criminoso.
        Também não há relação de causualidade entre os abusos cometidos por alguns criminosos e o facto de serem religiosos. Mas isso não impede o Esperança e Companhia de não se calarem com o assunto.

        Mas se quer saber a motivação do pedófilo militante Tatchell, é só ler o que ele disse:

        “Há homens que tem sexo com crianças de 14 ou 15 anos, e isso é, de acordo com a lei, abuso de menores. Como forma de acabar com o abuso sexual de crianças com 15 ou 14 anos, eu proponho que paremos de chamar a isso de abuso sexual”

        Ateu militante, camarada de Dawkins!. Organiza manifestações para acusar Ratzinger de ter protegido pedófilos, quando sabe que não tem uma única prova disso e que está a inventar ( conforme demonstrei no link acima); quando é ele que pretende defender todos os pedófilos com força de lei.

        Miserável.

        Para quando um post a denunciar este criminoso? Aqui interessam-se pela segurança das crianças, ou apenas se alegram quando uma agredida, desde que o agressor tenha sido religioso?

        • jmc

          compreendo… sim, já me pronunciei também discordando da atitude extremamente anti-teísta deste blog, não penso que seja a atitude correcta estar a insultar ninguém devido à sua religião..

          quanto ao caso de thatchell, imagino que a justificação dele é querer legalizar a redução da idade mínima para evitar que relações consensuais entre adultos e adolescentes de 14 ou 15 anos pare de ser catalogada como abuso de menores, como é o caso em portugal, espanha… bem, na maior parte dos países europeus e em bastantes outros no mundo.
          http://en.wikipedia.org/wiki/Ages_of_consent_in_Europe
          tem aqui também um mapa mundial das idades: http://en.wikipedia.org/wiki/Ages_of_consent_in_Asia

  • Jairo Entrecosto

    “no seio do movimento ateísta internacional”

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