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  • 17 de Novembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Literatura

A Senhora do Monte_1 (Crónica)

Nas aldeias da Beira Alta era hábito rezar, pelas intenções plenárias de cada mês, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, ir ao confesso e à eucaristia e, assim, alcançar as indulgências exigidas para a salvação da alma. Podia parecer injusto pôr garotos a rezar por pecados dos adultos, mas já se sabia que outros garotos o fariam quando adultos se tornassem esses para apreciar os pecados. Ficavam as rezas para as mulheres, que sempre as fariam, para os que ainda não sabiam pecar e para os que, sabendo, já não podiam. Era assim, há meio século, e disso se não livrou a criança que fui. Além das devoções locais outras havia que se cumpriam em paróquias próximas, que os transportes não permitiam lonjuras, com dia certo e local aprazado. A Senhora do Monte era um desses destinos.

Guardo da infância o gosto por romarias. Os santos domiciliavam-se no alto dos montes para ficarem a meio caminho entre os devotos que lhes pediam e o céu que os atendia. Eram mensageiros dedicados, imóveis numa peanha, ouvindo queixas, aceitando petições, a aliviarem o sofrimento. Raramente eram solicitados além das suas posses e, se soía, resignavam-se os mendicantes. Quanto mais perto do céu, maior respeito infundiam, mais petições recebiam, maiores expectativas geravam. Eu ficava a imaginar do que seriam capazes os que habitavam no cimo de montanhas muito altas, que sabia haver, sem cuidar das dificuldades de acesso dos requerentes.

Durante o ano, os santos concediam graças que eram agradecidas em Agosto com foguetes, missa e uma romaria profana que irritava os padres e alegrava os santos. Mas, de tanto pedirem, foi-se Deus cansando de os ouvir, primeiro, desinteressaram-se os crentes de implorar, depois, ou, talvez, a sangria da emigração converteu em deserto o terreno fértil da fé. É com saudade que recordo as ermidas abandonadas que outrora atraíam à sua volta feiras e procissões em confronto dialéctico do sagrado com o profano numa síntese admirável de que só o mundo rural era capaz.

A Senhora do Monte pertencia à paróquia da Cerdeira. Às vezes os santos tomavam as dores dos paroquianos e geravam a desconfiança dos vizinhos, mas não era o caso, por ser de concelho diferente e não haver rivalidades entre as paróquias.

Saíamos da Miuzela do Côa, manhã cedo, descíamos a aldeia, passávamos pela capelinha de S. Sebastião, deixando à direita, encostada ao cemitério, a vinha do passal que, no tempo da República, Paulo Afonso comprou à autoridade administrativa, valendo-lhe a excomunhão eclesiástica, vingança do pároco que reclamava a vinha e o regresso da monarquia. Viveu o réprobo em paz, sem que o anátema o apoquentasse, até ao dia em que teve de pedir a desexcomunhão, para que o filho pudesse franquear o seminário, custando-lhe a canónica amnistia outra vez o valor da vinha.

À beira do caminho havia agricultores, inquietos com a romaria, a guardar os melões, que a rapaziada cobiçava, e, ao longe, entre giestas, lobrigavam-se cachopas, deambulando à espera do encontro apalavrado, talvez mesmo alguma coitanaxa aflita por tornar-se dona.

Íamos pela fresca e regressávamos tarde, de estômago menos vazio, com fritos e vinho a justificarem a jornada, esquecida a devoção, a tropeçar nas pedras em noites de lua nova. Atrás de nós via-se um clarão, vindo da Guarda, à distância de seis léguas, no alto do monte onde chegara a luz eléctrica, com a ermida de onde voltávamos perdida na escuridão da noite.

A Senhora do Monte há muito que não fazia um milagre de jeito mas tinha festa rija e um passado de respeito. Um dia o fogo subiu o monte impelido pelo vento e envolveu a capela, com gente aflita a orar. Abriram as portas e redobraram as orações, que em tempo de aflição se reza mais depressa para compensar a desatenção e acompanhar a ansiedade. Deixaram que a virgem visse o fogo e este a virgem. Foi então que as chamas baixaram e logo o fogo se deteve, enquanto, maravilha das maravilhas, prodígio nunca visto, começou o fogo a recuar e, à medida que a terra desardia, tornaram as plantas que a cobriam.

A Santa, por ter-se cansado ou perdido o jeito, renunciou aos milagres, mas os crentes não desistiram de a ver regressar ao ramo e fazer jus à glória antiga. Ainda assim, era muito solicitada por raparigas solteiras que lhe imploravam para as livrar da prenhez que em horas do demo pudessem ter contraído. Foi como contraceptivo de eficácia duvidosa que conheci a Senhora do Monte nos tempos em que calcorreei os caminhos que lá me levaram.

17 thoughts on “A Senhora do Monte_1 (Crónica)”
  • antoniofernando

    Já sabe, Carlos Esperança, que, quando voltar a incorrer naqueles seus escritos panfletários, que desmerecem da sua inteligência e cultura,não hesitarei em tecer as minhas críticas. Mas, como também já sabe, sempre que alguém aqui elaborar textos ou comentários que elevem a reflexão sobre os mais diversos temas, que nos aproximem ou afastem, igualmente não hesitarei em louvar.Quanto a este escrito, tem a mesma cadência harmónica de outros dos seus textos,de que muito gostei.A mesma finura estilística, idêntica sensibilidade humana, e um inegável talento para a escrita, que você deveria aproveitar de forma mais sistemática, quiçá no propósito de edição de um livro de crónicas, sobre o assunto que em que, recorrentemente, e muito bem, tem insistido.Gostei muito. Penso que, seja qual for o âmbito da intervenção ideológica em que os textos se enquadrem, somo sempre nós, os leitores, que ganhamos, em conhecimento, com a elevação do pensamento e a consequente afirmação da cultura. Por mim, ficaria sinceramente satisfeito que este ” Diário Ateísta” conseguisse elevar o nível, por vezes tão baixo e tão mesquinho, das diversas intervenções.A minha forte convicção na existência de Deus em nada ficaria abalada pelo merecimento e aceitação que este blogue venha a ter de toda a comunidade que o lê. Precisamos todos de nos esforçarmos por subir de patamar. De permitirmos que este país, tão económica e culturalmente indigente, possa pegar nas suas próprias capacidades e construir um Portugal mais nobilitante à escala europeia. A margem de manobra é escassa. Mas sempre houve um Camões e um Pessoa nesta pequena parte da Jangada de Pedra a interpelar-nos para não nos deixarmos afundar no marasmo das frases de circunstância e do panfletarismo intelectual – porreirista. Que tantos e tão graves danos nos causou a todos ao longo dos vários séculos da nossa História.Como quer que,no entanto, este ” D.A.” venha doravante a evoluir, os meus sinceros parabéns…

    • Anónimo

      “A mesma finura estilística, idêntica sensibilidade humana, e um inegável talento para a escrita, que você deveria aproveitar de forma mais sistemática, quiçá no propósito de edição de um livro de crónicas, sobre o assunto que em que, recorrentemente, e muito bem, tem insistido.”
      Talvez outro!?
      Já existe um:
      “Pedras Soltas”:
      l

      • Carlos Esperança

        Caro R:

        Tenho outro preparado à espera de editor mas não tenho aceitado as condições que impõem.

        Abraço.

        • Anónimo

          Boas notícias!
          Desejo que se concretize em breve conforme seu desejo.
          Ficarei, atento, à espera.
          Agradeço e retribuo o abraço
          António Rodrigues

        • Anónimo

          Boas notícias!
          Desejo que se concretize em breve conforme seu desejo.
          Ficarei, atento, à espera.
          Agradeço e retribuo o abraço
          António Rodrigues

      • antoniofernando

        Outro daqueles que é tão atento, mas só para o lado em que está virado. Que também alinha no silenciamento da atitude pidesca de Saramago quando despediu os seus companheiros de trabalho e que, pelo menos no que me respeita, não vai passar aqui levado aos ombros sobre o discurso laudatório dos seus comparsas.No fundo, a mesma triste figura daqueles que não são capazes de se autonomizarem do espartilho constrangedor dos seus próprios alinhamentos ideológicos. Também não gostou, foi? Paciência,também se habitua. Deixe lá, você já gostou, entupiu e silenciou quando Luís Grave Rodrigues chamou facínora a Bento XVI e Carlos Esperança chamou Rotweiller a João César das Neves.O que eu me divirto convosco grandes ” democratas”…

      • antoniofernando

        Outro daqueles que é tão atento, mas só para o lado em que está virado. Que também alinha no silenciamento da atitude pidesca de Saramago quando despediu os seus companheiros de trabalho e que, pelo menos no que me respeita, não vai passar aqui levado aos ombros sobre o discurso laudatório dos seus comparsas.No fundo, a mesma triste figura daqueles que não são capazes de se autonomizarem do espartilho constrangedor dos seus próprios alinhamentos ideológicos. Também não gostou, foi? Paciência,também se habitua. Deixe lá, você já gostou, entupiu e silenciou quando Luís Grave Rodrigues chamou facínora a Bento XVI e Carlos Esperança chamou Rotweiller a João César das Neves.O que eu me divirto convosco grandes ” democratas”…

    • Anónimo

      Olha, olha… Afinal, o António Fernando é mesmo coerente!!!
      “nesta pequena parte da Jangada de Pedra”. Sabia que a Jangada de Pedra” é do Saramago? O “salafrário”, como você lhe chamou? O tal que lhe dá sono quando tenta lê-lo? Afinal, leu ou não leu? E que tal? dormiu bem?
      Você, afinal, é um “novo-rico” cultural. Leu meia dúzia de autores e acha-se capaz de criticar tudo o que não lhe agrade, independentemente da qualidade que possam ter. Cita dois ou três filósofos ou autores consagrados (sabe-se lá se os leu, a julgar pela Jangada de Pedra…) e convence-se de que toda a gente vai prosternar-se perante tão patética demonstração de pernóstica erudição.
      No fundo, você não passa de um pobre diabo…

      • antoniofernando

        Sabia que a Jangada de Pedra é do Saramago, sim. É um bom título apropriado para a parte da Jangada que nós somos: muito cascalho, muita parra e pouca uva.Salafrário é sinónimo de Safardana, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa e os qualificativos são para serem em conformidade com a necessidade e pertinência da sua utilização. Que dizer de um homem que, durante toda a sua vida, emitia todo o tipo de sentenças axiológicas e que saneou, ou seja despediu, 22 trabalhadores, só porque não eram da sua confraria ideológica, sem processo disciplinar, sem sequer indemnização e assim deixando várias famílias certamente amarguradas ? Que nunca levantou a sua voz contra os atropelos dos direitos humanos em Cuba, em questões basilares como a liberdade de expressão de pensamento ? Que calou e aplaudiu os fuzilamentos decididos por Guevara, Fidel Castro e seu mano ? E que, não obstante se punha a arengar contra o AT ? Você, quando o Luís Grave Rodrigues chamou facínora a Bento XVI pelo facto de este se ter insurgido contra o ateísmo extremista do final do século passado, certamente referindo-se aos países da Ex URSS e à absolutamente laica Albânia, você ficou calado, entupiu, como sempre acontecia quando se tratava de ataques soezes vindos das bandas dos seus confrades ideológicos. E agora também entope relativamente a Saramago, com a mesma falta de sentido da destrinça do que é correcto ou incorrecto, só porque o indivíduo também é seu confrade menor. Recebo lições de ética de Homens coerentes, que, em todas as circunstâncias, são capazes de censurar o que é injusto, independentemente do seu posicionamento ideológico. Mas não é o seu caso. Você também pertence ao grupo daqueles que, do conceito do Bem e do Mal, tem uma visão mitigada, consoante a proveniência do destempero. Agora sai à estaca, exercitando o seu próprio sofrível ensaio da cegueira, mesquinho e ressabiado como os demais. Eu sei do que a casa gasta e confesso-lhe que me diverte assistir a mais esta, agora sua, deprimente demonstração de sectarismo. Salafrário com todas as letras, se quer lhe repita, em relação a todo e qualquer homem, independentemente da sua visão filosófica e política, que persiga 22 companheiros de trabalho, só porque eles não têm fichas de militantes abertas no partido em que milite. É, vistas as coisas sem as diopterias que, a si, lhe entorpecem a vista e o sentido de justiça, a mesma atitude baixa e pidesca dos salafrários de Salazar. Só que Saramago acrescentava ao seu carácter a hipocrisia de um escritor menor que sempre se apresentou, ele sim petulante e arrogante, a debitar catlinárias, sobre ética, contra tudo e todos, menos contra ele próprio e os seus apaniguados ideológicos. Você podia ter evitado essa triste figura do comentador,igualmente hipócrita, que só vê para um lado, mas optou, e fez bem, em mostrar agora a sua verdadeira face. Quanto às caracterizações que, sobre mim, faça, estou couraçado. A minha consciência não me acusa de nada e aqui, nem você nem ninguém me silencia. No dia em você sair do rebanho ideológico a que se submete e conseguir ter a decência de criticar tudo o que mereça ser censurado, você vai gostar de se ver ao espelho. Agora é mais um que do livre- arbítrio também adopta, tal como Charles Manson ou Saramago, o conceito de dizer tudo o que lhe dá na realíssima gana. Menos ter a ombridade de censurar com o sentido de equanimidade das pessoas que estão sinceramente empenhadas em ser justas e não apenas carneirada do mesmo rebanho…

      • antoniofernando

        Sabia que a Jangada de Pedra é do Saramago, sim. É um bom título apropriado para a parte da Jangada que nós somos: muito cascalho, muita parra e pouca uva.Salafrário é sinónimo de Safardana, segundo o Dicionário da Língua Portuguesa e os qualificativos são para serem em conformidade com a necessidade e pertinência da sua utilização. Que dizer de um homem que, durante toda a sua vida, emitia todo o tipo de sentenças axiológicas e que saneou, ou seja despediu, 22 trabalhadores, só porque não eram da sua confraria ideológica, sem processo disciplinar, sem sequer indemnização e assim deixando várias famílias certamente amarguradas ? Que nunca levantou a sua voz contra os atropelos dos direitos humanos em Cuba, em questões basilares como a liberdade de expressão de pensamento ? Que calou e aplaudiu os fuzilamentos decididos por Guevara, Fidel Castro e seu mano ? E que, não obstante se punha a arengar contra o AT ? Você, quando o Luís Grave Rodrigues chamou facínora a Bento XVI pelo facto de este se ter insurgido contra o ateísmo extremista do final do século passado, certamente referindo-se aos países da Ex URSS e à absolutamente laica Albânia, você ficou calado, entupiu, como sempre acontecia quando se tratava de ataques soezes vindos das bandas dos seus confrades ideológicos. E agora também entope relativamente a Saramago, com a mesma falta de sentido da destrinça do que é correcto ou incorrecto, só porque o indivíduo também é seu confrade menor. Recebo lições de ética de Homens coerentes, que, em todas as circunstâncias, são capazes de censurar o que é injusto, independentemente do seu posicionamento ideológico. Mas não é o seu caso. Você também pertence ao grupo daqueles que, do conceito do Bem e do Mal, tem uma visão mitigada, consoante a proveniência do destempero. Agora sai à estaca, exercitando o seu próprio sofrível ensaio da cegueira, mesquinho e ressabiado como os demais. Eu sei do que a casa gasta e confesso-lhe que me diverte assistir a mais esta, agora sua, deprimente demonstração de sectarismo. Salafrário com todas as letras, se quer lhe repita, em relação a todo e qualquer homem, independentemente da sua visão filosófica e política, que persiga 22 companheiros de trabalho, só porque eles não têm fichas de militantes abertas no partido em que milite. É, vistas as coisas sem as diopterias que, a si, lhe entorpecem a vista e o sentido de justiça, a mesma atitude baixa e pidesca dos salafrários de Salazar. Só que Saramago acrescentava ao seu carácter a hipocrisia de um escritor menor que sempre se apresentou, ele sim petulante e arrogante, a debitar catlinárias, sobre ética, contra tudo e todos, menos contra ele próprio e os seus apaniguados ideológicos. Você podia ter evitado essa triste figura do comentador,igualmente hipócrita, que só vê para um lado, mas optou, e fez bem, em mostrar agora a sua verdadeira face. Quanto às caracterizações que, sobre mim, faça, estou couraçado. A minha consciência não me acusa de nada e aqui, nem você nem ninguém me silencia. No dia em você sair do rebanho ideológico a que se submete e conseguir ter a decência de criticar tudo o que mereça ser censurado, você vai gostar de se ver ao espelho. Agora é mais um que do livre- arbítrio também adopta, tal como Charles Manson ou Saramago, o conceito de dizer tudo o que lhe dá na realíssima gana. Menos ter a ombridade de censurar com o sentido de equanimidade das pessoas que estão sinceramente empenhadas em ser justas e não apenas carneirada do mesmo rebanho…

        • Anónimo

          Você é um psicopata.

          • antoniofernando

            Agora, à falta de argumentos, temos o José Moreira arvorado em psiquiatra. Mas, no fundo, auto desmascarou-se.Já não consegue argumentar, apenas escarrar. Sobre a essência da polémica àcerca de Saramago, não diz nada. Só insulta.Provavelmente também se revê no reaccionarismo sectário de um indivíduo que perseguiu mais de uma dezena de colegas de profissão, deixando-os com a angústia do desemprego, ideologicamente motivado, para gerir. É que há reaccionarismo politicamente à direita,mas também há à esquerda. A democracia é uma conquista civilizacional insuperável, em termos de progressismo ideológico e concreta dimensão ética. Todos aqueles que se arvoram na prerrogativa de quererem impor à força a sua visão política ou filosófica sobre todos os demais, com outras distintas visões, são reaccionários, ainda que isto custe muito a engolir por quem, à esquerda, julga que está acima de qualquer catalogação como tal. O seu problema, José Moreira,não é certamente psicopatia, mas com toda a certeza é falta de cultura democrática. Não é capaz de reconhecer que um Saramago qualquer, ou um Torquemada qualquer, ou um Tomás Aquino, ou um Martinho Lutero, são todos filhos da mesma Intolerância e falta de respeito pelas opiniões alheias. Mas na vida não há intocáveis e Saramago não é modelo de referência ética para ninguém com elementar sentido de Justiça. Você auto-define- se na sua própria pequenez ao insultar-me, apenas porque não tem estaleca para reconhecer o óbvio. Não por capacidade intelectual,que lhe falte, porque você de insano não tem nada. Mas simplesmente porque é intrinsecamente desonesto. Leia o Ensaio da Cegueira do Saramago, que tão bem a ele e a si próprio se aplicam. E seja muito feliz que o mal dos outros não me contenta, mesmo que sejam tão cegos como você…

            P.S. Devolvo-lhe à procedência a referência de ” clarividente”, com que você já me catalogou, lembra-se ? Para encaixá-la no próximo que desejar louvaminhar. Mas não deixe de estudar mais atentamente um elementar manual de avaliação psicológica, porque ninguém passa de um dia para ou outro de ” clarividente ” a ” psicopata”… 🙂

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  • Athan3

    O fato é que deus se amarra em pedantes e pastrófilos, e vagabundos usurpadores. ..

  • Athan3

    Bastou só citar a “apodrecida” que o elemento se assanhou todo em deitar bajulação aliciadora e capciosa; e nem notou no texto a cancha dum Monteiro Lobato, e dum Malba Tahan … é assim que a gente vê a máscara por trás da ‘santa’ apodrecida retratada por Mel Gibson.
    Engraçado é que a estória do super-hômi que fica olhando a vista do alto do monte e descarta a oferta de riquezas não serve pros fiéis em crenças, pois vão tudo correndo atrás do pastuto e padrófilo que ofertam-lhes benesses no céu e na terra, se prostrados os seguirem; ou seja, correm mesmo atrás de interesses ‘mundanos’ e rápido ‘vendem’ a tão ‘amada’ “alminha” escolhida. Hipocrisia é pouco, safardagem vaza do bueiro.

  • Anónimo

    “as orações, que em tempo de aflição se reza mais depressa para compensar a desatenção e acompanhar a ansiedade”
    “Foi como contraceptivo de eficácia duvidosa que conheci a Senhora do Monte”

    belas “imagens”.

  • Anónimo

    “as orações, que em tempo de aflição se reza mais depressa para compensar a desatenção e acompanhar a ansiedade”
    “Foi como contraceptivo de eficácia duvidosa que conheci a Senhora do Monte”

    belas “imagens”.

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