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Evolução: a hipótese nula.

O Alfredo Dinis pediu-me que explicasse «como deveria ser a evolução para que fosse compatível com a existência de um Deus criador.»(1) Não pode. É como a erosão e a escultura. Se a rocha tomou aquela forma pela acção intencional do escultor então não foi pelo efeito cego da chuva e do vento. São explicações diferentes, e mesmo que o escultor tenha poderes especiais e controle a chuva e o vento, o resultado será uma escultura e não o que entendemos por erosão. A evolução e a criação também são processos diferentes.

Para compreender a disposição da terra e pedras no solo podemos considerar a geologia da região, a forma como a água escorre pelos declives e deixa sulcos ou como o vento leva a areia fina e deixa as pedras maiores. Muitos aspectos são previsíveis devido a padrões que podemos perceber nestes processos naturais. E outros aspectos consideramos aleatórios por não os poder inferir dos mecanismos que conhecemos. Aquele seixo calhou ali como podia ter calhado um pouco ao lado, e esta pedra em cima da outra podia ter ficado por baixo.

A teoria da evolução dá-nos modelos deste tipo. Percebemos porque é que a inteligência só surgiu animais multicelulares. Seres unicelulares não conseguem a complexidade do sistema nervoso e plantas e fungos não têm neurónios. Mas os vertebrados terem todos a retina virada para o lado errado parece ter sido um acidente, uma mutação menos afortunada num antepassado distante. Não se explica pela presença de um esqueleto interno.

Se encontramos pedras em forma de ponta de seta precisamos de uma explicação diferente. A erosão pela chuva ou o azar não dão um modelo adequado. Explicamos essas pedras pela acção dos caçadores que ali viviam e que as esculpiram para caçar animais. Confirmamos a hipótese procurando vestígios de acampamentos, ossadas dos animais caçados e assim por diante. O mesmo para o milho transgénico, que não pode ser explicado pela teoria da evolução mas sim pela acção propositada de quem clonou os genes de outros organismos e os inseriu no milho, deixando no genoma vestígios dos vectores de clonagem e outros marcadores.

As teorias da evolução e da erosão dos solos são o que em estatística se chama a hipótese nula. Assumindo aquelas distribuições de probabilidade para o que não conseguimos prever, sujeitas às restrições impostas pelos processos que conhecemos, prevemos o que se deve observar. Se as pedras ou as espécies estiverem de acordo com essas previsões então não se justifica concluir que surgiram de outra maneira. Só algo como o milho híbrido ou as pontas de seta é que exige outra explicação. Nesses casos, as teorias da evolução e da erosão não servem porque não são compatíveis com actos inteligentes. Nem podem vir a ser, pois visam explicitamente descrever o que acontece na ausência de inteligência.

Portanto, a teoria da evolução que temos desenvolvido nos últimos dois séculos será sempre incompatível com a criação inteligente. Nos casos em que haja manipulação inteligente de espécies precisamos de outras explicações. Além disso, para obter essas outras explicações temos de assumir algo acerca da inteligência em causa. Quais os seus objectivos, quais os processos que usou e que vestígios haverá disso para que se possa fundamentar a explicação.

Há uns tempos ensinei aos meus filhos um feitiço poderosíssimo que faz com que todo o universo seja exactamente como é. Sem formação em teologia, riram-se logo do disparate. Mas a «a existência de um Deus criador» que o Alfredo propõe sofre do mesmo problema. Se o universo for como é porque eu fiz o feitiço, ou porque Deus o fez, então as explicações que temos estão erradas. E como estas alegações não implicam nada acerca do que podemos observar, não dão qualquer informação ou explicação. A hipótese de uma criação inteligente e propositada só faz sentido se implicar algo diferente da hipótese nula.

O criacionismo evangélico diz que todas as pedras e grãos de pó foram criados de propósito por Deus. O criacionismo católico aceita a evolução e a erosão para quase tudo mas insiste que a nossa espécie, um seixo equivalente aos outros, está cá porque esse Deus quer. Deixo em aberto se um disparate será maior que o outro mas, seja como for, ambos são incompatíveis com as teorias que temos. Se estas hipóteses forem verdade precisamos de outras explicações. Que não podemos encontrar porque estas hipóteses não dizem nada acerca do que se possa observar.

O Alfredo perguntou também se será por falta de inteligência que os criacionistas católicos dizem não haver conflito entre criação e evolução. Penso que não. Afinal, os criacionistas evangélicos também dizem que a sua interpretação da Bíblia não cria conflitos com os dados que temos, o que é obviamente falso. Julgo que o Alfredo não explicará isto por falta de inteligência dos evangélicos, quanto mais não seja porque é uma pessoa educada. O problema, parece-me, está na fé. Quem decide aceitar uma proposição por confiança perde a capacidade de corrigir erros que só o cepticismo pode dar. Inteligente ou não, condena-se a ter de defender um disparate.

1- Comentário em ECR 2: Evolução

Em simultâneo no Que Treta!.

33 thoughts on “Evolução: a hipótese nula.”
  • Athan3

    Diante duma qualidade de texto como esse aqui sente-se prazer em ser um ser humano consciente; por isso indico uma pequena colaboração intitulado assim: The actual way of facing the human being. Podem ver no Atheist Nexus http://www.atheistnexus.org/profiles/blogs/the-actual-way-of-facing-the?xg_source=activity

  • antoniofernando

    Quando Darwin construiu a Teoria da Selecção Natural, matriz científica do que hoje chamamos genericamente Teoria da Evolução, não o fez para provar a existência ou inexistência de Deus. E Darwin nunca foi ateu. Numa fase, afirmou-se claramente teísta. Mais tarde, como se pode ver na sua autobiografia, revelou que tivera oscilações na sua crença em Deus mas nunca as suas flutuações ideológicas ultrapassaram os limites de um posicionamento agnóstico. O mesmo se passou com Gregor Mendel, monge agostiniano, que acrescentou uma importância descoberta científica à mundividência que passou a resultar da Teoria da Selecção Natural. Hoje, é mais rigoroso falar-se em Síntese Evolutiva Moderna do que em Teoria da Evolução, se esta afirmada como exclusivamente reportada ao trabalho de Darwin ” A Origem das Espécies”. Alguns ateus, que são tão obstinados a afirmar que a problemática sobre a existência ou não de Deus releva do domínio estritamente científico, são exactamente os mesmos que, apegando-se à Teoria da Evolução Darwinista, procuram dela inferir uma perspectiva ” cientificamente” ateísta. Claro que, no entanto, não há tese sem antítese. É, aliás, uma elementar lição do materialismo dialéctico. Aqui chegado, julgo, do meu ponto de vista, relevante, dizer: Darwin explicou correctamente a Evolução das Espécies, incluindo no que concerne ao surgimento do Homem como elo mais recente dessa progressão biológica e animal. Por isso, dúvidas não pode haver que a história de Adão e Eva é uma mera alegoria. Deus não interveio directamente na criação de Adão nem Eva emanou de uma costela de Adão. Nem a Humanidade proveio das relações incestuosas entre os filhos de Adão e Eva. Neste ponto concreto, Ludwig Krippahl tem razão. Mas é o único onde essa razão lhe assiste e nada adianta ao que já fora sustentado, por exemplo, pelo padre e paleontólogo Teilhard de Chardin. Recorde-se, aliás, que esse ilustre cientistas e teólogo foi perseguido pelo Santo Ofício e, por via da sua actuação, as suas obras científicas foram proibidas e retiradas dos seminários e institutos religiosos, mormente com a seguinte orientação: “protejam os espíritos, principalmente o dos jovens, contra os perigos da obra de Teilhard de Chardin e seus discípulos”. Afinal, também Teilhard de Chardin foi adepto de uma fundamentação evolucionista quanto ao desenvolvimento das espécies, em nada incompatível com a existência de Deus. Para os deístas mais relevantes, incluindo neles os mais brilhantes cientistas, como Einstein, a hipótese Deus remete para a Origem do Universo e da Vida. Que o Cosmos e a Vida se tenha desenrolado desta ou daquela maneira é completamente irrelevante para a convicção de que, pelo domínio da Razão, a Causa Primeira, identificada com Deus, prevalece sobre a hipótese do Cego Acaso, que LK, em seu comentário anterior, considerou que eu a utilizara depreciativamente, mas apenas porque ele desconhecia quem a tinha primeiramente utilizado: pois exactamente Charles Darwin, na sua autobiografia. Da Evolução proveio o Homem. É um facto objectivo. Podemos perguntar se, dela, poderia ou não o Homem ter surgido. Mas isso vale tanto quanto perguntar se como o Cosmos evoluiu poderia não haver nuvens no Céu. O que importa atentar é que o Homem, com as suas especiais características surgiu do processo evolutivo. E é este Homem que realiza os mais e diversificados sofisticados processos de raciocínio, que produz as mais diversas obras da arte, as mais diversificadas concepções ideológicas, políticas, filosóficas e teológicas. Que escogita em termos teístas, agnósticas e teístas. Que equaciona a temática de Deus como um dos mais relevantes temas de reflexão analítica. A prova disso mesmo é a existência do Diário Ateísta e os magníficos textos de LK. Alguém conhece algum ideólogo como Bertrand Russel, perdendo o seu tempo a refutar os Unicórnios, a Fada Titânia, o Adamastor, ou o Gato das Botas Altas? Não, e porquê? Precisamente porque a hipótese Deus é, no mínimo, plausível. Se ela não o fosse, como é, LK não se daria ao trabalho de tão recorrentemente repegar nos mesmos argumentos para tentar demonstrar a inexistência de Deus. Partindo, aliás, de um tese cientifica, a evolucionista, que, no plano estritamente teorético, é neutral relativamente a qualquer abordagem epistemológica.
    Ora, o que uma análise medianamente atenta da Vida nos mostra é que ela está repleta de inteligência e racionalidade: as árvores lançam as suas raízes em direcção da água e não é por acaso. Os girassóis rodam sempre em função da localização do Sol e também não é por acaso. O camaleão possui uma extraordinária capacidade de dissimulação perante presas e predadores e também não é por acaso. As formigas são capazes de construir, à sua escala, formigueiros altamente complexos, autênticas obras de engenharia, e também não é por acaso. As abelhas igualmente se inserem em sociedades altamente organizadas e também não é por acaso. O que é explica toda a aquisição profundamente complexa do desenvolvimento que desembocou na espiral do ADN? Uma só palavra: Inteligência. A vida está organizada em termos de profundas e sistemáticas inteligência e racionalidade. Não ver isto é não ver o óbvio. E negá-lo, isso sim, é que será um imenso disparate…

    • Anónimo

      Julgo que o António Fernando quis demonstrar, principalmente com o último parágrafo, que tudo se deve a um ser inteligente. Mas isto sou eu a julgar, que não tenho a veleidade de compreender os seus elaborados escritos. Assim, se uma árvore procura água através das raízes, é porque algo, ou alguém, “inteligente” assim o determina. Certamente não será a árvore que terá inteligência… Idem para os girassóis, camaleões, abelhas, etc. Esse “algo” ou “alguém” inteligente será Deus? Suponho que é a esse ponto que o António Fernando nos quer conduzir, aliás com a clarividência a que nos habituou. E eu, ateu militante, estou quase a concordar consigo – daí à conversão (perdão! reconversão) vai um passo de pardal. Só terá de fazer o favor de me dilucidar: na hipótese – aliás não despicienda – de tudo o que refere ter sido obra de Deus, a qual deus é que se refere? Ao da Bíblia, ou ao seu “conceito de Deus”? Porque, como convirá, são personalidades diferentes.

      • Anónimo

        Depois de, calmamente, ter voltado a ler o seu escrito, confesso que sou capaz de dar a mão à palmatória. Só um ser inteligente, sabendo que, por exemplo, o milhafre precisa de se alimentar, o dotava com olhos capazes de ver um coelho a longa distância, garras para o segurar, bico forte para despedaçar a presa,capacidade para voar velozmente.
        E patas traseiras fortes, para o coelho fugir do milhafre.

      • Anónimo

        Depois de, calmamente, ter voltado a ler o seu escrito, confesso que sou capaz de dar a mão à palmatória. Só um ser inteligente, sabendo que, por exemplo, o milhafre precisa de se alimentar, o dotava com olhos capazes de ver um coelho a longa distância, garras para o segurar, bico forte para despedaçar a presa,capacidade para voar velozmente.
        E patas traseiras fortes, para o coelho fugir do milhafre.

        • antoniofernando

          Caro José Moreira:

          Precipitou-se na sua análise.Nos 4 comentários que desenvolvi nesta temática, que muito me fascina,sustentei, na linha de Georg Wald e de Sam Harris, que uma análise medianamente atenta do processo evolutivo aponta no sentido de que existe ” mente inteligente” ou ” consciência”, pré- existentes ao cérebro e aos próprios seres vivos. E, nesse sentido, apresentei as teses de Georg Wald e Sam Harris, que defendem exactamente o mesmo que aqui desenvolvi. Essa mente ou consciência,que permitiu a passagem da matéria à vida orgânica não é directamente a Mente de Deus, do meu ponto de vista. Será “mente”, ” consciência” e ” pensamento”. Será uma realidade imaterial em simbiose estreita com a própria matéria. Deixemos por ora a questão de Deus como eventual Causa Primeira, para aqueles que nela acreditam. Ou desconsideremo-la para os que não crêem.Por mim, não concebo, forçando a caricatura, que seja Deus a abrir a boca do crocodilo para este apanhar a sua presa. Sinceramente aquilo que eu penso é que Deus é a origem do Cosmos e de parte da Obra da Criação. A restante deixou-a em Evolução, consoante o jogo relacional dos diversos intervenientes. Passados 15 biliões de anos, estamos aqui a conversar. Agora,já estamos em condições de continuar com o processo evolutivo para hipotético surgimento de outras espécies ainda mais evoluídas, para além do ” homo sapiens”. Ou podemos aniquilar-nos e destruir o Planeta Azul.Aí terminaria a Evolução Terrena. O que se vai passar, não sei. Esta Obra de Co- Autoria, na qual todos os organismos vivos escreveram as suas letras, seguirá um rumo que será necessariamente exclusivo. A Obra da Evolução é a única em que só há co-autores: todos nós. Se essa ” mente inteligente” ou ” consciência” provém ou não de Deus fica ao livre-arbítrio de cada um…

    • Anónimo

      Gostei do seu ultimo parágrafo após toda aquela palha a mostrar a sua grande retórica, a dar exemplos de cientistas crentes e a vangloriar o ateu Ludwig Krippahl.

      É surpreendente de facto alguns mistérios da vida que nos rodeiam e que nos espantam. Tal como a astucia do cuco, as migrações das borboletas monárquicas, a camuflagem surpreendente de alguns animais, e os seus exemplos da organização das abelhas e das formigas. Bom é claro que quem tiver poucos estudos, quem tiver fraca apreciação critica ou seja crédulo como o Sr.AntónioFernando em vez de pesquisar e aprender o porquê dos mistérios da vida inventa logo um Deus como senhor da criação, esse é o raciocínio muito fácil e rápido e foi o mesmo dos pastores-profetas que escreveram um tal livro…e já está já temos respostas!!! Prémio Nobel para…. Sr.AntónioFernando.

      Acontece que nem todos querem o caminho mais fácil e nem todos querem viver na ilusão…

      • antoniofernando

        Você simplesmente não entendeu nada do que escrevi. Mas isso é só porque, em vez de tentar ler e raciocinar, lhe apeteceu apenas enveredar, como aliás já é seu timbre, pela ligeireza assaz superficial dos seus comentários.Felizmente que aqui, da banda ateísta, ainda existe um Ludwig Krippahl, que consegue elevar o conteúdo e o tom do discurso. Se o “D.A” estivesse entregue a tipos como você, seria o maior anedotário da blogosfera… 🙂

        • Anónimo

          Sr. Antóniofernando já sei que os meus comentários estão abaixo dos seus mas infelizmente para si a minha ideologia tem mais argumentos (ou contra-argumentos) que a sua e enquanto andar aqui terá de levar com os meus comentários objectivos e concretos. Comentários sem espinhas. Mas não é por fazer comentários superficiais e provocantes que deixei de respeitá-lo a si e à sua posição religiosa. Eu sou pelo debate e tolerância de ideias.

          Eu aprecio na generalidade os seus comentário porque me fazem rir, com certeza está orgulhoso da sua capacidade de escrever com toda essa adjectivação e riqueza de vocabulário mas eu fardos de palha não fazem parte da minha dieta alimentar.

          Faça um juízo de consciência acerca dos seus comentários e verá que não precisará tanto para explicar:
          ” sim acredito em Deus, mas não o Deus da bíblia, não o do Alcorão, não o de Tora, eu acredito no meu Deus porque há coisas inexplicáveis que as justifiquem e até houve cientistas que acreditaram, gosto muito de si Ludwig Krippahl” viu em 3 linhas escrevi o que você escreveu 🙂

    • Anónimo

      Gostei do seu ultimo parágrafo após toda aquela palha a mostrar a sua grande retórica, a dar exemplos de cientistas crentes e a vangloriar o ateu Ludwig Krippahl.

      É surpreendente de facto alguns mistérios da vida que nos rodeiam e que nos espantam. Tal como a astucia do cuco, as migrações das borboletas monárquicas, a camuflagem surpreendente de alguns animais, e os seus exemplos da organização das abelhas e das formigas. Bom é claro que quem tiver poucos estudos, quem tiver fraca apreciação critica ou seja crédulo como o Sr.AntónioFernando em vez de pesquisar e aprender o porquê dos mistérios da vida inventa logo um Deus como senhor da criação, esse é o raciocínio muito fácil e rápido e foi o mesmo dos pastores-profetas que escreveram um tal livro…e já está já temos respostas!!! Prémio Nobel para…. Sr.AntónioFernando.

      Acontece que nem todos querem o caminho mais fácil e nem todos querem viver na ilusão…

    • Anónimo

      Gostei do seu ultimo parágrafo após toda aquela palha a mostrar a sua grande retórica, a dar exemplos de cientistas crentes e a vangloriar o ateu Ludwig Krippahl.

      É surpreendente de facto alguns mistérios da vida que nos rodeiam e que nos espantam. Tal como a astucia do cuco, as migrações das borboletas monárquicas, a camuflagem surpreendente de alguns animais, e os seus exemplos da organização das abelhas e das formigas. Bom é claro que quem tiver poucos estudos, quem tiver fraca apreciação critica ou seja crédulo como o Sr.AntónioFernando em vez de pesquisar e aprender o porquê dos mistérios da vida inventa logo um Deus como senhor da criação, esse é o raciocínio muito fácil e rápido e foi o mesmo dos pastores-profetas que escreveram um tal livro…e já está já temos respostas!!! Prémio Nobel para…. Sr.AntónioFernando.

      Acontece que nem todos querem o caminho mais fácil e nem todos querem viver na ilusão…

    • antoniofernando

      A vida está de facto organizada em termos de profundas e sistemáticas inteligência e racionalidade. E para se chegar a essa conclusão basta ter a sabedoria dos simples de que falava Agostinho da Silva, quando dizia que a maior parte das pessoas verdadeiramente cultas, que ele conhecia, eram analfabetas. Ora, pode não se saber escrever, mas isso não significa que não se possa contemplar a Natureza. E da sua atenta contemplação, podem emergir grandes verdades, como a das chamadas leis herméticas de Hermes Trismegisto, algumas delas já cientificamente comprovadas. A um apicultor atento não será difícil perceber a enorme complexidade das sociedades das abelhas, o carácter altamente engenhoso da sua organização, a perfeita distribuição da divisão do trabalho. E a estruturação dessas sociedades, tal como também acontece com as das formigas, moldadas sob dois paradigmas que, à escala humana, poderíamos conceptualmente transliterar como de “cooperação” e “partilha”. Se as sociedades humanas fossem politicamente sustentadas nesses paradigmas provavelmente alcançaríamos o desiderato, não utópico, de sociedades verdadeiramente comunistas, onde cada um daria consoante as suas possibilidades e receberia de acordo com as suas necessidades. Alguém detecta, ressalvadas as devidas proporções com as sociedades humanas, crises económicas nas sociedades das abelhas e das formigas? Algum desses animais passa fome? Algum entesoura para proveito individual bens comunitários? Não. Porquê? Porque todos os bens são comuns, inexiste propriedade privada. No entanto, do alto da sua arrogância e prosápia intelectuais, o Homem arvora-se no mais inteligente dos seres. E, no entanto, em questões basilares da organização social, não só os sistemas das sociedades ditas modernas são profundamente desorganizados, como o Homem é o único ser da cadeia evolutiva que está em condições de se autodestruir e de arrasar toda a vida no Planeta Azul. Seja como for, a inteligência aí está bem presente no meio natural, nas mais diversificadas formas de vida. Neste momento, regresso a Georg Wald e a Sam Harris, por razões conexas, embora contrárias, às que levam LK a andar sempre com o credo darwinista na boca. Não sei se Georg Wald era crente, agnóstico ou ateu, mas Sam Harris é um dos mais conhecidos apologetas do Novo Ateísmo. E quer Wald, quer Harris afirmam a pré – existência da ” mente inteligente” (caso de Georg Wald), ou da ” consciência” (caso do neurocientista Sam Harris). Ora, o que aqui se enfatiza e postula, pela pena insuspeita de Nobel Georg Wald ou de Sam Harris, é a pré – existência, aos seres vivos e à matéria, de uma realidade imaterial, que poderemos catalogar como ” mente inteligente”, ” consciência” ou simplesmente ” inteligência”. Mas como provar a inteligência imaterial? Como seria possível aferir da sua validação experimental, colocando-a num tubo de ensaio? Não é obviamente possível certificar a sua existência dessa forma. Então como postularam apodicticamente Wald e Harris a existência dessa inteligência imaterial? Pela forma similar que, em 1968, o cientista John Archibald Wheeler admitiu a existência dos “buracos negros”: pelo método lógico – dedutivo da razão. E porque é que os físicos se dão ao trabalho de tentar encontrar no CERN, o maior e mais sofisticado acelerador da partículas mundial, o chamado ” bosão de Higgins”, a partícula elementar que alguns sustentam ser a responsável por conferir massa ao Universo? Porque a sua dedução lógica é admissível e plausível. No caso da ” mente inteligente” não é, contudo, possível comprová-la experimentalmente. Mas temos todos os meios intelectuais para concluir pela sua verídica conformação, tal como fizeram Wald e Harris, munidos de outras aquisições intelectuais superiores às que tinham os sábios simples de que falou Agostinho da Silva. Nesta geometria do raciocínio, a inteligência, do meu ponto de vista, é ínsita à própria epopeia evolucionista, mormente desde os tempos mais prolíficos do período Câmbrico. Mas quando afirmo a ” inteligência”, que decorre do mero meio de observação das sociedades animais, mais complexas, como as das formigas e a das abelhas, não estou a referir que essa inteligência é a Mente de Deus. Estou apenas, e já no passo imediatamente geométrico, a perguntar: de onde vêm essa ” mente inteligente” que postula Georg Wald ou essa pré- consciência que hipostasia Sam Harris ?
      É o que procurarei desenvolver no comentário seguinte…

      • Zeca-portuga

        O “Sinhor Dótor”!
        Vossemecê não aprendeu nada com o “dótor” LK!?

        “mormente desde os tempos mais prolíficos do período Câmbrico”

        Não vá pra tão longe que o LK não gosta, porque nessa Era as rochas eram civilizadas e não se punham umas em cima das outras por dá-cá-aquela-palha.

        Sim!…
        E não se enerve já comigo, porque o milho transgénico (e é transgénico, mas não é travesti), foi colocado no mundo por um feiticeiro americano, especialista em truques e pipocas, no Mesozóico, mais precisamente no Triássico Superior, na idade Carniana. Daí que a caixa dos pirolitos seja chamada a “caixa craniana”, tal é semelhança entre um cérebro de um ateísta e uma pipoca. Como há muitos “U-carnianos” em Portugal, desconfio que o milho tansgénico foi inventado pelos Portuguese, mas como ninguém acreditou neles, venderam a patente ao tal Índio… ou talvez não!

        Ciência Pura… Dedução Lógica… Dúvida metódica!

        Sou fã do LK, Juro!

      • antoniofernando

        No final do meu segundo comentário, suscitei a questão de saber de onde viriam a ” mente inteligente”, postulada por Georg Wald ou a pré – consciência equacionada por Sam Harris. Antes do mais, é espantoso que Sam Harris tenha autonomamente defendido um ponto de vista que se afasta claramente da perspectiva exclusivamente fisicalista de Dawkins e Dennet.Mas é sempre de apreciar quando qualquer homem se consegue afirmar livre de constrangedores proselitismos e alinhamentos ideológicos, assumindo, contra a corrente dominante, a sua liberdade de raciocínio. Na verdade, a posição do ateu e neurocientista Sam Harris não deixa dúvidas quanto ao facto de ele admitir a realidade imaterial da consciência: ” o problema é que que nada acerca do cérebro, quando examinado enquanto sistema físico, nos indica que este seja o portador daquela dimensão peculiar que cada um de nós, do seu ponto de vista, experimenta como consciência”. (“ The End Of Faith”, Nova Iorque, Norton, 2004, pp. 208-209)
        E remata assim, em termos que devem ter horrorizado Dennet e Dawkins:” A consciência pode ser um fenómeno bem mais rudimentar do que as criaturas vivas e os seus cérebros”. Com esta frase histórica de Sam Harris, o rombo e a fractura ideológicos na sistemática do Novo Ateísmo são evidentes. De um lado, ficam Dennet e Dawkins a remoer, eventualmente furibundos, os seus postulados fisicalistas contra Sam Harris. E este a dizer-lhes que já é suficientemente crescidinho para pensar autonomamente. Afinal, que pode, em matéria de domínio dos processos de consciência, um zoólogo como Dawkins e um filósofo como Dennet contra a maior autoridade académica de Sam Harris, na vertente das neurociências? Dawkins, quiçá ressabiado com a desfeita de Harris, ainda pode tentar prender Bento XVI, mas até nessa propensão persecutória, o propósito lhe saiu mal. Hoje, Dawkins vai-se entretendo no You Tube a gozar com as mensagens ofensivas, que alguns caceteiros, ao pior estilo de Zeca Portuga, lhe vão enviando. Mas é um papel assaz deprimente para um indivíduo que chegou a ser respeitado na comunidade científica em que se inseriu. Já Dennet é mais diplomático. Hoje anda entretido a sustentar que as diversas religiões devem ser ensinadas nas escolas públicas. Ficou mais pio e beato, quiçá. Sam Harris é que os levou à perna. De repente, quanto menos contavam, saiu da luminosidade mais sombria do palco, em que só Dawkins queria brilhar, e hoje é Sam Harris quem marca a diferença ideológica na forma mais avançada de pensar o Novo Ateísmo. Pois então, venha a consciência Ó Harris. Vamos então ver de onde provém essa realidade imaterial, Ó Sam?…

      • antoniofernando

        No final do meu segundo comentário, suscitei a questão de saber de onde viriam a ” mente inteligente”, postulada por Georg Wald ou a pré – consciência equacionada por Sam Harris. Antes do mais, é espantoso que Sam Harris tenha autonomamente defendido um ponto de vista que se afasta claramente da perspectiva exclusivamente fisicalista de Dawkins e Dennet.Mas é sempre de apreciar quando qualquer homem se consegue afirmar livre de constrangedores proselitismos e alinhamentos ideológicos, assumindo, contra a corrente dominante, a sua liberdade de raciocínio. Na verdade, a posição do ateu e neurocientista Sam Harris não deixa dúvidas quanto ao facto de ele admitir a realidade imaterial da consciência: ” o problema é que que nada acerca do cérebro, quando examinado enquanto sistema físico, nos indica que este seja o portador daquela dimensão peculiar que cada um de nós, do seu ponto de vista, experimenta como consciência”. (“ The End Of Faith”, Nova Iorque, Norton, 2004, pp. 208-209)
        E remata assim, em termos que devem ter horrorizado Dennet e Dawkins:” A consciência pode ser um fenómeno bem mais rudimentar do que as criaturas vivas e os seus cérebros”. Com esta frase histórica de Sam Harris, o rombo e a fractura ideológicos na sistemática do Novo Ateísmo são evidentes. De um lado, ficam Dennet e Dawkins a remoer, eventualmente furibundos, os seus postulados fisicalistas contra Sam Harris. E este a dizer-lhes que já é suficientemente crescidinho para pensar autonomamente. Afinal, que pode, em matéria de domínio dos processos de consciência, um zoólogo como Dawkins e um filósofo como Dennet contra a maior autoridade académica de Sam Harris, na vertente das neurociências? Dawkins, quiçá ressabiado com a desfeita de Harris, ainda pode tentar prender Bento XVI, mas até nessa propensão persecutória, o propósito lhe saiu mal. Hoje, Dawkins vai-se entretendo no You Tube a gozar com as mensagens ofensivas, que alguns caceteiros, ao pior estilo de Zeca Portuga, lhe vão enviando. Mas é um papel assaz deprimente para um indivíduo que chegou a ser respeitado na comunidade científica em que se inseriu. Já Dennet é mais diplomático. Hoje anda entretido a sustentar que as diversas religiões devem ser ensinadas nas escolas públicas. Ficou mais pio e beato, quiçá. Sam Harris é que os levou à perna. De repente, quanto menos contavam, saiu da luminosidade mais sombria do palco, em que só Dawkins queria brilhar, e hoje é Sam Harris quem marca a diferença ideológica na forma mais avançada de pensar o Novo Ateísmo. Pois então, venha a consciência Ó Harris. Vamos então ver de onde provém essa realidade imaterial, Ó Sam?…

        • antoniofernando

          Esta área da consciência é terreno muito resvaladiço para a sustentação das teses ateístas. E maior do que o rombo que o próprio Sam Harris lhes desferiu, não estou a ver. Mas que o Sam se saiu das suas tamanquinhas neoateístas muito afiveladas, saiu. Esta deriva ideológica do Harris deve ser, para Dawkins, ainda mais contundente do que, para o Opus Dei, aquela notícia, publicada na revista ” Sábado” nº 340, de 4 a 10 de Novembro de 2010, segundo a qual um dos seus membros fugira, para parte incerta, com a chefe das catequistas da paróquia, que o acolitava, provavelmente com intuitos bem mais profanos do que sagrados. Talvez essa católica loucura se tenha ficado a dever às pregações do senhor padre em causa, que dizia regularmente aos adolescentes que” a masturbação estava errada e que o esperma era naturalmente expelido através da urina”. Mas deixemos esse lúbrico membro do Opus Dei em paz, que a senhora catequista acabou, no final do seu romance, por recebida pelo seu fiel, tão magnânimo e compreensivo marido. E tudo findou em santa harmonia familiar. Regressemos então ao desconsolado Dawkins. Este foge da problemática da consciência como o Diabo da Cruz e, como não lhe sobra para pensar o tempo que passa nos vídeos do You Tube e na perseguição a Bento XVI, fica-se, sobre esta matéria, por esta humilde e confitente nota de ignorância: ” Nem Steve Pinker nem eu podemos explicar a consciência subjectiva humana”. Pinker acaba por ser ainda mais modesto: ” É areia de mais para a minha camioneta”. Assim, sem mais, curto e grosso, mas sincero. (Richard Dawkins e Steven Pinker, ” Is Science Killing The Soul?”, The Guardian – Dillions Debate, Edge 53, 8/4/1999).
          Bom, resta-nos Sam Harris. E, sobre a temática, já sabemos o que ele pensa. Só ainda não sabemos de onde vem, segundo Sam, a consciência que ele postula anterior ao cérebro e aos próprios seres vivos. Mas tenhamos esperança que um dia Sam Harris se emancipe totalmente da suserania tutelar do ” papa” Dawkins e leve o seu cisma ideológico até às últimas consequências. Até lá brindemos à reconciliação da senhora catequista e do seu amantíssimo marido e à estrepitosa rebeldia do heterodoxo Sam Harris…

    • Anónimo

      Eu sou ateu e não é por acaso.

    • Rodrigo

      Parabéns pelo texto!!!

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  • Molochbaal

    Mais uma vez se tenta levar a ciência para campos que nada têm a ver com ela para “provar” o que nunca poderá provar.

    Evidentemente que a teoria da evolução não prova, nem desprova, que deus exista ou não exista, simplesmente nada tem a ver com o assunto.

    Neste caso, todos os rebuscados argumentos do autor caem por terra porque os crentes podem simplesmente afirmar que deus pode ter-se limitado a criar o universo e as leis que o regem, deixando-as actuar, sabendo antecipadamente que em algum da evolução desencadeada por si mesmo vida inteligente haveria de surgir. Tratando-se de um ser superior, poderia naturalmente saber que tipo de vida inteligente as suas leis gerais fariam surgir e fazê-lo de forma intencional.

    Mesmo a um nível mais interventivo, directo, da ação de deus, a teoria da evolução nada prova em contrário. Está demonstrado que a evolução de deve à ação de leis naturais, que poderiam ter sido criadas, e pelo acidente puro e simples o que introduz o factor caos, a imprevisibilidade na equação. Ora, nesta imprevisibilidade cabe naturalmente a POSSIBILIDADE de uma intervenção qualquer que ela seja. Hà teóricos de intervenções de extraterrestres, do mesmo modo uma divindade poderia estar por detrás de muitos dos acidentes que marcaram a evolução, extinguindo uma espécie, beneficiando outra, alterando um clima, introduzindo uma espécie animal ou alterando uma vegetal, intervindo directamente no material genético e milhões de outras possibilidades.

    Tratando-se de um ser com as possibilidades como o que os crentes pintam o seu deus, poderia até dar-se o caso de não só ter modelado as espécies como até “esculpido” cada pedra dos rios, intervindo pacientemente ao longo de milhões de anos, fazendo incidir a eroção desta ou daquela maneira, orientando os ventos e a chuva de outra etc. Para um observador humano tudo isso pareceria natural, porque se daria ao longo de milhões de anos, por força de agentes naturais, chuva, vento, correntes, sem que pudesse vislumbrar uma intervenção intencional visto que para o ser superior o tempo não tem significado e o espaço também não. Pode estar hà um bilião de anos a modelar individualmente todos os grãos de areia do planeta, porque não é afectado pelo tempo e pelo espaço e pode estar em todo o lado ao mesmo tempo. Logo tem tempo e espaço para estar durante biliões de anos a fazer biliões de coisas em simultâneo – para um observador humano isso seria apenas a ação do mundo natural vito que um grau de intervenção dessa magnitude seria completamente fora do alcance da avaliação de um sistema humano.

    Claro que não acredito em nada disto, sou agnóstico, mas como POSSIBILIDADE é tão válida como qualquer outra.

  • Athan3

    Ais veis imaginu que cabeça de fiel-crente é mesmo a fossa em que deus caga. Porque se existisse com certeza cagava … então ficamos a imaginar: Será que fiel-crente é ‘abençoado’ e ‘escolhido’ porque tem cocô na cabeça? Será que é por isso que é logo pomba que desce na cabeça do fiel? Por que o que eles falam, ou o ruído que emitem, de que jeito for, sempre causa mal-estar; parece um peido poluído com doença..

  • Athan3

    Deixei aí pro ‘letrado sofista’ a proposição para ele ou qualquer um fiel em crença responder. Tá aí rolando que nem lixo na beira do Tietê. Deve tá esperando o “ispritu” dizer. Se ele fizer uma forçona até pode correr lá no CBPF, pro ‘ispritu’ que foi ‘louvado’ como ‘comendador’ pegar umas folhinhas “todas erradas” dar uma ‘luz’ pra ele. O problema é que estão esperando aparecer algum fiapo de ‘luz’ nos comentários postados na Internet, pra ver se conseguem pegar o fio da meada. Mas acho que vão morrer pastando, ou vão apressar o que já tá pronto pra cada um.
    É um bando. Não têm escrúpulo algum, e não têm nenhum vínculo de responsabilidade com a civilidade humana. Sabem que são uns desgraçados depredadores da sapiência de nossa espécie. São mais que ladrões, precisam roubar e destruir; pois não conseguem produzir coisa alguma, são vagabundos-parasitas, enganadores.

    • Zeca-portuga

      Olhe que Vossemecê conhece os ateístas a fundo.

      Que sublime retrato vossemecê lhes tira!!!

      Vendo os ateístas pacóvios que por aqui pastam, faz tempo, vossemecê diz:

      “Mas acho que vão morrer pastando, ou vão apressar o que já tá pronto pra cada um.
      É um bando. Não têm escrúpulo algum, e não têm nenhum vínculo de responsabilidade com a civilidade humana. Sabem que são uns desgraçados depredadores da sapiência de nossa espécie. São mais que ladrões, precisam roubar e destruir; pois não conseguem produzir coisa alguma, são vagabundos-parasitas, enganadores.”

      Então, não querem ver que eu concordo consigo!

      Um bando! Uma cáfila! Uma matilha… tanto faz!
      Mas… são vagabundos-parasitas que não produzem coisa alguma e passam a vida a indrominar os outros.

      Vejo que conhece a fauna da Tasca Ateísta!

      • Anónimo

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    • Zeca-portuga

      Ah, e já me esquecia…

      O espírito está presente nas criaturas decentes, prós ateístas fica o tal “ispiritu”…

  • Zeca Portuga

    Asneira “dótor” LK!

    mesmo que o escultor tenha poderes especiais e controle a chuva e o vento, o resultado será uma escultura e não o que entendemos por erosão.

    Isto começa com asneira grossa.
    Os modelos de geodinâmica provam erosão e não obras humanas.

    Os factores antropicos podem influenciar (e até controlar) a erosão. A acção do Homem pode ser dimensionada por forma a dar determinados resultados estéticos. Mas, não deixa de ser erosão e obra do Homem.

    Este LK está a ficar bastante caduco!

  • Zeca-portuga

    ” Aquele seixo calhou ali como podia ter calhado um pouco ao lado, e esta pedra em cima da outra podia ter ficado por baixo.”

    Estou “varadinho da vida” com os conhecimentos científicos e com o rigor ”ténico” destas explanações “cientrificas” sobre geodinâmica e modelado terrestre, do “dótor” LK.
    Gostava “bué” (acho que é assim que se escreve!), de ver as suas doutas teorias sobre o modelado cársico.

    Fico arrepiado de medo de encontrar algum biface clonado de sílex transgénico, porque, tal como o milho transgénico, pode demonstrar algo de importante sobre a teoria da evolução – a menos que o sílex original se tenha extinguido como os dinossauros.

    Fiquei a saber que uma “calçada de gigante”, uma “chaminé de fada”, uma marmita de gigante, etc, etc. pela sua forma geométrica ou bizarra, pode mesmo ser feitas por gigantes ou fadas…
    Mas, em contra partida, se um passaroco qualquer comer o fruto de uma espécie vegetal em África e cagar a sua semente numa num planalto europeu, se essa semente germinar, se cruzar com outra planta da mesma espécie mas de variedade diferente e der um híbrido novo na Europa – então temos de procurar a inteligência que conduziu tal fenómeno, porque a natureza, por si só, não chega.

    Ora, como não são todos os intervenientes filhos naturais e “irresponsáveis” (por acções deliberadas) da mesma criação – quiçá o passaroco tenha sido contratado pelos ateístas – a criação e a evolução estão a milhões de anos luz. Aqui aprendem-se coisas espectaculares, sobretudo com os “dótores”.
    Isto é uma universidade, porra!!!

    Enfim…
    Eu nunca contei á pequenada, mas um dia destes digo-lhes uma coisa que eu descobri. É o seguinte: um buraco negro é fruto de uma espetadela da varinha mágica do Luís de Matos que um cosmonauta russo – e ateísta –, de nome Avgani Krustichnia, levou para o espaço. Assim que, pela minha teoria cientifica, os buracos negros têm a mão criadora de um português.

    As regras que regem o universo são da autoria do LK, mas… nem todas!

  • Athan3

    Figuras como essa que usa o que postei e inverte para um afoito ler e pensar o contrário do que eu disse (sabendo que vão realçar este trecho na internet — sempre fazem isso, até o chapéuzinho vermelho aparecido-pederasta já fez), são lástimas da “criação”, se isso é a ‘inteligência’ do Cagão que ‘bolou’ a ‘criação’ de estupradores de criancinhas, o ‘Tremendão’ devia ter usado crack pra fazer as crenças nele tão ‘adoráveis’ como são.

    • Zeca Portuga

      se isso é a ‘inteligência’ do Cagão que ‘bolou’ a ‘criação’ de estupradores de criancinhas, o ‘Tremendão’ devia ter usado crack pra fazer as crenças nele tão ‘adoráveis’ como são.

      Ora aí está uma teoria inteligente:

      Eu sempre achei que só um cagão ateísta teria inventado essa do “estupro de criancinhas”. E, quem acredita nesses “tremendos” (se não horrendos) ateístas, ou estão sobre efeito de “tóxicos” ou paralisados pela estupidez.
      Também eu, meu caro, nunca engoli as afirmações apalermadas dos ateístas a chamar dinossauros a formigas.
      É que, na verdade, há muitas vezes mais “pederastas” no seio das familias do que na Igreja e, os abusadores não gente que goste de frequentar a igreja.
      Tem toda a razão!

  • Athan3

    É patético o arremêdo de verme assinar ele mesmo o que é. Usurpa até comentário. Esse é o da lacaiada que cito. É dos que correm com bibra e cruiz nas mão e finca pé nas cercanias das casas quando mães desesperadas recebem ‘irecomendação’ pra fugir; porque suas filhinhas e filhinhos de cinco anos de idade ‘forçaram’ os ‘puros-sagrados-divinos’ que agem a mando do “Tremendão-do-céu”, que, aliás, vê tudo (através das persianas dos bairros vigiados, e agora, dos ‘planos’ que cruzam tv, celular, e net), e deve fazer festa quando uma criancinha grita sendo arrebentada pelos ‘louvadores-fiéis’ que ele cuida tão generosamente e com ‘proteção’ tão ‘bem feita’.

    • Zeca Portuga

      Pois!

      Se andam a plagiar seja o que for, tem toda a razão.
      Estou consigo|

      Vossemecê vê como estes ateistas passam a vida com a Bíblia na mão e com Deus na boca. Eu não seu se os ateistas abusam de crianças de cinco anos de idade. Mas, o fazem, por que razão criticam os padres que se envolveram com catraios de 14 ou 15 anos?

      Vossemecê tem razão

  • Antonioporto

    O problema de se crer num deus que criou a vida, é decorrente
    que a mesma ciência, diante de tantos avanços tecnológicos
    não consigar criar uma célula viva.
    Os cientistas convivem bem com a pergunta : quem criou deus, mas sabem mentir
    quando se perguntam a eles o que havia antes do bigg-bang, ou se havia antes, e se havia algo antes, se sempre existiu.
    Como se pode ver, a ciência jamais saberá estas resposta, ainda assim nunca
    deixará de ser cência.

  • Rodrigo

    Ora, não entendi a obviedade do milho comum ter surgido ao acaso e o milho transgênico não.

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