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Igreja argentina quer perdão

O sacerdote argentino, Pe. Ruben Capitanio, disse, nesta segunda-feira, que a Igreja Católica argentina precisa encontrar um modo de se fazer perdoar, pela proximidade que manteve com o regime militar, de 1976 a 1983, durante a chamada “guerra suja”.

Pe. Capitanio, um pároco de 59 anos, depôs contra seu ex-colega de sacerdócio Pe. Christian von Wernich, condenado, na semana passada, por envolvimento em torturas, sequestros e assassinatos de opositores da ditadura.

Comentário: A cumplicidade das Igrejas com as ditaduras faz parte da matriz genética.

8 thoughts on “Igreja argentina quer perdão”
  • Antonioporto

    Ele pode começar fazendo isso vendendo todas as propriedades
    da igreja argentina e distribuindo-as aos pobres.
    Pode não resolver o problema, mas já é um começo.
    Pedidos de perdão requer atitudes concretas e não somentes formalidades.

  • Anónimo

    Também o papa JPII em 2004 pediu perdão pelos crimes de tortura cometida pela Santa Inquisição à 200 anos atrás aos hereges e livres-pensadores que alem de Galileu Galilei foram apagados do mapa muitas outras grandes mentes daquele tempo que deram a vida pelo combate contra o obscurantismo e os abusos de poder que a igreja tinha.

    Também no futuro haverá com certeza mais um papazeco ou mais uns padrezecos de numa tentativa de desespero ganhar mais uma ninharia de clientes vão pedir perdão pela propaganda que se fez contra o preservativo e pelas milhares de mortes de sida. E também irão perdoar os milhões de euros que não foram declarados e que não foram aplicados para matar a fome em África.

    O perdão sempre chega tarde.

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  • antoniofernando

    “A cumplicidade das Igrejas com as ditaduras faz parte da matriz genética.”

    Carlos Esperança é um homem culto e inteligente, mas não consegue furtar-se a tiradas que fariam corar de inveja João César das Neves, se este fosse ateu. Porém, seja Carlos Esperança a debitar este tipo de inanidades, seja JCN no seu campo específico de referência católica, um e outro, a discursar nestes termos, são afinal dois lados da mesma moeda intelectualmente indigente.
    JCN tem, pelo menos,uma vantagem sobre CE: não finge que é herdeiro intelectual do Iluminismo. Quem apregoa os valores referenciais, em que se sustenta, deve ser consequente com os mesmos. Não é, neste tipo de fraseologia oca e menor, o caso de Carlos Esperança. Lamento.Quando Carlos Esperança escreveu textos de nível superior sempre estive a elogiá-lo. Mas, como aqui me sinto livre para seguir apenas o alvedrio da minha razão e não alinho em qualquer dogmatismo ideologicamente situado,não posso deixar sem reparo mais esta infeliz menorização discursiva de Carlos Esperança.

    A ” cumplicidade das igrejas com as ditaduras faz parte da matriz genética ” ?

    “As igrejas” é uma expressão de tal forma abrangente que suponho que, nelas, CE está a incluir indistintamente todas as igrejas, sem excepção.

    E, assim, de uma penada, engloba toda a história do mundo. Nem os buracos negros de Hawking conseguiriam absorver tanta multidão em tão pouco espaço de escrita. Mas CE consegue esse feito notável. Porquê ? Ora porque lhe apeteceu, não chega ?

    Se houve um Pe Christian von Wernich ignobil e censurável, daí retira logo CE a consequência da generalização. Mas falácia de falsa indução é assim mesmo e não é herdeiro do Iluminismo quem quer mas quem o consegue consequentemente demonstrar.

    A memória de homens como Óscar Romero, Maximilian Kolbe ou o exemplo audaz de Ximenes Belo mereceriam um outro Carlos Esperança. Um que não quisesse menorizar-se ao nível panfletário de João César das Neves…

    • Carlos Esperança

      António Fernando:

      Agradeço que se informe sobre a razão pela qual Ximenes Belo nunca chegou a bispo titular de uma diocese.

      • antoniofernando

        Carlos Esperança:

        Ignoro essa razão. Transcrevo apenas o que li na wikipédia, que, como sabe, é uma enciclopédia on line, democrática, passível de livre participação e refutação. E,por isso credível. Porém, se houver algo que desmereça da pessoa de Ximenes Belo,agradeço também que o denuncie. Sou apologista da verdade histórica acima de qualquer falsidade.

        “A nomeação de Ximenes Belo foi do agrado do núncio apostólico em Jacarta e dos próprios líderes indonésios pela sua aparente submissão. No entanto, cinco meses bastaram para que, num sermão na sé catedral, Ximenes Belo tecesse veementes protestos contra as brutalidades do massacre de Craras em 1983, perpetrado pela Indonésia. Nos dias de ocupação, a igreja era a única instituição capaz de comunicar com o mundo exterior, o que levou Ximenes Belo a enviar sucessivas cartas a personalidades em todo o mundo, tentando vencer o isolamento imposto pelos indonésios e o desinteresse de grande parte da comunidade internacional.

        Em Fevereiro de 1989 Ximenes Belo escreveu ao presidente de Portugal, Mário Soares, ao papa João Paulo II e ao secretário-geral das Nações Unidas, Javier Pérez de Cuellar, reclamando por um referendo sob os auspícios da ONU sobre o futuro de Timor-Leste e pela ajuda internacional ao povo timorense que estava “a morrer como povo e como nação”. No entanto, quando a carta dirigida à ONU se tornou pública em Abril, Ximenes Belo tornou-se uma figura pouco querida pelas autoridades indonésias. Esta situação veio a piorar ainda mais quando o bispo deu abrigo na sua própria casa a jovens que tinham escapado ao massacre de Santa Cruz (1991) e denunciou os números das vítimas mortais.

        A sua obra corajosa em prol dos timorenses e em busca da paz e da reconciliação foi internacionalmente reconhecida quando, em conjunto com José Ramos-Horta, lhe foi entregue o Nobel da Paz em Dezembro de 1996″

  • Anónimo

    A SANTA ICAR ESTÁ FARTA DE FAZER SACANICES E DE PEDIR PERDÃO.
    É TUDO CONVERSA PARA BOI DORMIR.
    EU NÃO PERDO-O ESSES PÉSSIMOS EXEMPLOS DADOS A TODA A HUMANIDADE AO LONGO DA HISTÓRIA.

  • Anónimo

    QUE FIQUEM COM A CERTEZA DO PERDÃO DIVINO.
    NA TERRA, QUE SEJAM JULGADOS PELA JUSTIÇA DOS HOMENS.

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