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As tácticas confusionistas de algum clero católico

Um indivíduo conhecido pelo cognome de «Frei Betto», sacerdote católico, afirmou que «[os torturadores] praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus». Para um católico, parece haver lógica nisto: quem pratica actos de tortura, mesmo que seja católico de crença, prática e (porque não?) sacerdócio,  passa, por esses actos, a ser «ateu militante». O que significaria que há muitos católicos praticantes, inclusivamente sacerdotes, que serão, no original pensar do senhor Carlos Alberto Libânio Cristo (é o verdadeiro nome da criatura) genuínos ateus, até militantes. Ou seja: os padres que abençoavam a tortura eram ateus; os que participaram na inquisição eram ateus; e se algum Papa ordenou um homicídio, era ateu (até militante). Chama-se a isto passar a batata quente, desejo de transferência da culpa, ou confundir o debate.

E como argumenta aqui o Daniel Sottomaior: poderíamos identificar a maldade com o cristianismo ou o islamismo, e dizer que quem mata ou tortura pratica cristianismo militante ou islamismo militante? Ou isso já seria preconceito?

Que dizer mais? Um padre não tem medo nem do ridículo nem da incoerência. Tal destemor é elevado a virtude na sua profissão. Como se vê.

9 thoughts on “As tácticas confusionistas de algum clero católico”
  • antoniofernando

    O que Frei Betto disse é um disparate. Mas é só mais um a fazer generalizações estupidificantes. Coisa que em que o Ricardo Alves já não repara quando o Carlos Esperança escreve ” A CRUELDADE É A APOTEOSE DA FÉ”. Aí o Ricardo Alves e os restantes comentadores ateus deste blogue já não dizem nada. Calam-se, pactuam, são coniventes e intelectualmente espartilhados por critérios de estrito sectarismo ateísta. Mas aqui, em relação a este texto editado pelo Ricardo Alves, aposto que já aparecerão, todos pressurosos, a criticar e bem a tirada insana de Frei Betto. Só mais uma coisinha: não pode haver padres ateus ? Ou ter havido papas ateus ? Ou será que é o hábito que faz sempre o monge ?…

    • Anónimo

      o hábito não faz – decididamente – o monge. muito menos o “frei”.
      e
      digo-te mais
      [os torturadores – padres da santa inquisição] praticavam o ateísmo militante. sim.
      despiam o hábito por uns dias e filiavam-se na “santa ordem ateísta do sétimo dia”

      quanto ao resto, não me admiro nada…
      padres ateus
      papas ateus
      monges ateus
      ………………………..
      com esta crise de emprego e com as rezas do algarve…

      • antoniofernando

        Acho que és muito ortodoxo quando falas da ” santa inquisição”. Colocar aí o adjectivo ” santa” é algo só algum torquemada medieval pode ter inventado. A mim, parece-me mais da estirpe satânica do que santa. Quanto ao ateísmo militante, houve alguns ateus que não precisaram de se esconder hipocritamente sob as vestes de padres ou ateus. Pelo menos Estaline e Pol Pot afirmaram a sua militância de uma forma consequentemente ” exemplar”. Enver Hoxa na Albânia também. Estaline,esse, foi fiel ao seu lema, claramente assumido: ” a morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística” .

        Agora,esta temática nem sequer nova. Basta revisitarmos o insuspeito Tomás da Fonseca ” Na Cova dos Leões” para percebermos porquê:

        ” Nas escolas ainda se ensina a ler, escrever e contar, mas a maioria das crianças, passado pouco tempo, lembra apenas, e isso muito confusamente, a doutrina da Cartilha, com que os professores, mal preparados para a catequese, lhes martelaram a memória. E daí a antipatia que lhes fica por um ensino que não puderam compreender, não só por ser ministrado antes da idade e fora do lugar próprio, mas ainda por mestres, muitas vezes ateus,que,tendo Deus nos lábios, acarinham o Diabo com o coração”

        • antoniofernando

          errata:

          ” Quanto ao ateísmo militante, houve alguns ateus que não precisaram de se esconder hipocritamente sob as vestes de padres ou frades” , substituindo a parte da frase em que, no final, por lapso,em vez de ” frades”, escrevi ” ateus”.

        • Anónimo

          looooooool (?)

          1. “santa inquisição” (?) – fui eu que a chamei assim(!?)…
          não.
          era o nome (ao que me parece).
          não chamei coisa nenhuma.
          chamaram-lhe.
          2. estaline, pol pot, enver hoxa e, já agora, mao são farinha do mesmo saco. e, para quem não estiver contente podem-lhe juntar os outros fantoches da extrema direita d’aquem e d’além mar.

          depois é ler. só ler e perceberás facilmente que não estou nem aí…
          estou n’outra (nem melhor nem pior – n’outra simplesmente).

          • antoniofernando

            Também acho que os fantoches de extrema direita são iguais aos estalines e quejandos.Hitler ou Estaline são farinha do mesmo saco. Só mudaram a etiqueta. De resto é tudo a mesma mediocridade…

        • Anónimo

          looooooool (?)

          1. “santa inquisição” (?) – fui eu que a chamei assim(!?)…
          não.
          era o nome (ao que me parece).
          não chamei coisa nenhuma.
          chamaram-lhe.
          2. estaline, pol pot, enver hoxa e, já agora, mao são farinha do mesmo saco. e, para quem não estiver contente podem-lhe juntar os outros fantoches da extrema direita d’aquem e d’além mar.

          depois é ler. só ler e perceberás facilmente que não estou nem aí…
          estou n’outra (nem melhor nem pior – n’outra simplesmente).

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  • Anónimo

    ALTO LÁ
    ESTE FREI BETTO NÃO É UM CRENTE QUALQUER…É UM REPRESENTANTE DA IGREJA E COM AUDIÇÃO NOS MEDIA E DE PARVO NADA TEM.
    AS FRASES POR ELE PROFERIDAS VÃO NO SENTIDO DE CULPABILISAR OS ATEUS ATÉ PELAS ATROCIDADES COMETIDAS PELA DITADURA COM A CONIVÊNCIA DA IGREJA.

    O ATEÍSMO É SEMPRE A GRANDE PREOCUPAÇÃO DESTES PEDANTES QUE RECEIAM QUE OS ATEUS ALGUM DIA SE ORGANIZEM E SE CONSTITUAM NUM PENSAMENTO ALTERNATIVO A UM PENSAMENTO GLOBAL XENÓFOBO E RIDÍCULO, SEMPRE BASEADO NAS CRENDICES E NOS MEDOS DOS HOMENS.

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