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  • 16 de Outubro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Pode ser um dever…

… embora um fascista não mereça grande consideração.

Criticar uma religião não é crime, afirmou nesta sexta-feira a procuradoria holandesa, durante o julgamento contra o deputado de extrema-direita Geert Wilders por incitar o ódio racial e a discriminação contra os muçulmanos.

“A crítica só pode ser punida se for dirigida de maneira inquestionável contra os próprios indivíduos e não apenas contra suas convicções”, declarou a procuradora Birgit van Roessel>.

26 thoughts on “Pode ser um dever…”

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  • Jose Simoes

    Um fascista? Discordo completamente.

    Chamem a este fascista, e depois (se), quando o fascismo vier, será como naquela fábula do pastor que gritava “lobo”.

  • antoniofernando

    Estranho que um tipo que comparou o Alcorão ou ao Mein Kampf seja fascista.Mas que é xenófobo é.Pode não ser nacional-socialista mas é também a prova de que, afinal, até na Holanda,e nao apenas por cá, existem nacionais-populistas bacocos que confundem o trigo do joio e não são capazes de juízos críticos sobre os fanáticos do Islão e os seus seguidores…

  • Antonioporto

    Os ateus estão processando o datena e a band
    por supostas ofensas aos ateus.
    Pois num de seus programas, dentre tantas besteiras,
    datena disparou: essa raça de gente não tem deus no coração.
    Apesar de ele saber que há muitos crimes cometidos por
    padres, da qual religião ele faz parte, vai ser raro nós
    ouvirmos dele o comentário, em relação a padres : não tem deus no coração.
    Dois pesos e duas medidas, hein datena.

  • carpinteiro

    Pode, não, deve!
    Gente que se rege por este livros, deve ser denunciada todos os dias.
    É uma causa humanitária.

    http://www.youtube.com/watch?v=yTyS_pWc0L4&feature=related

    • antoniofernando

      Caro Carpinteiro:

      Você leva uma pedalada como comentador impressionante.896 comentários.Jovem 1983 só leva 330 e nunca mais vai apanhá-lo. Mas seria pedir-lhe muito que, pelo menos uma vez, só para amostra, desalinhasse desta mediocridade intelectual que não contribui para elevar o nível de debate no “D.A.” :

      ” É isto que as religiões e religiosos fazem depois de divinamente intoxicados ?”

      Você quer competir, no contraponto ateísta, com JCN na pior e mais primária demonstração de sectarismo ideológico ?…

      Leia mais Bertrand Russel por favor…

      • carpinteiro

        «Leia mais Bertrand Russel por favor… »Caro Fernando.Podia eu ignorar tão sentido apelo da sua parte?Assim o fiz, peguei no título “Porque não sou cristão”, e eis que logo na página nº 7 leio uma frase da «mais primária demonstração de sectarismo ideológico ?…»:«Considero todas as grandes religiões do mundo (…) não só falsas, como prejudiciais.»Aguardo novas.Despeço-me com consideração.

    • Molochbaal

      Pois.

      Presumo que quando Mao, Estaline, Pol Pot assassinaram milhões de pessoas, tal foi por inspiração directa na obra de S. Francisco, Gandhi e Oscar Romero.

      Vocês são todos uns fanáticos de primeira.

      • carpinteiro

        Caro Molochbaal.

        Em resposta à sua questão; «Presumo que quando Mao, Estaline, Pol Pot assassinaram milhões de pessoas, tal foi por inspiração directa na obra de S. Francisco, Gandhi e Oscar Romero. Vocês são todos uns fanáticos de primeira.»

        Devo responder-lhe que fanático é o seu deus, porque segundo Bertrand Russell (a conselho do Fernando), «há, para mim, algo estranho na apreciação ética daqueles que pensam que uma Deidade onipotente, onisciente e benevolente, após preparar o terreno, durante muitos milhões de anos de inanimadas nebulosas, se sentiria adequadamente recompensada com o aparecimento final de Hitler, Stalin e da bomba H.»

        Cumprimentos.

        • Molochbaal

          O meu deus ? Mas eu não tenho deus, sou agnóstico. Então agora queres arranjar-me um ?

          Mas noto que, tenha ou não tenha deus, a tua resposta foi uma fuga à questão. E a questão é que, como o ateísmo, o teísmo tanto pode ser violento como pacifista, consoante a maneira como é interpretado e a pessoa que o interpreta.

          Daí que a tua afirmação “É isto que as religiões e religiosos fazem depois de divinamente intoxicados” não passa de fanatismo puro e simples. Porque a “intoxicação religiosa” tanto pode dar para isso como para inspirar um Kolbe, um Gandhi, um S. Francisco, um Oscar Romero, um Luther King, Assim como o ateísmo pode inspirar um Estaline, um Pol Pot, um Mao, um terrorista da Baader Meinhof etc etc.

          O que quero dizer e que toda a gente aqui se faz de parvo e finge que é muito complicado, é apenas o óbvio. Tanto o teísmo como o ateísmo tanto podem inspirar ao bem como ao mal e quem finge que não vê os crimes de um dos lados para acusar apenas o do outro não passa de um fanático HIPÓCRITA da pior espécie.

          Daí a tua afirmação de que o teísmo

          • Anónimo

            Molochbaal, só para eu ver se afino o conceito em causa, diga-me sff, onde se podem encaixar os criminosos dos regimes fascistas, aos quais poucas menções eu aqui vejo.
            Obrigado.

  • john

    há alguma lei sobre crucifixos nas escolas públicas ou estabelecimentos públicos? como retirar de um crucifixo?

    obrigado

  • Pedro

    Caro Carlos,

    Apelidar Wilders de xenófobo, até entendo. Agora apelidá-lo de fascista… com base em quê? Faz-me lembrar os comunistas que engoliram uma cassete e desatam a chamar fascista a tudo e todos…

  • Molochbaal

    “Um fascista? Discordo completamente.”

    Realmente, chamar fascista a alguém que considera Tatcher como um modelo, que faz a apologia de Israel e da cultura judaica, do neoliberalismo, da redução do papel do estado etc, é um acto de desvario intelectual dos mais perigosos.

    • Jose Simoes

      A tatcher era (ou é) fascista? Israel (ou a cultura judaica) é fascista?

      Quase que gostava que apanhassem uma ditadura para ver a diferença.

      Acho que anda aqui muita gente a ler os protocolos dos sábios de sião, talvez da cartilha do HAMAS.

      • Molochbaal

        É precisamente isso que eu estou a dizer. Nenhum fascista teria a Tatcher como modelo, faria apologia de israel etc. Ora, o Geert Wilders faz isso tudo, pelo que, para chamar-lhe fascista é preciso ter uma certa pancada.

    • Jose Simoes

      A tatcher era (ou é) fascista? Israel (ou a cultura judaica) é fascista?

      Quase que gostava que apanhassem uma ditadura para ver a diferença.

      Acho que anda aqui muita gente a ler os protocolos dos sábios de sião, talvez da cartilha do HAMAS.

  • Anónimo

    “Geert Wilders chamou o islamismo de “fascista” e pediu a proibição do AlCorão, que comparou ao livro de Hitler…”

    fascista?…
    je ne sais pas…!?
    para mais apoiante dum governo dito liberal…

  • Molochbaal

    papapaulo

    “Molochbaal, só para eu ver se afino o conceito em causa, diga-me sff, onde se podem encaixar os criminosos dos regimes fascistas, aos quais poucas menções eu aqui vejo.
    Obrigado.”

    Não vês menções porque existiram poucos ou nenhuns fascistas ateus, pelo que é difícil citá-los. Já os comunistas, ateus eram-no quase todos, pelo que, estando o meu interloucor a referir os crimes a que o teísmo forçosamente induz, naturalmente tive de lhe citar os crimes dos comunistas ateus, e o facto de muitos dos crentes serem pacifistas, o que prova que a crença, como a descrença, tanto podem induzir à violência como ao pacifismo, dependendo da pessoa e da interpretação que se faça da doutrina.

    Isto é obvio. Mas vocês continuam a brincar às casinhas e a fingir que não percebem o que eu estou a dizer.

    Espero, pelo menos, ter explicado porque não acuso um ateu dos crimes do fascismo, já que sei que o resto vais continuar a fingir que não percebes.

    • Anónimo

      Fico-lhe grato pela resposta, mas devo-me ter explicado mal.
      A minha questão tinha a ver com o saco onde podíamos encaixar os fascistas. Obviamente que seria no lado dos religiosos, pois, conforme você próprio diz, ateus são poucos ou nenhuns.
      Mas quando falamos em crimes religiosos, não nos estamos a referir aos crimes dos regimes fascistas pelo simples facto que a vertente religiosa desses regimes é apenas um aspecto da ideologia e não o fulcro da ideologia em si. O comunismo é outra ideologia politica onde a crença ou descrença religiosa não são a base da ideologia, mas apenas um aspecto da mesma. Pode ter mais ou menos peso, mas não é elemento sine qua non.

      Não tenho dúvidas nenhumas que há gente para tudo neste mundo, e tanto são crentes como descrentes. Mas quando as atrocidades são cometidas em nome de um deus, e isso só é colectivamente válido para regimes assentes nessa ideologia ou para organizações que se dedicam ao negócio da alma, não me parece que se devam imediatamente tecer comparações com os regimes políticos de pendor ateu.

      A linha que os separa pode ser mais ou menos ténue, mas penso que não se podem definir como religiosos os crimes dos regimes fascistas assim como não serão ateus os crimes de regimes comunistas e afins. Já os crimes de regimes teocráticos onde se mata segundo o determinado pelos deuses, a história é diferente. Assim como também são religiosos os crimes cometidos por seitas ou organizações que em nome de um qualquer deus, desatam a torturar e matar concidadãos.

      Tenha consciência que eu entendo muito bem o seu ponto de vista e partilho-o no aspecto em que, individuos, independentemente daquilo em que acreditam, podem ser monstros ou heróis, mas enquanto organização ou estado, não encontro comparação entre uma ideologia que assenta fundamentalmente no credo de uma divindade e outra ideologia que não pode nunca ter como principal alicerce da sua politica a ausência de qualquer tipo de credo religioso.

      • Molochbaal

        Compreendo onde quer chegar. O que interessaria seria o ponto fulcral de uma doutrina e não os seus aspectos secundários.

        No entanto, os aspectos secundários, por mais secundários que sejam, não deixam de existir por si mesmos. Não podem ser ignorados.

        A perseguição nazi às testemunhas de jeová pode ter sido um aspecto mais do que secundário, “secundaríssimo”, da política nazi. A sua motivação foi sem dúvida política e social e não religiosa. No entanto, pese a sua falta de centralidade e a falta de motivação religiosa na origem dessa perseguição, não deixou por isso de ser uma perseguição a uma religião e por isso mesmo um atentado à liberdade religiosa.

        Do mesmo modo, as motivações comunistas eram essencialmente políticas e sociais. No entanto, ao designarem a religião em geral como alvo de repressão, por mais secundário que isso fosse na doutrina e na prática comunista, não deixou por isso de ser o que era, uma perseguição à religião.

        Ora, central ou não central, se o resultado é o mesmo, perseguição a uma prática humana, é automaticamente comparável nos seus objectivos e resultados. Se não, é o mesmo que dizer que a perseguição aos ciganos pelos nazis não pode ser chamada de perseguição porque toda a doutrina nazi assentava na perseguição aos judeus, mal se referindo aos ciganos.

        Bem, se os meios, métodos e resultados foram os mesmos, automaticamente estamos perante crimes perfeitamente equivalentes, mesmo que um seja central na ideologia nazi e o outro perfeitamente secundário.

        Aliás a vossa posição resulta profundamente injusta, porque colocam-se sempre na optica do perseguidor e daquilo a que o perseguidor dava importância, ignorando sistemática e desdenhosamente a da vitíma.

        Ora, para as vitímas, os seus carrascos considerarem o seu martírio importante ou secundário é perfeitamente igual.

        O que contou para um monge budista asfixiado com um saco de plástico por um khmer rouge, não foi a muita ou pouca importância que o seu carrasco deu à sua morte, que até pode ter sido encarada como um mero pormenor administrativo. Acredito mesmo que sim. Mas o que importou para esse monje foi o seu sofrimento e a sua morte e não o que a esse sofrimento e morte importava na escala de valores do seu carrasco.

        Mas vocês, para arranjarem desculpas até isso, que é a única coisa que realmente importa, até isso, são capazes de ignorar.

  • Pois Sim!

    Pois sim…

    «“A crítica só pode ser punida se for dirigida de maneira inquestionável contra os próprios indivíduos e não apenas contra suas convicções”»

    Ninguém critica o sistema de valores (onde estão implícitas as crenças) de um indivíduo, sem criticar o próprio indivíduo, pois está a fazer juízos de valor sobre a sua personalidade e os seus actos. Desafortunadamente, para demérito da justiça, os magistrados têm um nível cultural muito baixinho, na Holanda e mundo inteiro. Portugal não está melhor.
    «por incitar o ódio racial e a discriminação contra…»
    Num país onde isto não é crime, podemos esperar que tudo seja licito.
    Subsiste a dúvida: E tal país é signatário da Declaração Universal dos Direitos do Homem?

    A Resposta imediata: Não! Não pode ser!

    • Anónimo

      Caríssimo Pois Sim!:Creio que é fácil compreender que as ideias são construções resultantes da acção do intelecto perante a articulação, selecção e valorização de determinados conceitos, cuja existência é independente dos indivíduos.Uma prova óbvia é que todos os crentes naquilo que você e outros acreditam, bem como todos aqueles que não acreditam no que todos vocês acreditam, morrerão e as ideias – base e fundamento das críticas – persistirão posteriormente (como anteriormente aconteceu com as gerações passadas…) através da identificação, assimilação, crítica e propagação, a realizar pelos que têm existência actual e pelos vindouros…Uma coisa é uma acção judicial que envolve sujeitos (identificáveis e, claro, identificados), outra coisa é a dimensão crítica das ideias, isto é, se quiser, o objecto da discussão…

  • Anónimo

    LIVREM-NOS DE MUROS VELHOS E DE JUIZES NOVOS…

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