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Adolph Hitler – Joseph Ratzinger: O Mesmo Combate!

 

 O Papa Bento XVI está de visita ao Reino Unido.

Mal chegou, o líder da Igreja Católica, pôs-se a arengar contra o ateísmo logo no primeiro discurso que fez à sua colega, a prestimosa líder da Igreja Anglicana, também conhecida como Rainha Isabel II.

 

É sempre curioso que o Papa dedique boa parte do seu tempo de pregação e de proselitismo a falar do ateísmo.

Deve ter qualquer coisa lá dentro que o mói…

Mas o que é mais curioso, é que, desta vez, o Papa lembrou-se de fazer uma associação entre o nazismo e o ateísmo.

E diz ele a certa altura do seu discurso:

 

«Ainda em tempo das nossas próprias vidas, podemos recordar como a Grã Bretanha e os seus lideres se opuseram à tirania Nazi que pretendia erradicar Deus da sociedade e a tantos negar a nossa humanidade comum, especialmente aos Judeus, que foram considerados indignos de viver.

«Também recordo a atitude desse regime face a pastores e religiosos cristãos, que falavam de verdade e de amor, e se opuseram aos Nazis e pagaram essa oposição com as suas vidas.

«Ao reflectirmos nos ensinamentos do extremismo ateu do século XX, nunca esqueçamos como a exclusão de Deus, da religião e da virtude da vida pública conduz necessariamente a uma visão truncada do homem e da sociedade e, assim, a uma visão redutora do ser humano e do seu destino».

 

Pois bem:

Curiosidades à parte, o que é absolutamente triste e completamente desonesto da parte deste facínora alcunhado de Bento XVI, é que ele bem sabe que Adolph Hitler era um fervoroso católico e que o infernal regime de terror que fez imperar durante mais de 12 anos por toda a Europa foi inspirado no misticismo cristão e principalmente na mitologia católica.

 

Não esqueçamos que é logo no Evangelho de Mateus (27:25) que encontramos a primeira sentença de morte aos judeus, e que tão bem tem sido obedecida pelos católicos em pogroms e autos de fé ao longo dos últimos dois mil anos:

 

E se o Papa Bento XVI pretende falar do Nazismo à Rainha de Inglaterra, era bom que tivesse a hombridade e a dignidade de lhe fazer também algumas citações do próprio Adolph Hitler.

 

Podemos encontrar no «Pharyngula» mais de meia centena dessas citações, de que respigamos aqui apenas três:

«Acredito hoje que tenho vindo a actuar de acordo com o Criador Todo-Poderoso; ao atacar os judeus estou a lutar pela obra do Senhor»

«Este nosso mundo humano seria inconcebível sem a existência prática de uma crença religiosa»

«Eu sou agora, como sempre fui e sempre serei, um católico»

 

O que isto quer dizer é que, pelos vistos, o Papa Bento XVI e Adolph Hitler sempre têm algo em comum:

– São ambos católicos.

 

E assim, quanto à honestidade, à dignidade e à ética deste Papa, estamos pois conversados.

44 thoughts on “Adolph Hitler – Joseph Ratzinger: O Mesmo Combate!”
  • antoniofernando

    O historiador Allan Bullock escreve que desde cedo, Hitler “não tinha tempo algum para os ensinamentos do Catolicismo, considerando-o como religião adequada somente para os escravos e detestando sua ética”.
    Então como e explica a alegação de Hitler de que ao conduzir seu programa anti-semítico estava sendo um instrumento da providência divina? Durante sua ascensão ao poder, ele precisava do apoio do povo alemão – tanto os Católicos da Baviera quanto dos Luteranos da Prússia – e para se assegurar disso ele utilizava retórica do tipo “Estou fazendo o trabalho do Senhor”. Alegar que essa retórica faz de Hitler um Cristão é confundir oportunismo político com convicção pessoal. O próprio Hitler diz em Mein Kampf que seus pronunciamentos públicos deviam ser entendidos como propaganda, sem relação com a verdade, mas planejados para influenciar as massas.
    A ideia de um Cristo ariano que usa a espada para purgar os Judeus da Terra – o que os historiadores chamam de “Cristianismo Ariano” – era obviamente um afastamento radical do entendimento Cristão tradicional. Além do mais, o anti-semitismo de Hitler não era religioso, era racial. Os Judeus foram atacados não por causa de sua religião – aliás, muitos Judeus alemães eram completamente seculares em seus estilos de vida – mas por causa de sua identidade racial. Essa era uma designação étnica e não religiosa. O anti-semitismo de Hitler era secular.
    Hitler’s Table Talk [“Conversas informais de Hitler”, um livro] uma colecção reveladora das opiniões privadas de Hitler, reunida por uma assistente próxima durante os anos de guerra, mostra Hitler como sendo furiosamente anti-religioso. Ele referia-se ao Cristianismo de uma das maiores “calamidades” da história, e disse sobre os alemães: “Vamos ser as únicas pessoas imunizadas contra essa doença”, tendo proclamado que “ seremos capazes de destruir o Cristianismo”.
    Hitler guardava um desdém especial pelos valores cristãos da igualdade e compaixão, que identificou com fraqueza.

    Se o nazismo representava o auge de algo, era o auge do Darwinismo social do final do Século XIX e início do XX. Como documentado pelo historiador Richard Weikart, tanto Hitler quanto Himmler eram admiradores de Darwin e frequentemente falavam do papel deles como promulgadores de uma “lei da natureza” que garantiria a “eliminação dos ineptos” Weikart argumenta que o próprio Hitler “construiu sua própria filosofia racista baseado em grande parte nas ideias do Darwinismo social

    Os nazis também se inspiraram no filósofo Friedrich Nietzsche, adaptando a filosofia ateísta dele aos seus propósitos desumanos. A visão de Nietzsche do ubermensch [super-homem] e sua elevação a uma nova ética “além do bem e do mal” foram adoptadas de forma ávida pelos propagandistas nazis

    Mas de tudo isto o texto panfletário de Luís Grave Rodrigues não fala…

  • antoniofernando

    “The heaviest blow that ever struck humanity was the coming of Christianity. Bolshevism is Christianity’s illegitimate child. Both are inventions of the Jew.” (pág. 13)

    “Let it not be said that Christianity brought man the life of the soul, for that evolution was in the natural order of things.” (pág. 13)

    “Christianity is a rebellion against natural law, a protest against nature. Taken to its logical extreme, Christianity would mean the systematic cultivation of the human failure.” (pág. 57)

    “The best thing is to let Christianity die a natural death. A slow death has something comforting about it. The dogma of Christianity gets worn away before the advances of science. Religion will have to make more and more concessions. Gradually the myths crumble.” (pág. 65)

    “Christianity, of course, has reached the peak of absurdity in this respect. And that’s why one day its structure will collapse. Science has already impregnated humanity. Consequently, the more Christianity clings to its dogmas, the quicker it will decline.” (pág. 66)

    “But Christianity is an invention of sick brains : one could imagine nothing more senseless, nor any more indecent way of turning the idea of the Godhead into a mockery.” (pág. 150)

    “When all is said, we have no reason to wish that the Italians and Spaniards should free themselves from the drug of Christianity. Let’s be the only people who are immunised against the disease.” (pág. 151)

    “One cannot succeed in conceiving how much cruelty, ignominy and falsehood the intrusion of Christianity has spelt for this world of ours.” (pág. 294)

    “O golpe mais pesado que já atingiu a humanidade foi a vinda do Cristianismo. O bolchevismo é filho ilegítimo do Cristianismo. Ambos são invenções dos judeus.” (Página 13)

    “Não se diga que o Cristianismo trouxe ao homem a vida da alma, visto que a evolução estava na ordem natural das coisas.” (página 13)

    “O Cristianismo é uma rebelião contra a lei natural, um protesto contra a natureza. Em sua lógica extrema, o Cristianismo significa o cultivo sistemático da falha humana.” (página 57)

    “A melhor coisa é deixar o Cristianismo morrer de forma natural. Uma morte lenta tem algo confortante sobre ele. O dogma do Cristianismo se desgasta perante os avanços da ciência. A religião terá de fazer mais e mais concessões. Gradualmente, os mitos desmoronam.” (página 65)

    “O Cristianismo, é claro, atingiu o pico do absurdo a este respeito. E é por isso que um dia a sua estrutura irá desmoronar. A ciência já impregnou a humanidade. Consequentemente, quanto mais o Cristianismo se apega aos seus dogmas, mais rápido declinará.” (Página 66)

    “Mas o Cristianismo é uma invenção de cérebros doentes: ninguém poderia imaginar nada mais sem sentido, nem qualquer forma mais indecente de transformar a ideia da divindade em um escárnio.” (página 150)

    “Com tudo na mesa, não temos razão para desejar que os italianos e espanhóis devem libertar-se da droga do Cristianismo. Seremos os únicos imunes à doença” (página 151)

    “Não se pode ter sucesso ao conceber quanta crueldade, ignomínia e falsidade a intrusão do Cristianismo tem escrito para este nosso mundo.” (página 294)

    Hitler’s Table Talk

  • antoniofernando

    Maximilian Kolbe ( 8/1/1984-14/8/1941), padre católico,assassinado em Auscwitz às mãos dos biltres nazis, depois de se ter oferecido para morrer em substituição do judeu Franciszek Gajowniczek.

  • antoniofernando

    Luís Grave Rodrigues:

    Queria ver era se você tinha coragem para chamar “facínora” a qualquer um dos ayhatollahs que sanciona o apedrejamento de mulheres, o enforcamento de pessoas em postes de iluminação e a decapitação em praças públicas.Insultar Bento XVI é fácil mas cobardia. Coragem é outra coisa…

  • MO

    Bater no fundo.

    Agora Hitler era cristão católico. Porquê? Porque foi criado como um e porque a dada altura disse que era. Pronto. Santa paciência.

    Agora o Terceiro Reich andava de conluio com os católico. Porquê? Porque há cartazes que o provam! Não porque o Reich os tenha tentado não alienar, para que apoiassem o movimento, como fizeram com outros grupos, incluindo os Luteranos – e para isso usaram a concordata, anterior aos abusos que Hitler começou a fazer. Hitler acabou por nunca ter esse apoio formal que queria, sobretudo à medida que tudo se foi desenrolando.

    Leiam história – ela é bem diferente. Pensem sobre o que Hitler fez e comparem-no com o Sermão da Montanha – esse é o teste para saber quem é cristão (e podem usar essa regra para alguns padres, bispos e Papas que também não o passariam). É espantoso como o ateísmo português é fraco e irracional – apenas fruto de um contexto específico, de ligação da Igreja ao poder instituído (o que quer dizer que se vivessem noutro sítio, como há e houve muitos…). Mundos e cabeças muito pequenas. E assim fala-se sempre mais de política do que de religião, mais de ideologia do que teologia – porque das segundas os ateus portugueses só sabem o muito superficial e mal (exemplo: o Luís a colocar na boca dos povo judeu, a sua própria “primeira sentença de morte”, no Evangelho de Mateus (27:25), em vez da responsabilidade e da culpa por se terem deixado manipular pelos líderes religiosos, os verdadeiros responsáveis (27:20) – que suponho que a “sentença” deva ser portanto um espécie de suicídio…).

    A ignorância não é um mal. Há sempre coisas que não sabemos. Mas fazer passar a ignorância por conhecimento é uma vaidade sem objecto, vazia.

    Deus me dê paciência.

    Pax et bonum.

    • Molochbaal

      “anterior aos abusos que Hitler começou a fazer. ”

      Não é preciso mais nada.

      Basta esta frase para se ver a tua falta de honestidade intelectual e deitar abaixo tudo o resto.

      Com que então anterior aos abusos ?

      O partido nazi desde o início, uma década antes de tomar o poder, que estava envolvido em actos de violência constantes, incuindo assassinatos e incitações à perseguição racial. Mussolini, em quem Hitler publicamente se inspirava e também apoiado pela igreja, já há uma década que instituira a sua ditadura sangrenta na Itália. O Mein Kampf, publicado anos antes da tomada do poder já apresentava o plano das perseguições raciais e da guerra de conquista de território.

      Mas a igreja, coitadinha, se calhar pensava que Hitler era um pacifista, um novo Ganhdi, uma madre Teresa de botas.

      Vai mas é gozar com os teus paroquianos.

  • antoniofernando

    Caro MO:

    No essencial concordo com o seu texto e aprecio muito os seus comentários. Contudo, ao longo do tempo que levo da minha presença no “D.A.”, tentei sempre não aceitar generalizações injustas. Por isso,reprovo que tenha referido genericamente:

    a) ” O ateísmo português é fraco e irracional”,

    b) ” Mundos e cabeças muito pequenas”;

    c) ” Das segundas os ateus portugueses só sabem o muito superficial”.

    A minha mulher é ateia e o meu melhor amigo também. Tomara eu conseguir metade da sua grandeza ética.

    Não queira incorrer nos mesmos erros de sectarismo analítico que censuro a todos quantos incorrem nessa conduta,sejam crentes, agnósticos ou ateus.

    Tinha que lhe dizer isto,pois,se não o fizesse, não ficaria de bem com a minha consciência…

  • MO

    Esta resposta desesperada de alguns ateus demonstra que o Papa, um homem que viveu aquilo de que fala, tocou numa tecla sensível.

    Para os ateus que frequentam o DA que me queiram ler com abertura e queiram pensar, passo a explicar. Conheço vários ateus que se consideram culturalmente cristãos (ou católicos alguns), mas muito, muito poucos em Portugal. Os primeiros percebem que aquilo que hoje se chama “humanismo” tem raízes cristãs e preferem assumir essas raízes. Lembram-se dos “Atheists for Jesus” de que Dawkins fez parte antes do discurso dele se radicalizar e tornar incompleto, desarticulado? Os ateus cristãos não acreditam em Deus como ser, mas não querem abdicar de Deus como ideia transcendente que nos une e nos afasta do totalitarismo daquilo que “eu” acho ou “nós” achamos.

    Esses são capazes de perceber como, apesar dos problemas entre alguns Cristãos, Judeus, e Muçulmanos ao longo da história, pode haver um diálogo e uma partilha como a que se viu ontem entre o Papa, o Rabino, e o Imã. É a força de Deus (que também muitos ateus sentem, mas apenas como ideia) que lhes permite perdoar e andar em frente, em conjunto, unidos. Aqui, o que se vê, é uma tentativa divisiva (sempre!) de afirmar que o Cristianismo é, na sua raiz, anti-semita, e que isso é uma evidência. Não o é para o Rabino que ontem falou e que representava a comunidade judaica britânica. Falem por vocês, mas estudem.

    O Papa falou do esquecimento deste Deus, pelo menos como ideia – que como Nietzsche bem explicou, leva ao desnorte moral. Nietzsche decidiu ir por aí e assumir essa consequência. E vocês?

    Pax et bonum.

    • Molochbaal

      Tretas.

      O tal diálogo entre as igrejas só surgiu devido à força do secularismo ocidental que as assusta a todas e as levou, pela primeira vez na história, a unirem-se perante o inimigo comum. Antes disso, ao longo de mil anos naõ fizeram outra coisa do que atirarem-se ao pescoço uns dos outros.

      Se o secularismo desaparecesse neste momento voltavam as guerras entre os religiosos.

      Nitzche e Voltaire fizeram mais pelo diálogo religioso do que os religiosos, que por simesmos, sem o medo do papã secular, nunca lá chegariam.

  • Confrariaalfarroba

    “Os nazis também se inspiraram no filósofo Friedrich Nietzsche, adaptando a filosofia ateísta dele aos seus propósitos desumanos. A visão de Nietzsche do ubermensch [super-homem] e sua elevação a uma nova ética “além do bem e do mal” foram adoptadas de forma ávida pelos propagandistas nazis”

    muito interessante esta questão… não tarda um pau de fósforo para os católicos dizerem (tal como os comunistas) que Nietzsche e fernando pessoa eram fascistas/nazis… quando um autor se torna incómodo mete-se um rótulo e um homem acima destas tretas – Nietzsche – passa a ter esse rótulo ainda que os tempos vividos sejam outros. já agora ponham o wagner também na carruagem. e porque não, também, o marquês de sade, o antonin artaud, o salvador dali….

    sejamos sérios, cavalheiros!…
    colar pessoas intelectualmente honestas a facínoras e, desta forma, é desonesto em termos intelectuais.
    que tem a ver o niilismo a ver com hitler?
    que tem a ver darwin com o ideal nazi?
    e
    se hitler gostava da música de wagner… implica que o compositor, mesmo depois de morto, tenha aderido às SS?…

    dar voltas ao bla bla para justificar o injustificável
    c’est pas possible…

  • Confrariaalfarroba

    errata
    onde se lê: que tem a ver o niilismo a ver com hitler?
    leia-se: que tem a ver o niilismo com hitler?

  • MO

    Caro António:

    Percebo o que diz. Acha que caí no erro da generalização. Não foi essa a minha intenção. No contexto deste debate, estou a referir-me aos ateus que publicamente defendem o seu ateísmo aqui. Não me parece que a sua mulher se enquadre neste grupo. Nem a minha, que também é ateia. (Não se enquadram nem, pelo que me diz, se reconhecem neste modo de pensar que nada tem de livre e tudo tem de amarrado.)

    Pax et bonum.

  • MO

    Caro António:

    Mas registo e respeito o gesto de seguir a consciência (algo de muito cristão). Mas é óbvio que as nossas mulheres não fazem parte do movimento ateísta português. Apesar de serem ateias.

    Pax et bonum.

  • Zeca-portuga

    O autor deste post é, simplesmente, o maior imbecil, o maior verme e o mais leproso cráopula aue eu conheço na ciberespaço (e isto não tem nada a ver com ser ateista, mas ajuda a perceber o que são os ateistas).

    Um bom exemplo do ateismo moderno é a atitude do ateista frances que está a deportara os ciganos.

    Contra isso devia lutar o advogado dos paneleiros (e só é dos paneleiros porque gente decente não confia nele), já que se trata de um chulo ateista presidente de república a expulsar uma comunidade en que os seus membros são mais de 90% ateus – só que estes são ateus ideologicamente mais sérios que o chulo frances ou todos os membras da Tasca, incluido o proxeneta Grave Rodrigues.
    Por isso, os ciganos, agora deportados de forma nazi, por um nazi/ateista, não merecem grande destaque dos ateistas portugeses…

  • Anónimo

    Caríssimo Zeca-portuga:

    Nicolas Sarkozy é assumidamente Católico.

    Já se esqueceu do discurso polémico que este proferiu faz poucos anos na Basílica de São João de Latrão?

  • antoniofernando

    Aproveite você para ser intelectualmente sério e não negar os pressupostos ideológicos do Nazismo.E não confunda Darwin com o Darwinismo Social .Entre Herbert Spencer e Kropotkin as diferenças são notórias. Os dois beberam ideologicamente na Teoria da Selecção Natural de Darwin, mas o primeiro enfatizava a lei do mais forte e o segundo a ajuda mútua como factos de evolução.Por outro lado,você faz de conta que nunca leu Nietsche e que ignora o aproveitamento hitleriano da Teoria do Super Homem, Vem aqui disfarçado de anjinho ateísta é ? E se você acha que Bento XVI merece o epíteto de facínora então aplique a si próprio o estigma de falta de seriedade intelectual que fará juízo sério àcerca da sua própria pessoa e ficará na má companhia de Luís Grave Rodrigues…

  • antoniofernando

    Caro MO

    O meu reparo não excepciona a minha mulher ateia nem o meu melhor amigo ateu.Há aqui no “.D.A” ateus e crentes que respeito. Outros não. A diferença não está na crença ou na descrença mas na postura ética ou falta dela.Creia-me com a minha estima…

  • antoniofernando

    Sobre Darwin há muito para dizer. Aqui ninguém está acima das críticas, entendeu ? Tome lá que é para se entreter:

    “Darwin, que descobriu a forma da evolução das espécies, nunca compreendeu a evolução do homem e das sociedades humanas. E, contudo, estas conquistas, no domínio da geologia, da biologia e da sociologia, não são de forma alguma divergentes. Mas Lyell só cerca dos 70 anos e contra os seus próprios sentimentos e crenças se rendeu à evidência dos factos e aceitou o transformismo. E Darwin não pôde sair de um grande número de limitações que lhe tolhiam a investigação acerca do homem, não na sua estrutura física (em que foi mestre), mas na sua vida social e na sua actividade intelectual. Respondendo a um autor que lhe oferecera uma obra fundamental de economia política, Darwin escrevia ser apenas um naturalista e nada perceber dessas questões. A resposta não foi sincera, pois Darwin bebera em Malthus a sua Struggle for life e a sua «selecção natural». Mas essa resposta explica a sua impossibilidade de ver além do acanhado horizonte do seu extracto. Daí ter considerado a evolução do homem no ponto de vista exclusivamente biológico como se nela não interviesse fundamentalmente a vida social. Daí ter considerado as super-estruturas ideológicas como de natureza puramente animal (e não de origem social) e ter não só aproximado (como seria legítimo), mas identificado as emoções e os sentimentos humanos como os das outras espécies animais. Daí ter aceitado a existência de conceitos universais e imperecíveis como do belo, do justo e do bom. Daí a sua aproximação de certas raças humanas com os animais inferiores não compreendendo as razões do seu atraso e as possibilidades actuais de o superar. Daí a sua incapacidade para compreender que as transformações quantitativas se convertem em qualitativas e a consequente evolução por saltos bruscos, tanto no campo biológico como no social. Daí o seu desprezo pelos «selvagens», o seu racismo, o seu antifeminismo, o seu espírito marcadamente britânico e whig. Só ideólogos de um novo e ascendente extracto poderiam e puderam romper essas limitações, vencer essas dificuldades e resolver o problema da evolução do homem como evolução distinta (a partir do momento em que criou e empregou”

    Álvaro Cunhal, 6 /10/ 1951

  • MO

    Caro António:

    Concordo. E não disse que não os respeito. Amo-os como irmãos – e não estou a ser cínico.

    A questão é só esta: o ateísmo que vejo no DA é fraco e irracional, é conduzido por pessoas com mundos e cabeças muito pequenas, limitadas às suas experiências pessoais, que sabem muito pouco do que criticam (religião e teologia). É esta verdade que vejo naquilo que escrevem. Nada disto impede que sejam óptimas pessoas. Estou apenas a falar do que dizem e de como pensam. Mantenho o que escrevi.

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    Sobre Wagner:

    Antes de se pôr a mandar bitaites à toa, informe-se.

    Richard Wagner escreveu alguns ensaios anti-semitas e por essa razão, e pelo aspecto nacionalista de sua obra, Hitler tomou-o como exemplo da superioridade da música e do intelecto alemães, contrapondo-o a músicos também românticos como Mendelssohn, que era judeu. O ensaio mais polêmico foi Das Judentum in der Musik, publicado em 1850, no qual ele atacava a influência de judeus na cultura alemã em geral e na música em particular. Nesta obra descreve os judeus como: “ex-canibais, agora treinados para ser agentes de negócios da sociedade”. Segundo Wagner, os judeus corromperam a língua do país onde vivem desde há gerações. A sua natureza, continua Wagner, torna-os “incapazes de penetrar a essência das coisas”. A crítica era dirigida particularmente aos compositores judeus Giacomo Meyerbeer e Felix Mendelssohn, que eram seus rivais. Wagner insistia em defender que os judeus que viviam na Alemanha deveriam abandonar a prática do judaísmo e se integrar totalmente à cultura alemã. Lindo não é ?…

  • MO

    Caro Jovem:

    Nicolas Sarkozy é assumidamente Católico.

    A Igreja já se pronunciou sobre a questão das deportações. Procure o que diz o Arcebispo Marchetto, por exemplo. Sarkozy pode ser assumidamente o que quiser. O que contam é os actos e os discursos e alguém que diz que faz isto porque está ‘apenas’ a cumprir a lei não está a seguir Jesus (como os que na Alemanha Nazi ‘apenas’ seguiram o que Hitler tornou legal). Princípio cristão: nem tudo o que é legal é moral.

    Pax et bonum.

    • Xiquinho Silva

      A Igreja já se pronunciou sobre a questão das deportações

      Pois já. Só foi pena ainda não terem aberto os portões dos jardins do vaticano para acolher lá os nómadas. Estou certo que dariam um toque bastante colorido ao cortile della pigna. Mas tudo indica que o farão em breve…

  • Anónimo

    Caríssimo MO:

    O meu comentário foi simples e direccionado para esclarecer uma informação errónea veiculada no comentário de Zeca-portuga: “Um bom exemplo do ateismo moderno é a atitude do ateista frances [Nicolas Sarkozy] que está a deportara os ciganos“.

    Como pode facilmente reparar no meu comentário, não pretendi acrescentar nada mais, por isso não creio que seja assertivo supor aquilo que saberei ou penso em relação a esta matéria pelo simples facto que mais não avancei…

  • MO

    Caro Jovem:

    E tem toda a razão. Ainda assim, achei que valia a pena comentar o catolicismo de Sarkozy.

    Pax et bonum.

  • Anónimo

    Caro MO:

    Agradeço o esclarecimento. Como muitos, tenho acompanhado toda esta questão, e por isso sei que a posição oficial da Igreja Católica opõe-se a esta decisão, que existem grupos de católicos que também não aceitam esta medida, mas também o MO saberá que há também crentes e descrentes que apoiam estas medidas pelas mais variadas razões…

    Cumprimentos.

  • MO

    caro Jovem:

    saberá

    Se sei…

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    “Para mim o ateísmo não é nem uma consequência, nem mesmo um facto novo: existe comigo por instinto”, referiu Nietzsche (Ecce Homo, pt.II, af.1)

    Pois bem. Cada um interioriza as suas crenças ou descrenças como entender e Nietzsche não é o único que se pode arrogar o sentido da sua crença ateísta. Outros a sentirão teísta.

    É verdade que ele não foi anti-semita, não obstante a sua irmã ter sido adepta de Hitler.No entanto considerou o Cristianismo ” a maior desgraça da Humanidade” e que “para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária”,mas foi ele quem acabou louco e só num hospício.

    Também sustentou que “a moral não tem importância e os valores morais não têm qualquer validade, só são úteis ou inúteis consoante a situação”;

    E igualmente asseverou que ” a mulher foi o segundo erro de Deus”

    Hitler deve também ter achado que a moral não tinha nenhuma importância e que o que importava era a prevalência da lei rácica do mais forte. Eva Braun andava sempre uns largos passos atrás dele…

    Depois, ainda há quem acredite que Nietzsche nada teve a ver com a formação do pensamento racista e imoral de Hitler. Talvez tudo fruto do acaso…

  • antoniofernando

    Caro MO:

    Aqui no ” D.A.”.não olhe só para o lado dos ateus…

    Creia-me com a minha estima.

  • MO

    É um sentimento mútuo, António. (E gostava um dia de falar consigo para perceber o que faz estar fora da Igreja…)

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    Caro MO:

    Sou crente e cristão,não ideologicamente alinhado.Mais próximo do protestantismo em questões de interpretação teológica dos Evangelhos, mas considerando Martinho Lutero uma personagem deplorável pela instigação feita contra os judeus. Rompi com a Igreja Católica no dia em que me apercebi que no Catecismo da ICAR constava a aceitação, ainda que em termos excepcionais, da pena de morte.Não podia estar numa igreja que, do meu ponto de vista,não estava incondicionalmente ao lado da defesa da vida em todas as circunstâncias. Depois passei a divergir em vários aspectos teológicos: na questão do Limbo Infantil,na concepção salvífica do Baptismo, na do Inferno de penas perpétuas e na do Pecado Original. Entre Pelágio e Agostinho de Hipona, na controvérsia sobre o Pecado Original, que também não aceito, um dia se verá, estou convicto, que era Pelágio quem tinha razão, não Agostinho. Por último, não consigo entender a santificação de Tomás de Aquino e de João Crisóstomo, depois do que eles disseram contra os hereges e os judeus.Mas o meu Cristianismo assenta em Cristo e nessas figuras enormes da Cristandade que foram Francisco de Assis e Ambrósio de MIlão. Há três anos tive uma grande crise de fé. Mas foi depois ad sua superação que verdadeiramente encontrei Deus. A vida tem destas enormes ironias. Terei muito gosto em conversar consigo um dia sobre estas e outras matérias…

  • Anónimo

    Caro Jovem 1983:

    Não deixa de ser irónico que Sarkozy, de proveniência húngara,e sua família foram emigrantes em vários países da Europa, depois da invasão da Hungria pelas tropas soviéticas em 1944.

    A forma que Sarkozy encontrou de ser grato a quem o acolheu como emigrante foi expulsar outros emigrantes. Diz bem da sua estaleca…

    Acho que este vídeo também acrescenta algo mais:

    http://www.youtube.com/watch?v=1uxb0JHqzlA

    • Anónimo

      Caríssimo antoniofernando:

      Há críticas que avançam que estas medidas são para desviar as atenções em relação a outras situações onde estão envolvidos membros do actual governo francês, por exemplo, desde a aplicação desta medida, a comunicação social internacional não voltou a pegar com o mesmo ênfase no escândalo L´Oreal…

      Em relação ao vídeo que divulgou, já não tinha lembrança dessa situação caricata e ao mesmo tempo séria. Há pessoas que não aguentam a Vodka e as responsabilidades perante o Estado que representam, que nessa altura encheu-se de vergonha…

      Cumprimentos.

  • MO

    Questões pertinentes. Percebo. Mas a questão é que talvez romper com a Igreja seja romper com a comunidade visível que Jesus criou à sua volta – digo “talvez”, mas para mim, que estive quase a sair, essa palavra pode ser apagada, porque fiquei e com mais convicção. Se pensar desta forma, nunca pode esperar que a Igreja se ajuste a si, mas em vez pensar que você faz parte dela e que tal como na comunidade original existem pessoas muito diferentes, uns mais fracos outros mais fortes perante a tentação do pecado, também hoje isso se passa. É uma caminhada em união, apesar de tudo – do que eu tenho receio é de igrejas que dizer ser perfeitas, imaculadas, porque são mentirosas. A luta intensa com o mal e pelo bem faz-se também dentro da Igreja (como espelho do que é ser humano fora dela). Pense só por que carga de água escolheu Jesus um cobarde intempestivo para liderar a Igreja, S. Pedro, e não outro apóstolo – logo aí tem a chave.

    A questão da pena de morte. Eu sou contra. Diz-me que o Catecismo a aceita (não esquecer, que este contém matéria dogmática e não-dogmática, como esta é – mas de qualquer modo vamos a esse tópico). Começa por não excluir (o que é diferente de aceitar, pura e simplesmente) colocando o caso como se se tratasse de legítima defesa. Depois acaba a argumentar que não. Ora veja:

    2267. A doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor.

    Contudo, se processos não sangrentos bastarem para defender e proteger do agressor a segurança das pessoas, a autoridade deve servir-se somente desses processos, porquanto correspondem melhor às condições concretas do bem comum e são mais consentâneos com a dignidade da pessoa humana.

    Na verdade, nos nossos dias, devido às possibilidades de que dispõem os Estados para reprimir eficazmente o crime, tornando inofensivo quem o comete, sem com isso lhe retirar definitivamente a possibilidade de se redimir, os casos em que se torna absolutamente necessário suprimir o réu «são já muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes» (42).

    Todos os outros tópicos merecem discussão. Por exemplo. Não aceita o Pecado Original? Não aceita a inclinação para fazer mal, não aceita que só com a graça de Deus e com a nossa colaboração livre podemos fazer o bem (quem ler cuidadosamente Pelágio chega a conclusão que também ele acreditava nisso), não aceita que temos a tendência para nos afastarmos de Deus e que Jesus nos reconciliou com Deus, mostrando-nos o caminho, redimindo-nos? Lamento, mas não posso acreditar. Talvez tenha uma ideia errada do que é a doutrina do Pecado Original (expressa figurativamente, e não literalmente, na transgressão de Adão e Eva).

    Dou-lhe o meu email se achar que vale a pena continuar a conversa. É consigo. Terei muito gosto.

    Pax et bonum.

  • MO

    Ah, e S. Francisco de Assis é o “meu” santo como já deve saber depois de me ter lido tantas vezes…

    Pax et bonum.

  • Zeca-portuga

    Completamente falso, Jovem!

    O pelintra francês ainda recentemente confessava a TF1, a propósito da pedofilia: “os católicos devem sentir vergonha destes actos. Até eu, que não sou católico nem sinto grande inclinação pelas religiões, me sinto incomodado…”;

    Não confunda propaganda com religiãp-

  • Anónimo

    Caríssimo Zeca-portuga:

    Não encontrei nenhuma informação na Internet que confirmasse a alegação que acaba de fazer, isto é, a existência dessa declaração numa entrevista a um órgão de comunicação social.

    Aguardo a devida fonte da citação que faz no seu comentário, caso contrário o que escreveu não passa de uma alegação sem fundamento contra aquilo que já se conhece, e está no domínio público…

    Não confunda alegações com afirmações fundamentadas…

  • Zeca-portuga

    Telefone para a TF1 para pedir a reportagem – eu não tenho por hábito gravar programas de TV que vejo, muito menos quando estou no estrangeiro.

  • Confrariaalfarroba

    oh antonio fernando
    não fique assim… pessoalmente, entre os crentes que por aqui aparecem, até simpatizo com as suas questões – algumas pertinentes. muito.
    vou tentar dar-lhe uma resposta… tentar.

    1º eu não conheço pessoalmente o antónio fernando, tão pouco o luis grave rodrigues – o antónio diz-se crente, o luis ateu.
    se este último é má companhia… je ne sais pas. se o antónio é óptima pessoa (admito que seja) tão pouco sei.

    o que sei é que – eu – sou um franco-atirador e passo por aqui de vez em quando.
    mando uma “boca” e vou à minha vida – que esta coisa dos blogues às vezes é chata e… apanha-se com cada um…

    depois… poderia fazer aqui uma dissertação dos diabos (diabos por ser ateu confesso) sobre o que me diz. não o vou fazer. seria exaustivo e a minha philosofia já não dá para muito. para além de que a minha idade não o permite e, arrisco-me a ser insultado por um mentecapto portuga qualquer – dir-me-á que estou senil etc. e tal…

    confesso:… nada sei de Nietzsche, tão pouco de darwin e sobre o autor de “a conquista do pão” apenas sei que era um principe russo que a minha avó lia em voz alta para eu adormecer quando era puto (na época não havia TV e lia-se esses anarquistas perigosos à luz de um candeeiro a petróleo – na aldeia também não havia electricidade). sobre o Wagner nada sei. mesmo. até porque o meu percurso académico é merdoso – artes do espectáculo – recusei sempre ler esse senhor alemão e também recusei aquela treta da “origem da tragédia” do amigo do senhor alemão (e também alemão) que mais tarde se zangaram e… deixou de ser amigo do senhor wagner…
    pois. estava a falar do tal Nietzsche outra vez…
    e porquê não ler a “origem da tragédia”?
    porque me poderia prejudicar na cultura clássica… na volta o tal Nietzsche ainda me tramava a sabedoria transmitida por aritóteles na sua poética. e depois onde me agarraria? na volta teria uma crise existencial e convertia-me ao marxismo. e isso nunca…! antes hindu ou taoísta.

    sim, fernando… sou mesmo um caso perdido. e sou um ignorante que lançou uma bojarda… não mais. admito que errei…

    no fundo – no fundo, não passo de um provocador.

    mas uma coisa lhe garanto: não me associo a coisa nenhuma, tão pouco aos ateístas. e mesmo, mesmo a nenhuma capela (crente ou descrente) aí sou muito marxista, mas de tendência GROUXO MARX.

    não se chateie, homem!…
    a vida são 3 dias e, 2 já se passaram – ouvi dizer por aí.

  • Anónimo

    Caríssimo Zeca-portuga:

    Não tem hábito de gravar programas de TV, mas tem uma memória para gravar uma citação completa que não está em lado nenhum na Internet, quer seja em Português, Francês ou Inglês…

    O fardo da prova deve estar em quem faz a afirmação, isto lembra precisamente a questão da existência de deus, é totalmente surreal alguém pedir para fazer a prova de uma negação, tal como é surreal não haver nenhuma informação disponível na Internet sobre o que escreveu e direccionar-me para telefonar para a TF1 para confirmar a sua alegação…

    Não confunda alegações infundadas com afirmações fundamentadas, que são conhecidas e estão no domínio público…

  • Molochbaal

    É de facto curioso.

    Estamos a falar do mesmo Wagner que escreveu obras de propaganda cristãs como Loengrin, Parsifal etc ?

    Outro personagem alemão de que pode tirar passagens antisemitas ainda mais violentas onde os nazis se inspiraram directamente é LUTERO. Claro que também Lutero devia ser um perigoso ateu…

  • Molochbaal

    Certos historiadores minimizam o papel do cristianismo no nazismo.

    Porém, sabias que as leis de Nurenberga, que instituiram as perseguições aos judeus, foram quase uma cópia das leis canónicas católicas que fizeram o mesmo ao longo de séculos ?

    Dizes que o nazismo era apenas racista e não religioso.

    Mas então porque é que um judeu, mesmo que fosse fisicamente um ariano puro era perseguido à mesma ? A maior parte deles só eram detectados pela gestapo porque as igrejas lhes facultaram os registos das paróquias, permitindo separar os que frequentavam a igreja dos que frequentavam a sinagoga, porque racialmente a diferença era mínima ou NENHUMA.

    Outra coisa, sabes quem começou a perseguição com base racial ? Não foi o Hitler, foi a IGREJA CATÒLICA, com as leis de pureza de sangue. Exactamente o mesmo tipo de leis que Hitler reinstituiu.

    Até a famigerada estrela amarela, que nos filmes aparece como uma diabólica invenção nazi foi instituida pela primeira vez pelos PAPAS.

    Entretanto muitos nazis eram bispos, arcebispos, cardeais. Dizer que eram todos ateus não passa de uma TRETA do caraças. Se eram ateus então toda a igreja que durante mil anos cometeu os mesmos crimes era também ateia.

    Tretas.

  • Molochbaal

    Outra contradição brutal da vossa parte e de historiadores menos inteligentes.

    Dizem calmamente que os nazis eram ateus apesar de toda a propaganda nazi ser cristã. Ora, se toda a propaganda nazi era cristã era por duas razões.

    1- Os líderes nazis sabiam que os meios cristãos seriam receptivos á propaganda antisemita. Senão, obviamente que, se não fossem cristãos e se os cristãos não fossem alvos fáceis, nunca escolheriam os cristãos como alvo principal da sua propaganda. Aí a propaganda nazi seria naturalmente ateia.

    2- Se os cristãos eram o alvo fácil da propaganda nazi isso significa que eram o meio favorito de recrutamento.

    Ora, manda a lógica que, se os cristãos eram o meio preferido de recrutamento do nazismo, obviamente que A MAIORIA DOS NAZIS ERAM CRISTÃOS.

    Isto é lógica elementar. Podes esbracejar e espumar da boca que não consegues provar o contrário.

  • Andreia_i_s

    Se este papa não tive abrido a boca para dizer os disparates que disse, e se fosse resolver os problemas da sua igreja vazia melhor figura e teria mais respeito pelos seis sócios.

  • Jbatista

    Jesus disse que muitos falsos profetas viriam em Seu nome, mas que poderiam ser reconhecidos por suas obras. Me parece que Hitler era um desses… Ora, ele era católico, ou se dizia católico? Vamos distinguir as coisas… muitos que se dizem católicos não seguem sua religião, assim como muito protestantes também não o fazem. Ao autor do post, sugiro um pouco mais de cuidado com suas palavras. Por serem Hitler e o papa “católicos”, significa que ambos eram iguais? Então está querendo dizer que todos os católicos são iguais, todos os protestantes são iguais, e todos os seguidores de outras religiões… posso me dizer cristão e agir de forma contrária… não são palavras nem denominações que contam meu caro, são as obras. Se Hitler era católico, era católico de araque.

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