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Protestar o Papa

Os britânicos preparam-se para receber Ratzinger com uma manifestação de Hyde Park Corner (local com tradição na liberdade de expressão) até Withehall, e que terminará com um comício em Downing Street (em frente da sede do governo). Com várias organizações presentes, os oradores previstos para o protesto incluem o cientista e activista ateu Richard Dawkins, Terry Anderson da National Secular Society (a associação laicista britânica), Peter Tatchell (um militante histórico dos direitos dos homossexuais), o jornalista e laicista Johann Hari, o padre católico homossexual Bernard Lynch e a laicista iraniana e ex-muçulmana Maryam Namazie.

Esta visita acontece num momento em que o laicismo atinge, pela primeira vez em décadas, um pico de reconhecimento público, gerado pela progressiva secularização da Europa e pela ofensiva do islamismo radical. Nunca fomos tantos.

Ouça-se Polly Toynbee, da British Humanist Association.

  • «Where once secularism and humanism were relics of a bygone religious age, its voice is important again. But pointing out the blindingly obvious need to keep faiths in their private sphere has united religious gunfire against secularists. All atheists now tend to be called “militant”, yet we seek to silence none, to burn no books, to stop no masses or Friday prayers, impose no laws, asking only free choice over sex and death. Religion deserves its say, but only proportional to its numbers. No privileges, no special protection against feeling offended.»

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

48 thoughts on “Protestar o Papa”
  • antoniofenando

    Fanáticos das mais diversas bandeiras ideológicas existem em todas as formas de pensamento. E as expressões são muitas vezes equívocas. Se ” laicismo” significa ” laicidade” dos estados concordo. Se significa militância proselitista no sentido de tornar as sociedades ateístas é simplesmente o direito à livre manifestação de opinião.O Hyde Park Corner também serve para todo o tipo de militância.E não apenas num único sentido…

  • Jacinto

    Ó Ricardo Alves, e então não havia um que ia prender o Papa logo que aterrasse em solo britânico? Coitaditos. Agora é já só umas manifestações. Ao Papa há-de lhe fazer grande “mossa” que se manifestem. Sabe Ricardo Alves, a Igreja aceita as opiniões contrárias, e as criticas. Vocês é que normalmente só vêem o vosso lado. Deixem-se disso. Gastam energias sem sucesso. Recordo que antes da visita do Santo Padre a POrtugal o mundo inteiro foi inundado das mais diversas notícias, de ofensas ao Santo Padre, de ameaças de julgamento e prisão. Recordo mesmo que esta onda com eco mundial se iniciou na Semana Santa e foi quase até ao Santo Padre chegar a POrtugal. O que é que vimos? Portugal e os portugueses responderam à chamada e receberam de braços abertos o santo Padre, em Lisboa, em Fátima e no POrto. Depois disso acabaram as notícias da pedofilia na Igreja, dos males que padecia a Igreja, etc. Agora, de novo, com menos intensidade, antes da visita do Santo Padre ao Reino Unido começaram a surgir aqui e ali algumas notícias. Veremos como o Santo Padre será recebido. Esperemos que bem e que de uma vez se calem vocês que cirurgicamente lançam notícias em determinados momentos para tentar destabilizar. A arrogância daqueles que anunciavam a prisão do Papa caiu por terra. Deus lá sabe…

  • rayssa gon

    mas é verdade mesmo. é só eu me dizer ateia, ter meu blog ateu lá, quietinho, que muitos evangelicos ja me vem com o dedo na cara dizendo que sou militante.

    oras, e eu deveria ficar calada?? é isso ??

  • JoaoC

    Devias. Ao menos não fazias figura triste…

  • JoaoC

    Tadinhos… Deixem lá o esgoto de manifestantes tentarem fazer-se ouvir…

    Todas as suas vozes juntam, mas os discursos raivosos dos ateus e falsos cristãos, não passam de um mio de um gato comparados com uma só frase da voz calma e serena do Santo Padre.

    Mas ainda não ganharam vergonha na cara… Isso passa com a idade 😉

  • MO

    Dúvida: Porque não se manifestam estas pessoas pela separação entre a Igreja e o Estado que está ainda para acontecer no Reino Unido?

    De resto, claro que têm direito ao protesto. Sociedades seculares são o ideal para que a voz da Igreja seja ouvida na sua independência e para que haja convicção por parte dos fiéis em vez de simples impulso para seguir a tradição. Quanto ao humanismo – como todos sabemos é um movimento que nasce da tradição cristã, através de figuras como Erasmo de Roterdão, e que agora perdeu as suas raízes. Este esquecimento da memória é uma fraqueza, retira-nos o chão debaixo dos pés, anula as referências. Para além disso, e isto é muito pessoal, como dizia Simone Weill: “O humanismo não está errado ao pensar que a verdade, a beleza, a liberdade, e a igualdade têm um valor infinito, mas ao pensar que o Homem pode chegar a eles por si próprio sem a graça divina.”

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    Caro MO:

    Levanta uma questão muito pertinente. Conhece alguma catilinária do Richard Dawkins e seus correlegionários ideológicos do movimento do novo ateísmo contra o facto de a Inglaterra não ser um país laico, onde a monarca reinante é simultâneamente chefe do estado inglês e da igreja anglicana ? Curiosamente, aqui no ” D.A.”, que eu me lembre, ainda não li nenhum texto sobre esta temática. Coincidência ou talvez não ?…

  • MO

    O único a falar sobre isso é o Christopher Hitchens – que está doente e por isso está ausente. Talvez porque viva nos EUA. Ou talvez não – sempre admirei a sua frontalidade, mesmo quando penso que afirma em vez de argumentar.

    Estudei e vivi em Inglaterra durante alguns anos. Faço parte de um grupo de investigação na Universidade de Oxford. Sei que Dawkins teria muito a perder se fosse por aí.

    Pax et bonum.

  • Anónimo

    Caríssimo Jacinto:

    Tornar maior a realidade ao escrever “Portugal e os portugueses responderam à chamada e receberam de braços abertos o santo Padre, em Lisboa, em Fátima e no POrto.” não corresponde à verdade.

    É certo que houve portugueses que deliberadamente decidiram participar nas iniciativas promovidas (em tempos de crise, até alguns receberam tolerância de ponto em detrimento de outros para o efeito…), mas não faça disso uma iniciativa massificadora de todo um país quando a própria Igreja Católica reconheceu a diminuição do número de participantes em relação a visitas de anteriores pontífices…

    Se o Jacinto procurasse ser mais assertivo nas informações que aqui repassa, modestamente reconheceria que a divulgação dos casos de abuso sexual por parte de membros do clero católico não tiveram um aumento exponencial em relação com as visitas papais, mas sim à medida que deles se tinham conhecimento…

    Para que a Igreja Católica não se sinta alvo privilegiado da comunicação social, este tipo de tratamento não é inédito, mas comum a casos desta natureza cujo conhecimento passa a ser do domínio público. Uma coisa parece correcta e inédita, isso é a posição da opinião pública que esperava outros comportamentos por parte da dita instituição, isso sim é que é particular…

  • Anónimo

    Caríssima rayssa gon:

    Muitos factores indicam que é na Internet que as religiões vão “morrer”, isto é, perder o predomínio que conheceram no passado…

    A capacidade de armazenamento, preservação e difusão de informação permite disponibilizar as enormes fragilidades de várias alegações sem fundamento comprovado, bem como a diversidade dos sentimentos e identificações individuais é reforçada através desta plataforma, situação que no nosso quotidiano ainda é difícil de assumir pois ainda há quem não o aceite.

    Se a rayssa gon decidir criar um blog para se expressar estará a beneficiar no tempo da sua vida de algo que nunca antes outros beneficiaram, de certo modo é um privilégio da nossa época que está ao alcance de cada um…

    Cumprimentos.

  • MO

    Facilmente se percebe a mansidão de Dawkins em relação à influente Igreja de Inglaterra. Basta lê-lo e ouvi-lo.

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    Grato pela sua informação. Conhece os debates travados entre o filósifo Antony Flew e Dawkins ? Tem conhecimento de que, após décadas de militância ateísta, Antony Flew passou a acreditar em Deus , na sua longa ” peregrinação da razão ” ?…

  • antoniofernando

    Mansidão ou hipocrisia e oportunismo ?…

  • antoniofernando

    Pois. Sempre estranhei o silenciamento ” cirúrgico” de Dawkins quanto à não plena laicidade do estado britânico. Provavelmente, isso ficou-se a dever à imposição tirânica dos seus genes egoístas… 🙂

  • MO

    Não conheço nenhum debate entre eles. Flew faleceu pouco depois dessa revelação.

    Flew foi um dos melhores filósofos da religião a argumentar pelo ateísmo (é leitura obrigatória para estudantes nesta área da filosofia e em teologia). Muitos crentes usam a história dele, mas ele tornou-se deísta – continuava a não acreditava em Deus, espírito pessoal. Ele deu algumas entrevistas e publicou um livro com outro autor. Por esses dois elementos, não é claro que ele estivesse na posse de todas as suas faculdades racionais no fim da sua vida. Pelo menos para mim.

    Pax et bonum,

  • Zeca-portuga

    Simplesmente 5*!

  • antoniofernando

    Não é não rayssa. Você nunca aqui foi insolente com nenhum companheiro de debate, não obstante usar do seu legítimo direito de crítica irónica e sarcástica. Aprecio sinceramente a sua presença aqui no “D.A.”. Quanto ao João C,, com os seus comentários constantemente descabelados e ofensivos é que não se cansa de fazer figura triste. Não ligue. Ele no fundo é um pobre Diabo…

  • antoniofernando

    Não é não rayssa. Você nunca aqui foi insolente com nenhum companheiro de debate, não obstante usar do seu legítimo direito de crítica irónica e sarcástica. Aprecio sinceramente a sua presença aqui no “D.A.”. Quanto ao João C,, com os seus comentários constantemente descabelados e ofensivos é que não se cansa de fazer figura triste. Não ligue. Ele no fundo é um pobre Diabo…

  • antoniofernando

    Caro Jovem 1983:

    Posso saber o que entende por ” religiões” ? Obrigado.

  • antoniofernando

    Caro Jovem 1983:

    Posso saber o que entende por ” religiões” ? Obrigado.

  • antoniofernando

    Caro MO

    Por mim,estou a gostar muito de ler Flew e não vejo no seu último livro nada que apouque as suas perfeitas faculdades intelectuais, bem pelo contrário…

  • antoniofernando

    Caro MO

    Por mim,estou a gostar muito de ler Flew e não vejo no seu último livro nada que apouque as suas perfeitas faculdades intelectuais, bem pelo contrário…

  • MO

    Pois… as suas posições nesse livro não são também defendidas como o fez no resto da sua carreira (acredito que o livro tenha sido mais escrito pelo outro autor). As entrevistas que vi (algumas estão no You Tube) mostram um homem muito frágil, hesitante, sem a agilidade do passado.

    Pax et bonum.

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    Entenda-se religião enquanto crença na existência de um poder sobre-humano e superior do qual o homem se considera dependente, adoptando um conjunto de preceitos, práticas e rituais de modo a manifestar essa crença.

    Esta ideia da perda de predomínio assenta precisamente pela capacidade de divulgação e revisão das diversas religiões, e o confronto das diferentes manifestações entre si, quer seja nos aspectos mais incólumes então defendidos, quer sejam naqueles que as críticas são mais cerradas.

    No fundo, possibilita uma maior depreensão da ideia da diversidade, que atenua as considerações de veracidade particularmente defendidas, tal como se podem facilmente verificar distintos e díspares comportamentos de vários homens que se definem como seguidores de uma determinada religião nas suas vidas, o que permite verificar que a religião em si não tem um carácter determinante acima de outros aspectos/condutas, bem como a Internet não permite o encontro e renovação ritual colectiva de determinada fé, visto que escapa aos preceitos, práticas e rituais religiosos.

    Cumprimentos.

    • antoniofernando

      Caro Jovem 1983:

      Grato pela sua resposta.Não tenho vocação para profeta e não consigo adivinhar o futuro. Já muitos tentaram mas normalmente enganaram-se.Se o mundo não acabar em 2012, como alguns arautos da desgraça apregoam, daqui por 20 anos terei o maior prazer em analisar se a sua profecia quanto ao suposto declínio das religiões irá ou não acontecer. Todos os caminhos são possíveis. Felizmente os homens não estão dependentes de nenhum determinismo impositivo, nem de nenhum Deus que decide por nós,e o Futuro será aquilo que toda a Humanidade quiser que seja. Por mim, bater-me-ei no sentido de que a religião seja a manifestação dos valores da espiritualidade, na senda do que apregoou Cristo e depois Francisco de Assis. Creia-me com a minha estima. Em 2030 a gente conversa… 🙂

  • MO

    Caro Jovem:

    Foi o “predomínio” que gerou o século XX com os seus totalitarismos: o mais sangrento de todos os séculos. O Homem como medida de todas as coisas, a autonomia de impor a sua vontade. Substituir Deus pela “humanidade”, e a espiritualidade pelo “humanismo”, é um acto de vaidade terrível – porque o que nos une é maior do que nós, transcende-nos. Somos de facto muito pequenos… (Mas podemos ser grandes se não resistirmos a Deus.)

    Penso que a Internet é um óptimo instrumento, facilita a circulação de informação e o debate de ideias. Pensa que isso acabará com a nossa espiritualidade (a sua expressão comunitário em religião). Talvez a fortaleça. Por exemplo, há menos gente nas Igrejas, mas quem lá está hoje, sabe melhor porque lá se encontra.

    Pax et bonum.

  • MO

    “espiritualidade (e a sua expressão comunitário em religião)”

    em vez de

    “espiritualidade (a sua expressão comunitário em religião)”

    Pax et bonum.

  • MO

    “espiritualidade (e a sua expressão comunitário em religião)”

    em vez de

    “espiritualidade (a sua expressão comunitário em religião)”

    Pax et bonum.

  • Carpinteiro

    «…voz calma e serena do Santo Padre…»

    Fiquei emocionado com tão profunda referência.
    Esqueceu-se porém de referir aquele doce e meigo olhar. Aquele ternurento sorriso… enfim.
    Confesso que nunca vi tanta Santidade numa pessoa só.

  • Anónimo

    Caríssimo MO:

    Perdoar-me-à mas não comentar a primeira parte do seu comentário porque, para o fazer, estaria a simplificar em poucas linhas uma realidade complexa e multifacetada, que deve ser enquadrada, caso a caso, e na sua articulação, em contextos particulares.

    A consideração de uma suposta entidade tida como divina numa posição cimeira, como sendo algo que determinaria outros “destinos” para a humanidade, ocupou e continua a ocupar o pensamento de muitos, e durante esse período, ou mesmo em alguns conflitos actuais, como sabe, não garantiu ou garante um factor determinante de união ou passividade (com isto não estou a desconsiderar quem encontra numa ideia de divindade um modo de vida pacífico com outras pessoas de credos diferentes ou sem credo algum…). Sobre o papel da Internet, concordo consigo relativamente ao seu potencial, e essa troca de ideias também é aproveitada entre crentes, certamente em alguns casos une-os para além da geografia, de um território específico, de uma comunidade particular, contudo, em muitas presenças que podemos encontra online, também são realçadas diferenças que necessitam de uma conciliam que actualmente muitas religiões não estão dispostas a assimilar…

    Cumprimentos.

  • Anónimo

    Caríssimo MO:

    Perdoar-me-à mas não comentar a primeira parte do seu comentário porque, para o fazer, estaria a simplificar em poucas linhas uma realidade complexa e multifacetada, que deve ser enquadrada, caso a caso, e na sua articulação, em contextos particulares.

    A consideração de uma suposta entidade tida como divina numa posição cimeira, como sendo algo que determinaria outros “destinos” para a humanidade, ocupou e continua a ocupar o pensamento de muitos, e durante esse período, ou mesmo em alguns conflitos actuais, como sabe, não garantiu ou garante um factor determinante de união ou passividade (com isto não estou a desconsiderar quem encontra numa ideia de divindade um modo de vida pacífico com outras pessoas de credos diferentes ou sem credo algum…). Sobre o papel da Internet, concordo consigo relativamente ao seu potencial, e essa troca de ideias também é aproveitada entre crentes, certamente em alguns casos une-os para além da geografia, de um território específico, de uma comunidade particular, contudo, em muitas presenças que podemos encontra online, também são realçadas diferenças que necessitam de uma conciliam que actualmente muitas religiões não estão dispostas a assimilar…

    Cumprimentos.

  • Anónimo

    Caríssimo MO:

    Perdoar-me-à mas não comentar a primeira parte do seu comentário porque, para o fazer, estaria a simplificar em poucas linhas uma realidade complexa e multifacetada, que deve ser enquadrada, caso a caso, e na sua articulação, em contextos particulares.

    A consideração de uma suposta entidade tida como divina numa posição cimeira, como sendo algo que determinaria outros “destinos” para a humanidade, ocupou e continua a ocupar o pensamento de muitos, e durante esse período, ou mesmo em alguns conflitos actuais, como sabe, não garantiu ou garante um factor determinante de união ou passividade (com isto não estou a desconsiderar quem encontra numa ideia de divindade um modo de vida pacífico com outras pessoas de credos diferentes ou sem credo algum…). Sobre o papel da Internet, concordo consigo relativamente ao seu potencial, e essa troca de ideias também é aproveitada entre crentes, certamente em alguns casos une-os para além da geografia, de um território específico, de uma comunidade particular, contudo, em muitas presenças que podemos encontra online, também são realçadas diferenças que necessitam de uma conciliam que actualmente muitas religiões não estão dispostas a assimilar…

    Cumprimentos.

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    Creio que não há ninguém com essa vocação, porém a consideração que avancei não é inédita, apenas recuperei algumas tendências e desenlaces ocorridos pela divulgação de ideias a partir de outros suportes (que também beneficiaram de uma crescente facilidade de produção, circulação e acesso), como o livro impresso.

    Foram vários os livros que, sobretudo, desde o Século XVIII contribuíram para acender e reacender debates em torno destes temas, e as potencialidades da Internet têm algumas similaridades que, talvez como disse, lá para 2030 se possa conhecer a sua real extensão e impacto, até lá cada um fará as suas escolhas, apenas resta saber com que consciência… 😉

    Cumprimentos.

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    Creio que não há ninguém com essa vocação, porém a consideração que avancei não é inédita, apenas recuperei algumas tendências e desenlaces ocorridos pela divulgação de ideias a partir de outros suportes (que também beneficiaram de uma crescente facilidade de produção, circulação e acesso), como o livro impresso.

    Foram vários os livros que, sobretudo, desde o Século XVIII contribuíram para acender e reacender debates em torno destes temas, e as potencialidades da Internet têm algumas similaridades que, talvez como disse, lá para 2030 se possa conhecer a sua real extensão e impacto, até lá cada um fará as suas escolhas, apenas resta saber com que consciência… 😉

    Cumprimentos.

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    Creio que não há ninguém com essa vocação, porém a consideração que avancei não é inédita, apenas recuperei algumas tendências e desenlaces ocorridos pela divulgação de ideias a partir de outros suportes (que também beneficiaram de uma crescente facilidade de produção, circulação e acesso), como o livro impresso.

    Foram vários os livros que, sobretudo, desde o Século XVIII contribuíram para acender e reacender debates em torno destes temas, e as potencialidades da Internet têm algumas similaridades que, talvez como disse, lá para 2030 se possa conhecer a sua real extensão e impacto, até lá cada um fará as suas escolhas, apenas resta saber com que consciência… 😉

    Cumprimentos.

  • Jacinto

    E graças a Deus ontém gostei de ver (na SKYNEWS claro, porque cá não passaram nada) as ruas da escócia cheias de gente de braços abertos a receber o Santo Padre. Apesar de ser um País não católico estavam 100.000 pessoas na missa (ainda por cima por questões de segurança teve que se pagar uma taxa). Se quer negar isto então vá ver a Sky NEws e a BBC. E se quer negar que em Portugal os portugueses na sua maioria receberam de braços abertos Bento XVI então negue. Há uma coisa na psicologia que se chamada estado de negação e eu parece-me que o Jovem 1983 está nessa fase.

    É pena é que em POrtugal alterem as notícias e coitados daqueles que não têm acesso à BBC ou SKY News e até à TVE 24h que têm dado uma boa cobertura.

  • Jacinto

    Reporteres da Sky News acabam de anunciar que a visita e adesão à visita do Papa excedeu todas as expectativas efelizmente que milhares de Ingleses responderam à chamada. E não só católicos dizia o raporter.

  • Antonioportorosa

    Perdoem-me a franqueza, mas atacar o catolicismo vai fortalecê-lo
    ainda mais.
    B16 não conversa nem com o povo dele, vai dar ouvidos
    a vocês ateus.

  • Anónimo

    Caríssimo Antonioportorosa:

    Pelo que tenho lido aqui não encontrei nenhum ataque ao catolicismo, ou a outra qualquer religião, mas sim críticas. Compreendo que seria do sentido deste último termo – crítica – o que pretendia sugerir certamente, mas convém fazer a distinção terminológica, pois o seu valor é claramente distinto, corresponde ao que se lê e atenua o espectro do confronto entre duas posições distintas e, muitas vezes, antagónicas….

    Qualquer tentativa de diálogo tem a ganhar com esta distinção…

    • Zeca-portuga

      Jovem:

      “Pelo que tenho lido aqui não encontrei nenhum ataque ao catolicismo”

      Você está a gozar com quem?
      Você quer fazer de toda a gente cega e palerma?
      Ou só você é que é cego?

      A única e exclusiva função deste blog é ser a (única) forma expedita de Tasca Ateísta de Lisboa atacar as religiões, muito em particular o catolicismo.
      E, se não fosse este blog, provavelmente ninguém sabia que existia uma associaçãozeca com esse nome, ou conhecia as taras e a estupidez dos seus membros.

      Note que, ou contrário do que o sr. Esperança pretende, ESTE BLOG (o blog colectivo de uma associaçãozita) É A VOZ E A POSIÇÃO OFICIAL DA AAP – para posições particulares cada membro da Tasca tem os seus blogs pessoais.

      Qual é a intenção deste blog senão atacar a religião, sobretudo o cataclismo? Qual?

      Divulgar o ateísmo não é, porque de ateísmo muito raramente se fala aqui. Desconfio, até, que os fanáticos deste blog nem sabem o que é o ateísmo, se não for a consultar a wiki! Aliás, o neo-ateísmo nem sequer é considerado internacionalmente “uma filosofia ateísta” mas um sectarismo fundamentalista.

      Os únicos posts e comentários (de ateus) que aqui aprecem, são a atacar o catolicismo, todos os crentes (a Igreja) pelo facto de serem crentes e o Vaticano – absolutamente mais nada.
      Não venha, portanto, com essa conversa insultuosa, de querer chamar criticas aos insultos que aqui aparecem escritos.
      Quando alguém vilipendia objectos, entidades ou actos de culto e adoração religiosa, não está a criticar nada mas sim a ofender, a atacar.

      Felizmente o numero de leitores destes blog e reduzidíssimo, e o número de acessos que aqui se contam correspondem (com algum exagero no numero apresentado) ás visitas de um pequeno grupo de pessoas – sempre os mesmos (alguns com vários nicks para parecerem muitos).

      Não queira chamar burro a ninguém, porque corre o risco de ser tratado de igual forma.

  • Anónimo

    Caríssimo Jacinto:

    Surpreende-me como alguém consegue fazer uma avaliação psicológica através da leitura de um comentário na Internet, mas enfim…

    Para que atenda ao que está escrito no mesmo, e não seleccione apenas o que lhe interessa para marcar o seu discurso e atender ao sentido da sua alegação, repare que escrevi que houve portugueses que deliberadamente acederam às iniciativas promovidas em Portugal, agora vamos a uma razão de escala: num país com cerca de 10.700.000 habitantes, qualquer coisa que esteja abaixo dos 5 milhões não se pode certamente considerar a maioria…

    Foi precisamente essa atenção que distingui no comentário anterior, quando você escreveu anteriormente, de forma deliberada, inconsciente ou propositada, uma informação claramente errónea: “Portugal e os portugueses responderam à chamada e receberam de braços abertos o santo Padre, em Lisboa, em Fátima e no POrto. “…

    O que dizer então da comparação entre 100.000 pessoas num país com 61.600.000 de habitantes…

    Sem ser presunçoso, eu não apelidaria esta atitude de negação, mas antes devida ponderação, lucidez e honestidade intelectual…

  • Anónimo

    Caríssimo Jacinto:

    Não me leve a mal, mas o que entende por “responder à chamada”? Ir à missa com vontade de cumprir os preceitos e rituais da cerimónia? Ir à missa para experimentar como é uma missa campal celebrada pelo papa? Estar no cortejo para acenar ao papa com sentimento de identificação? Estar no cortejo para tirar uma fotografia que marca a atitude “eu estive lá”? Estar no cortejo para protestar e criticar as posições da Igreja Católica relativamente a alguns assuntos? Estar a passar nas ruas de modo indiferente e acabar nas contabilizações que são feitas?

    Estas são apenas várias hipóteses que uma mera contagem superficial e generalizada não tem meios para captar/distinguir…

  • Anónimo

    Caríssimo Zeca-portuga:

    Não quis chamar burro a ninguém, essa foi exclusivamente a sua interpretação.

    Actualmente, como muitas outras palavras, Atacar e Criticar confundem-se actualmente, sobretudo devido à comunicação social (como em tantos outros casos mais…), assimilando significados que antes não possuíam.

    Atendendo que contra factos não há argumentos (claro, lógicos e racionais…), deixo-lhe aqui algumas entradas de um Dicionário de Língua Portuguesa de 1977, que peço que compare com os dicionários actuais para verificar as diferenças:
    Atacar: v. tr. fazer o ataque a; acometer; carregar; apertar a carga das peças de artilharia ou qualquer outra forma arma com vareta; ligar o atacador; fig. encher; refl. encher-se.”
    (…)
    Ataque: s. m. acto ou efeito de atacar; assalto; agressão; impugnação; acusação; manifestação súbita de uma doença; acesso (…)”
    «Atacar» e «Ataque» in COSTA, J. Almeida e MELO, A. Sampaio, Dicionário da Língua Portuguesa, 5ª Edição (muito corrigida e aumentada), Porto Editora Lda., Porto, 1977, p. 157.

    Criticar: v. tr. fazer a crítica de; censurar; dizer mal de; pôr defeitos a; parodiar; ridicularizar.”
    (…)
    Crítica: s. f. apreciação do valor intelectual, estético, moral, de obras humanas; juízo desfavorável; censura; maledicência (…)”
    «Criticar» e «Critica» in COSTA, J. Almeida e MELO, A. Sampaio, op. cit., p.395.

    Consegue identificar as diferenças?

    Sobre o que se escreve no Diário Ateísta, está claramente identificada a responsabilidade dos seus autores, os próprios assumem quando essa dúvida é apresentada, qualquer colaborador ou comentador é responsável pelo que escreve, pela opinião que têm ou pela posição que defende, sem atribuir por inércia a todos os outros descrentes, isso é uma ideia errónea que alguns pretendem repassar sem atender aos devidos esclarecimentos que são apresentados para o efeito na página principal do Diário Ateísta.

    Sobre os acessos e dimensão dos mesmos, comparativamente a outros espaços na Internet, abstenho-me a comentar porque não possuo os elementos necessários para fazer essa avaliação, bem como não conheço todos os outros espaços na Internet para estabelecer qualquer comparação, muito menos os elementos necessários para comparar! Atendendo a estes constrangimentos à seriedade e honestidade, prefiro não asseverar…

  • Zeca-portuga

    Embora eu considere a sua argumentação feita de má-fé e até burlesca, logo pouco merecedora de resposta, digo-lhe:

    – muito me custa aceitar que, por detrás desse capa intelectual, esteja alguém que não destrinça a semântica de cada palavra, num contesto muito objectivo;

    Ataque: s. m. acto ou efeito de atacar; assalto; agressão; impugnação; acusação…
    É que o ataque pressupõe violência propositada e premeditada. Aqui, no sentido mais corriqueiro do termo, significa:.
    ofensiva com instinto destrutivo; ofensa propositada e gratuita, investida contra; combate direccionado no sentido de agredir e destruir;

    – Ora, sabendo você (e muito bem) de que falamos e o sentido que é dado às palavras, a hipocrisia não joga a seu favor. Essa é apenas uma das atitudes medíocres e obtusas que mostram a verdadeira cor da capa de “vítimas da defesa da liberdade” que os ateístas vestem. Vestem, mas não lhes serve, Ficam figuras cómicas…;

    – Não sei porquê omite, mas você até sabe que a responsabilidade legal do conteúdo do blog é do proprietário (se há uma responsabilidade solidária, isso é outra coisa…)

    Não tenho paciência para chapejar no pântano da hipocrisia onde, como aqui se vê, cresce o lodo do neo-ateismo nazi, expiando a tristeza da desilusão provocada pelo fracasso do sanguinário comunismo ateísta.

  • Anónimo

    Caríssimo Zeca portuga:

    I) Consegue desvalorizar a aplicação do termo ”criticar’ – entenda-se, apreciação do valor intelectual, estético e moral de obras humanas; juízo desfavorável, se quiser, malidicência – nos textos apresentados em posts e comentários neste blog (tal como noutros…)? Contra factos não há argumentos, como escrevi, lógicos ou racionais…

    II) Eu sei, e acho que também deveria saber, que a adição de apreciações de propósito, premeditação, gratuitidade, combate, agressão, destruir, atacar, são resultado de uma avaliação pessoal e pessoalizada, que resulta da interpretação de cada um, neste caso de quem se sente ferido na sua sensibilidade. Para uns é isto, para outros é o reconhecimento de uma posição diferente perante determinada questão/assunto alvo da dita crítica, conforme os moldes delimitados anteriormente. As palavras têm poucos significados comparadas com as possíveis reacções dos indivíduos…

    III) Caro eu não faço qualquer omissão, há quem faça, eu não faço, nem verifiquei que o Diário Ateísta faça omissão em relação às responsabilidades individuais dos colaboradores e comentadores. Mas você sabe o que é um termo de responsabilidade, geralmente reconhecido na Internet como Disclaimer? Pois, é aquilo que encontra “escarrapachado” na homepage do Diário Ateísta para todos verem (e não só alguns…), e tem validade legal, pois elimina as dúvidas de substância que a sua ausência poderiam suscitar. Mesmo a responsabilidade solidária tem de ser assinalada, isto é, ratificada, pois senão entraríamos no mundo da perversão do “quem cala consente” como já li numa ilação de um comentador que passou por este espaço, e tem o seu blog, mas que já não o encontro aqui faz algum tempo…

    IV) Sobre a sua opinião, essa é a sua. É por essa que você é responsável, e, pessoalmente, a título individual, não partilho qualquer elemento da sua apreciação, muito menos avalizar a falta de preciosismo histórico e terminológico das suas asseverações ateias…

    Cumprimentos.

  • Zeca-portuga

    I) –aqui não há uma apreciação de valor, mas simples combate, puro “bota abaixo”, evidente vontade de destruir, ódio em cada palavra.
    Alias, vendo alguns vídeos do Sr., Esperança, percebe-se na forma como “ferra os dentes” ao falar, um ódio mortal a todos os crentes, pelo simples facto de serem crentes e ele não lhes poder fazer nada.
    Portanto, aqui não se critica, combate-se, ataca-se!

    II) – Não estou a fazer uma apreciação pessoal. Está ai tudo ao alcance da visa de quem por cá passa.
    Alias, há atitudes de verdadeiro terrorismo psicológico, e atitudes criminosas.
    Não menospreze o valor das palavras, nem a sua eficácia como armas de combate ou de simples arremesso.
    As palavras ferem, prejudicam, torturam… e até podem matar.

    III) A responsabilidade não se excluí por mera declaração formal, se a lei o não permite.
    Aqui, o sr. Esperança, por mais que se esforce, representa a Tasca e não a sua pessoa. Por mais que se mate a tentar esconder e provar o contrario, é evidente que ele administra e controla este espaço em nome da Tasca ateísta.
    Tal como expulsa quem não lhe agrada, é conivente com quem aplaude.

  • Luís Rego

    Amigos “ateus”:

    Hão-de perdoar-me a sinceridade… mais um sapo que engolem vivo. Ainda não vi qualquer manifestação contra o Papa… Deus vos ajude!…

    do vosso Irmão em Cristo,

    Luís Rego

  • Anónimo

    Caríssimo Luís Rego:

    Falou antes da visita terminar…

    Segue em baixo o link do post do Diário que está actualizado sobre as manifestações contra o papa (onde constam as fontes da informação…):
    http://www.ateismo.net/2010/09/18/milhares-de-manifestantes-contra-ratzinger/

    Deste seu irmão na natureza e espécie,

    “Jovem1983”.

    PS> Que nós todos saibamos ajudar-nos uns aos outros, crentes e descrentes, porque em relação a deuses, nem vê-los…

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