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Santos Papas

São mais de 300 páginas com centenas de histórias pouco santas sobre a vida sexual dos Papas da Igreja Católica. O livro do jornalista peruano Eric Frattini, recém-chegado às livrarias portuguesas e editado pela Bertrand, percorre, ao longo dos séculos, a intimidade secreta de papas e antipapas, mas não pretende causar “escândalo”. Apenas “promover uma reflexão sobre a necessária reforma da Igreja ao longo dos tempos”.

Alguns morreram assassinados pelos maridos das amantes em pleno acto sexual. Outros foram depostos do cargo, julgados pelas suas bizarrias sexuais e banidos da história da Igreja. Outros morreram com sífilis, como o Papa Júlio II, eleito em 1503, que ficou na história por ter inventado o primeiro bordel gay de que há memória.

Nos conventos rezava-se para que morresse. João XII era bissexual e obrigava jovens a ter sexo à frente de toda a gente. Gozava ao ver cães e burros atacar jovens prostitutas. Organizou um bordel e cometeu incesto com a meia-irmã de 14 anos. Raptava peregrinas no caminho para lugares sagrados e ordenou um bispo num estábulo. Quando um cardeal o recriminou, mandou-o castrar. Um grupo de prelados italianos, alemães e franceses julgaram-no por sodomia com a própria mãe e por ter um pacto com o diabo para ser seu representante na Terra. Foi considerado culpado de incesto e adultério e deposto do cargo, em 964. Foi assassinado – esfaqueado e à martelada – em pleno acto sexual pelo marido de uma das suas várias amantes.

* Ler aqui.

24 thoughts on “Santos Papas”
  • Jcduarte

    É caso para dizer que todos tiveram uma vida santa.
    Pouco antes de morrer arrependeram-se de tudo, pediram perdão ao senhor, rezaram vinte e cinco avé-marias e então morreram em paz.
    Foram ao encontro do criador e estão sentados no lado esquerdo do pai, esse mesmo lado onde, como é sabido, o pai é amputado e onde jamais se ouviu que alguém quisesse estar sentado.
    Paz ao senhor é o que desejamos, pois que, com esta companhia tudo pode acontecer, mesmo no reino dos céus.

  • Jcduarte

    Católica serve-se do Multibanco para sacar dinheiro ao pessoal:
    “É só carregar na tecla 2 em todos os campos a preencher no multibanco para fazer uma dádiva. Depois, no último passo, escolhe-se o valor a doar.”

    Ai o incómodo que a Ciência é mas dá-lhes tanto jeito.

  • Carpinteiro

    Caro Jcduarte, são insondáveis os desígnios do Senhor. Mas só os do Senhor.
    Os de esta camarilha conhecemo-los nós bem.

  • Carpinteiro

    «”É só carregar na tecla 2…»

    Por acaso também já havia reparado no facto. Todas as situações de miséria são um óptimo pretexto para atulhar os cofres do Vaticano.
    Há mais de um ano denunciei uma situação vergonhosa, que se mantém. Instituições da Igreja sem escrúpulos, vendem produtos alimentares que o Estado fornece para serem distribuídos gratuitamente pelos mais desfavorecidos. Acusaram a recepção da queixa, nunca me informaram do resultado. A situação mantém-se.
    – Venha a nós o vosso reino…

  • Laico

    Seria bom desmascarar esta situação e dizer onde se pratica este negócio sujo.
    Quem sabe se assim eles ganham vergonha e distribuem gratutitamente os alimentos pelos necessitados.

  • Laico

    Errata: saiu um T a mais, quis escrever “gratuitamente”

  • antoniofernando

    De santos estes papas não têm nada, De satânicos e perversos, tudo…

  • antoniofernando

    De santos estes papas não têm nada, De satânicos e perversos, tudo…

  • Rjb

    Se têm mesmo curiosidade em conhecer a Igreja Católica é fazer o favor de ler David Lodge, “Até onde se pode ir?” , escreve muito bem e sem o ódio subjacente ao Diário Ateísta e quejandos.

  • antoniofernando

    Caro Rjb:

    O livro de Eric Frattini não é relato fiel dos papas devassos e corruptos que também existiram ? Estes acontecimentos lamentáveis não fazem igualmente parte da Igreja Católica ? Não é essa obra um bom contributo para o conhecimento integral da ICAR em toda as suas vertentes ?…

  • anonimo

    O que é que é um ateu?
    Quem é um ateu?

    Um ateu não acredita em Deus? Ou um ateu é aquele que não acredita no Deus cristão?
    É porque não acreditar em Deus, ou noutra entidade/ser superior qualquer que ela seja, é não acreditar no Deus cristão, e no Deus judeu, e no Deus muçulmano (e aqui resumimos as 3 grandes religiões monoteístas), e nos deuses budistas e outras religiões orientais, nos deuses maiais, gregos, romanos, e toda e qualquer entidade divina de qualquer religião ou crença religiosa, incluindo as religiões ou sistemas de crenças animistas (exemplo: dos índios americanos, das tribos africanas, etc.).
    É que não acreditar em Deus, ou noutra entidade/ser superior qualquer que ela seja, é negar a existência do homem como ser espiritual (e não estou a confundir religiosidade com espiritualidade, mas estou a usar a palavra para significar o conceito a que pretendo aludir).

    Este site é, neste sentido, extremamente redutor.
    Fica a faltar efectivamente uma discussão de ideias, das ideias e crenças fundamentais da vida do ser humano. Uma discussão que respeita a diferença, em vez de se reduzir a um chorrilho de criticas mal amanhadas e com pouco fundamento e prova, e que ainda que fossem provadas e não simplesmente derivadas de um romance de ficção, essas críticas e realidades (ficcionadas ou verdadeiras) continuariam a não definir e a não comprovar a não existência de uma entidade superior.

    Como tal, e voltando àquilo que é verdadeiramente um diálogo de pessoas racionais, sérias e honestas, provem-me que Deus não existe.
    Não me cabe provar que uma realidade existe, cabe ao ateu honesto e que sabe respeitar o outro como ser humano tão digno como qualquer outro, provar a inexistência de um grande mistério na vida do ser humano.

  • anonimo

    só mais uma nota:
    se não há deus, deuses ou seres superiores…
    também não há: santos, diabos (donde diabólico não existe), espiritos, não há poderes de mediums, nem de bruxas, nem de bruxos, nem de tarots, nem de bolas de cristal… e todos esses não passam de charlatões.

    estava aqui a pensar nos 10% do ordenado que algumas assim chamadas seitas continuar a usurpar dos seus fieis seguidores, em troca de curas milagrosas que são inventadas à porta de pretensos templos.

  • antoniofernando

    Sou crente e cristão, mas considero absurda a discussão àcerca das provas da existência ou inexistência de Deus.No limite da crença teísta está sempre a convicção íntima de que Deus existe. Mas essa fé não está sujeita a demonstração de prova. Seja como for, se fosse legítimo equacionar a demonstração da existência de Deus, o ónus da prova estaria sempre do lado daqueles que afirmam o Criador, não dos ateus…

  • antoniofernando

    Sou crente e cristão, mas considero absurda a discussão àcerca das provas da existência ou inexistência de Deus.No limite da crença teísta está sempre a convicção íntima de que Deus existe. Mas essa fé não está sujeita a demonstração de prova. Seja como for, se fosse legítimo equacionar a demonstração da existência de Deus, o ónus da prova estaria sempre do lado daqueles que afirmam o Criador, não dos ateus…

  • Zeca-portuga

    Sabe v. Exa. que se trata de uma obra de ficção, de uma “história” romanceada, cuja credibilidade e rigor nada tem a ver com a realidade. Aliás, vem juntar-se a inúmeras já existente no mercado, cujo tema é o mesmo.

    Tem o mesmo rigor do livro que trata do caso do suposto “assassinato” de João Paulo I – a verdadeira história!!!!!!!

    Se o dito prosador gostasse de fazer o perfil de maior parte dos assassinos dos Papas, seria um boa ocasião de perceber a artimanha e os actos violentos dos ateístas… mas disso não reza a historieta.

    • antoniofernando

      Podias ao menos ter sentido do ridículo.Mas quando se trata de negacionismo histórico há aqueles que tudo dizem de acordo com as suas conveniências. Pior do que tu só mesmo o Bill taliban, mas se queres competir com ele não te gabo o gosto…

  • Carpinteiro

    A máquina está bem oleada e tudo rola sobre rodas.
    O esquema consiste no seguinte:
    O governo através do fundo do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social entrega bens alimentares de vária ordem para serem distribuídos pela chamada camada mais pobre da população. Como é sabido, presentemente, os centros paroquiais controlados pela Igreja, substituem-se ao Estado na prestação de todo o tipo de serviços sociais:
    Centro de dia, lares de terceira idade e apoio ao idoso, jardins de infância, apoio domiciliário, e até fornecimento de refeições ao domicílio, o que tornou a Igreja no maior empregador deste país. Ora é nestes serviços que o esquema está montado. Os alimentos em vez de serem distribuídos pelos desfavorecidos, entram no circuito dos organismos e serviços que a Igreja controla, e acabam a serem vendidos a esses mesmos “desfavorecidos” a quem os bens se destinavam.
    Não é por acaso que as refeições fornecidas por estes organismos raramente contemplam verduras, ovos ou outros bens de consumo imediato, mas são essencialmente à base de massas, arroz, sobremesas de cremes, queijos, etc. ou seja; bens que o Estado e as pessoas doam para serem distribuídos gratuitamente pelos mais desfavorecidos, mas que grande parte deles acabam a serem vendidos sub-repticiamente pela Igreja nos organismos por esta controlados. O mais incrível é que estes alimentos têm escrito na embalagem a letras enormes de cor vermelha em maiúsculas – VENDA PROIBIDA – mas nem isso os demove. A ganância fala mais alto! Ultimamente mudaram de táctica, em vez de mandarem a embalagem denunciadora, retiram o conteúdo da embalagem original e enviam nas refeições à mesma.
    O esquema está bem montado e ninguém lhes vai à mão. Nestes organismos trabalham essencialmente mulheres muitas das vezes mães solteiras ou divorciadas que se sujeitam a trabalhar com vencimentos muito a baixo da média, com cargas horárias acrescidas sem direito ao pagamento de horas extraordinárias, onde os sindicatos não conseguem entrar com a certeza de que se se atrevem a denunciar as condições de trabalho a que são sujeitas, vão para o olho da rua, com todas as consequências que daí isso acarreta. Nem os sindicatos conseguem penetrar nestes organismos.

  • Jcduarte

    A questão da prova não faz qualquer sentido a partitr do momento em que, aos crentes, basta acreditar para todo o absurdo ser possível.

    Sendo assim até podem acreditar no pai natal, aquele gordo das prendas, não o da coca-cola. Acreditam ou não que existe?

  • Jcduarte

    Calma lá que o dizimo está na biblia e essas supostas seitas só se aproveitam da necessidade aberrantes das pessoas crentes.

    A católica quando se juntou e por vezes se sobrepôs ao Estado encontrou outras fontes de rendimento bem mais lucrativas que o dizimo. Agora critica e é esse o cinismo.

  • MO

    Caro Zeca:

    Presumo que seja Católico. Não é próprio da grande tradição intelectual da Igreja negar os factos, enterrar a cabeça na areia. Houve Papas que se comportaram da pior maneira. Se foram ou não maus Papas é outra questão – porque o facto é que o depósito de fé foi transmitido apesar de toda a imoralidade e nunca esses Papas distorceram a doutrina para justificarem os seus actos. Podem ser acusados de hipocrisia (o que é lamentável), mas não de corrupção da doutrina.

    Como cristão deve saber isto com certeza: o pecado nunca é uma surpresa, fora ou dentro da Igreja. Pelo contrário.

    Pax et bonum.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA

    antoniofernando será este livro uma referencia historica ou uma obra expeculatoria e difamadora?

  • Zeca-portuga

    Não é próprio da grande tradição intelectual da Igreja negar os factos, enterrar a cabeça na areia.
    Houve Papas que se comportaram da pior maneira.

    Ora aí está o cerne da questão.
    Negar (ou distorcer) factos para deles tirar proveito, independente da legalidade do acto, representa a pior falta de carácter. Aqui estão (no resumo que vimos), alguns factos que não são, de longe nem de perto, verídicos.
    A Igreja não tem que se envergonhar por ter Papas que a defenderem usando uma dureza extrema – tem até que se engrandecer e vangloriar com isso.
    A função de um grande líder é defender – por todos os meios e com todas as armas – o povo que lidera. Enquanto o Papa fizer isso, terá o eu apoio.
    No dia em que trair o seu povo – a Igreja -, cedendo ou alinhando com bandidos sectários/fundamentalistas e dementes como os neo-ateistas, ou dando razão a estúpidos indecentes, como o palerma do Dawkins e do americano que, felizmente, está a beira do precipício final, não contará comigo.

    “Houveram papas que se portaram da pior maneira”? Não sei se doutra maneira seriam melhores ou piores, até porque, aquilo que, alegadamente, fizeram é banalmente comum entre todos os reinantes da época.
    È não as foram as grotescas brutalidades dos grandes lideres dessas tempos que os tornaram menos importantes para os eu povo, menos heróis ou menos dignos de figura nos anais da História. Dos fracos não se encarrega a história.
    Isso passou-se em todos os tronos do mundo, independente da religião ou falta dela.

    Portanto, nem sequer é assunto que me interesse nesse aspecto.
    Aliás, se algum jornalista, como este, quiser escrever um livros com as façanhas dos reis de Portugal, da Espanha ou das ilhas britânicas, terá iguais assuntos a relatar. O problema é faze-lo com rigor, veracidade factual e contextualização correcta.

    Fora disso, e usando meias verdades pra atingir fins predeterminados, é imbecilidade e estupidez!

    È comum a todos os ateístas (mesmo os que tentam disfarçar-se de agnósticos ou que se dizem intelectuais isentos) usar a “coscuvilhice de comadres”, apenas para “dizer mal” de alguém.
    Mente-se, grosseira e deliberadamente, neste blog, esperando que uma mentira repetida até a exaustão se torne numa verdade, por decantação.

    Mas, ninguém de bom-senso (e que não tenha problemas mentais graves) acredita ou dá préstimo às alegações das “comadres coscuvilheiras”, como estas que aqui vemos ou aquelas que exploram os seus vícios.
    Há por aí uns “escritores” que têm visto nestas “comadres coscuvilheiras” um público fiel, que, por ignorância ou demência, não separam factos de “fitas”.

  • MO

    Caro Zeca:

    A Igreja não tem que se envergonhar por ter Papas que a defenderem usando uma dureza extrema – tem até que se engrandecer e vangloriar com isso.
    A função de um grande líder é defender – por todos os meios e com todas as armas – o povo que lidera. Enquanto o Papa fizer isso, terá o eu apoio.

    Falando-lhe como religioso, o seu cristianismo é ‘sui generis’. Não é certamente o de Jesus Cristo (e portanto não é o que ALIMENTA a sua Igreja). Releia a captura de Jesus no Monte das Oliveiras em S. Lucas – veja a impulsividade de Pedro (que seria o 1º Papa – mas alguns Papas não aprenderam com este episódio…), veja o modo como Jesus o pára e emenda o acção de Pedro. Jesus dispôs-se a morrer, não a matar, por amor à verdade (a Deus). Os primeiros cristãos perceberam bem isso quando foram perseguidos e se tornaram mártires – S. Pedro foi um deles. É preciso ouvir outra vez esse amor e através dele ouvir Jesus.

    Pax et bonum.

  • Zeca-portuga

    Caro Mo:
    Não lhe adianta ser sério com gente que nunca foi ou será séria.
    Cumpra sempre com quem nunca cumprirá e acabará também crucificado. Sou contra a ideia, que pleos vistos defende, de que: “são cristãos, portanto podemos malhar-lhes em cima porque eles levam e não refilam!”
    Esse tem sido o mal de todas as religiões. E, sõ se safam as que reagem.

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