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  • 14 de Setembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

A igreja católica é ferozmente anti-semita

Na Polónia católica, na Hungria e Eslováquia, predominantemente católicas, o anti-semitismo, proibido pelos regimes comunistas, reapareceu no domínio público e a ICAR (igreja católica apostólica, romana) é o instrumento desse desvario, suportado no Novo Testamento, esquecida da sua cumplicidade na eliminação dos judeus pelo nazi-fascismo. O mesmo se aplica aos protestantes de diversas Igrejas.

É possível combater o racismo e o ódio que bolça um livro fascista e impossível usar os mesmos critérios para o livro que centenas de milhões de crentes atribuem a Deus. Nuns casos é crime, noutros revelação divina.

O direito que a ICAR se atribui, aliás imposição, de evangelizar todos os homens e a convicção de que fora dela não há salvação, tem levado os seus sequazes a tentarem evangelizar o planeta. A política imperialista do Vaticano é, ainda hoje, seguida pelo último ditador europeu que dispõe de um Estado – o papa –, e a aplica com recurso à intriga, suborno e chantagem sob o manto da diplomacia.

Segundo a jurisprudência de Nuremberga «a pertença voluntária a uma organização criminosa é, em si mesma, um crime», culpa jurídica que ninguém se atreve a formular contra uma religião.

Os Evangelhos foram escritos algumas décadas depois da morte de Jesus e reflectem o racismo e preconceitos que alimentavam a rivalidade com o judaísmo, no fim do séc. I, quando a separação estava consumada por Paulo de Tarso.

Querem os cristãos renunciar ao livro que julgam revelado por Deus ou manter-se fiéis, insistindo em acusar os judeus? Esse é o dilema de crentes para quem o anti-semitismo não é acessório, mas fundamental, e não pode ser expurgado, sob pena de deixarem o seu Deus mal colocado.

O Novo Testamento atribui aos judeus a morte do filho de Deus e aceita que os cristãos os difamem e persigam. Está aí a base do anti-semitismo cristão, plagiado por Maomé, tal como na Tora se encontra a justificação para o sionismo que os judeus de trancinhas cultivam. Sempre a violência religiosa.

36 thoughts on “A igreja católica é ferozmente anti-semita”
  • Lefebvre

    ‘Oremus et pro perfidis Judaeis’

  • antoniofernando

    “O Novo Testamento atribui aos judeus a morte do filho de Deus e aceita que os cristãos os difamem e persigam”

    Ás vezes penso que você, Carlos Esperança, tem momentos de lucidez intelectual e outros de exacerbada esquizofrenia mental. Infelizmente, este é um deles.

    Ai sim, o Novo Testamento atribui aos judeus a morte do filho de Deus ? Em que partes pode.se saber ?…

    E em que pontos os Evangelhos aceita que os cristãos difamem e persigam os judeus ?

    Ao que isto chegou…

  • Lefebvre

    Antonio…
    Os judeus são os “Eterno$ Coitadinho$”…. Oh.. “Pobrezinho$”….

  • MO

    Sejamos racionais. Se os cristãos são “ferozmente anti-semitas” então são ferozmente anti-Jesus, que era judeu. O que os Evangelhos explicam é que ouve alguns religiosos judeus que se incomodaram muito com a mensagem de Jesus (e já agora com as suas tiradas nas sinagogas) e que estes homens poderosos tiveram um papel importante na sua condenação. Mais nada.

    Pax et bonum.

  • Molochbaal

    Evidentemente que foram os judeus que mataram cristo. Não os judeus no aspecto racial, que cristo também era judeu, mas no sentido dos judeus que se mantiveram fièis à tradição e não aceitaram a reforma do judaísmo que cristo iniciou. Isto nada tem de extraordinário. Na antiguidade os judeus matavam-ve uns aos outros em lutas de seitas com uma facilidade extraordinária. O próprio sectarismo natural no monoteísmo os impelia a isso. Cada um tinha a “sua” interpretação do seus “único” que, naturalmente, recusava todas as outras interpretações. Numa época em que se pretendia a conformidade de toda a sociedade à ideia religiosa, custasse o que custasse, o resultado natural eram as guerras entre seitas. O cristianismo passou toda a sua história metido em guerras semelhantes.

    Quanto aos judeus, a descrição da tomada de jerusalém pelas legiões de Tito é paradigmatica. Os legionários, com uma superioridade ofensiva esmagadora entravam na cidade, prontos para o massacre, enquanto os defensores, adiantando o serviço SE MASSACRAVAM UNS AOS OUTROS. Isto é histórico.

    Dizer que o antigo testamento é sanguinário, o que é verdade, mas depois fazer dos judeus umas eternas vitímas, incapazes de tocar no cabelo de um profeta dissidente, QUANDO AQUELA DISSIDÊNCIA ESPECÍFICA ERA CLARAMENTE PUNIDA PELO MORTE NA LEI JUDAICA (!!!!!!!!) é no mínimo hipocrisia.

  • antoniofernando

    Perfeito MO. E,pelos vistos, agora o Carlos Esperança já não põe em dúvida a existência histórica de Jesus. É conforme o dia em que acorda virado. Afinal, apologista do que ontem era falso hoje já passou a ser verdade, conforme lhe dá na veneta…

  • antoniofernando

    Chegou o pide de serviço dos talibans…

  • Carlos Esperança

    Os quatro Evangelhos (Marcos, Lucas, Mateus e João) e os Actos dos Apóstolos têm, na contabilidade de Daniel Jonah Goldhagen (in A Igreja católica e o Holocausto) cerca de 450 versículos explicitamente anti-semitas, «mais de dois por cada página da edição oficial católica da Bíblia».

    António Fernando:

    De uma conferência que fiz sobre o ateísmo, na BMRR, em Lisboa:

    O nazismo, sendo um fenómeno de natureza secular, não teria levado tão longe a sua loucura genocida se o cristianismo (católicos e protestantes) não tivesse envenenado os crentes com as concepções anti-semitas que os moldaram. Quando o Terceiro Reich iniciou a vasta e metódica aniquilação dos judeus logo surgiram progroms anti-semitas na Polónia, Roménia, Hungria, Áustria, Checoslováquia, Croácia e outros países. Mas já em 1919, por exemplo, tinham sido mortos 60 mil judeus só na Ucrânia e o nazismo estava longe de ser a religião oficial do Terceiro Reich. Isto para não recordar o carácter anti-semita do concílio de Trento e da Inquisição. De algum modo os nazis foram agentes da teologia cristã para a qual os judeus são ainda piores do que simples hereges; são hereges que repudiam explicitamente a divindade de Jesus e foram autores do deicídio. O próprio Hitler, ao usar a expressão «ninho de víboras», para os judeus, tanto a pode ter ido buscar directamente ao Evangelho de Mateus (3:7) ou a Lutero, que decerto a bebeu aí, mas o anti-semitismo não pode ser alheio à educação católica que recebeu.

    Perseguições aos judeus em Espanha com os ataques às judiarias (Toledo, 1355, 12 mil mortos; Palma de Maiorca, 1391, 50 mil mortos; Sevilha, 1391, etc.; com a Inquisição (1478) milhares deles procuraram refúgio em Portugal. Outros, por medo, deixaram-se converter ao catolicismo. Uma perseguição tão cruel levou as judiarias espanholas à miséria, até que em 1492 foi declarada a expulsão dos judeus da Espanha.
    Em Portugal, o anti-judaísmo provocou a revolta popular contra os cristãos-novos e os judeus ocorrida em Abril de 1506 – o infame Progrom de Lisboa. A superstição agravou o medo da peste que grassava na cidade e as dúvidas de um judeu em relação ao suposto milagre desencadeou uma onda de ódio, estimulada por um frade, que perseguiu, matou espancou e arrastou semi-vivos para as fogueiras que logo se acenderam na Ribeira e no Rossio – um massacre de 4 mil judeus, enquanto dois frades, o português João Mocho e o aragonês Bernardo, um com uma cruz e o outro com um crucifixo erguido, bradavam: Heresia! Heresia!, atiçando o ódio.

  • MO

    Caro Carlos,

    Não use segundas fontes. Daniel diz que os Evangelhos e o Actos têm “450 versículos explicitamente anti-semitas”. Diga-me onde.

    A mesma questão regressa de tempos a tempos. É óbvio que podem haver pessoas que se dizem cristãs e que são ou foram anti-semitas. A única coisa em relação à qual um cristão é anti- é o pecado. E é um pecado ser anti-semita ou ser anti-qualquer outro grupo – porque esse não é um acto de amor.

    Pax et bonum.

  • MO

    Além disso, deixe-me que lhe diga que o excerto que apresenta é exemplar do modo como alguns ateus argumentam. O que resulta é um argumento fraco para quem seja minimamente curioso.

    Junta-se uma série de acontecimentos e números, sem contexto nem detalhe, e diz-se que isso prova que o Cristianismo é “tal”. Essa desonestidade e selectividade é desde logo ultrapassado porque quem queira investigar – por exemplo, chegando à conclusão que muitos judeus foram escondidos e salvos por Bispos, Padres e Frades e Freiras. Isto conduz à pergunta que os ateus evitam quase sempre: quem estava a seguir o Evangelho?

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    Carlos Esperança:

    Ponto 1: Já aqui no “D.A.” você pôs em causa a existência histórica de Jesus Cristo. Agora mudou de ideias, foi ? Encontrou fontes históricas credíveis ? Ou anda a brincar com assuntos sérios, ao sabor dos seus humores ?

    Ponto 2: Você não cita nem uma única passagem dos Evangelhos que permita concluir no sentido das asserções que invocou,que verbero por não corresponderem minimamente à verdade do NT e constituírem uma sua ostensiva manipulação;

    Ponto 3: Já tinha lido aqui outros comentadores, bem severos consigo,pondo em causa a idoneidade do seu carácter, mas sempre lhe concedi o benefício da dúvida.Porém, agora, perante esta grosseira mistificação e ataque repulsivo à verdade dos Evangelhos, nos pontos que você, lamentavelmente, distorce, sem o menor pudor pelo respeito que lhe é devida, não conte mais com a minha confiança na integridade da sua pessoa…

  • antoniofernando

    Bela lição de Cristianismo…

  • antoniofernando

    “Somente a Igreja ousou opor-se à campanha de Hitler de suprimir a verdade. Nunca tive um interesse especial pela Igreja antes, mas agora sinto um grande afecto e admiração porque somente a Igreja teve a coragem e a força constante de estar da parte da verdade intelectual e da liberdade moral”

    Albert Einstein

  • JoaoC

    O que só mostra a falta de seriedade que caracteriza esse senhor…

  • JoaoC

    Das raras vezes que concordo consigo….

  • Lefebvre

    chegou a meretriz dos judeus

  • Carlos Esperança

    António Fernando:

    1 – Quanto à existência de Cristo parece haver provas dos 3 últimos anos embora haja quem duvide da sua existência;

    2 – O próprio Hitler, ao usar a expressão «ninho de víboras», para os judeus, tanto a pode ter ido buscar directamente ao Evangelho de Mateus (3:7) ou a Lutero, que decerto a bebeu aí, mas o anti-semitismo não pode ser alheio à educação católica que recebeu.

    3 – Quanto ao carácter, António Fernando, não faço juízos de valor sobre o dos outros mas deixo-lhe(s) a liberdade de o fazer(em) sobre o meu.

    Ateo gratias.

  • MO

    Caro Carlos,

    Já que os ateus gostam tanto da razão e do estudo…

    No contexto do Evangelho Segundo São Mateus, “raça de víboras” (veja lá, ainda é pior!) é uma descrição não dos judeus, mas de dois grupos específicos de judeus, os fariseus (observadores zelosos da Lei transmitida oralmente pela tradição) e os saduceus (sacerdotes que respeitavam apenas a Lei escrita e que tinhma grande influência política).

    Para além disso, quem o diz não é Jesus, mas o desbocado João Baptista, conhecido pela sua incontinência verbal.

    É preciso saber ler. É preciso amar a verdade.

    Pax et bonum.

  • antoniofernando

    Carlos Esperança:

    1- Já demonstrei que não sou sectário. Critico quando entendo que devo criticar e enalteço quando julgo dever fazê-lo. Nunca ninguém me viu aqui a alinhar ideologicamente pelos crentes só pelo facto de eu o ser. Louvei sempre as posturas civilizadas de todos os que aqui se comportaram civilizadamente, independentemente das suas crenças ou descrenças: MO, Ludwig Krippahl, Jovem 1983, Rui Cascão e Carlos Esperança, sempre que os seus textos não enfermavam do carácter ligeiro, preconceituoso e panfletário a que quase permanentemente se tentava;

    2- Você não cita uma única passagem dos Evangelhos que lhe permita asseverar e perguntar

    a ) “Os Evangelhos foram escritos algumas décadas depois da morte de Jesus e reflectem o racismo e preconceitos que alimentavam a rivalidade com o judaísmo”

    b ) “Querem os cristãos renunciar ao livro que julgam revelado por Deus ou manter-se fiéis, insistindo em acusar os judeus? Esse é o dilema de crentes para quem o anti-semitismo não é acessório, mas fundamental, e não pode ser expurgado, sob pena de deixarem o seu Deus mal colocado.”

    c) “O Novo Testamento atribui aos judeus a morte do filho de Deus e aceita que os cristãos os difamem e persigam”

    Isto é totalmente gratuito e descabelado. Você ultrapassou todas as marcas da decência. Isto não é debate intelectualmente sério, mas cuspir à toa sobre o Cristianismo. Nunca pensei que você descesse tão baixo…

    3- Sou dos que considera que a essência da Doutrina de Cristo é intrinsecamente progressista. Se dúvidas houvesse, o exemplo literal ou simbólico da multiplicação dos peixes e dos pães por todos os que necessitavam de alimento, mostra que, também no domínio da realidade temporal e social, Cristo sempre evocou consequentemente os maiores e melhores valores do altruísmo humano e da justa repartição dos bens. Mas você nada disto vê nem se apercebe. Pelos vistos, gosta objectivamente de fazer o jogo da reacção…

    4- Quanto a questões de carácter, deixe-se de falsos pudores e agora de falinhas mansas. Você não tem feito outra coisa senão julgar tudo e todos os que acha merecedores da sua acrimónia ou do seu julgamento. Ao menos uma vez assuma-se pela verdade.Não seja cínico…

  • antoniofernando

    Deviam era lapidar-te para verem se perdias a mania de que és taliban, ó cretino…

  • Carlos Esperança

    Em relação à possível existência de Jesus, não é bem assim, mas adiante.

    O António Fernando não rezou pelos «pérfidos judeus».

    Pense só por que razão os judeus foram sempre perseguidos pela Igreja católica.

    E, mudando de assunto, por que motivo o comunismo foi excomungado e o nazismo nunca.

  • Carlos Esperança

    António Fernando:

    Está a exceder-se. O anti-semitismo do cristianismo é um dado adquirido. Peço-lhe que volte a ler o N. T. Como justificaria, aliás, que o Vaticano cometesse todas as barbaridades contra os judeus? E porque não reconhecia Israel?

    Basta a oração das sextas-feiras, que parece voltar, para mostrar o anti-semitismo.

    Os fascistas de Monsenhor Lefebvre que o actual papa desexcomungou e que são negacionistas não lhe dizem nada?

    O facto de ser culto e civilizado não o impede de não ver a realidade.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA

    A Santa Igreja Católica é anti anti-semita.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA

    Estamos no ano 2010 depois de Jesus Cristo, Em Portugal, no Japão, em paises maioritáriamente mulçumanos, etc, etc, etc…

  • pedro

    -|- -|-
    M MA

    Quando a existencia de Dom Afonso Henrriques parece haver provas…

  • MO

    Caro Carlos,

    Porquê juntar pedaços, fazer suposições? Porque não procurar, ler? Sabia que o que diz vai contra o que grande parte da comunidade religiosa judaica diz?

    É preciso de facto ler o NT, mas lê-lo bem, com dedicação. “Pilatos redigiu um letreiro e mandou pô-lo sobre a cruz. Dizia: ‘Jesus Nazareno, Rei dos Judeus’. Este letreiro foi lido por muitos judeus, porque o lugar onde Jesus tinha crucificado era perto da cidade e o letreiro estava escrito em hebraico, em latim e em grego.” (Jo 19:19-20). Percebe o absurdo do que está a defender? Que a Igreja, que foi fundada por um judeu, é ferozmente e necessariamente anti-semita? Pense um pouco.

    Já agora deixo aqui um texto sobre o anti-semitismo da Pontífica Comissão para as Relações com o Judaísmo: “Anti-Semitismo: Uma Ferida a Curar”. Aconselho a leitura.

    Pax et bonum.

  • MO

    Caro Carlos,

    “Basta a oração das sextas-feiras, que parece voltar, para mostrar o anti-semitismo.”

    Bastará? A primeira parte da oração que referiu é esta: “Oremos pelos pérfidos judeus: que Nosso Deus e Senhor remova o véu que cobre os seus corações, a fim de que eles aceitem a luz de Sua verdade que é Nosso Senhor Jesus Cristo e saiam das trevas em que se encontram”. Baseia-se na 2ª Carta aos Coríntios 3:13-16, mas não as palavras iniciais. “Pérfidos” quer dizer ‘sem fé’. Apenas. A segunda parte da oração deixa bem claro que esta é uma oração de petição pelos judeus que não acreditam em Jesus. Nem sequer se refere aos judeus de hoje (ou de qualquer tempo em que já foi dita), mas aos que o rejeitaram (e sobretudo aos que estiveram envolvidos na sua morte).

    Trata-se uma oração de caridade, caso não tenha percebido. Reflecte o “Perdoai-lhe Pai, porque não sabem o que fazem” de Jesus. Pode-me dizer que por vezes não foi entendida assim por alguns grupos e que fez vir ao de cima o contrário: a crueldade. Certamente – e há registos disso. Mas aquilo que alguém faz com uma coisa, o modo como a distorce, não muda a verdade. E este é, de facto, o sentido da oração – a começar no texto original de S. Paulo.

    Pax et bonum.

  • MO

    Clarificando:

    No contexto da oração “pérfido” nunca quis dizer ‘traidor’, mas ‘sem fé’. Indo ao latim original isso torna-se claro.

    Pax et bonum.

  • Carlos Esperança

    Cada um interpreta como lhe convém! É a vida.

  • Carlos Esperança

    Donde terá vindo a demência da perseguição, António Fernando? O que terá impelido os pios Reis católicos?

    Aproveito para o informar de que não foi Cristo que fundou a seita, foi Paulo de Tarso. E não teria sobrevivido sem a violência de Constantino e a necessidade de preservação do Império Romano.

  • MO

    Caro Carlos,

    Argumentei. Responde-me (em vez de argumentar): “Cada um interpreta como lhe convém!” É este o exemplo do amor ao pensamento racional e à verdade que os ateus proclamam?

    E já agora digo-lhe que a ideia de que a Igreja foi “fundada” por S. Paulo não é verdade. É o próprio que fala da Igreja como o corpo místico de Cristo. E é Jesus que declara o nascimento da Igreja, que não é mais do que a assembleia (ecclesia) dos fiéis. Vale a pena ler os documentos e considerar os registos históricos. Não é esse o registo que temos através do NT, dos primeiros documentos dos Padres da Igrejas, e de outros textos da época. A Igreja foi sobrevivendo no Império Romano com Imperadores sucessivos a decretarem perseguições oficiais aos cristãos e outros a voltar atrás. Quando Constantino apareceu já os cristãos eram em grande número, em particular no Oriente. A verdade é que a Igreja já era romana muito antes de se ter tornado a religião do Império. Porquê? Porque ela não é romana por causa do Império, mas por causa da cidade. Por uma questão política e territorial, três “dioceses” se tornaram mais centrais, chamando a si a autoridade de resolver os problemas da igrejas cristãs nas zonas adjacentes: Roma, Antioquia e Alexandria. De todas estas, Roma teve sempre primazia exactamente porque era a “Sé” de S. Paulo e S. Pedro, o primeiro líder da Igreja.

    Pax et bonum.

  • MO

    Caro Carlos,

    “E, mudando de assunto, por que motivo o comunismo foi excomungado e o nazismo nunca.”

    Não se excomunga uma ideologia, mas esta pode ser contrária à doutrina cristã – as pessoas é que podem colocar-se fora da comunhão da Igreja e por isso accionam a formalização da excomunhão. Estas duas ideologias são contrárias à doutrina da Igreja porque são totalitárias. O Regime Nazi começou por ser um governo democraticamente eleito. Era difícil de imaginar que se iria tornar no que se tornou.

    Na encíclica “Mit brennender Sorge”, escrita em alemão em vez de latim, Pio XI explicou a incompatibilidade entre a doutrina da Igreja e o que se estava a passar na Alemanha. Eis a tal “excomunhão” que diz não existir. Corria o ano de 1937.

    Pax et bonum.

  • Carlos Esperança

    Caro MO:

    Os judeus que têm quase vinte séculos de defunção agradecem certamente a oração de caridade que os reconforta.

  • Yuri S. C.

    “O direito que a ICAR se atribui, aliás imposição, de evangelizar todos os homens e a convicção de que fora dela não há salvação, tem levado os seus sequazes a tentarem evangelizar o planeta. A política imperialista do Vaticano é, ainda hoje, seguida pelo último ditador europeu que dispõe de um Estado – o papa –, e a aplica com recurso à intriga, suborno e chantagem sob o manto da diplomacia.”

    Para escrever coisas semelhantes em nossos dias, só pode ser falta do que fazer.

  • Gabriel Dal’ Fabbro Gomes

    E Jesus era um judeu, todos nós descendentes de judeus, frutos do pós dilúvio e dos filhos de Noé, e aí Hitler também era um judeus e um católico de verdade !

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