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  • 2 de Setembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Ciência

Deus não é para aí chamado

Hawking exclui Deus da criação do Universo

Não há espaço para Deus nas teorias sobre a criação do Universo, garante o cientista Stephen Hawking

O Big Bang foi simplesmente uma consequência das leis da Física e Deus não teve nenhum papel nisso. A teoria do professor Stephen Hawking surge no seu novo livro, intitulado The Grand Design, e vai contra a posição assumida anteriormente pelo cientista britânico, que chegou a defender que a crença num Criador não era incompatível com a Ciência, num best-seller publicado em 1988.

38 thoughts on “Deus não é para aí chamado”
  • Anónimo

    O conhecido biólogo ateu Richard Dawkins felicitou já o astrofísico britânico pelas conclusões, dizendo que a opinião de Hawking é partilhada por uma grande parte da comunidade científica.

    EU TAMBÉM LHE DOU OS PARABÉNS, POR TER SABIDO VER A REALIDADE SEM AJUDA DA MULETA DA FÉ…

    • Rui

      No entanto, o problema do ser permanece.
      Se o ser não pode não-ser, porque do nada, nada advém, nem sequer pode ter existido, e se, por outro lado, os entes que nos rodeiam, existindo, podiam não existir, não é necessário que existam, e podem deixar de existir, então não existem por necessidade. Mas o ser, é por necessidade absoluta.
      Visto deste modo, temos que admitir que o ser é absolutamente necessário e que os entes que não existem por necessidade, existem por causalidade.
      O ser não pode ser algo que pudesse não ser. isso não pode ser cogitado; é aburdo. Nunca o ser podia não existir, pelo simples facto de que a realidade existe, e ela nunca poderia advir do nada absoluto.

  • Anónimo

    O conhecido biólogo ateu Richard Dawkins felicitou já o astrofísico britânico pelas conclusões, dizendo que a opinião de Hawking é partilhada por uma grande parte da comunidade científica.

    EU TAMBÉM LHE DOU OS PARABÉNS, POR TER SABIDO VER A REALIDADE SEM AJUDA DA MULETA DA FÉ…

  • Anónimo

    Finalmente Hawking expurgou as conclusões prévias em relação a estas matérias que hoje se investigam seriamente, tendencialmente longe de convicções pessoais…

  • Anónimo

    O que será agora daqueles que passam a vida a citá-lo?

    – Ah e tal, até o famoso cientista Stephen Hawking acredita em deus, e coisa e tal… (como se isso provasse alguma coisa)

    Enfim, pode não conseguir andar, mas agora tem os pés bem mais assentes na terra.

  • Ricardodabo

    O Hawking abusou da metáfora religiosa em “Uma breve história do tempo”. Era Deus pra lá, era Deus pra cá. “Quem sabe assim nós podemos conhecer a mente de Deus”, etc.

    Preocupado com o efeito que essas licenças poéticas poderiam ter nos leitores, Carl Sagan tratou, no prefácio, de desiludir os mais afoitos, assegurando que o universo de Hawking podia muito bem dispensar Deus.

    Ao contrário do que faz parecer a notícia, a idéia da inexistência de Deus não é uma novidade no pensamento do Hawking. Ela já estava presente em “Uma breve história…” Leiam o capítulo em que ele narra o encontro com o finado João Paulo II após uma conferência realizada no Vaticano.

  • Jairo Entrecosto

    Ena, c´um catano, o Esperança até mete o título a negrito. Até lhe devem ter vindo as lágrimas aos olhos com a “descoberta” mais recente da “ciência”.

    Finalmente um post sobre Ateísmo! Parabéns.
    Só é pena isto ser falácia do apelo à autoridade. Não interessa que Hawking DIGA, interessa é o PORQUÊ, aquilo que sustenta a afirmação. Claro que o Esperança não quer criticar e pensar no porquê, apenas lhe interessa que “o cientista” disse, pronto, está dito: Deus não existe! É o shôr doutor quem diz, estúpido!

    Vejamos:

    1.Tudo o que teve um início teve um causa.
    2.O universo teve um início.
    3.Logo, o universo teve uma causa.

    Nisto, até o doutor Hawkin concorda.

    4.Essa causa tem de ser exterior ao Universo.
    5.Essa causa é criada ou não?
    6.Se essa causa fosse criada, a que a criou teria sido criada, e por aí fora, ad eternum.
    7.Mas se a sequência de criação fosse infinita, o passado seria infinito, o presente impossível e o Universo nunca teria sido criado.
    8.Logo, a primeira Causa é não criada e atemporal.
    9.Essa primeira Causa não criada ou é pessoal ou é impessoal.
    10.Para a primeira Causa não criada ser impessoal, o Universo necessariamente teria de existir.
    12.Mas o Universo não tinha de existir, pois se tivesse, faria parte de um sistema eterno de criação de criação,que já vimos ser absurdo.
    12. Logo, a primeira Causa não criada é um Ser Pessoal, com Vontade.

    Carlos Esperança, você que é o racional e o lógico ( pelo menos promove-se muito como tal), diga-me lá o que é que a ciência tem a dizer sobre estes argumentos, que são seguramente discutíveis, mas num plano FILOSÓFICO. Mais, diga-me onde é que o doutor Hawking provou que “não,há espaço para Deus nas teorias sobre a criação do Universo”, se ele não pesca NADA de filosofia ( muito menos de epistemologia pois acha que a religião é o oposto da ciência); e se, como vimos, em Filosofia, onde se discutem teorias sobre CRIAÇÃO( e a expressão foi sua) do Universo, os argumentos sobre a Causa CRIADORA ser PESSOAL nunca foram refutados por nenhum materialismo naturalista.
    Ou o Esperança acha que Aristóteles, por exemplo, foi alguma vez refutado intelectualmente de forma cabal pelos materialista naturalistas? Nunca na vida. Estes últimos já estão em auto-refutação assim que abrem a boca, pois as suas filosofias, à luz da sua própria teoria, teriam de ser arranjos darwinianos utilitários e não adequação objectiva do intelecto à realidade, que dizem ser impossível!

    Diz o jovem da casta de 83, citando Dawkins:
    -” dizendo que a opinião de Hawking é partilhada por uma grande parte da comunidade científica.”

    Pois, só que o problema da Existência de Deus é mesmo FILOSÓFICO.

    Se querem apelar à autoridade e ao ad populum, pelo menos que construam uma melhorzinha, chegam a uma ou duas universidades já contaminadas pela estratégia gramsciana, e dizem “ah, a maioria dos filósofos é ateia”. Pronto, não interessa para nada à mesma, porque, repito, interessa é o PORQUÊ, factos e argumentos, e não o título da celebridade; mas ainda assim passavam uma figura menos ridícula.

    Hawking já tinha mostrado recentemente que já não está muito bem das ideias:

    http://lucianoayan.wordpress.com/2010/08/12/stephen-hawking-e-seus-fas-emocao-total-razao-inexistente/

  • Jacinto

    Caro Jairo Entrecosto
    Mas você ainda perde tempo a argumentar com quem só diz banalidades?
    Você já viu o Post sobre os mineiros do Chile, o facto do Papa pedir a Deus que os proteja e pelo facto de as familias? É de chorar. Ora então dizem que Deus não será quem os salvará. Deus nem sequer é para ali chamado, quando a máquina escavadora e os homens é que os salvarão. De facto quando não se consegue atingir mais que isto não vale a pena perder tempo a argumentar. O Hawking diz o que diz. O Snr. Esperança e os demais ateistas ficam felizes. Deixá-los. Felizes é que não são certamente quando excluem Deus das suas vidas!
    Eu gosto é da afirmação de que se Deus quis criar o Homem porquê a existência de outros planetas, bla bla bla. Mas que básica afirmação vinda de um cientista inteligente. My GOD!

  • Pedro

    Mais uma cacetada no mito religioso.O Einstein também afirmou que a religião era pura mitologia,mas muitas vezes estes pobres diabos ainda dizem que o Einstein acreditava em deus.A propaganda fascista religiosa não tem limites.Tenho a certeza que o barbicha de pêlos púbicos do Joãozinho das Neves-o verdadeiro “diácono remédios” vai encontrar uma resposta para mais um descalabro.

  • antoniofernando

    “Eu quero saber como Deus criou este mundo. Eu não estou interessado neste ou naquele fenómeno, no espectro deste ou daquele elemento. Eu quero saber os pensamentos Dele; o resto são detalhes.”

    (Albert Einstein)

  • centauro

    O silogismo do Jairo Entrecosto é interessante. A seguir-se este tipo de raciocínio, poderíamos ser levados a concluir que:
    1: Tudo o que tem pernas anda.
    2: A cadeira tem pernas.
    3: A cadeira anda.

    Quanto a deus ninguém precisa de cientistas, para provar a sua inexistência. Deus não existe porque NÃO pode existir. Como afirmava Jean Paul-Sartre: “Se houvesse um deus, como poderia eu existir?”
    Homem e deus são incompatíveis… a existência de um, anula a existência do outro.

  • Anónimo

    Caríssimo Jairo Entrecosto:

    Você é ignorante ou faz-se passar por ignorante? Estou a ser directo, e essencialmente por dois motivos:
    1) Este post é a divulgação de uma notícia publicada em jornais, que anuncia a publicação de um livro que ainda não está acessível ao público em geral para leitura, logo, evidentemente, o seu conteúdo não é conhecido, portanto você está a avançar uma leitura que é manifestamente “uma mão cheia de nada”…
    2) Quanto ao “jovem da casta de 83”, reveja o erro da citação que coloca e que relaciona com a minha pessoa, pois assim não está a ser honesto. Todos podem ler o que escrevi, e foi o seguinte: Finalmente Hawking expurgou as conclusões prévias em relação a estas matérias que hoje se investigam seriamente, tendencialmente longe de convicções pessoais… (não escrevi mais nada, confirme novamente por si, isto se o chegou a fazer…).

    Aproveito para explicar o comentário que fiz. Hawking ao expurgar as conclusões prévias em relação à causa primeira no conceito de deus definido pela humanidade (questão filosófica que tem tanto peso na concepção do mundo para vários, na sua mundividência, cosmovidência, na sua relação com a realidade…) revê estes assuntos conforme devem ser colocados, no campo da descoberta, no campo da indagação, tirando o dogma para fora da Ciência tal e qual como hoje está estabelecido e as religiões promovem sem qualquer prova na realidade, assentando aí muitas das suas pretensas alegações…

    Pode pensar que a proposta de Hawking é por si só um novo dogma, desengane-se pois o que foi alcançado pela aplicação do método científico está aberto ao mesmo escrutínio a qualquer momento, e as provas observáveis e testáveis por todos têm a importância cimeira sobre as crenças e concepções individuais.
    Esta posição não encontra nas religiões porque os princípios filosóficos que as enformam, os preceitos, as crenças, assentam em concepções pré-definidas com fundamentos que não foram até à data demonstrados, nem muitas vezes estão abertos ao escrutínio religioso ou individual, veja por exemplo a questão da “fé”…

  • antoniofernando

    Caro Jovem 183:

    Não sei não. Ainda não li nada sobre Hawking a abjurar o seu livro ” God create the integers”

    Mas esperemos com calma para ver o que a seguir se vai ou não passar…

    Ó Hawking, mas em que é que ficamos, Deus criou ou não os integrais ?

    Vá, não sejas desmancha ateístas prazeres… 🙂

  • antoniofernando

    ” God Create The integers” teve a sua primeira edição em 2007. Não foi assim há tanto tempo. O seu autor: Stephen W Hawking… 🙂

    http://www.livrariadafisica.com.br/detalhe_produto.aspx?id=31897

  • antoniofernando

    Vá Hawking, decide-te lá. Não deixes toda a Humanidade nesta irritante dúvida aristotélica científica:

    Deus criou ou não as leis do Universo ? Criou ou não criou os integrais ?

    Por amor de Deus, não nos sufoques com tantas contradições, ó Hawking… 🙂

  • antoniofernando

    Ó Hawking:

    Se és crente, assume-te pá. Se não és,assume-te também. Agora ,eu não acredito que um cientista emérito e honesto ande a usar o nome de Deus só para vender livros e depois mude a agulha logo no virar da esquina temporal mais próxima.

    Ou será que não és honesto ?

    Mas,se não és intelectualmente honesto, diz-nos Hawking, quando não o foste:

    a) Em ” Uma Breve História do Tempo” em que afirmas ” tanto quanto o Universo teve um princípio, nós poderiamos supor que teve um Criador” ?

    b) Em ” God Create The Integers ” ?

    c) Ou agora no ” The Grand Design” ?

    Decide-te depressa,ou não ganhas o Prémio Nobel da Descoberta da Inexistência de Deus…

  • JoaoC

    ?!?!!

  • JoaoC

    Há coisas mais interessantes que uma opiniãozeca para comentar do que esta “notícia”…

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    O meu comentário assenta precisamente e exclusivamente no conteúdo das notícias entretanto divulgadas, que noticiam a apresentação que hoje foi feita sobre esta publicação ainda a comercializar.

    Concordo consigo, sem hesitação, que qualquer comentário mais desenvolvido deverá ser reservado quando for realizada a devida leitura do novo livro.

    Mas compreenderá o sentido do comentário que fiz anteriormente, onde destaco uma atitude/posição a favor dos objectivos da Ciência, reservando/reforçando para a mesma as indagações, as investigações, os desenvolvimentos, etc..

    Para que estas dimensões sejam plenas, as mesmas não devem apresentar à partida conclusões. Esta situação é manifesta quanto à suposta causa primeira que alguns identificam, definida à partida em correspondência com determinado conceito de deus…

    Cumprimentos.

  • antoniofernando

    Caro Jovem 1983

    Recorda-se que aqui há tempos debatemos os limites do chamado ” método científico” ? Lembra-se de termos abordado a temática das EQM e do ectoplasma, termo criado por um médico que foi prémio Nobel da Medicina ?

    Recorda-se de qual foi a sua posição ? Foi de que a tentativa de demonstrar a existência da alma ou de eventuais fenómenos mediúnicos saía fora do ortodoxo método científico.

    Mas agora eu pergunto:

    E então quando o Hawking vem agora afirmar que ” não há espaço para Deus nas teorias de criação do Big Bang” você já acha essa postura compaginável como o mesmo método científico ?

    Ou seja:

    a) Se um cientista se propuser demonstrar a existência de Deus não estará,em sua óptica, de acordo com o esse método ?

    b) Mas se o mesmo cientista se propuser demonstrar a inexistência de Deus já estará de acordo com o dito método ?

    Dois pesos e duas medidas, é ?

    Na situação presente, Hawking não se sai nada bem deste ” filme” em que ele se quis apresentar como actor principal de uma triste e pobre comédia de ficção científica.

    Várias hipóteses, aristotelicamente credíveis, se podem legitimamente equacionar:

    A) HAWKING É UM BRINCALHÃO E GOSTA DE SE DIVERTIR À CUSTA DOS PAGANTES DOS SEUS LIVROS.

    Num dia acorda para o lado dos crentes e agnósticos e publica ” UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO”. No dia a seguir, vira-se mais exclusivamente para o lado dos crentes e publica ” GOD CREATE THE INTEGERS”.
    No terceiro dia, é acossado por um súbito ataque de ateísmo militante e publica ” The Great Design”.
    Quanto ao que vai publicar no quarto dia, ainda é segredo muito bem guardado, mas poderia servir de mote para apostas do tipo totoloto, com esta pergunta muito simples:

    ” AMANHÃ PARA QUE LADO VAI ACORDAR HAWKING: CRENTE, AGNÓSTICO OU ATEU ?”

    Se fosse o Hawking a organizar o jogo era capaz de dar uma boas massas, não acha ?

    Pois o negócio do Hawking não são números ?

    Não foi ele quem escreveu ” GOD CREATE THE INTEGERS”.

    Números, de diversa ordem, é com ele…

    B) HAWKING É UM BOM COMERCIANTE.

    E como todo o comerciante sagaz, pensará certamente na multiplicação dos números.
    Não sei se Hawking acredita ou não no milagre da multiplicação dos pães. Mas já sei que ele consegue a maravilha de publicar 3 obras supostamente científicas para 3 tipos diferentes de clientela.

    Não me admiraria, por isso, que ele amanhã, viesse dizer que existem tantas crenças ou descrenças como as dimensões espácio-temporais que ele assevera existirem.

    Era um fartote de números. Dinheirinho a rodos, está a ver ? Público para todas as ideologias teístas, agnósticas ou teístas, está-me a entender ?

    3) HAWKING É ESQUIZOFRÉNICO

    Hawking é esquizofrénico mas não sabe. No dia em que acorda crente e agnóstico, rapa da pena e aí vai ele todo lampeiro escrever qualquer coisa do estilo ” Deus é hipótese não descartável”

    No dia em que acorda ateu, vira-se para um planeta qualquer e afirma categoricamente:

    ” Aqui está a prova da inexistência de Deus”…

    4) HAWKING JULGA TER DESCOBERTO UM BURACO NEGRO

    Eu acho esta hipótese a mais credível. Sim, ele acaba de descobrir o enorme buraco negro em que se meteu, ao ficar na história da Ciência como a única iluminária que conseguiu, ao mesmo tempo, descobrir que:

    a) Deus não é hipótese descartável para a existência do Universo;
    b) Deus não existe.

    Claro que aqui, ele acaba também por conseguir demonstrar a teoria einsteiniana da compactação do tempo:

    Ao mesmo compasso desta etapa existencial, ele conseguiu o feito notável de ser simultâneamente cientista crente, agnóstico e ateu.

    Einstein deve estar roidinho de inveja…

    Os cientistas sérios suponho que devam estar a rir às gargalhadas… 🙂

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    Quando trocámos comentários sobre esses temas creio que fui claro nas referências que apontei.

    Actualmente a Ciência, entendida na sua acepção contemporânea, através da devida aplicação do método científico, parte da observação do que ocorre na realidade para confirmar ou infirmar as hipóteses previamente consideradas nessa mesma realidade (considerando diversos factores e condicionantes em cada experiência…), através da obtenção de dados empíricos ou na verificação de um modelo matemático, relativamente àquilo que é produzido na Natureza ou regulado pelas suas leis.

    Claramente a proposta de estudo e análise da Ciência, conforme hoje a entendemos (nem sempre foi assim…), bem como o seu objecto é relativo à realidade e medido nessa mesma realidade, ao concreto, ou seja, é tudo aquilo que permite a sua observação e aferição, e não o sobrenatural, que por definição será o que não é explicável pelas forças da natureza, escapando-lhe, e consequentemente às suas leis.

    Charles Richet é um exemplo. O prémio que recebeu em Medicina foi pelo seu trabalho científico, o que não impediu que o próprio tivesse procurado outras coisas, caminhos esses que não tiveram o mesmo reconhecimento pelos seus pares porque não permitiam a revisão e replicação em ambientes controlados…

    Não são dois pesos e duas medidas, como escrevi na altura, este é o enquadramento específico da Ciência, e é esta essencialmente a sua proposta, e o que é apresentado exteriormente a este princípio entra em choque com a Ciência e o seu método de trabalho.
    Se houver algo que se aproxime do conceito de deus criado pela humanidade, que se manifesta no real, no concreto, que seja observável e determinante como é sugerido em muitas propostas religiosas, seria então possível aferir essa intervenção na realidade, na Natureza, ou seja determinar a respectiva causa em relação a determinado efeito, confirmando então essa hipótese, mas o mesmo não aconteceu até à data…

    Hawking, ao expurgar finalmente a conclusão prévia de um deus, conforme proposto pela humanidade, e a sua relação com a realidade, apura e esclarece uma parte da perspectiva que deve presidir o trabalho científico, as conclusões são retiradas no final das investigações, nunca antes…

  • antoniofernando

    Caro Jovem 1983:

    Não tenho nada a acrescentar ao que disse, mas não resisto à citação de mais esta frase do cientista-à procura-de-demonstrar-que-Deus-não existe”:

    “O universo é governado pelas leis da ciência. As leis podem ter sido criadas por Deus, mas Deus não intervém para quebrar essas leis”

    Stephen Hawking

  • Jairo Entrecosto

    Centauro, comece a tomar vitaminas para ver se lhe nasce um cérebro:

    “Tudo o que tem pernas anda.”
    “A cadeira tem pernas.”
    “A cadeira anda.”

    Ora bem, tal como os silogismos que apresentei, o seu também é logicamente válido. Se a primeira e a segunda premissa forem factualmente verdadeiras, a conclusão segue delas.
    Sucede que a primeira premissa é factualmente falsa:nem tudo o que tem pernas, anda. O seu ídolo Hawking tem duas, e não anda, por exemplo.”

    Logo, não provou, com esse raciocínio, que uma cadeira, NECESSARIAMENTE, anda.

    Vá, vá estudar qualquer coisita em vez de dizer que, “a seguirr-s este tipo de raciocínioss, poderíamos ser levadas a concluir que”, e passar vergonhas em público.

  • Jairo Entrecosto

    Jovem,

    “1) Este post é a divulgação de uma notícia publicada em jornais, que anuncia a publicação de um livro que ainda não está acessível ao público em geral para leitura,”

    Então, para quê os festejos, se não sabem o PORQUÊ da afirmação? Nisso, incluo o Carlos Esperança, que garante no título do texto “Deus não é para aqui chamado”.

    ” logo, evidentemente, o seu conteúdo não é conhecido, portanto você está a avançar uma leitura que é manifestamente “uma mão cheia de nada”…”

    O Jovem confirma sempre o que eu digo, e depois acusa-me a mim daquilo que vocês fazem. Se o seu conteúdo não é conhecido por vós, todas as vossas leituras e aplausos sobre a notícia, são uma “mão cheia de nada”.

    ” Quanto ao “jovem da casta de 83″, reveja o erro da citação que coloca e que relaciona com a minha pessoa, pois assim não está a ser honesto.”

    Tem razão. Enganei-me e peço-lhe desculpa pelo erro.

    “Todos podem ler o que escrevi, e foi o seguinte: Finalmente Hawking expurgou as conclusões prévias em relação a estas matérias que hoje se investigam seriamente, tendencialmente longe de convicções pessoais”

    Ah, vai dar o mesmo. O Jovem admite desconhecer os PORQUÊS, mas dá já como certo que Hawking finalmente expurgou conclusões prévias. Ora, se o Carlos Esperança escreve que o assunto é “Teorias sobre a CRIAÇÃO do Universo”, diga-me lá como é que
    sabe que “FINALMENTE”, foi expurgada, e ainda por cima cientificamente, a posssibilidade da criação ter tido um Criador.? É porque Hawking “DISSE”?

    ” Hawking ao expurgar as conclusões prévias em relação à causa primeira no conceito de deus definido pela humanidade (questão filosófica que tem tanto peso na concepção do mundo para vários, na sua mundividência, cosmovidência, na sua relação com a realidade…) revê estes assuntos conforme devem ser colocados, no campo da descoberta, no campo da indagação, tirando o dogma para fora da Ciência”

    Você não imagina sequer o que é um “dogma”, muito menos “Ciência. Se a questão é filosófica,uma das respostas possíveis não pode ser retirada como conclusão “prévia”, por método científico. Ainda que o método científico fosse válido para o assunto ( e não é,a não ser para quem imagina que procurar se Deus existe é o mesmo que procurar um objecto físico que nos seja exterior a nós e o dominemos em conhecimento, para o poder testar); ainda que fosse assim, dizia eu, o método científico valida as suas conclusões à posterior; não retirando “expurgando” previamente hipóteses, antes de as testar. Não me diga que Hawkin testou cientificamente o Universo à procura de Deus, e não o encontrou. Isso seria um grande descoberta, sem dúvida. Provar-se-ia que uma entidade super-poderosa contingente ao universo, não existe. Mas para além de não haver nenhuma possibilidade do método científico apurar definitivamente a inexistência de algo que seria sempre contingente; Deus, desde os tempos de Aristóteles, é filosoficamente sustentado, como existência necessária. Hawkin demoliu esses argumentos, com “ciência”? Ai, ai…
    Mais, o Jovem admite desconhecer os PORQUÊs de Hawking e já está aqui a garantir-nos que foi expurgada previamente ( ou seja, arbitrariamentemente), uma das possíveis respostas a um problema filosófico. E chama “ciência” a isso?

    ” tal e qual como hoje está estabelecido e as religiões promovem sem qualquer prova na realidade, assentando aí muitas das suas pretensas ale”

    Está estabelecido por quem? Só pelos neo-ateus que desconhecem o que seja religião, mas já saem para a rua a dizer que ela é isto e aquilo.

    ” princípios filosóficos que as enformam, os preceitos, as crenças, assentam em concepções pré-definidas com fundamentos que não foram até à data demonstrados, nem muitas vezes estão abertos ao escrutínio religioso ou individual, veja por exemplo a questão da “fé”…”

    Qual pré-definidas,qual carapuça. Se quer fazer escrutínio ao fundamento religioso de alguma coisa, vá estudá–lo e critique-o aqui. Fico à espera.
    Para começar, você nem sabe o que significa fé. Fé não é sobre a existência de Deus, fé não existe em todas as religiões, apenas nos monoteísmos tradicionais, únicos onde faz sentido a noção de “fé”, CONFIANÇA em Deus. Não confiança em que Ele existe, porque isso percebe-se racionalmente. “Confiança” na PESSOA com a qual essas religações pressupõem uma possibilidade de relação PESSOAL com o homem. “Amar a Deus sobre todas as coisas”, ou seja, “amar o Bem” e fazê-lo na relação que se tem com os nossos semelhantes. E isso não é questão intelectual, mas vida prática diária individual, a que só cada um diz respeito e sabe o que é que anda a fazer.
    Não há qualquer necessidade de debater “Fé”, com quem não acredita na existência de Deus. Essa existência é que tem de ser discutida racionalmente. Depois, se chegamos à conclusão de que Deus existe, também não podemos debater “Fé”, porque ficará sempre à consideração e inteligência de cada um, pessoalmente confiar no omnisciente, omnipotente, omnipresente e bem absoluto ou não.

  • Jairo Entrecosto

    Pois é Jacinto, eu também gosto muito daquela “se Deus existe porque é que nunca ninguém o viu?” Essa também é interessante. Uma vez, essa brilhante questão filosófica foi relembrada pelo falecido Saramago, outra nabiça intelectual também muito apreciada por estas bandas.

    Cumprimentos

  • Jcduarte

    Esta constatação ou declaração, como se queira chamar, vem dar valor aos cientistas deste mundo.
    A abertura de pensamento, a análise dos factos, a critica e a contra-crítica são os bens mais preciosos da Ciência. Coisa que qualquer crente com religião ou sem ela, jamais vai conseguir entender.
    Obrigado colega Hawking. Disseste alto e bom som o que todos nós já repetimos sem fim: deus não faz parte da explicação do mundo em que vivemos
    .

  • Jcduarte

    Esta constatação ou declaração, como se queira chamar, vem dar valor aos cientistas deste mundo.
    A abertura de pensamento, a análise dos factos, a critica e a contra-crítica são os bens mais preciosos da Ciência. Coisa que qualquer crente com religião ou sem ela, jamais vai conseguir entender.
    Obrigado colega Hawking. Disseste alto e bom som o que todos nós já repetimos sem fim: deus não faz parte da explicação do mundo em que vivemos
    .

  • Jcduarte

    Esta constatação ou declaração, como se queira chamar, vem dar valor aos cientistas deste mundo.
    A abertura de pensamento, a análise dos factos, a critica e a contra-crítica são os bens mais preciosos da Ciência. Coisa que qualquer crente com religião ou sem ela, jamais vai conseguir entender.
    Obrigado colega Hawking. Disseste alto e bom som o que todos nós já repetimos sem fim: deus não faz parte da explicação do mundo em que vivemos
    .

  • Jcduarte

    sou bem feliz sem essa ideia ridicula de deus!!

  • Jcduarte

    sou bem feliz sem essa ideia ridicula de deus!!

  • Jcduarte

    sou bem feliz sem essa ideia ridicula de deus!!

  • Anónimo

    O PROBLEMA É QUE OS DITOS CRENTES ESTAVAM SEMPRE A CITAR Hawking COMO EXEMPLO DO CIENTISTA CRENTE E AGORA JÁ NÃO VAI PODER SERVIR DE EXEMPLO.

  • Zeca-portuga

    Hawking exclui Deus da criação do Universo
    E desde quando ele tem poder, autoridade ou capacidade para EXCLUIR seja o que for?
    A opinião dele sobre um assunto tem tanta valor como a de qualquer outra pessoa, a minha, a do sr. Esperança fundamentalista, a de uma figura pública ou a do “ratolo” (nome por que é conhecido arrumador que desenvolve a sua actividade em nome individual na minha rua.
    Neste assunto todos temos poder igual e a capacidade de “excluir” é a mesma.
    Ressalvando que: é sempre mais sério quem afirma algo por convicção e não para servir os seus interesses – dizendo uma estupidez para criar um acto de markting para aquilo que escreve (tipo Saramago!)

  • Felix

    Era somente uma uma questão de tempo. As pessoas inteligentes acabam chegando a esta conclusão.

  • Anónimo

    Caríssimo Zeca-portuga:

    A sua queixa em relação ao poder de excluir pode, em larga medida, ser endereçada a quem pensa ter o poder de incluir…

    Qualquer um de nós pode incluir, eu, você, o papa, etc. etc., mas a diferença encontra-se na prova que fazemos das nossas alegações…

    Alegar que qualquer deus existe é uma afirmação, e por isso mesmo o ónus da prova dessa afirmação está em quem faz essa aclamação, senão as pessoas continuarão a viver consoante as alegações feitas sobre estes temas…

  • Anónimo

    Caríssimo Jairo Entrecosto:

    Creio que não encontra no meu comentário algo que possa aludir a um festejo como escreveu, mas sim, precisamente, um comentário perante uma notícia divulgada na comunicação social. Que notícia, o lançamento de um novo livro escrito por este autor. O que há de diferente em relação a outras publicações do mesmo? Segundo o que a Imprensa divulga — note que é só isto que posso estar a comentar, é isto que dou por certo, nada mais, porque mais não sei e também não foi divulgado entretanto, muito menos o dito livro comercializado… – é que o autor abandona uma forma retórica que o próprio mantinha (e que ainda muitas pessoas mantêm geralmente…), a de que um deus é responsável pela origem do Universo. Onde isto liga com a Ciência? Se a Ciência – e acredite que sei muito bem sobre o que estou a escrever -, conforme hoje é entendida e desenvolvida, com o seu método, que inclui o seguinte procedimento, que as conclusões são retiradas apenas no final da experiência e nunca antes (e isto não tem nada a ver com o estabelecimento das hipóteses, que podem ou não ser confirmadas, mas o não é também uma hipótese…). Para mim e para outros é claro, se alguém estabelece uma afirmação, entre outras como a que existe um deus/deuses, isto fora das discussões filosóficas, com impacto na realidade, terá de fazer a devida prova dessa afirmação, pois enquanto isso não acontece, continuará a haver quem seja orientado pelas convicções de outros grande parte da sua vida…

    Eu não confirmei o que você escreveu, leia o que escrevi porque essa ideia não corresponde à verdade. Você não comentou a notícia, iniciou um monólogo sobre o pretenso conteúdo e posição de Hawking para além do que poderia retirar da comunicação social, daí ter escrito que você estava a oferecer uma “mão cheia de nada” (frase essa celebrizada pelo ministro Viera da Silva…).

    Você não me conhece de lado nenhum, nem eu a si, logo qualquer coisa que diga do que sei ou não sei está a embarcar numa aventura que pode afundar simplesmente pela ausência de fundamento do que escreve sobre essa dimensão que desconhece, isto é, tudo o que está para além do que aqui escrevo. Ao escrever que não imagino o que é um dogma, sem ter qualquer ponto no meu comentário que lhe permitisse avançar com tal ideia, serve apenas para reforçar a sua posição, com uma ideia que nem sequer sabe se tem ou não tem qualquer correspondência à realidade. Neste sentido, se quisesse eu também poderia escrever como você tudo, e não estar a escrever nada de pertinente. Veja um exemplo, você nem imagina o que é um Axioma, muito menos “Ciência”… – facílimo…
    Esta frase só surge como forma de expressão e empolar o seu discurso para além do que está escrito nos meus comentários, colocando corolários que nada se ligam ao que comentei, como o “E chama “ciência” a isso? Ir para além das ideias do interlocutor é muito arriscado, concentre-se no que escrevi e não no que pensa que escrevi, pois observo que a diferença é abissal…

    “Para começar, você nem sabe o que significa fé (…)” escreveu o Jairo Entrecosto presumindo o que não sabe ou sequer teve fundamento nos meus comentários para concluir. Se for sério na leitura reparará que não escrevi sobre o que é “fé” mas que esta não está aberta ao escrutínio religioso ou individual, o que é bem diferente. Quantas vezes se deparou numa discussão com a afirmação como último recurso quando se apresentam elementos contraditórios àqueles apresentados por alguém sobre o fundamento da sua crença em determinados deus, e perante essa situação ouvimos “é a minha fé”(a partir daí acaba qualquer diálogo…)? Pessoalmente já ouvi muitas vezes e também já o li muitas vezes escrito aqui no Diário. Consegue dizer em que ponto a ideia que transmiti – sim foi esta, e não foi outra… – não corresponde ao que acontece na realidade, isto é a ausência de escrutínio nestas dimensões…

    Para terminar, em relação às concepções pré-definidas, o Jairo Entrecosto estará certamente familiarizado com a Teoria da Tábua Rasa, e conhecerá os mecanismos e processos de transmissão cultural, logo poderá compreender o que quis transmitir com a ideia de assentarem em concepções pré-definidas com fundamentos que não foram até à data demonstrados. Repare que você até deixa elementos que provam o que escrevo, quando escreve as seguintes ideias: “omnisciente, omnipotente, omnipresente e bem absoluto(…)” .Atendendo a esta ressalva, faz todo o sentido debater o que é “fé”, pessoalmente prefiro identificar essa ideia como convicção (mas sem esquecer as devidas ressalvas conceptuais…), e seus impactos (porque muitas vezes os mesmos extravasam a esfera individual ou da partilha de grupos para terem um impacto repressivo sobre os demais…) visto que a determinação dessa percepção na esfera concreta nas decisões e acções dos demais nos toca a todos. Ninguém vive fechado numa redoma contra o resto do mundo, as escolhas de uns muitas vezes tocam a tantos mais, e se essas escolhas forem feitas sobre base concreta, racional, marcadamente comprovada e não em matérias de “convicção”, o entendimento dar-se-há na realidade pela realidade comum, enquanto fica devidamente acautelado para cada um aquilo que esse alguém escolhe acreditar…

  • pedro

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    M MA

    O Stephen Hawking não é ateista…

  • pedro

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    M MA

    O Stephen Hawking não é ateista…

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