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Origem dos fascismos (3) – Fim

Por

C S F

JAPÃO PEARL HABOUR 1945

A tríade do Eixo incluía o Império do Japão – que tinha não apenas uma pessoa religiosa como chefe de Estado, mas uma verdadeira divindade.
A heresia de acreditar que o imperador Hirohito era deus nunca foi denunciada em qualquer púlpito alemão ou italiano ou por qualquer sacerdote.
No nome sagrado do imperador ridiculamente sobrevalorizado, vastas regiões da China, da Indochina e do Pacífico foram conquistadas, roubadas e escravizadas.
Também em seu nome milhões de japoneses foram martirizados e sacrificados.
O culto deste deus-rei poderia ter levado o povo japonês a recorrer ao suicídio se a vida do imperador fosse ameaçada no fim da guerra.
Os americanos decidiram mantê-lo no trono, apenas permitindo ser considerado imperador e nunca deus.

ESPANHA FRANCO
Em Espanha, o general Franco foi autorizado a dar o nome honorífico de La Crujada, ou «a cruzada», à sua invasão do país e à destruição da república democrática.
Tratava-se de um regime fascista-católico.

PORTUGAL

O regime fascista português foi construído com base na Igreja Católica, contra o republicanismo mais progressivo, o socialismo e o comunismo.
Salazar e o cardeal Cerejeira tinham tido a mesma formação e militado nas mesmas organizações, sobretudo confessionais e monárquicas.
O fascismo português manifestou-se claramente enquanto o Eixo parecia ter possibilidades de ganhar a Guerra.
A dependência económica de países como a Grã-Bretanha, levou Salazar a encenar uma “neutralidade”, tendo-se associado aos Aliados, apenas quando a derrota do Eixo era evidente.

HUNGRIA ALMIRANTE HORTHY

O golpe militar de extrema-direita na Hungria, liderado pelo almirante Horthy, foi calorosamente apoiado pela igreja.

ESLOVÁQUIA
O regime nazi fantoche na Eslováquia era liderado pelo padre Tiso.

ÁUSTRIA 1938 1945

O cardeal da Áustria proclamou o seu entusiasmo pela invasão de Hitler ao seu país na altura do Anschluss, anexação da Áustria pela Alemanha em 13 de Março de 1938.

FRANÇA CASO DREYFUS A 1945

Em França, a extrema-direita adoptou a divisa de «Meilleur Hitler Que Blum» – por outras palavras, é preferível ter um ditador racista alemão do que um judeu socialista francês eleito.
Organizações fascistas católicas como a Action Française, de Charles Maurras e a Croix de Feu fizeram uma campanha violenta contra a democracia francesa, na sequência das campanhas políticas que empreendeu desde a absolvição do capitão judeu Alfred Dreyfus em 1899.
Após a invasão da França pelos alemães, estas forças colaboraram na perseguição e assassinato de judeus franceses, bem como na deportação para trabalhos forçados de um vasto número de outros franceses.
O regime de Vichy cedeu ao clericalismo, apagando o lema de 1789 – Liberté, Egalité, Farternité – da moeda nacional e substituindo-o pelo lema do ideal cristão de Famille, Travail, Patrie.

INGLATERRA ATÉ CONFLITO COM A ALEMANHA

Mesmo num país como a Inglaterra os fascistas contaram com poderosos mentores (como membro da aristocracia e da casa real) também devido à militância de intelectuais católicos como T. S. Eliot e Evelyn Waugh.

IRLANDA CATÓLICOS ATÉ 1945

Na vizinha Irlanda, o movimento Blue Shirt do general O’Dufly (que enviou voluntários para lutar ao lado de Franco em Espanha) era pouco mais do que uma dependência da Igreja Católica.
Em Abril de 1945, ao ouvir a notícia da morte de Hitler, o presidente Eamon de Valera colocou a sua cartola, mandou pedir a carruagem estatal e dirigiu -se à embaixada em Dublin para apresentar os seus pêsames oficiais.

NAÇÕES UNIDAS

Por causa da adopção do fascismo ou por terem sido dele apoiantes, os  Estados dominados pelo catolicismo, desde a Irlanda até Espanha e Portugal, não puderam ser escolhidos para fazer parte das Nações Unidas quando a organização foi criada.

CONCLUSÃO

A igreja fez esforços para se desculpar por tudo isto, mas a cumplicidade com o fascismo é uma marca indelével na sua história e não foi um compromisso a curto prazo ou precipitado mas uma aliança activa que só se quebrou depois de o período fascista ter passado à História.

13 thoughts on “Origem dos fascismos (3) – Fim”
  • Danielbeato

    Agora quero ver aqui a influencia dos ateus nos regimes criminosos comunistas!

  • antoniofernando

    Se os fascismos estiveram associados a certos sectores do Catolicismo, também é verdade que houve católicos que se lhes opuseram e pagaram bem caro por isso. Em Portugal, convém sempre recordar,entre outros, Aristides Sousa Mendes,Padre Abel Varzim, D. António Ferreira Gomes e Padre Mário de Oliveira.

    Mas a história não se escreve apenas num dos seus sectores ideológicos.

    Também existiram os regimes ateus e comunistas de Estaline, Mao Tse Tung, Enver Hoxa,Pol Pot, Kim Jong,Fidel Castro,todos, sem excepção,com o conhecido atropelo aos direitos humanos e a feroz repressão aos crentes.

    Posto isto,será legítimo sustentar que o ateísmo se liga sobremaneira ao totalitarismo comunista ou aqui já se aplica o conhecido paradigma de ” dois pesos e duas medidas” ?…

  • CCCP

    Fidel Castro reprime crentes??? A santeria é preponderante em Cuba

  • Euuuu

    É engraçado ver Hitchens atacando a Irlanda! Como se o Império Britânico fosse um anjinho. Hitler, na frente deste Império, é um anjo!

  • Revision

    a URSS era um regime sionista implicito. Vários importantes membros do Partido eram judeus.
    O genocidio ucraniano cometido por Stalin não é citado como o “Holocau$to” judeu porque boa parte dos responsaveis por esse genocídio eram judeus!! A própria URSS foi protótipo do regime sionista-fascista israeli. Os crimes contra a Ucrania serviram de base pros crimes de Israel contra Gaza. E a ocupação de várias nações pela URSS serviram de base pra Israel ocupar Palestina e outros territorios. Não culpe os ateus em 1° lugar. Culpe os judeus sionistas em 1° lugar!!! Boa parte deste ateus militantes são fantoches dos judeus. Estes ateus só criticam basicamente a cristandade e o islam e nunca a Judéia. Afinal… os judeus são as “Eterna$ Vítima$”…

  • antoniofernando

    Rectifico a parte em que, por mero lapso, englobei Fidel Castro na perseguição aos crentes, relativamente aos outros ditadores. Mantenho contudo a referência a Fidel quanto ao atropelo à liberdade de expressão de pensamento e às perseguições por meras divergências ideológicas. Nada que você também não saiba…

  • antoniofernando

    Você é vesgo e só vê para um lado. Estaline afinal, coitado, não era ateu comunista. Era judeu. Mao Tse Tung também era judeu. Enver Hoxha igualmente.Pol Pot obviamente judeu. Kim Jung lá por ter os olhos à oriental,tal como Mao Tse Tung, não podia senão ser judeu. Está contente e de bem com a sua consciência, perante este ” revisionismo” histórico que tanto o deve satisfazer ?. Todos esses ateus comunistas afinal eram judeus.É preciso ter muita paciência para aturar estes seus disparates anti-sionistas primários e revisionistas…

  • CCCP

    então procure ler melhor! Ah… os regimes militares da Am.Latina mataram vários católicos (padres e fiéis) por razões políticas. Algumas vítimas conhecidas. Oscar Romero, Diana Ortiz… 5 padres palotinos, 2 freiras francesas…. Ah.. o vaticano sequer os proclamou mártires!! (Claro… pois o papado era lacaio dos regimes)

  • Revision

    Ma snem todo judeu crê em Deus!
    Pequena Lista de

    COMUNISTAS JUDEUS
    # Karl Marx (maior inspirador do comunismo).

    # Friedrich Engels (filósofo comunista).

    # V.I. Lenin (supremo ditador).

    # Trotsky (Leon Bronstein, comandante do exército vermelho).

    # Zinoviev (Grigory Apfelbaum, da polícia secreta soviética).

    # Solomon Lozovsky (delegado do ministério do exterior).

    # Litvinov (Maxim Wallach, ministro do exterior).

    # Yuri Andropov (diretor da KGB e mais tarde ditador da União Soviética).

    # Jacob Sverdlov (primeiro presidente soviético, responsável pelo assassinato do czar e de sua família).

    # Jacob Yurovsky (comandante da polícia secreta).

    # Lazar Moiseyevich Kaganovich (chefiou os assassinatos em massa para Stalin (seu sogro), foi responsável pela morte de milhões de pessoas.

    # Mikhail Kaganovich (comissário da indústria pesada, supervisor do trabalho escravo e irmão de Lazar).

    # Rosa Kaganovich (amante de Stalin, irmã de Lazar).

    # Paulina Zhemchuzina (membro do comitê central e esposa do ministro do exterior Molotov).

    # Olga Bronstein (oficial da polícia secreta, irmã de Trotsky e esposa de Kamenev).

    # Genrikh Yagoda (chefe da polícia secreta soviética, comandante de assassinatos em massa).

    # Matvei Berman e Naftaly Frenkel (fundadores dos campos Gulag).

    # Lev Inzhir (comissário de administração de campos de concentração).

    # Boris Berman (oficial executivo da polícia secreta e irmão de Matvei).

    # K.V. Pauker (chefe de operações da polícia secreta).

    # Firin, Rappoport, Kogan, Zhuk (chefes dos campos de concentração e trabalho escravo).

    # M.I. Gay, Slutsky, Shpiegelglas e Isaac Babel (comandantes da polícia secreta).

    # Aleksandr Orlov (Leiba Lazarevich Feldbin, comandante do exército vermelho, oficial da polícia secreta, chefe de segurança soviética na Guerra Civil Espanhola).

    # Yona Yakir (general do exército vermelho, membro do comitê central).

    # Dimitri Shmidt, Yakov (“Yankel”) Kreiser, Miron Vovsi, David Dragonsky, Grigori Shtern, Mikhail Chazkelevich e Shimon Kirvoshein (generais do exército vermelho).

    # Arseni Raskin (comandante do exército vermelho).

    # Haim Fomin (comandante de Brest-Litovsk, exército vermelho).

    # Sergei Eisenstein (diretor de filmes de propaganda comunista).

    # Julius Rosenwald (judeu americano, fundador da KOMZET).

    # Ilya Ehrenburg (ministro de propaganda soviética).

    # Solomon Mikhoels (comissário de propaganda soviética).

    # Mark Donsky, Leonid Lukov, Yuli Reisman, Vasily Grossman,Yevgeny Gabrilovich, Boris Volchok e Lillian Hellman (cineastas propagandistas soviéticos).

    # Yevgeny Khaldei (propagandista soviético).

    # Nikolai Bukharin (teórista).

    # Samuel Agursky, Mikhail Gruzenberg (Borodin) e A.A. Yoffe (comissários).

    # Karl Radek e Lev Rosenfeld (Kamenev) (membros do comitê central).

    # David Ryazanov (conselheiro de Lenin).

    # Lev Grigorievich Levin (médico, envenenava os inimigos de Stalin).

    # Ivan Maisky (embaixador soviético na Inglaterra).

    # Itzik Solomonovich Feffer (comissário da polícia secreta).

    # Abraham Sutskever (guerrilheiro terrorista soviético).

    # Mark Osipovich Reizen (propagandista, ganhador de três prêmios de Stalin).

    # Lev Leopold Trepper (oficial de espionagem).

    # Bela Kun (Kohen, supremo ditador da Hungria em 1919).

    # Matyas Rakosi (sucessor de Kun, chefe de assassinatos em massa na Hungria).

    # Zakharovich Mekhlis (chefe das execuções de Stalin).

    # Henrykas Zimanas (líder de terroristas comunistas).

    # Moshe Pijade (comandante do exército comunista iugoslavo, presidente do parlamento comunista iugoslavo, comandou massacres de croatas a mando de Tito).

    # Jacek Rozanski (torturador cabeça da polícia secreta)

    # Jacob Berman (comandante da polícia secreta e chefe da secretaria de segurança da Polônia).

    # Minc, Specht (Olszewski) e Spychalski (comissários – Polônia).

  • Molochbaal

    Concordo a 100%.

    Mas aguardo a habitual saraivada de insultos.

  • Molochbaal

    Concordo a 100%.

    Mas aguardo a habitual saraivada de insultos.

  • Molochbaal

    Alguns desses “judeus” são de pacotilha.

    Por exemplo Lenine tinha antepassados judeus apenas da parte da mãe, concretamente o avô materno. Isso dificilmente fará dele um “judeu”. É a mesma coisa que dizeres que tens de ser espanhol porque o teu avô materno era espanhol. Então e a avó materna, mulher do tal avô que até era sueca nórdica ? Então e os avòs paternos ? E o pai ? E a mãe que já era mestiça ? Racialmente até o avô judeu não seria com certeza um semita puro pois os judeus russos são já de si muitos misturados com sangue nórdico e eslavo.

    Para dizeres que lenine era simplesmente “judeu” tens de entrar na demência antisemita que faz dos judeus uns outcasts da humanidade e que qualquer pingo de sangue judeu, mesmo dilúido em centenas de litros de sangue eslavo ou nórdico, é uma mancha indelével.

    Mas aí vais ter que mandar metade da população tuga para o campo de concentração porque a mistura que houve com os cristãos novos deve dar bem mais do um pinguinho em cada tuga…

  • Molochbaal

    Alguns desses “judeus” são de pacotilha.

    Por exemplo Lenine tinha antepassados judeus apenas da parte da mãe, concretamente o avô materno. Isso dificilmente fará dele um “judeu”. É a mesma coisa que dizeres que tens de ser espanhol porque o teu avô materno era espanhol. Então e a avó materna, mulher do tal avô que até era sueca nórdica ? Então e os avòs paternos ? E o pai ? E a mãe que já era mestiça ? Racialmente até o avô judeu não seria com certeza um semita puro pois os judeus russos são já de si muitos misturados com sangue nórdico e eslavo.

    Para dizeres que lenine era simplesmente “judeu” tens de entrar na demência antisemita que faz dos judeus uns outcasts da humanidade e que qualquer pingo de sangue judeu, mesmo dilúido em centenas de litros de sangue eslavo ou nórdico, é uma mancha indelével.

    Mas aí vais ter que mandar metade da população tuga para o campo de concentração porque a mistura que houve com os cristãos novos deve dar bem mais do um pinguinho em cada tuga…

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