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Origem dos fascismos (1)

Por

C S F

Nascidos da miséria e humilhação da Primeira Guerra Mundial, os movimentos fascistas eram a favor da defesa dos valores tradicionais contra o bolchevismo e apoiavam o nacionalismo e a piedade. Adoptaram uma ideologia inspirada na dos seus adversários, nos aspectos em que estes tinham tido êxito, de modo a melhor os combater.
Surgiram primeiro e mais fortes em países católicos.
A igreja viu o comunismo como um adversário letal. Até porque os judeus ocupavam cargos importantes no partido de Lenine.

Na Europa do Sul, a igreja foi um aliado de confiança na integração dos regimes fascistas em Itália, Espanha, Portugal e Croácia.

ITÁLIA MUSSOLINI 1929 1945

Benito Mussolini, logo que conquistou o poder em Itália em 1929, assinou um tratado oficial com o Vaticano, conhecido como Pacto de Latrão.
O catolicismo tornou-se a única religião reconhecida em Itália, com poderes monopolistas sobre questões como nascimento, casamento, morte e educação, e em troca incitou os seus fiéis a votarem no partido de Mussolini.
O papa Pio XI descreveu II Duce (o líder») como «um homem enviado pela providência».
A igreja dissolveu os partidos centristas católicos laicos e ajudou a patrocinar um pseudopartido chamado «Acção Católica» que foi estabelecido em outros países.

O Vaticano apoiou e recusou-se a criticar a tentativa de Mussolini para recriar uma caricatura do Império Romano com as suas invasões da Líbia, Abissínia (actualmente Etiópia) e Albânia: territórios povoados por não cristãos ou por cristãos orientais.

Como uma das justificações para a utilização de gás venenoso e outras medidas criminosas na Abissínia, Mussolini até referiu a persistência dos habitantes na heresia do monofisismo: um dogma da encarnação que tinha sido condenado pelo papa Leão e pelo Concílio de Calcédon em 451.

Nota: Extraído (com alterações e acrescentamentos) de «deus não é Grande» de Christopher Hitchens – 2007

27 thoughts on “Origem dos fascismos (1)”
  • antoniofernando

    Christopher Hitchens, de ex-trotskista virou apoiante de Bush e da invasão do Iraque. E escreveu um livro bem sectário com o título ” deus não é Grande”, cheio de frases feitas e lugares comuns, tais como ” a religião odeia a razão” ou ” a religião é fraude mental e mal moral”. Ludwig Krippal mete-o num bolso em termos de lógica argumentativa e a razão é simples: Hicthens vocifera. Krippal preocupa-se por ter uma sólida e serena base argumentativa.No plano humano, respeito Hitchens, tanto mais que,de momento, possui a sua saúde seriamente abalada.Curiosamente, se, para ele, Deus não existe, porque se entretém a dizer que não é grande ? Será que um suposto “não ser” divino pode ser qualificado em “grande” , “médio” ou ” pequeno” ? Aparentemente parece haver aqui uma contradição insanável no título do livro de Hitchens e bem maior do que as suas deambulações político- ideológicas entre a sua militância trotskista e o apoio ao direitista Bush. Mas provavelmente também não é para levar a sério…

  • Rtghgrh

    Hitchens é uma figura falsa e hipócrita

  • joe

    o fascismo tambem floresceu em áreas ortodoxas na Europa… ex: România e a Guarda de Ferro!

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    O título do livro de Hitchens que mencionou deve-se apenas à adaptação da expressão inglesa “God is great”, nada mais.

    Cumprimentos.

  • antoniofernando

    Caro Jovem 1983:

    Entendo que ,para um crente, Deus seja grande. Embora, sobre o conceito de grandeza de Deus, haja várias concepções. Nos dias que correm, ainda há quem, infelizmente, considere que um grande Deus ordenaria o apedrejamento de mulheres adúlteras até à morte ou sancionaria o enforcamento de seres humanos em praças públicas. por supostos delitos bem menores ou mesmo que fossem maiores.Respeito Hicthens no plano humano, mas, como autor ateísta, acho-o deplorável. Li algumas passagens do ” deus não é Grande” e considero que, com as frases generalizantes e outras similares, que dele citei,Christopher Hitchens não é propriamente um bom exemplo de discurso racional, lógico e sereno…

  • Jcduarte

    Penso que esse título tem mais a ver com o árabe: Allah-u-Akbar ou seja deus é grande.

  • Jcduarte

    O senhor Hitchens não tenho o prazer ou desprazer de conhecer mas olhe que o seu Rtghgrh tem muito das duas coisas que com tanta agressividade critica. E o rapazote sou eu!

  • Jcduarte

    Serão precisas mais explicações? Claro, clarissimo. Mas o meu comentário de hoje vai para a fantástica subida nas entradas de comentários dos últimos dias. De uma média de 13,75 em Julho essa média passou a 56,25 só nos últimos quatro dias. Força senhor Carlos Esperança.

  • Anónimo

    Caríssimo antoniofernando:

    Ainda não li o livro em questão, por isso não tenho qualquer elemento para acrescentar ou discordar do que escreveu sobre o livro.

    Cumprimentos.

  • antoniofernando

    Toda a crítica ao lado pernicioso que se relaciona com a religião deve ser feito. E é por demais evidente para mim, enquanto crente, que foram concepções perversas de Deus, tais como as constantes do Levítico e Deuterónimo, posteriormente retomadas por sectores islâmicos fanáticos, que conduziram a uma visão deprimente de Deus. Eu julgo-me com coerência para verberar esta absurda concepção de Deus porque não aceito também, enquanto cristão, a tenebrosa figura que resulta de muitas passagens dos livros do Pentateuco. Relativamente às quais, muitos católicos não suscitam a menor objecção.Por isso, a meu ver, nenhum católico ou cristão tem moral para censurar a visão inclemente de Deus dos fanáticos islâmicos enquanto também não verberar ,por exemplo, a lapidação das mulheres adúlteras, constante das leis moisaicas, incluídas na chamada ” Bíblia Sagrada”.

    Mais uma achega:

    A maior parte dos textos religiosos possuem linguagem simbólica. Vejamos um caso típico:

    Cristo falou do inferno em termos meramente metafóricos, como quase sempre discursou por parábolas. A palavra que usou foi ” Geena”. Ora ” Geena” provém de Geh Hinnóm que significa literalmente “Vale de Hinom”, e que veio a tornar-se um depósito fora de Jerusalém onde o lixo era incinerado. Agora o vale é conhecido como Uádi er-Rababi.Geena refere-se ao vale de Hinom, fora das muralhas de Jerusalém. Este vale era usado como depósito de lixo, onde se lançavam os cadáveres de pessoas que eram consideradas indignas, restos de animais, e toda outra espécie de imundície. Usava-se enxofre para manter o fogo acesso e queimar o lixo.

    Quem desejar interpretar as alegorias, as parábolas e as frases simbólicas de Cristo de forma literal que o faça, mas não presta um bom contributo a uma sã cultura cristã nem à superior causa da Humanidade.

    Por causa dessas interpretações literalistas é que foram cometidos muitos horrores em nome de Deus.

    A maldade e a ignorância humanas ajudaram ao resto.

    Hoje, o combate ideológico, no domínio das crenças, é de facto entre uma concepção tormentosa ou benévola de Deus.

    Vai demorar ainda muito tempo a superar a visão perniciosa de Deus. O homem tem um pendor muito forte para a maldade e a agressividade. Bondade e compaixão são conceitos que ainda não tocam muitos corações empedernidos.

    E não há maior desgraça e ofensa a Deus do que invocar o Seu Nome para praticar o Mal…

    Infelizmente, os maus exemplos permanecem. Por isso, o mundo está como está…

  • Jcduarte

    O senhor António Fernando vai-me desculpar mas este último comentário é incompreensível para pessoas como eu. Então o problema começa com as concepções perversas de deus, depois vamos por aí fora e os textos religiosos são simbólicos e quem não o percebe não presta contributo, bom claro, à superior causa da humanidade? Qual é essa causa? Servir um deus mau, desaparecido em combate, vingativo, que leva os seus seguidores ao sofrimento, ao sacrifício e à ideia de pecado a qualquer instante?
    O mal está então nas interpretações, na maldade e na ignorância humana?
    O senhor parece ter parado de ler ali perto do Iluminismo, com as teorias deístas.
    E olhe que boa que é essa sua posição de defender deus e deixar de fora todos os que o apregoam, defendem, impõem e servem-se, e de que maneira, dessa ideia para abusar, violar, enganar, mentir, desrespeitar e escravizar essa mesma humanidade má e ignorante, nas suas palavras, mas que sem a qual nenhum deles existiria. Assim deus é inocente e a humanidade é culpada.
    Não é ele o criador?
    Onde estava esse deus quando as crianças foram violadas pelos padres e outros devotos?

  • Anónimo

    “Quem desejar interpretar as alegorias, as parábolas e as frases simbólicas de Cristo de forma literal que o faça, mas não presta um bom contributo a uma sã cultura cristã nem à superior causa da Humanidade”
    Então deve concordar que Bento XVI não presta um bom contributo à cultura Cristã, porque: Bento XVI garante: «O inferno existe» Ver:
    http://diario.iol.pt/noticia.html?id=913250&div_id=4071

  • JoseMoreira

    Caro António Fernando:
    Já anteriormente tentei discutir este assunto consigo. Eu leio os seus comentários com a atenção devida – que é muita – mas isso não significa que concorde consigo.
    Deus, o Deus que nos foi ensinado desde pequeninos, é aquele que vem referido na Bíblia. Não há outro, não pode haver, embora o próprio admita, paradoxalmente, que possa haver outros (“Não terás outros deuses ante mim”).
    Os ateus acham que Deus foi uma invenção humana. O António Fernando, naturalmente, acha que não. Mas a verdade é que se recusa acreditar no deus do AT. Ou seja, de certo modo, o António Fernando também é ateu, pelo menos relativamente ao deus do AT. Mas o António Fernando acha que Deus existe. Não aquele que vem descrito no AT, mas outro. Um deus bondoso, um deus de amor, um deus de verdadeira misericórdia. Um deus à sua medida, António Fernando.
    Aquilo que me ensinaram, e que eu acabei por rejeitar, é que Deus, o Jeová, é único, e não pode ser passível de concepções. É AQUELE, e mais nenhum. É o que vem na Bíblia, que é o único documento oficial que relata a existência de Deus. Tudo o que for fora da Bíblia, é contrafacção.
    Admito que haja pessoas com necessidade de acreditar. Nada contra. E que, lendo a Bíblia, acabem por chegar à conclusão de que aquele deus não serve, por demasiado cruel. O deus do AT é a imagem do que de pior o Homem é capaz. E que, portanto, não se reveem nesse deus execrável. Mas foi isso mesmo que, há cerca de dois mil anos, os Essénios fizeram, se não estou em erro. Aboliram o Jeová de má memória, e “criaram” Jesus Cristo. Que se tornou “divino” não por obra e graça de um qualquer espírito santo, mas por imposição de Constantino.

  • antoniofernando

    1 atento:

    Sou um homem livre e só respondo perante a minha consciência. Li algures que ” uma pessoa religiosa segue os ensinamentos da sua igreja, ao passo que a pessoa espiritual segue a orientação da sua alma”. Para mim, Deus está essencialmente na minha ” Vozinha Interior”, que normalmente surge de forma subtil e não espalhafatosa.Alguns chamam-lhe simplesmente ” Voz da Consciência”.Eu acredito em Deus através da imediação do sentimento religioso,de uma íntima convicção de que o Universo e a Vida foi criado pela entidade racional superior em que também acreditava Einstein. Quanto ao Inferno,obviamente que divirjo de Bento XVI e de todos que afirmem a existência de um lugar eterno de chamas ardentes. Não foi, como sabe, a posição de João Paulo II, que remeteu o Inferno para as zonas da nossa consciência. Nunca teve pesadelos ? Ele não existem ? E onde radicam ? Não é nas nossas consciências ? Imagine que cometeu um acto tão desumano que a sua consciência o acusa de forma muito contundente ? Não será isso um Inferno ? Imagine agora que, quando alguém morrer fisicamente, a alma permanece e que a consciência também.E que Hitler vê passar, atormentado, à frente da sua visão mental, uma por uma, todas as vítimas que ele ordenou que fossem massacradas no Holocausto. Não será isso um pavoroso inferno para além do horror que foi o Inferno do próprio Holocausto ?…

  • antoniofernando

    Caro José Moreira:

    Acredito em Deus como Amor e Bondade. E acredito que Deus criou a vida por forma a que cada um de nós fosse responsável pelos seus actos. Criou- nos a todos em liberdade e com livre arbítrio para fazermos o Bem ou o Mal. Não nos criou como autómatos ou como marionetas. Podemos perguntar porquê. Eu já me perguntei e julgo ter encontrado a resposta, fruto de uma longa reflexão ao longo da minha vida. Talvez um dia, se e quando o tema justificar e a ocasião, possa vir a desenvolver algo mais a este propósito….

  • antoniofernando

    Não tens que pedir desculpa seja do que for e não me trates por senhor que não gosto de referências desse estilo. Tens a tua opinião e eu a minha. Sou crente e não sou ateu.

    ” Onde estava esse deus quando as crianças foram violadas pelos padres e outros devotos ?”

    Tens pai e mãe, presumo.

    Que culpa têm os teus pais dos erros que tu cometas ? Deveriam andar ao longo de toda a tua vida, seguindo-te a par e passo para que não incorresses em nenhuma falta ?

  • Zeca-portuga

    Devaneios de um moribundo qeu nunca soube muito bem o dizia!

  • Zeca-portuga

    O Kriphall é um palhacito engraçado.
    Tem muito pouca capacidade argumentativa e de raciocinio. mas é um bom contador de histórias.

    Há muito tempo que não passo pleo blog dele, mas é um sitio engraçado onde apanhei umas barrigadas de riso com alguns amigos.

  • Jcduarte

    Brilhante.

  • Jcduarte

    Pois foi isso mesmo. Criou e desapareceu. E criou em sete dias dizem por aí, mas como é tudo alegórico bem podiam ter sido sete minutos ou sete séculos, já pouco importa. Mas de certeza que também criou o diabo para que ele possa ser o do bem e o outro o do mal. E pronto está tudo explicado. Ó Fernando pegue num livro de Astronomia e observe uma noite de luar e repare da imensidade de cosmos e caos que o universo alberga, e pergunte ao seu deus para quê tanta variedade e quantidade. Que tal?

  • Zeca-portuga

    Mas foi justo na observação.

    Um hipócrita ignorante a ser bajulado como um herói e uma autoridade em assuntos que não domina, só podia ser coisa de ateístas.

    Se atendermos ao título deste Post. então entramos no reino do absurdo, porque nada do que aqui se relata tem a ver com a origem do fascismo.

  • antoniofernando

    Que tal ? J

    Já perguntei e já obtive a minha resposta mas é só é minha.É pessoal e não está sujeita a escrutínio popular. Pergunte você a si próprio as questões filosóficas e existenciais que entender. Que tal ?…

    Imagine agora que Deus existe.Que você vai insultar alguém e aparece Deus e não deixa. Você vai bater noutra pessoa. Mas aparece Deus e não deixa. Outro vai cometer homicídio e aparece Deus e não deixa. Agora imagine que Deus faria isso com todos os seres humanos. Nessa concepção de Deus você já acreditaria ?
    A Humanidade seria desse modo ” perfeita” ?
    Que tal ?…

  • antoniofernando

    E já agora só mais uma pergunta:

    Porque é que os cientistas materialistas não tentam recrear em laboratório o início e a expansão do Universo a ver se conseguem ?

    Que tal ?…

  • Confrariaalfarroba

    brilhante?… quem? deus ou a argumentação infundamentada do fernando?
    resta-nos passar as noites a solicitar a presença do “divino”…(?)
    discutir deus?…
    sua existência?…
    que perca de tempo…
    deus não existe e ponto final.

  • Jcduarte

    O comentário brilhante foi colocado como resposta ao JoseMoreira como pode verificar e não à argumentaçao do Fernando.
    Concordo consigo mas por aqui, essa discussão ainda existe e ao alimentar a polémica sempre vai dando para ir batendo um pouco de tecla.

  • Confrariaalfarroba

    as minhas desculpas Jcduarte… loooool – não tinha reparado…

    pois…

    é que o brilho do divino ofusca! 😉

  • rayssa gon

    “ação catolica” —- medo!

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