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  • 17 de Julho, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

Quem não excomungou o nazismo ou o fascismo…

… prevê excomunhão para punir ordenação de mulheres

O Vaticano publicou na última quinta-feira normas que estabelecem que a tentativa de ordenação de mulheres como sacerdotes da Igreja é um delito grave e que pode ser punido com a excomunhão dos envolvidos.

As regras fazem parte da primeira modificação em nove anos da legislação canónica relacionada aos delitos “cometidos contra a moral ou na celebração dos sacramentos”, feita após uma revisão do papa Bento 16.

23 thoughts on “Quem não excomungou o nazismo ou o fascismo…”
  • Joey

    Não tem lógica a igreja excomungar o nazismo e fascismo!! A igreja ganhou muito dinheiro com ambos regimes… ganhou até um Estado(graças ao Patti Lateranensi de Mussolini).
    a igreja ganhou dinheiro e concordata pra votar a favor da lei de exceção que deu plenos poderes a Hitler (caso Zentrumspartei). Alguns padres chegaram a fazer parte do NSDAP.(ex: Hudal e Schachleiter). As intervenções militares do bom católico Hitler ajudaram a nascer 4 católicas ditaduras…. na Espanha (Franco), Slovakia (padre Tiso), França (Pétain) e Croácia (Pavelic).
    O bom católico Mussolini tabém ajudou a Igreja…. graças a ele… os bons valores católicos foram levados às “hereges” Abissinia e Albania….
    Em suma… o nazismo e fascismo foram bem melhores que os “satanicos” comunismo, socialismo e anarkismo….

  • anonimo

    O nazismo ou no fascismo não ofenderam as regras internas da Igreja nem eram crentes da Igreja Católica. Logo não se lhes aplica a excomunhão.

    Pelo contrário, o comunismo e o ateísmo tentam destruir a estrutura interna da igreja, incluído a sua orgânica e os seus sacramentos, e desprezando de forma vil os seus crentes, submetendo-os à tortura da blasfémia – evidentemente que deveriam ser excomungados.

    «o nazismo e fascismo foram bem melhores que os “satanicos” comunismo, socialismo e anarkismo…. » – Joey.

    É interessnate que seja um ateus/comunista/facista/facinora/genocida a dizer isto. Na verdade a o comunismo ateu foi muito mais cruel, muito mais sanguinário, muito mais barbaro contra o povo (ainda hoje é).
    O regime nazi e os regimes fascistas respeitaram (pelo menos parcialmente e dentro do possível) os acordos que tinham com a Igreja, reconhecendo e respeitando a soberania do Vaticano. Coisas que os comunistas/ateus não fizeram!

    Portanto, não vejo como poderiam ser excomungados.

    P.S.: o Nazismo é, na sua génese, um socialismo e foi implantado sob o escrutínio democrático… coisas que o ateismo considera imaculadas e intocáveis.

  • jovem1983

    Caríssimo anonimo:

    Tenha atenção que houve vários elementos das forças nazis, quer do topo, quer das bases, que eram cristãos católicos e isso não os impediu de integrarem as movimentações do regime.

    Antes que possa interpretar dessa forma, e como facilmente revê, com isto não estou a insinuar que todos os católicos participaram.

    Outra coisa, não deve resumir todos os acontecimentos e aspectos que menciona ou apenas sugere ao factor religioso ou à ausência de religião, pois isso empobrece drasticamente toda a leitura de um quadro complexo que essas denotações estão longe de captar.

    Não se trata de sermos crentes ou descrentes para lidarmos seriamente com estas matérias, mas sermos sérios para compreender que o que moveu essas realidades assentava precisamente num conjunto mais vasto e complexo de interesses.

    Tenha atenção que o socialismo que pretendeu mencionar no seu post scriptum era o Nacional Socialismo, deve procurar por isso informar-se devidamente se não conhece as diferenças ideológicas sobre aquilo que escreveu.

  • Joey

    Anonimo… escrevi em tom irônico, pois rejeito a igreja e o nazifascismo!
    Ah, alguns regimes e movimentos fascistas europeus eram bastante ligados à religião.
    Ex: rexismo belga, ustasha croata, falange espanhola, guarda de ferro romena e o regime eslovaco de monsenhor Tiso.

  • Carlos Esperança

    O estado do Vaticano foi negociado com Mussolini, um católico que tornou obrigatório o ensino da religião nas escolas do Estado. Hitler, o bem-amado dos bispos austríacos também assinou uma concordata com o seu Papa e tornou o ensino da religião obrigatório. Foram os padres e pastores que lhe deram os registos de baptismo para poder saber quem eram os judeus.

    Enfim, insultos de quem quer reescrever a história.

  • Joey

    Ah…. os católicos ditadores Franco, Pavelic, Tiso e Ngo Dinh Diem não respeitavam minorias religiosas. Vários ortodoxos, budistas, test. de Jeová, judeus etc. foram perseguidos por eles.
    Ah, você acusa os comunistas disto e daquilo. cada país comunista teve realidade distinta. inclusive nas relações com a igreja. Nunca ouvi falar de paises como Cuba, Iugoslavia e Vietnam serem anticlericais radicais e extremos! O país americano que bateu recorde de anticlericalismo extremo foi o México na época de Plutarco. O anticlericalismo dele contribuiu na eclosão da Guerra Cristera! Já a Iugoslávia, o unico episodio de “anticlericalismo” foi a prisão de cardeal Stepinac (e outros prelados) por colaborarem com Pavelic e Hitler! Já o Vietnam… quem mais promoveu intolerancia religiosa foi o católico ditador Diem (Saigon).

  • Joey

    e sem falar que o Partido Católico (Zentrum) votou plenos poderes pra Hitler em troca da Concordata.

  • Anonimo

    «pois rejeito a igreja e o nazifascismo!» – Joey.

    Como!? Como pode um sectarista de ideias facio-nazis, com instintos de perseguição dizer que rejeita aquilo que mostra ser.

    Os regimes políticos eram constituídos homens cuja maioria eram católicos de nascença. Alguns eram tão crentes como os católicos de nascimento que mantêm este blogue.

  • Anonimo

    Mussolini tinha tanta legitimidade para negociar sobre o Vaticano, como Mário Soares tinha para negociar a independência e Angola, ou de Moçambique.

    Tinha tanta legitimidade para determinar aulas de religião obrigatórias como teve o governo português extinguir as ordens religiosas ou para acabar com essa aulas.

    A questão do Vaticano insere-se num processo histórico, sendo os estados pontíficios muito anteriores à Itália unificada (dessa Itália unificada não nasceu apenas o Vaticano). Logo, Mussolini não deu nada à Igreja. Apenas resolveu um velho problema, dando o seu a seu dono.

    A concordata é um Instrumento de Direito Internacional… o mesmo não se pode dizer das negociatas dos comunistas ateus com Hitler, visando perseguir e exterminar pessoas. Hoje, só um ignaro em grau extremo acusa PIO XII de colaboracionismo nazi, quando existem provas irrefutáveis e cientificamente testadas do contrário.

    « Foram os padres e pastores que lhe deram os registos de baptismo para poder saber quem eram os judeus.» – CE
    Falsidade e estupidez. Inclusive, foram perseguidos os “cristãos novos” e judeus imigrantes. Nem era possível, só pela registo de baptismo, saber quem era judeu.

    ENFIM, INSULTOS DE QUEM QUER REESCREVER A HISTÓRIA… de forma desonesta!

  • Anonino

    Era bom começar a lista pelos mais sanguinários ateus.
    A lista do “democídio” começa assim:

    “Em números absolutos, o maior matador foi o ditador chinês Mao Tsé-tung, que mandou nada menos que 77 milhões de compatriotas para o além.

    Em percentual relativo, o líder mais sanguinário foi o general Pol Pot, que assassinou “apenas” 2 milhões de pessoas – um terço da população do Camboja, país em que ele foi primeiro-ministro entre 1976 e 1979.”

    Ou seja, Mao Tsé-tung, sozinho, matou mais do todos os aqui se citam.
    Este dois (por exemplo) mataram para impor uma nova mentaldiade, em nome do ateísmo. Se procurassemos igual motivação no cristianismo, teríamos que ir para o fim da lista.

    Fala dos grandes antes dos pequenos!

  • ajpb

    O SR. PRIOR ANÓNIMO, GRANDE RESPEITADOR DOS REGIMES NAZIFASCISTAS, DEVERIA PENSAR SOBRE AQUILO QUE DIZ E ESCREVE, POIS QUE EU SAIBA NÃO HÁ BÉBÉS CATÓLICOS OU SERÁ QUE JÁ NASCEM A CHEIRAR À ÁGUA CHOCA A QUE CHAMAM BENTA E AO BAFIO DAS IGREJAS…
    AQUILO QUE PODERÁ HAVER É FILHOS DE PAIS CATÓLICOS, FILHOS ESSES QUE IMPOSSIBILITADOS DE DIZER NÃO, DEVIDO À SUA TENRA IDADE, LHES É IMPOSTO A CHANCELA DESSA RELIGIÃO OU DE QUALQUER OUTRA, PARA FAZER PERDURAR O OBSCURANTISMO DO MEDO,O PAGAMENTO DO BAPTISMO, DAS COMUNHÕES,DA BULA, DO CASAMENTO, DO DIVÓRCIO, E JÁ DEPOIS DE MORTO CONTINUA A EXPLORAÇÃO COM O FUNERAL, AS MISSAS DE 7º DIA, ETC, ETC, ETC…
    E EU A PENSAR QUE A EXPLORAÇÃO TINHA ACABADO COM O 25 DE ABRIL..PATA QUE O LAMBEU.

  • ajpb

    O SR. PRIOR ANÓNIMO, GRANDE RESPEITADOR DOS REGIMES NAZIFASCISTAS, DEVERIA PENSAR SOBRE AQUILO QUE DIZ E ESCREVE, POIS QUE EU SAIBA NÃO HÁ BÉBÉS CATÓLICOS OU SERÁ QUE JÁ NASCEM A CHEIRAR À ÁGUA CHOCA A QUE CHAMAM BENTA E AO BAFIO DAS IGREJAS…
    AQUILO QUE PODERÁ HAVER É FILHOS DE PAIS CATÓLICOS, FILHOS ESSES QUE IMPOSSIBILITADOS DE DIZER NÃO, DEVIDO À SUA TENRA IDADE, LHES É IMPOSTO A CHANCELA DESSA RELIGIÃO OU DE QUALQUER OUTRA, PARA FAZER PERDURAR O OBSCURANTISMO DO MEDO,O PAGAMENTO DO BAPTISMO, DAS COMUNHÕES,DA BULA, DO CASAMENTO, DO DIVÓRCIO, E JÁ DEPOIS DE MORTO CONTINUA A EXPLORAÇÃO COM O FUNERAL, AS MISSAS DE 7º DIA, ETC, ETC, ETC…
    E EU A PENSAR QUE A EXPLORAÇÃO TINHA ACABADO COM O 25 DE ABRIL..PATA QUE O LAMBEU.

  • jovem1983

    Caríssimo Anonimo:

    Já que menciona com tamanho conhecimento a existência de provas irrefutáveis e cientificamente testadas para desligar a relação entre o papado e o regime Nazi (relação surpreendente quando existem centenas de fotografias da época que demonstram o contrário), quais as provas que corroboram a sua afirmação anterior:

    “(…) negociatas dos comunistas ateus com Hitler, visando perseguir e exterminar pessoas“?

    Agradecia a menção das fontes documentais que fazem essa prova porque delas não tenho qualquer conhecimento.

    A não existirem provas para essa ligação abstenha-se de tentar influenciar desonestamente a leitura da História (não digo (re)escrever a História porque isso cabe claramente aos profissionais).

  • jovem1983

    Caríssimo Anonimo:

    Qualquer leitura nesse tipo de registo é primária, carece de seriedade e também tendenciosa. As realidades culturais e épocas em que ocorreram esses crimes, têm como base questões mais complexas que o resumo à religião ou ausência da mesma não permite captar.

    Se por acaso alguém quiser utilizar argumentos do calibre que utilizou, facilmente colocam os regimes teístas num lugar preponderante, visto que a história da religião é uma história longa de desenvolvimentos de séculos de afirmação, onde se inclui a violenta sobre os demais, bem como as referências que constam no suposto livro sagrado não abonam a favor de uma instalação pacífica, onde episódios como o Dilúvio ou a Morte dos Primogénitos do Egipto são apenas dois exemplos. Mas claro, a Bíblia supostamente sagrada, escrita por homens inspirados pelo suposto criador não deve ser interpretado literalmente, concluo esse sentido pelo abstencionismo desses aspectos no seu comentário anterior, isto é, uma leitura parcial num determinado sentido que convém a determinada mensagem a repassar. Lamentável.

  • jovem1983

    Caríssimo ajpb:

    A verdade é que todos os bebés quando nascem estão mais próximos do ateísmo do que de qualquer religião em específico, e caso não fossem as ideologias religiosas culturalmente e actualmente desenvolvidas pela humanidade, tendencialmente passadas de geração em geração, teríamos outras ou mesmo nenhuma religião, e esta visão deveria ser suficiente para contribuir por si só para o questionamento da veracidade e validade religiosa.

    Cumprimentos.

  • JoaoC

    O ateísmo nega a existência de Deus, certo? Até hoje não vi um único bebé (e já há mais de três anos que os vejo nascer) a negar Deus! Que me diga que os bebés nascem sem a consciência plena da existência de Deus, é uma coisa. Que diga que sestão mais perto do ateísmo, é ridículo.

  • jovem1983

    Caríssimo JoaoC:

    Reparará certamente que utilizei a fórmula “mais próximos do ateísmo“, precisamente para distinguir e não remover qualquer valor conceptual dos conceitos de Ateísmo e Teísmo, logo, e pela continuação do meu comentário, estava compreensível o valor dessa argumentação na construção cultural individual segundo lógicas de grupo, onde determinado bebé seria inserido e a sua educação direccionada segundo determinada crença e/ou religião.

  • Anonimo

    Este que não é Prior, porque nunca quis (e se quisesse, qual era o problema).
    Deixava o “ajpb” de ser indecente e malcriado se eu fosse padre!?
    Talvez o Pb do nick name não esteja mal. Sendo PB o símbolo químico do Chumbo, acho que “ajpb” tem excesso do dito no cérebro.

    O “ajpb” é tão ingénuo que não sabe que os pais têm o poder e obrigação legal de representar o seu filho em tudo que respeite à sua educação e integração na sociedade e na cultura.
    O bebé também não é chamado a escolher o nome; escola que vai frequentar; tampouco se quer andar na escola… etc. Isso são atribuições legais e deveres do poder paternal.

    Se os filhos dos ateus são criados como animais… isso é problema vosso.
    o Homem difere dos animais na parte racional, onde a espiritualidade é um componente importante. Se os ateus são deficientes nesse campo, deveriam os seus filhos ser considerados crianças em risco, já que os pais lhes negam uma parte importante da cultura e da integração na sociedade.

    Nunca me esquecerei de um miúdo, filho de uma comunista irresponsável, que num consolatório médico, depois de ver umas fotos de uma criança na 1ª comunhão, diz à mãe:
    “É bom ser rico! Mãe por que não tens “guito” para eu ser assim como este menino?”

    O fundamentalismo ateu e a escuridão que limita a sua mente é uma coisa horrível, nojenta, triste e envergonha ao filhos!

  • Anonimo

    Isso é desonestidade e insolência.

    E, para uma pessoa que até parecer ter um certo nível cultural, a desonestidade, o fazer de conta que não sabe, é algo completamente vil.

    O que talvez não saiba, é que a perseguição aos judeus na Europa (levada ao extremo por Hitler) começou precisamente na Rússia, fruto de uma estupidez.

    Tudo começou no verão de 1897, quando um jornal russo (o Znamia = Bandeira) publica um texto anónimo sob o título: “Os Protocolos dos Sábios de Sião”.

    Era, supostamente, um relatório de vinte e tal conferências, completamente secretas, de um conselho de eruditos judeus cuja finalidade era dominar o mundo e aniquilar a cristandade.

    Segundo o dito relatório, os “sábios de Sião” (os judeus) preparavam-se para provocar a queda das monarquias cristãs da Alemanha e a ruína da aristocracia russa. Estavam prontos a reinar sobre o mundo e reduzir os não-judeus à condição de escravos.

    Assim nasceu uma corrente severa de anti-semitismo que se espalhou pela Europa. Os acordos de Hitler com Staline, embora a noticia houvesse sido desmentida , reflectem ainda essa preocupação comum.

    Era um delírio como aquele que os ateus e os fanáticos europeus têm contra os islâmicos, impondo restrições às suas liberdades, hipocritamente, em nome da sua (deles) liberdade.

    Estupidez.

    Portanto, Jovem1983, não gosto de falta de honestidade.

  • Anonimo

    Mais uma vez, não gosto de desonestidade.

    Falava-se de gente sanguinária. Aqui, os ateus (os que citei fizeram-no em nome do ateismo, e da recolução cultural que ele implicava) foram mais mortíferos do que todos os citados juntos, mais a Inquisição.

    Deus, Senhor e Criador de todas as coisas, pode dispor delas como entender. Não ser trata de uma obra humana, mas sim da vontade de quem é omnipotente.

  • jovem1983

    Caríssimo Anonimo:

    Não há desonestidade no que escrevi, mas um alerta para que as coisas não sejam vistas exclusivamente no preto e branco da religião ou não religião.

    Qualquer regime totalitário ou qualquer religião que se arroga no sentido do totalitarismo são reprováveis, contudo isso é apenas uma camada de um vasto conjunto de interesses, que passam pelo reconhecimento social, consequente influência generalizada, manutenção e validação das estruturas e hierarquias pré-estabelecidas atingida pela acentuada orientação social, retorno monetário, poder para participar na governação, etc., esses interesses individuais mantidos restritamente por grupos que mutuamente beneficiam com determinado estado e condições subsequentes também palpitam no cerne das religiões. Creio que já reparou que no topo das pirâmides religiosas se concentram as maiores riquezas…

    Sobre o seu deus, como há outros deuses que supostamente também criaram o mundo, essa é a sua convicção, mas em tempos houve quem, por exemplo, acredita-se que o criador tinha sido Atum (deus egípcio que supostamente criou o mundo, segundo uma história que está mais próxima da concepção de vida, através da sua ejaculação).

    Nem de um, nem do outro, nem de qualquer deus há provas de existência, mas a maior parte arroga-se de conceitos que limitam a possibilidade de discussão com os crentes: omnipotente, omnipresente, verdadeiramente bom, etc. etc..
    Mesmo que houvesse a prova de um determinado ser sobrenatural para além da realidade, teria ainda de haver prova que relacionasse determinada divindade em específico com a criação, pois apenas só ficaria provada a existência de um determinado ser sobrenatural e não a sua relação com a criação.

    Até à data, na ausência de provas em contrário, é o homem que põe e dispõe das coisas existentes em nome de um suposto deus que teria transmitido a sua sabedoria no Passado, tanto eu e você pudemos operar nesses moldes, contudo eu opto por reger a minha vida assumindo total responsabilidade pelos meus actos, não me verá dizer em relação a qualquer coisa não correu bem “foi a vontade de Deus”/”Deus escreve certo por linhas tortas”/”Deus manifesta-se por linhas misteriosas”.

    Sobre a base da suposição, visione se tiver a disponibilidade uma pequena animação satírica sobre como as coisas poderiam ter acontecido e não aconteceram, animação que precisamente trata essas suposições com o mesmo valor: suposição.

    Sátira “O que Jesus Não Faria?”: http://www.youtube.com/watch?v=zOfjkl-3SNE

  • jovem1983

    Caríssimo Anonimo:

    Os geralmente reconhecidos “Protocolos” já foram objecto de estudo, a sua origem foi rastreada a textos satíricos anteriores à data que faz menção, e que não fazem qualquer menção aos judeus, situação introduzida posteriormente pela revisão e adição de novos elementos às fontes literárias anteriores que serviram de base ao texto que referiu.

    Verifico a distinção que fez ao escrever “supostamente” ao antever o conteúdo da discrição do conteúdo dos ditos “Protocolos”, captou precisamente a consideração correcta para a natureza que reveste a perspectiva de validade dos elementos dos mesmos, ou seja uma interpretação.

    Essa interpretação foi explorada por Hitler, que utilizou por vezes menção ao conteúdo dos “Protocolos” nas suas acções de propaganda e discursos políticos (plasmando mesmo menções aos “Protocolos” no livro que escreveu na década de 1920), todavia os “Protocolos” serviram a orientação anti-semita em que Hitler fora criado num contexto cultural específico na época e naquele território (não nos esqueçamos que o anti-semitismo já se sentira muito anteriormente na Europa, por exemplo em Portugal), inserido em correntes anti-semitas católicas a Sul da Alemanha e na Áustria, que lhe inspiraram uma visão guerreira do Cristianismo, a favor da qual fez corresponder uma visão de Jesus Cristo enquanto guerreiro, combatente contra o povo que supostamente o abnegou à cerca de 2000 anos atrás, e supostamente o conduziria sua à morte física, e com esse exemplo a luta contra o judeu tinha divina justificação. Existem discursos de Hitler na década de 1930 que contém explicitas todas estas menções.

    Esta linha de pensamento integra e exponencializou uma parte controversa dos desenvolvimentos culturais da época, uma época ainda marcada por efeitos da Primeira Grande Guerra, pelo forte desemprego e desamparo económico e social sentidos nos espaços germânicos, e onde parte da classe burguesa continuava a possuir elementos de riqueza, por exemplo, vários Judeus eram banqueiros na altura, existindo portanto uma “classe” representativa de judeus endinheirados, cujo descontentamento generalizado foi fortemente direccionado por interesses económicos e financeiros. Neste caminho, o interesse de Hitler recaía sobretudo no interesse estratégico político, tendo as distinções religiosas justificado o veículo do ódio étnico-religioso de modo a contribuir para a concretizar internamente parte da visão totalitária e opressiva que caracterizou a sua ditadura.

    Tenha atenção que a limitação da liberdade religiosa é uma discussão com várias vertentes. A França, quer católicos, quer descrentes, por via do clima de suspeição pós-11 de Setembro, quer os movimentos de defesa dos direitos humanos e da igualdade de género, pretendem proibir em espaço público o uso dos véus integrais, unicamente estes, porque limitam o reconhecimento e identificação dos indivíduos e alimentam a ideia de “cidadão de 2ª Categoria”, em ambos os casos há veracidade indiscutível nesses elementos. Continuará a haver liberdade de religião em França, a possibilidade de utilizar outra indumentária marcada como manifestamente religiosa em espaços públicos franceses, como também a legislação não entra nos espaços religiosos e no seio do lar dos respectivos crentes.

    Sobre a acusação de intolerância religiosa, tenha atenção que bem há pouco tempo desenvolveram-se na Europa contra a construção de minaretes nas mesquitas, através de acções de grupos religiosos que tiveram correspondente político, e não da parte dos descrentes, onde alguns chegaram mesmo a opor-se contra a “captação” da liberdade religiosa realizada pelo movimento e sentimento religioso dominante.

    No lugar de me acusar de desonestidade e insolência demonstre provas irrefutáveis das suas alegações que elas valerão por si, pois, segundo o mote, “contra factos não há argumentos”. Para terminar, há mais pessoas que apresentam níveis culturais, quer crentes, quer descrentes, mas por vezes determinados preconceitos sobressaem, e felizmente as provas que enformam os argumentos continuam a valer como uma clara e evidente distinção de determinado valor.

  • jovem1983

    Caríssimo Anonimo:

    Da minha parte, pelo que conheço, os filhos de ateus são educados similarmente aos filhos dos crentes, a diferença está na forma como lhes ensinam e apreendem determinada mundividência e cosmovidência.

    No lugar de os país ateus ensinarem aos filhos que há inferno, que deus castiga, etc. etc., ensinam que as suas acções têm determinados efeitos pelos quais serão responsabilizados perante uma sociedade que não pensa da mesma maneira consoante as suas acções e reacções.

    O primado do seu pensamento deve assentar na exigência de provas substanciais, sendo importante as considerações sobre as provas de evidências que se tornam generalizadas, mas que têm de ser ponderadas segundo o seu valor em determinadas condições, que todos podem testar e verificar a veracidade dessas aclamações, situação que faz toda a diferença no mundo real, pois é importante não esquecer as evidências acumuladas pelo conhecimento da humanidade: as coisas acontecem na realidade concreta e até à data não há nada que tenha sido provado que ocorra fora da mesma.

    Caso o filho de um ateu passe a possuir a convicção na existência de uma determinada divindade, o valor do pensamento crítico, o primado do indivíduo e sua acção e efeitos na sociedade em que vive, e a responsabilidade pelos seus actos, enformam parte do pensamento crítico de alguém com poder de questionar para além das “amarras” dos pensamentos religiosos convencionais, e que percebem que determinadas generalizações são incorrectas, muitas vezes infundadas em preconceito, logo estão no fundamental erradas.

    Tenho dois sobrinhos educados desta forma, que não acreditam em divindades e que estão perfeitamente integrados no funcionamento da sociedade, e para orgulho das pessoas que contribuem para a sua educação, continuam a ser os alunos com melhores resultados nas suas escolas.

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