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  • 17 de Julho, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • AAP

Entrevista ao DN

DN - 14-07-2010

Link do DN aqui

31 thoughts on “Entrevista ao DN”
  • jovem1983

    Creio que os símbolos religiosos contribuem para uma determinada orientação colectiva:

    1º Deus; 2º País e 3º Indivíduo.

    O problema deste sentido de orientação é a matéria prima que pode ser transformada ao serviço da violência com pretexto religioso – é nesta fórmula que se criam os terroristas religiosos.

    A garantia que as escolas se centram no indivíduo, valorizando o papel e importância que têm para a construção da sociedade, com base na Liberdade e Responsabilidade terrena, permite minorar drasticamente as condições favoráveis que podem permitir (e que permitem em alguns espaços) essas situações.

  • JoanaPPR

    Mas isto é jornalismo ou estupidez?

    “Não há lugar a compromisso?”

    Compromisso com quem?
    Desde quando uma associação que não em expressão representatica nenhuma é chamada a uma discução de milhões de pessoas?
    O jornalista ou é fanático ateu ou doente.
    A associaçaão ateista representa alguém no país? Tem alguma legitimidade para ser chamada à pronunciar-se? Antes dela estão todas as associações recreativas e culturais, associações de moradores, de jogos tradicionais, etc.

    A opinião deste cego vale apenas como a opinião de uma anónimo cidadão da rua. Por sinal, um cidadão muito mal integrado na sociedade, ou um excluido.

    A maneira como se refere à quase totalidade dos portugueses, achando que ele é o centro do mundo e que manda alguma coisa na sociedade, permite ver um individuo muito doente ou muito perigoso.

    Deve ser uma anedota.

  • JOAOC

    “Eis que este menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição” (Profeta Simeão, a Nossa Senhora) (Luc. II, 34).

    “Julgais que vim trazer a paz à terra? Não, vos digo eu, mas A DIVISÃO; porque de hoje em diante, haverá numa casa cinco pessoas, divididas três contra duas, e duas contra três. O pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra” (Luc. XII, 51-53).

    Por fim, o início da luta que durará até ao fim dos tempos:

    “Colocarei inimizades entre ti (o demônio) e a mulher (a Virgem Maria), entre a tua raça (os filhos do diabo) e a dela (os filhos de Nossa Senhora), e Ele mesma te esmagará a cabeça” (Gen. III, 15).

    A divisão não tem que ser necessariamente má.

  • Carlos Esperança

    Joana:

    Não me importo que me insulte e tenha um ódio tão grande à democracia e ao pluralismo mas, por favor, respeite um pouco mais a língua portuguesa.

    Se tivesse sido minha aluna, podia pensar da mesma forma (nunca manifestei o meu ateísmo aos alunos) mas escreveria muito melhor, com mais respeito pelo ortografia e, provavelmente, pela cidadania.

  • jovem1983

    Caríssimo JOAOC:

    Apesar de compreender cada uma das passagens distintas que expôs no seu comentário, lamento mas não compreendi o sentido que pretendeu exprimir com a conjugação das mesmas.

  • JoanaPPR

    Está a insinuar o quê?

    Ai do professor que me tocasse!

    Quando vejo alguém a auto elogiar-se é falta de valor, de certeza.
    Não vejo onde esteja o português exímio, nem a criatividade, nem a clareza e expressividade, nem sequer uma demonstração de inteligência.
    Vejo argumentos velhos, desgastados e pouco ou nada válidos.
    Vejo caquexia degenerativa, quando o normal seria bom-senso, tolerância e sabedoria.

    É você que insulta a democracia, e não eu.
    O maior insulto, o maior desprezo, a maior ofensa à democracia é uma insignificante minoria querer que a maioria se curve e obedeça aos seus desvarios e fantasias.

    Em democracia, as minorais devem pedir respeito mas nunca podem achar que ditam a sua ideologia à maioria. Sem isto não é possível haver pluralismo. Sem isto não há democracia.

    Antes de escrever, seja o que for e sobre que assunto for, faça um rascunho e retire, desse discurso, todas as manifestações de ódio, maldade, insulto, hipocrisia e mentira. Depois misture-lhe alguma humildade, modéstia, coerência e erudição.

    Se assim fizer, juro-lhe, terá aqui uma leitora que o admidra!

  • jovem1983

    Cara JoanaPPR:

    Infelizmente você mistura propriedades de democracia e ditadura. A existência de uma democracia é precisamente para que a maioria não reserve para si a orientação pessoal dos restantes indivíduos, caso contrário viveríamos num regime ditatorial. As reservas do Estado na sua organização e na organização de espaços públicos perante a religião respeita a Constituição da República Portuguesa, promovendo a sua neutralidade em relação às diferentes religiões, ao mesmo tempo que possibilita a existência de diferentes escolas confessionais, assumidamente religiosas com ensino orientado por directivas religiosas, para quem as queira frequentar.

    Isto é precisamente reflexo da vida em democracia, onde se respeita precisamente a neutralidade, pluralidade e laicidade, ao mesmo tempo que se mantém a possibilidade e não se interfere na expressão da religiosidade dos grupos de crentes e do foro particular.

    Precisamente por esta separação/atenção, quer as restantes religiões que não adoram a cruz, quer os descrentes que não acreditam no que esses e os outros acreditam, quer as escolas que têm como único objectivo ministrar ensinamentos específicos exteriores aos ensinamentos das religiões, não estão necessariamente restritas à ditadura da maioria, maioria que mantém as condições para a sua manifestação em espaços exteriores às salas de aula das escolas públicas, espaços claramente assumidos e identificados.

  • Carlos Esperança

    Acha que merece que lhe responda? Leia o que escreveu, da primeira vez, e o ódio cristão (?) que bolçou.

    Agora escreveu sem erros. Afinal, continuo a exercer uma actividade pedagógica.

    Quanto às crenças, fique com as que tem. Não me verá a chamá-la fanática ou doente num blogue em que escreva. Antes de entrar em casa alheia, costumo limpar os pés.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Talvez que opiniões diferentes existam em uma busca pela verdade.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Democracia e minoridades são para ser respeitadas, o ateismo quando exercido em forma de ateismo prático torna-se em uma religião e devemos respeitar todas as religiões e crenças e por essa mesma forma acho que isso dos cruxificos é de uma certa forma um desrepeito pela crença pessoal dos proprios crentes e cultura humana tanto que estamos no ano 2010 depois de Jesus Cristo ou seja podia-se começar a escrever a data tipo: -|- 2010 em que a cruzinha significa depois de Jesus Cristo.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA

    jovem1983 creio que a Joana tem razão em lutar contra o retirar dos cruxifixos, quantos menus cruxifixos mais exposição, não me parece ser por mal sua expressão uma vez que se repararmos somos um pais maioritariamente Católico e dai os crentes quererem ser respeitados até inclusive pela propria cultura humana de seu proprio patrimonio mundial.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Eu proponho que se comece a escrever antes da data uma cruzinha para representar que estamos no ano depois de Jesus Cristo.
    Exemplo: -|- 2010
    Dai não haver sentido em retirar os cruxifixos das escolas e de outros sitios, tanto que nem de laicidade se trata uma vez que as várias religiões inclusive a mulçumana acreditam em Jesus Cristo dai não se tornar sinonimo propriamente de discordia por causa de isso.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Deixem lá as cruzinhas em paz…

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Sempre que alguem escreve a data deve-se lembrar de Nosso Senhor Jesus Cristo porque estamos no ano 2010 depois de Jesus Cristo.

  • ajpb

    LI TODOS OS COMENTÁRIOS A ESTE ARTIGO E ÀS VEZES NÃO CONSIGO RESPONDER A GENTE QUE SE MOSTRA INCAPAZ DE VER PARA ALÉM DE UMA LENDA COM MAIS DE 2000 ANOS, COM POUCOS FACTOS VERÍDICOS E MESMO ESSES DIFÍCEIS DE SEREM COMPROVADOS. SEI QUE É UMA QUESTÃO DE FÉ, MAS NÃO CHEGA…
    NÃO SÃO OS INSULTOS QUE ABORRECEM MAIS, EMBORA NÃO DEVESSEM EXISTIR. AGORA, DEFENDER-SE A IMPOSIÇÃO DAS SUAS CRENÇAS, COMO TÊM FEITO AO LONGO DOS SÉCULOS, PRINCIPALMENTE A CRIANÇAS, MAS TAMBÉM A ADULTOS, EM LUGARES PÚBLICOS QUE DEVIAM SER DE TODOS E PARA TODOS…? ISSO É QUE NÃO É ACEITÁVEL.
    PERCEBO QUE NÃO GOSTEM DE PERDER INFLUÊNCIA… MAS OS TEMPOS SÃO OUTROS…AS GRANDES PERSEGUIÇÕES EM NOME DA FÉ COM CHACINAS E BARBARIDADES COMETIDAS, JÁ ACABARAM. ATÉ JÁ VIERAM PEDIR DESCULPAS POR ISSO, EMBORA AINDA TENHAM QUE PEDIR POR MUITO MAIS.
    A TOLERÂNCIA, O BOM SENSO E PRINCIPALMENTE O DIREITO QUE TODOS TEMOS EM LUTAR PARA TENTAR VIVER DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS EM QUE ACREDITAMOS É O FUTURO.
    POR ISSO NÃO SE PODE ENTENDER POR QUE RAZÃO À ICAR E AOS CRENTES NÃO LHES CHEGA AS SUAS IGREJAS E AS SUAS CASAS PARA SE DEDICAREM AOS SEUS ASSUNTOS RELIGIOSOS, QUE ATÉ DEVIA SER UM SENTIMENTO ÍNTIMO.
    POR OUTRO LADO, SENTIREM A NECESSIDADE DE EXPOR AS SUAS CRENDICES E INFLUÊNCIAS RELIGIOSAS NOS LOCAIS PÚBLICOS E PRINCIPALMENTE NAS ESCOLAS É QUE NÃO É ACEITÁVEL.
    ASSIM, É CONVENIENTE QUE O ESTADO PARA ALÉM DE DEVER FAZER CUMPRIR A LEI, LIMPE DE VEZ TODOS OS LOCAIS PÚBLICOS DESSAS EXCRECÊNCIAS E AS DEVOLVA AOS SEUS DONOS PARA AS UTILISAREM CONFORME ENTENDEREM, DE MODO QUE TODOS , MAS TODOS MESMO, NÃO SINTAMOS NECESSIDADE DE PERGUNTAR PORQUE RAZÃO SE ENCONTRA UMA CRUZ QUE EU NÃO QUERO NUM LOCAL QUE TAMBÉM ME PERTENCE E TAMBÉM PAGO PARA MANTER.

  • jovem1983

    Caríssimo Pedro:

    Compreendo a sua vontade ou a da Joana em relação à manutenção dos crucifixos, contudo creio necessário não resumirmos estas questões à ideia de herança cultural ou em relação à maioria da população se identificar com determinado credo.

    Ambos não enquadram a posição dos restantes indivíduos ou grupos existentes nas comunidades, quando sabemos que existem muitos que professam credos diferentes ou então nenhum credo.

    Esta discussão deve centrar-se especificamente nas salas de aula das escolas públicas, como parte crucial de um sistema público dedicado ao ensino de crianças de diversos quadrantes, e que não deve ter qualquer fim ou orientação religiosa.

    Essa atenção que escreveu sobre a maioria católica verifica-se claramente na existência de escolas confessionais e nos edifícios para culto claramente identificados, que espelham essa parcela da herança cultural comum. Na reserva educacional pública plural e na reserva religiosa específica, mantém-se uma situação que salvaguarda o interesse e autodeterminação dos demais, pois as famílias que tem o interesse em educar as crianças na religião católica têm escolas específicas, como também têm a formação catequética nas paróquias, e ainda têm a oportunidade de possuir uma disciplina opcional nas escolas públicas, situação que permite que, por exemplo, uma criança cuja família de origem muçulmana ou então descrentes (isto não quer dizer que a criança no futuro por sua vontade não se possa identificar com determinada religião), possa frequentar as escolas públicas sem constrangimentos simbólicos que facilitam sectarismos (compreenderá que não estou a determinar necessariamente uma causa e um efeito, mas sim um contributo para essa situação prejudicial que alimenta preconceitos entre crianças).

    Cumprimentos.

  • jovem1983

    Caríssimo Pedro:

    A ideia do ateísmo prático é meramente um rótulo que pretende destingir uma conduta de indivíduos que favorecem comportamentos activos em relação às religiões, todavia, em caso algum dentro dessas classificações confortáveis, é possível relacionar ateísmo com religião, visto que o ateísmo nega a existência de deuses, logo não segue determinados preceitos ou rituais concernentes com determinado credo, enquanto a situação oposta caracteriza as religiões.

    Concordaria com esse desrespeito que menciona se a discussão fosse para anular a expressão livre da religiosidade dos crentes, e particularmente fosse para retirar os crucifixos das escolas confessionárias particulares ou das fachadas dos templos religiosos, mas como não é esse o caso mas sim a remoção de crucifixos das salas de aula das escolas públicas, que devem enquadrar a neutralidade do estado perante estes assuntos conforme a moldura constitucional, quadro esse que, em última análise, permite a existência de diferentes credos e descrença, bem como a cada um que queira procurar uma determinada educação religiosa a possa encontrar nos espaços claramente assumidos e identificados para o efeito.

    Pessoalmente não encaro isso como um desrespeito, mas finalmente um respeito alargado para os demais e um acentuar da atenção onde esta deve estar num espaço escolar: no ensino disciplinar para a obtenção de competências e conhecimentos aplicáveis, nada mais.

  • jovem1983

    Caríssimo Pedro:

    Tenha atenção que os muçulmanos acreditam em Jesus profeta, não em Jesus Cristo.

    Deixo aqui uma animação com cerca de 10 minutos, que demonstra alguns aspectos de concordância e discordância entre religiões. Esta animação pode ser uma brincadeira, mas as questões que aborda reflectem verdadeiras discussões nesses campos.

    The Great Debate: http://www.youtube.com/watch?v=95VTh4FA_gE&feat

    Cumprimentos.

  • JoaoC

    Bem visto, Pedro!

    Nosso Senhor seria muito mais lembrado. E incomodaria muito mais os inimigos.

    19 de Julho -|- 2010.

  • JoaoC

    Bem visto, Pedro!

    Nosso Senhor seria muito mais lembrado. E incomodaria muito mais os inimigos.

    19 de Julho -|- 2010.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Se é lenda Don Afonso Henrriques também é lenda, etc, etc, etc… é tão lenda que inclusive até hoje em dia escrevemos -|- 2010 depois de Jesus Cristo.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Jesus Cristo profeta e Jesus Cristo da Santa Igreja Católica, Jesus Cristo um iluminado mestre pelo budismo e outros mais… não deixa de ser o Jesus Cristo.
    Os mulçumanos acreditam em Jesus Cristo como na Santa Igreja Católica mas como Jesus Cristo profeta, não esquecendo que eles vieram sensivelmente pelo ano 666, ano em que se deu a expansão do islamismo e nao esquecendo que mesmo a primeira mulher do fundador do islao sendo católica eles não tem usam os 4 livros existentes na biblia que falam sobre a vida de Jesus Cristo e nem São José conhecem, então questiono-me eu onde é que eles forma arranjar os 4 livrinhos e suas traducções porque se eles dizem que é problemas de traduções mas uma coisa é tradução outra é nem sequer se referirem a São José.
    E sim como como Jesus Cristo é acreditado pelas religiões logo torna-se em um simbolo que une elas…

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Jovem1983:
    O ateismo torna-se em uma religião quando exercida de forma prática uma vez que iça sua bandeira e luta pelas suas ideias, logo automaticamente torna-se em uma religião que luta pela sua crença, a crença do não, da negação de Jesus Cristo.
    A unica neutralidade é interesses em retirar os cruxifixos uma vez que a cuz faz parte do patrimonio mundial inclusive na propria data e que creio que deveriamos inclusive começar a escrever inclusive >>> -|- 2010

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Carissimo jovem1983 venho relembrar o local que eu te referi anteriormente que eu creio que irás achar interessante.
    JoaoC posteriormente entrarei em contacto em altura mais propicia

    Comprimentos

  • jovem1983

    Caríssimo pedro:

    Tenha atenção que o reconhecimento da figura de Jesus não significa a crença na divindade do mesmo, como também (e isso seria objecto de outra discussão) não prova a sua existência de divindades.

    No caso do Islão, o reconhecimento da figura de Jesus como profeta não tem qualquer relação com a consideração de divindade que os cristãos têm do Cristo. Isto faz toda a diferença, e de modo algum permite ou favorece uma unidade por via teológica, não esquecendo que nesse campo os respectivos homens de religião são crentes na sua específica cosmovisão e mundivisão, e ateus para as restantes.

    Até à data, um dos maiores contributos para a coexistência dos diferentes credos é o reforço da educação e dos espaços de neutralidade.

  • jovem1983

    Caríssimo pedro:

    Ainda não tive oportunidade de estudar o movimento que mencionou anteriormente, contudo a questão das cruzes nas salas de aula das escolas públicas é matéria totalmente distinta de espaços ou concentrações para determinado fim religioso, percebe a diferença quando nos concentramos na centralidade da transmissão de conhecimentos que formam as competências intelectuais e tendencialmente profissionais dos alunos em espaço escolar, sem qualquer barreira ou fronteira estabelecida pela religião contra o respeito dos diferentes modelos de educação religioso ou não religioso que os diferentes encarregados de educação desejam para os seus filhos. Neste campo é imprescindível não esquecer que a religião tem o seu lugar demarcado e assumido fora da escola, então resta concentrar o que se faz na escola especificamente no ensino e na construção de uma consciência crítica com capacidade de se informar no futuro para tomar decisões importantes para definir com liberdade e responsabilidade as suas vidas.

  • jovem1983

    Caríssimo pedro:

    Tenha atenção que o ateísmo não preestabelece regras para as pessoas que se identificam com o mesmo. A única coisa em comum é a descrença, e mesmo a este nível existe o Ateísmo Gnóstico e o Ateísmo Agnóstico. Na ausência de qualquer obrigação moral, directiva ou preceito ritual, não é possível considerar o ateísmo uma religião, pois isso reverte totalmente o valor conceptual dos termos utilizados. A compartimentação confortável de ateísmo prático procura incidir em atitudes e condutas que determinados indivíduos podem seguir em oposição à religião, porém, na ausência das propriedades que conferem as características específicas ao conjunto das religiões do mundo – sendo a principal o objecto 'Crença' – a noção do Ateísmo como religião não é de modo algum operatória.

    A descrença dos ateus não incide em exclusivo na concepção dos cristãos católicos, protestantes, evangélicos, etc., mas em todas as concepções ideológicas religiosas tal e qual como estão definidas.

    A remoção da cruz não se encontra em discussão para espaços exteriores ao domínio público da organização do Estado, nem de edifícios e monumentos, muito menos de museus. Não retire da problemática questões tão importantes como a liberdade de autodeterminação individual no enquadramento destas questões, onde o espaço ideal neutral escolar consegue abranger e precaver qualquer forma de promoção de sectarismo religioso e mesmo humano na principal fase de construção identitária.

    Devemos às crianças o direito de conviver com outras crianças, de modo a desmistificar preconceitos baseados no credo e religião, promovendo a liberdade e o respeito pelos demais. Para quem não quer colocar os seus filhos num ambiente plural e idealmente imparcial, pode sempre colocar as suas crianças em ambientes específicos onde a educação religiosa está claramente presente e assumida (catequese e escolas confessionais).

    O que se discute não é o Passado, mas sim o Presente e o respeito alargado que queremos para o Futuro sem que haja necessariamente e incontornavelmente uma orientação implícita das vontades individuais em espaços que devem estar apartados da religião.

    Reconhecerá que é recorrente por vezes o uso da expressão: “A César o que é de César. A Deus o que é de Deus”. Esta noção tendencialmente não é aplicada nestes momentos porque o resultado necessariamente não agrada a quem não revê com bom ânimo a justeza e o respeito alargado no reforço da neutralidade.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- St. Filomena

    Caríssimo jovem1983:
    Em primeiro lugar minhas sinceras desculpas pela minha falta de atenção para contigo envolto em uma superficialidade e objectividade da salientação de uma notificação dada em uma especie de rascunho sobre algo que eu acho importante e que não podemos ignorar, que me parece bem inclusive usar-mos uma cruzinha antes de escrever a data para simbolizar Jesus Cristo uma vez que estamos inclusive no ano 2010 depois de Jesus Cristo, em vez de andar a tentar eleminar e esconder patrimonio cultural e outros mais, não parecendo que isso seja bom e aconselhavel mesmo inclusive para quem diz que não acredita é melhor deixarem as cruzinhas em paz, pelo sim ou pelo não que mal não faz, salientando que não parece ser supostamente o primeiro ou segundo caso em que se reporta reacções sobre a mesma, dai se poder ouvir dizer que parece que te incomoda e por isso mesmo ser um acrescimo de maior importancia sobre a mesma em a introduzirem e divulgarem seu uso uma vez que o mesmo parece ser inclusive benefico, uma vez que representa as religiões em conjunto inclusive e quem para quem não acredita acho que deve respeitar, uma vez que é inclusive um simbolo do patrimonio mundial que está inclusive incutido na propria data, ou seja -|- 2010 depois de Jesus Cristo.
    Jesus Cristo é referenciado nas várias religiões e intrepertado de maneira diferente entre elas mas é o que as une.
    Em relação ao video “The Great Debate”, não significa que exista só ciencia e que essas coisas sejam anti naturais ou não existenciais.
    Ninguem é propriamente neutro ou indiferente em questões religiosas, dai que o governo nunca poderá ser laicista, dai que deve exercer o direito de respeitar a liberdade religiosa inclusive sobre a própria religião ateista quando exercida sobre forma prática.
    Um credo da negação também é um credo.
    Em relação sobre a obrigatoriedade de aprendizagem de religião e moral nas escolas, ninguem na Santa Igreja Católica obriga ninguem a ser religioso dai que não me parece mal ou em discordancia sobre ela mesma que sua aprendizagem seja livre mas mesmo assim é bom e deve-se dar noções religiosas uma vez que elas mesmas fazem parte do patrimonio da humanidade e ignorar-lo é omitir uma parte muito importante da propria humanidade e deixar sobre livre escolha coisas mais personalizadas consoante as religiões de cada individuo inclusive sobre proprio ateismo.
    Acho que talvez poderás achar interessante o movimento que eu te referi anteriormente, medjugorje, com os links que te enviei envoltos sobre uma nocção geral sobre o mesmo.
    “Obrigada por terem respondido ao Meu apelo.”
    E uma recomendaçãozinha pequena sobre Santa Filomena.

    Comprimentos

  • jovem1983

    Caríssimo pedro:

    A “cruzinha” que marca a contagem do calendário actual não é esquecida, é fruto de uma cultura específica, antes dessa tínhamos a datação contabilizada pela Era de César, hoje pela Era de Cristo, que também tem a denominação largamente generalizada de Era Comum, contudo, como sabe, a discussão da permanência de cruzes carregadas de simbolismo religioso no espaço das salas de aula das escolas públicas é o assunto que a sociedade tem em mãos. Nos comentários anteriores neste post foram apresentados diversos argumentos.

    Tenha atenção que as diferentes religiões abraâmicas têm interpretações distintas e substanciais que dificultam o diálogo inter-religioso em determinados níveis, e muitas vezes as discordâncias são motivos de grandes tensões que por vezes manifestam-se em violência verbal ou mesmo física.

    Determinados governos são tendencialmente e progressivamente neutros, tendo em oposição as estruturas e “caciques” pré-instalados, o que dificulta a sua efectivação. Vejamos, o estado Laico não deve tomar partido ou favorecer determinada religião em relação às demais, bem como permite a existência indiscriminada e indiscriminatória de diferentes credos religiosos no espaço estatal jurisdicional. A neutralidade do estado, sobretudo pelo facto de não tomar para si na sua organização qualquer confissão religiosa, permite a Liberdade do credo e a existência de descrença. Este passo exige que as estruturas religiosas e as articulações políticas que foram sendo estabelecidas cessem de existir, e aqui está precisamente o busílis da questão. Só um estado que não permita a interferência religiosa na sua organização governamental é que pode garantir uma liberdade alargada aos seus cidadãos, e não a orientação implícita ou explicita de determinada religião sobre os demais. Creio que isto é evidente.

    Tenha atenção que uma negação não constitui crença. A descrença dos ateus não se resume a uma crença específica, mas na descrença dessas dimensões conforme são apresentadas pelos grupos de crentes. Há quem não acredite nos deuses das culturas humanas mas que considere a existência de algo exterior à humanidade, mas que assume não saber explicar, e quem negue categoricamente a existência desse sobrenatural. Tenha atenção ao valor conceptual dos termos e as operações lógicas em que os mesmos se tornam operatórios ou incorrectos. Os conceitos que informam estes termos têm grande importância para o nosso desenvolvimento intelectual e para a construção e validade do nosso discurso.

    Pode verificar que não escrevi que houvesse obrigatoriedade no ensino da religião e moral nas escolas, mas que existe a sua opção, bem como existem escolas confessionais e espaços onde se desenvolvem acções catequéticas com directivas religiosas claramente assumidas. Neste espaços pode ocorrer o ensinamento religioso que menciona de modo a servir os interesses exclusivos das famílias religiosas católicas. Esta organização claramente considera a vontade das pessoas que assim desejem viver, sem desconsiderar a atenção com a História e para com as restantes crianças e famílias, que acreditam em algo diferente ou que simplesmente não observam razões para acreditar. Não há qualquer omissão nestas questões, há sim uma tendência para um respeito mais alargado pelas crenças distintas, e a liberdade para quem não acredita.

    O vídeo “The Great Debate” era uma sátira que salientava até onde as crenças consideram em comum as interpretações dos resultados obtidos e não obtidos pelas ciências, mas depois as divergências próprias e características de cada um, até determinados inconciliáveis e incomportáveis.

    Cumprimentos.

  • AH AH AH

    SEMPRE QUE UM ALDRABÃO OU UM IGNORANTE APARECE EM POSE, ESCOLHE COMO FUNDO UMA BIBLIOTECA.

    OS LIVROS DO BACKGROUND LEMBRAM O ESTENDAL DE CANETAS DE OURO QUE POVOAVAM O BOLSINHO DO CASACO DOS ANALFABETOS NO TEMPO DO MINÉRIO… E TÊM A MESMA FUNÇÃO E A MESMA UTILIDADE!

  • jovem1983

    Caríssimo AH AH AH:

    Há um problema gravíssimo nessa sua tese pois, no mundo real, são raras as vezes em que o enquadramento das fotografias não passa pela decisão e orientação do fotografo responsável.

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