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ASTROLÓGOS, HOJE

Por

C. S. F*

Os métodos científicos aplicados à avaliação da eficácia da astrologia conduzem sempre à conclusão que, na realidade, os horóscopos não prevêem o futuro.

Toda a argumentação astrológica não resiste ao actual estado do conhecimento.

O Zodíaco foi elaborado antes de descobertas decisivas da astronomia. Por isso baseia-se em premissas falsas ou sem utilidade.

Por exemplo, as previsões retiradas da observação das manchas solares não correspondem às retiradas das constelações, etc.

O grande problema é que numerosas pessoas no mundo ganham dinheiro nesta actividade, a explorar a ingenuidade de multidões.

O seu número suplanta largamente profissões úteis como a dos dentistas.

Só o número de jornalistas ocupados a produzir os horóscopos é impressionante.

Trata-se de uma actividade cómoda e fácil. Conheci um jornalista free-lancer que fazia num computador e em sua casa os horóscopos, de forma cómoda e rápida…

Não vale a pena empenhar muito esforço para mostrar a inutilidade desta actividade.

Já na antiguidade filósofos lúcidos o conseguiram demonstrar.

Aprecio especialmente o argumento simples e directo de Pitágoras: ele convidava as pessoas a compararem o horóscopo de dois gémeos. São habitualmente diferentes…

Acho que entidade internacionais culturais e científicas como a ONU e a UNESCO deveriam divulgar a verdadeira natureza e inutilidade da astrologia e os governos dos diferentes países deveriam empenhar-se em proteger as pessoas ingénuas da exploração económica de que são vítimas e promover políticas que levem à extinção desta profissão inútil e à inclusão dos astrólogos em actividades produtivas.

* Leitor do Diário Ateísta

4 thoughts on “ASTROLÓGOS, HOJE”
  • jovem1983

    Sou gémeo, tenho mais familiares também gémeos, tenho amigos gémeos, e claramente de forma bastante fácil posso comprovar a total falibilidade da astrologia.

    Consoante o grau, a manipulação consciente ou inconsciente destas matérias é um problema com contornos sérios que merece atenção, tal como escreveu esse leitor do Diário.

  • AS

    «O Zodíaco foi elaborado antes de descobertas decisivas da astronomia. Por isso baseia-se em premissas falsas ou sem utilidade.»
    Uma besteira.
    Independentemente do que penso sobre astrologia, posso dizer que:
    Foram as descobertas da Astronomia (e até da astrofísica) que foram aproveitadas para construir o Zodíaco (não creio que saibas o que isso é). Sem conhecimentos da astronomia era impossível “construir a astrologia”.
    Se a questão tem a ver com a instituição da Ciência e do método cientifico… Então, a geometria, a álgebra fundamentam-se em “premissas sem utilidade”.
    A validade das coisas não se pode julgar pelos gostos pessoais nem pelos conhecimentos individuais. E, a ciência ainda não demonstrou que a astrologia seja “falsa e inútil” (a utilidade e a falsidade não estão relacionadas).

    «Acho que entidade internacionais culturais e científicas como a ONU e a UNESCO»

    Nem a ONU nem a UNESCO são entidades cientificas ou certificadoras da ciência ou validade de algo. Embora a ONU tenha uma universidade e departamentos ligado a estudos científicos, as suas conclusões não são mais válidas que qualquer outra entidade.

  • jovem1983

    Caríssimo AS:

    O que C.S.F. escreveu está correcto, reveja: “O Zodíaco foi elaborado antes de descobertas decisivas da astronomia. Por isso baseia-se em premissas falsas ou sem utilidade.”

    Creio que as descobertas decisivas da astronomia que C.S.F. menciona são as descobertas da Astronomia Moderna (claramente decisivas), em confronto com a Astronomia Primitiva.

    A geometria e a álgebra não foram premissas sem utilidade, nos seus primórdios, sobretudo a primeira, assentava primordialmente no empirismo na tentativa-erro-correcção, enquanto o método científico promove o primado da elaboração da hipótese/formulação da base teórica-experiência-afirmação ou infirmação das hipóteses anteriormente estabelecidas-novas hipóteses/contributos para algumas conclusões-avaliação e aprovação/reprovação pelos pares-divulgação dos resultados.
    Sem dúvida há grandes diferenças com o apuramento do método cientifico em relação aos seus primórdios ou perante as ditas pseudo-ciências.

    Sobre a falsidade e a utilidade da astrologia, basta reflectir sobre o argumento atribuído a Pitágoras que C.S.F. apontou no post, posteriormente reforçado com o meu testemunho que expus no comentário anterior.

    Sobre a UNESCO, recomendo-lhe vivamente que reveja os seus objectivos e acções.

    Cumprimentos.

  • antoniofernando

    Durante alguns anos, interessei- me pela astrologia. Não me diz nada a de ” vão de escada”, que se põe a tentar adivinhar o futuro. Mas, quem analisar os tipos astrológicos diferenciados, encontrará padrões relativamente uniformes de temperamento em cada um dos signos. Os antigos terão chegado a essas conclusões, presumo,através de observações repetidas que lhes teriam permitido aferir da validade dessas observações. Do que li e estudei, cheguei à conclusão que, de uma forma muito generalizada, os signos adequam-se ao comportamento dos respectivos nativos.Portanto, sobre a validade ou invalidade da avaliação simbólica da astrologia, sou dos que lhe atribuem essa validade. Sobre o aproveitamento legítimo ou ilegítimo das diversas actividades, o pai de um amigo meu foi internado de urgência numa clínica privada, para o operarem à próstata, segundo instruções do médico assistente. Mas, afinal, a próstata do paciente estava excelente e a suposta operação fora uma fraude, como depois se veio a apurar. Pergunto: vai-se proibir a profissão de médico por causa das ovelhas ranhosas que a possam desonrar ?…

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