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  • 3 de Julho, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

Bento 16 – Papa reaccionário

Bento XVI escolhe ultra-conservador para número três do Vaticano

Cardeal Marc Ouellet afirmou publicamente que o aborto é um crime moral, mesmo em caso de violação

11 thoughts on “Bento 16 – Papa reaccionário”
  • JoaoC

    Ultra-conservador? O Cardeal disse tão só e somente a verdade. O aborto é, EM TODO E QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA um crime monstruoso, condenável, o mais cobarde e nojento crime à face da terra. É o verdadeiro Holocausto silencioso, cujas vítimas são crianças inocentes e indefesas. Um genocídio abominável, tão grave e perverso, que é justo merecedor de excomunhão automática aplicada a quem nele participa, colabora ou defende.

    E é este genocídio típico de um mundo selvagem e que se rege pelos mais primários instintos que se pratica no mundo “civilizado”. Mas os defensores do indefensável arvoram-se em “misericordiosos, sensíveis e compreensivos” para com a matança, mostrando apenas que são reféns de uma mentalidade assassina, repugnante, cobarde, pura e simplesmente má.

    Triste, vergonhoso e patético.

    Que a Santíssima Rainha de Portugal intervenha e tenha piedade dos infelizes defensores de tamanho banho de sangue derramado pelas crianças mortas, como o direito a matar existisse.

    Sem mais comentários sobre este assunto que nem devia merecer discussão.

    Aborto é crime, o mais abominável à face da terra e o pior genocídio da História da Humanidade.

  • jovem1983

    Caríssimo JoaoC:

    Permita-me endereçar-lhe a seguinte questão: na sua opinião os crimes de abuso sexual de menores também devem merecer excomunhão automática aplicada a quem nele participa, colabora ou tenta ocultar?

    Cumprimentos.

  • JoaoC

    Jovem,
    Sinceramente desconheço a pena canónica para os abusadores sexuais, mas posso procurar assim que tiver tempo. Na minha opinião, poderia sim, ser aplicada a pena de excomunhão automática, mas como lhe disse, desconheço a pena que está contemplada no Direito Canónico.

    No entanto, não me espanta que essa pena não esteja contemplada para esse crime, abominável é certo, mas menos grave que o aborto.

    Matar é sempre mais grave abusar. Não se “paga” um crime hediondo (como uma violação ou abuso de menor) com outro ainda pior (matando o inocente e indefeso a desenvolver-se no ventre da mãe).

  • jovem1983

    Caríssimo João C.:

    Obrigado pela sua resposta. Compreendo a sua opinião e, segundo esta, a hierarquização que fez, todavia penso que independentemente de uma valorização e consequente preocupação sobre determinada situação considerada como criminosa, o esforço de contestação pode e deve ser conduzido em simultâneo.
    Compreenderá certamente que com isto não estou a desvalorizar a gravidade de um crime em relação a outro, como também escuso-me a comentar neste momento algo que considero bastante complexo e de difícil sintetização como é o que reveste a questão do aborto, pois neste caso as generalizações não captam a realidade, pois teríamos de trazer diversas variáveis para essa discussão, como a malformação do feto, o perigo de vida para a mãe em determinadas gravidezes, o impacto e trauma emocional para os casais cujo parceiro/cônjuge foi vítima de violação, etc.

    Cumprimentos.

  • Carlos_rm

    «O aborto é, EM TODO E QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA um crime monstruoso, condenável, o mais cobarde e nojento crime à face da terra. É o verdadeiro Holocausto silencioso, cujas vítimas são crianças inocentes e indefesas.» – João C

    Efectivamente assim é.
    Seja o João C quem for, tenho acompanhado os comentários que aqui faz e, pelo menos, ganhou um admirador, pela forma sensata como comenta.

    Em Portugal, em termos jurídicos, o aborto é sempre um crime. No entanto, há circunstâncias em que a lei não penaliza esse crime. Embora seja absurdo neste caso, não é nenhuma excepção.

    A única coisa em que não concordo com o Cardeal, é que o aborto não é “um crime moral”, é um crime efectivo, é um crime contra a vida. É um daqueles crimes que não tem justificação racional (salvo no caso especifico de “vida por vida”). No caso de violação, nada acresce para desculpabilizar ou atenuar a barbaridade do acto.
    O que choca é, precisamente, o carácter indefeso e inocente das vítimas. Isso mesmo nos choca no caso do Holocausto.
    No caso de uma violação, não vejo razão para sacrificar um inocente e, quantas vezes, ilibar o criminoso.

    È aberrante, «triste, vergonhoso e patético» que se diga que este crime é praticado em nome da dignidade da mulher, que é uma conquista civilizacional, e por aí fora.

    Há um pormenor em que discordo do João C.: a questão da excomunhão automática dos “pedófilos”.
    Espero que perceba que não sou contra a sua opinião (percebo-a e aceito-a), mas não concordo.

    A questão é muito sensível, é de difícil caracterização.
    O direito canónico, salvo opinião mais douta, nada prevê em relação a esta “pedofilia”, de que tanto se fala (no sentido de penalizar os padres, que é a questão que atormenta os ateus – atormenta-os muito mais que quaisquer efeitos sobre as vítimas).

    Eu não concordo com a excomunhão automática por dois motivos:

    A – Uma grande parte destes “abusos sexuais”, são um problema de legalidade. Uma grande parte deles foram “relações consentidas”, mas fora da idade legal de consentimento.
    Não se trata de um padre a marrar um jovem e a forçá-lo, mas sim de um jovem que aceitou ser “seduzido” por um adulto.
    A questão que me não convence é alegar que o jovem não tem capacidade de saber se esse acto é “mau”.

    B – Nada garante que as acusações feitas sejam reais. A vingança ateia, a caça à indemnização, a maldade e até as mentiras de conveniência compradas por inimigos são, certamente, uma boa parte dos fundamentos das histórias que se contam.

    Aceito que haja excomunhão automática, exclusivamente, quando haja flagrante ou prova testemunhal credível e irrefutável, e se trate de coação física ou psicológica. È nisto que discordamos, caro João C.

    Este alarido dos ateus é uma manifestação da mais rude e grosseira estupidez. Muito pior que este reduzidíssimo número de casos ligados à igreja é, pela sua expressão estatistica e pela forma brutal como acontece, a violação dentro das cadeias, no mundo inteiro.
    Por que razão é que os ateus não falam do assunto (esse sim, um dos piores atentados à dignidade humana)? Porque a grande maioria dos violadores são “livres-pensadores” e ateus.

  • jovem1983

    Caríssimo Carlos_rm:

    Comparar o aborto ao holocausto é realizar uma operação que não tem correspondência ou validade, isto quando se firma a comparação desprovida de contexto e enquadramento individual, pois repare que as vítimas do Holocausto eram indivíduos conscientes, muitos integrados no próprio funcionamento da sociedade.
    No caso do aborto perceba que quando é realizado segundo o enquadramento legar vigente ocorre num período onde o desenvolvimento do embrião não se qualifica como feto.
    Para mais, quando se autoriza o aborto posteriormente este assenta sobre a validade do diagnóstico médico, quer perante a segurança da mulher, quer pela viabilidade, nessa altura, do próprio feto.

    No caso de violação cabe à mulher vítima da violação decidir o que fazer, e tenha presente que quando acontece este terminus da gravidez imposta é frequentemente a partir do momento em que se detecta a concepção, ou mesmo antes com métodos contraceptivos quando possível.
    Invés de fazer o seu julgamento geral, como muitos fazem, sugiro que em muitos casos se ofereçam para cuidar dos bebés no lugar de muitas mães que não têm condições de o fazer, deixando-se de ficar pelo apologia anti-aborto e passando para a apologia do apoio à mãe, que tantas e tantas vezes não acontece.
    Lamento que a preocupação que manifesta seja exclusivamente no acto e que esta termine no apoio às mães e nas famílias.
    Lamento que contra a desinformação sexual não apoiem o incentivo ao uso de métodos contraceptivos e à educação sexual.

    Cada caso é um caso, é uma questão sensível e de difícil caracterização, e quem está envolvido tomará a decisão consciente da sua implicação e das suas capacidades.

    A qualquer pessoa deve atormentar o facto de crianças que são entregues à educação e cuidados de terceiros serem abusadas sexualmente, bem como interessa apostar na prevenção dessas situações, na penalização dos abusadores, para diminuirmos a existência de situações como essas e atribuir um sentido de justiça às vítimas, que foram abusadas e os seus abusadores nunca foram castigados por isso.

    Pelo que percebi, até à data você não percebeu quem é o principal responsável pelos abusos sexuais. Mesmo que haja alguma sugestão por parte da criança o responsável é sempre o adulto. O adulto que tem um enquadramento mental constituído, que deveria ser responsável, que não autorizaria nunca o desenvolvimento desse aliciamento, que reprimisse a criança no momento, que comunica-se aos pais para nova reprimenda pelos pais, que no conjunto demonstrassem que a criança não pode de modo algum agir daquela maneira. Nunca se esqueça que o que se discute é a posição do educando e do educador, sendo a responsabilidade pela orientação do processo e salvaguarda da segurança da criança o último, neste caso o padre que se revelou em vários casos abusador! Dá tanta capacidade às pessoas que orientam as homilias, não as retire quando a questão exige maior responsabilidade!

    Preste atenção que seja qual instituição for, se fosse num jardim de infância, numa escola básica, etc., a questão era a mesma: quem aceita a responsabilidade de cuidar de crianças tem de cuidar da sua segurança e integridade, respeitando-as, reprimindo-as quando tomam determinada acção que possa desembocar em situações como a que se discute é um exemplo.

    Você compara o abuso de crianças em ambiente educacional privado com a violação de condenados em cadeias? Tem noção do que escreveu? Acha comparável? Por acaso questionou alguma das pessoas que frequentam este espaço para saber a opinião dos mesmos sobre essa situação? Percebo que não e parte para uma acusação totalmente infundada construída para demarcar o seu ponto de vista tendencioso. Sou descrente naquilo em que você acredita, considero-me “livre-pensador”, e abomino totalmente qualquer manifestação sexual que assente e tome a forma de abuso ou imposição.

    Antes de afirmar o que não sabe, procure antes saber, porque assim poderá construir o seu juízo em fundamento e não na suposição, isto torná-lo-há melhor pessoa.

  • Tiago Xpm

    Como diria G.K. Chesterton:
    “Se não houvesse Deus, não haveria ateu”. Só se entende a Igreja olhando com os olhos da fé.

  • Carlos_rmacedo

    «as vítimas do Holocausto eram indivíduos conscientes» – Jovem1983

    Asneira!
    Muito poucos sabiam o que os esperava, uma boa parte eram crianças e pessoas inábeis, incapazes de ajuizar dio perigo que corriam.

    «No caso do aborto perceba que quando é realizado segundo o enquadramento legar vigente ocorre num período onde o desenvolvimento do embrião não se qualifica como feto. » – Jovem1983

    Asneira!
    Embrião, feto ou recém-nascido é uma questão de terminologia para o mesmo ser humano. Tal como: bebé. criança, adolescente, jovem, adulto.
    Mas, o feto é um estado que se inicia por volta dos 8 meses de gestação e, em Portugal, pode matar-se livremente, por simples desporto, até aos 10meses – portanto já são fetos. No caso de violação pode mesmo ir muito mais além, sem que a vida da mulher ou feto estejam em perigo.

    «Invés de fazer o seu julgamento geral, como muitos fazem, sugiro que em muitos casos se ofereçam para cuidar dos bebés no lugar de muitas mães que não têm condições de o fazer, deixando-se de ficar pelo apologia anti-aborto e passando para a apologia do apoio à mãe, que tantas e tantas vezes não acontece.» – Jovem1983

    Asneira!
    Existem muitas instituições e famílias que se pontificam a ficar com as crianças em alternativa ao aborto, mas as mulheres não aceitam(e a lei não facilita)
    Traz-me daí uma mulher que está para abortar e que não o fará se eu aceitar o bebé e eu aceito-o. Deixo aqui o meu compromisso de honra!
    Mas, cabe ao estado (com o dinheiro de todos nós), cariar uma rede de estruturas que criem esses bebés, proibindo o seu massacre, mas comprometendo-se a criá-los com o nosso dinheiro, em vez de dar prémios e férias às pseudo-mães que os assassinam.

    A educação sexual tem muito pouco a ver com o assunto. Estamos a falar de uma questão de responsabilidade e dignidade da vida humana: as pessoal têm que ser responsáveis pelos seus actos e a vida humana tem que ter uma valor muito superior a umas férias ou a uma promoção na empresa ou a terminar um curso um ano antes.

    «A qualquer pessoa deve atormentar o facto de crianças que são entregues à educação e cuidados de terceiros serem abusadas sexualmente» – Jovem1983

    Asneira!
    A maioria das crianças são abusadas dentro da sua família. Aquelas de que falas, as que se encontram em instituições (e onde se engloba as que envolvem eventuais abusos de padres) , pouco ultrapassam 1%. A ignorância de uns e a estupidez de outros é que tenta fazer disso o cerne do problema, aquando, na verdade, não é.

    «Mesmo que haja alguma sugestão por parte da criança o responsável é sempre o adulto.» – Jovem1983

    Histórias, jovem!
    Acho que é melhor dares umas voltas pela noite, pelas discotecas e bares, pelos uma infinidade de lugares onde encontras jovens de 14,15 anos a fazer tudo o que os adultos fazem.
    Põe os pés na terra e verás.
    Parece que não sabes o que se passa e como se comporta a nossa juventude. Assim, que se pode fazer.?
    Uma coisa é a questão legal, outra coisa é a questão objectiva e prática.
    Repara que se se tratar de um rapaz e de uma rapariga de 12 anos, a questão legal já não existe (e são às paletes as/os de 24, 15 anos que passam os fins de semana (sexualmente) juntos.

    Quanto à questão das cadeias, vejo que estás tão mal informado que nem vale a pena dizer nada. Conheço, infelizmente, muito bem a questão, e posso afirmar-te: a situação dento das prisões , em algum países do mundo, é MUITO PIOR do que a pedófila.

    MUITO MAIS GRAVE, Jovem. Infelizmente conheço gente para quem a vida mudou completamente por essa via.
    Não digas asneiras, por favor!

  • jovem1983

    Caríssimo Carlos_rmacedo:

    Verifico que você distorce o que escrevem em favor da determinação discursiva que pretende impor, isso sim é asneira. Lamento tal situação, pois elimina a seriedade de qualquer discussão ou debate que se possa promover.

    Devo fazer alguns esclarecimentos perante os trechos do meu comentário anterior que você se apropriou de forma parcial. Em alguns casos confrontarei esses esclarecimentos com as ideias que impôs, para que não haja confusão interpretativa da sua parte:

    1) As vítimas do Holocausto foram indivíduos conscientes, obviamente porque já tinham nascido e até à altura integravam de alguma maneira o funcionamento da sociedade.

    2) Sobre preciosismos terminológicos: Pelas suas características biológicas considera-se Embrião no caso dos seres humanos até às 8 semanas de gestação, enquanto Feto identifica-se qualquer mamífero quando do seu desenvolvimento atinge as características próprias que formam o adulto da sua espécie, no caso dos humanos é entre as 8 semanas de gestação e o nascimento. Desde as 8 semanas até esse momento o nascituro exerce e recebe influências indirectas do exterior, estas características só se alteram segundo os estágios terminológicos que identificou (bebé (recém-nascido ou de pouca idade), criança, jovem, adolescente, adulto), quando exerce e recebe influências exteriores, progressivamente participando de forma cada vez mais acentuada no próprio funcionamento da sociedade (estes desenvolvimentos explicados no ponto 2 explicam-lhe mais uma vez, de forma mais detalhada, porque comparar as vítimas do Holocausto com o aborto não tem correspondência, propriedade e, consequentemente, qualquer validade).

    3) A sua comparação do aborto com a acção desportiva revela uma concepção leviana e desinformada, por isso lamentável. No enquadramento legal que observa a despenalização do aborto até às 10 semanas (tenha atenção que escreveu meses e não semanas no seu comentário), a decisão cabe essencialmente à mulher, que avaliará consoante as suas possibilidades e diversos condicionantes que nem eu nem você teremos enquadramento mental para compreender o impacto dessa decisão, simplesmente porque não ocupamos o lugar dessa pessoa, logo não compreenderemos as verdadeiras implicações dessa decisão, sobretudo em caso de violação, quando os impactos e muitas vezes o trauma acompanham toda a vida da mulher. Por ter apontado que o período permitido por lei atinja as 10 semanas, ou que possa passar este período em caso de violação, isso não quer dizer que geralmente seja assim que se processa, pois nas situações em que a decisão é esclarecida, e a impossibilidade imediatamente reconhecida, o terminus da gravidez ocorrerá no mais curto período após a tomada de conhecimento da gravidez.

    4) A sua atitude de ficar com uma criança seria na prática exemplar e raríssima, mas para isso teria de ser concretizada. Muitas pessoas que lançam esse repto fazem-no exclusivamente para fortalecer o seu argumento, não havendo qualquer concretização correspondente. O Estado criou uma rede de estruturas que visam a segurança da mulher na realização de um processo que continuaria a realizar em clínicas com condições de segurança no exterior, caso a mulher e a sua família tenham capacidades económicas para realizar essa acção, ou em situações onde a segurança e saúde da mulher seriam fortemente colocados em causa, neste caso sofriam os que têm parcos rendimentos, aqueles que realmente têm grandes dificuldades de levar a gravidez a bom termo e incluir mais uma criança no sustento do lar. A educação sexual relaciona-se também com estes problemas, e a sensibilização do uso de contraceptivos em particular. Você sinceramente julga que o aborto ou o sexo entre jovens desprotegido é algo dos dias de hoje?! Tenha noção da realidade, a sensibilização para métodos que possam promover relações sexuais seguras entre os jovens, caso estas venham efectivamente a tomar lugar, pode protegê-los de doenças sexualmente transmissíveis e gravidezes indesejadas, o que diminuiria drasticamente a hipótese de realização de abortos. Invés de apostarem no discurso da prevenção, a ideia que o esperma é sagrado impera neste contexto, mas quando estão sozinhos “a brincar com as mãos e as partes” não há problema porque a confissão “purifica a alma”…

    5) Independentemente de lhe dar mérito nessa constatação que a violência sexual ocorre dentro do seio familiar, isso não elimina que qualquer situação exterior seja menos grave, muito menos quando se realiza em espaços onde os pais depositam confiança na segurança dos seus filhos. Torno-lhe a escrever, se o mesmo tivesse lugar em estabelecimentos de ensino a reprimenda seria precisamente a mesma. Não adianta fugir à questão, o responsável é o adulto que deveria tomar as rédeas da situação e nunca aceitar participar nesses actos. Os padres – adultos – envolvidos falharam redondamente a sua responsabilidade e os pais tem todo o direito à exigência de justiça, tal como todos os outros indivíduos que vivem em sociedade tem o direito à indignação. Torno a escrever, dá tanta capacidade e responsabilidade às pessoas que orientam as homilias, não as retire quando a questão exige maior capacidade e responsabilidade, como educar crianças!

    6) Não sei qual é a sua idade, onde você mora, mas garanto-lhe que na curta experiência que tenho em frequentar espaços como os que identificou onde estão supostamente jovens de 14 e 15 anos, digo supostamente porque a idade legal é de 18 anos na maioria desses espaços, mas já assisti à violação desse princípio, mas não generalize porque é asneira. Fique a saber que há jovens que frequentam esses e outros espaços de socialização, sendo o mais comum a rua, e acredite que há juventude católica em todos esses meandros e alguns seguem os mesmos comportamentos e actos, “os bons e os maus” se assim preferir o qualificativo.

    7) Você continua a insistir em comparações absurdas. Acha comparável o abuso sexual de crianças em ambiente educacional com a violação de condenados em cadeias? Você tem noção do que continua a escrever?! Ainda por mais você afirma que estou mal informado quando não lhe dei qualquer elemento para aferir sobre o meu conhecimento dessa realidade. Isso é presunção da sua parte de forma a reforçar o seu discurso em relação ao meu e demarcar o seu ponto de vista tendencioso (para o qual se socorre de realidades exteriores que nada têm a ver para se desviar da discussão precisa dos problemas hoje relacionados com a dita santa igreja católica apostólica romana), não pelo argumento mas pela suposição.
    Garanto-lhe que posso ter 27 anos mas tive possibilidades de educação que muitos infelizmente não tiveram, bem como vivo na área de Lisboa mas também já vivi em espaços rurais no nordeste transmontano, como também sou uma pessoa francamente informada, e também já dei tempo da minha vida a serviços artísticos educativos e monitorização de jovens católicos, porque namorei com uma jovem católica durante 3 anos, em cooperação com outros jovens católicos, e assisti a coisas que dão pertinência a algumas das comparações que faço em relação à similitude do comportamento de jovens católicos e não católicos para o choque de muita gente que insiste numa visão sectária da juventude. Também tenho conhecimento do sistema prisional por intermédio de um amigo que é, imagine, guarda prisional, mas não dediquei a minha atenção nesse quadro porque você pretendeu realizar uma comparação facciosa, descontextualizada, despropositada e tendenciosa, ao qual recuso-me a responder com pena de seguir a sua asneira.

    Supor é asneira, não faça isso, evite asneiras para ser sério na sua argumentação, centrando-se no seu fundamento, isto por favor a si mesmo porque o tornará mais sério, como fará o mesmo pelo seu discurso.

    Cumprimentos.

  • rayssa gon

    papa reacionario? isso é um pleonasmo!

    hehe 😀

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