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  • 8 de Maio, 2010
  • Por Ricardo Alves
  • Laicidade

Portugueses maioritariamente contra a tolerância de ponto

Segundo uma sondagem, uma maioria dos portugueses (55%) está contra as tolerâncias de ponto concedidas pelo governo (e câmaras municipais) para a próxima semana, enquanto apenas 38% está de acordo com essas tolerâncias de ponto.

10 thoughts on “Portugueses maioritariamente contra a tolerância de ponto”

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  • Nunof

    Lá vêm os querido amigos do trabalho. O País que detesta trasbalhar está agora incomodado coma tolerância de pomto, que lhes permite ainda por cima, tirar um dia de férias e fazer uma ponte e marchar rumo ao Algarve. Vamos ver a maioria contra… Sondagens Intercampus, devem ser para rir.lol Quem não conheça a intercampus, e o grupo media capital onde se inclui o RCP e a TVI que tÊm nitidamente andado a fazer campanha anti-Papa e anti-Igreja Católica não entendem nada. Ainda ontém ao falar com uma empregada auxiliar num hospital no alentejo, ela referia que é vergonhosa a campanha que andam a fazer para manchar a imagem da Igreja do Papa e da Igreja, e que ela como habitual espectadora da TVI,há mais de 2 semanas que só se limita a ver programas de entretenimento ou novelas. Já deixou de ouvir telejornais porque não vale a pena. Vocês ainda não perceberam é o efeito contrário que têm criado, porque esta mesma pessoa ontém mesmo me referiu, que não tinha ideia de ir a fàtima, mas que este domingo iria falar com a paróquia para se increver na peregrinação. Isto é de alguém que vocês acham que é a maioria e mais, vem de alguém que consome essa merda de programação desse canal. Azar, só têm a perder com isso….

  • jovem1983

    Caríssimo Nunof:

    Todos sabemos o que são sondagens e cada um atribuí o valor que quiser aos seus resultados, todavia você parece dar mais valor a uma opinião da sua colega e desvalorizar a opinião de 803 entrevistados, desses cerca de 441 disseram não concordar com a tolerância de ponto.
    Quanto às supostas campanhas que mencionou isso é a sua opinião, da sua colega e possivelmente de mais 192 pessoas segundo a dita sondagem que concordam com a posição que a ICAR tomou face aos escândalos, contudo as sondagens mencionam 345 fiéis que, invés de apontarem supostas campanhas de difamação, criticam a acção da ICAR em relação aos escândalos.

    Continuo a pensar que cada um atribuí o valor que quiser aos resultados das sondagens e tem toda a liberdade de considerar da forma que quiser o valor de outras opiniões retiradas das nossas vivências directas, contudo, quando argumentamos seja o que for temos de pelo menos equilibrar os nossos juízos e considerandos face a outros dados que apontam opiniões distintas. O primeiro nesse sentido é assumir à partida que existem pessoas que pensam de maneira diferente.

  • antoniofernando

    Já aqui assumi a minha posição. Não acredito em Fátima mas isso não me confere o direito de negar a realidade sociológica do país. Estado laico mas sociedade não laica. Sou cristão, mas não católico.Não vou a Fátima nem vou ver o Papa. Mas reconheço pertinência e legitimidade na tolerância de ponto do dia 13. Quanto à sondagem, nesse dia, veremos quem coerentemente vai trabalhar.Depois se fará o acerto de contas das sondagens…

    Jovem 1983:

    Uma palavra de louvor e de estima para si. A sua presença aqui no Diário Ateísta eleva o nivel do debate. Parabéns pela sua postura séria, serena e inteligente…

  • JoseMoreira

    O referendo ao aborto não foi sondagem. Foi referendo, mesmo. Onde estava a “maioria católica” nesse dia?
    Mas as sondagens são ainda mais surpreendentes. Basta ouvir os resultados com atenção.

  • vasco pulido valente

    Bento XVI vem a Portugal e bastou isto para provocar a fúria do laicismo indígena. Parece que o presidente da Câmara de Lisboa e, a seguir, o próprio Estado resolveram dar “tolerância de ponto” nos dias em que Ratzinger está em Lisboa e, calculo, no Porto e em Fátima, para os católicos o poderem ir ver.
    Em Lisboa, muitos prédios resolveram içar um enorme cartaz que anuncia estapafurdiamente a coisa. Por todo o lado se preparam cerimónias de vária espécie e se constituem grupos para celebrar e aclamar o Papa. E até, como de costume, especialistas da “ponte” já se preparam para um longo fim-de-semana (no Algarve, suponho). Vamos ter também uns dias de histerismo na televisão e nos jornais. Como ateu, devo confessar que esta agitação não me impressionou e nem sequer fixei bem o itinerário de Ratzinger e o calendário dos festejos.

    Mas não partilho a indignação da gente – sem dúvida, meritória e culta – que vê na solicitude do Estado com o Papa uma agressão ao laicismo constitucional. Não se trata de saber se é ou não é católica a maioria dos portugueses. Tanto mais que nos tempos que vão correndo não deve ser muito fácil, nem para a Igreja, determinar com certeza o que é um católico. Pelo que tenho lido, o laicismo critica principalmente a utilização do espaço público para os festejos da visita e o patrocínio oficial que o Estado lhe deu, na forma de segurança policial e militar e na forma da famigerada “tolerância de ponto”. Num país que admite e protege qualquer espécie de manifestação, não acho nem despropositado nem excessivo que se faça o mesmo com Bento XVI.

    Claro que o Papa, por razões de fé ou de curiosidade, atrai um muito maior número de pessoas do que um sindicato, um partido, uma banda de rock ou, simplesmente, o congresso nacional das filarmónicas de província. Atrairá com certeza milhões. Não admira, por isso, que o Estado tome, como lhe compete, as suas medidas, nem que o Governo se queira associar à ocasião para beneficiar por reflexo da popularidade de Ratzinger. Sempre foi assim. O que há de novo é o azedume do laicismo moderno. Mais precisamente: do ateísmo moderno, que se julga científico e absoluto. A democracia tolera o mundo inteiro. Só não tolera a Igreja Católica e, em especial, Bento XVI, provavelmente porque nunca o leu. Ou talvez porque o leu.

    Vasco pulido valente

  • jovem1983

    Caríssimo Vasco Pulido Valente:

    Considero que esta questão colectou outras críticas devido ao contexto particular do nosso país, porém não desconsidero as ideias que enunciou no seu comentário, como também as diferentes posições face à reacção da Igreja Católica perante os recentes escândalos de abusos sexuais por parte do clero.

    Sobre o ponto que pretendi acrescentar, assistimos continuamente a discursos sobre a necessidade de medidas de contenção por parte do domínio político e do patronato para superarmos a afamada “crise”, e por isso considero que a cedência de tolerâncias de trabalho nestes dias representa um sinal contrário a essas mensagens de esforço nacional face ao contexto económico e financeiro que o país e a Europa atravessam.

    Outro aspecto que contesto é a promoção de desigualdade entre cidadãos. Entendo que os trabalhadores do sector público recebem a tolerância por desigualdade de circunstâncias, há muito tempo que assim acontece como disse, mas na minha opinião, relacionada com o aspecto que mencionei anteriormente, suscitar neste momento clivagens entre os trabalhadores do sector público e do sector privado transmite um sinal contrário a uma solidariedade laboral face ao desafio que ambos têm em comum para a recuperação da economia do País.

    Salvo estes pontos, a tolerância de ponto noutro momento receberia apenas da minha parte uma crítica relativa ao favorecimento e a distinção entre outras religiões, no fundo uma atitude prevista na constituição que nunca foi completamente observada em pleno, posição tanto partilhada por descrentes e crentes, sem maior indignação.

  • Mike

    Nunof:

    Tem razão!

    O Jovem está outra vez a meter os pés pelas mãos.

    O sr. Albino Almeida, das associações de pais, deixou bem clara a razão porque não concordam com esta ponte. “Deveria ser feriado nacional e não ponte” – dizia ele. “Porque assim há problemas. A ponte é que está mal. Deveria ser feriado!” – acrescentou.

    No momento de crises que o pais atravessa, um dia de ponte, em que o estado não gasta energia, não paga subsídios de alimentação, etc. e em que todo o pais mexe em termos económicos, é algo que a nossa economia agradece.

    Sei de fonte segura que o governo estava pronto a fazer ponte do 4 de Outubro.
    Apesar de republicano, não concordo com as comemorações e penso que o governo deve anular essa ponte, ante estas observações.

    Espero que o Jovem concorde comigo.

  • jovem1983

    Caríssimo Mike:

    Concordo consigo, no contexto actual não deve haver tolerâncias de ponto.

  • pedro

    -|- -|-
    M MA

    Já parece as sondagens politicas em que o dono das sondagens era um dos candidatos.

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