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Turquia – um bárbaro infanticídio

Por

E – Pá

“Ontem, sete pessoas foram presas em Istambul, após o assassinato de um recém-nascido, no 2º. dia de vida, em circunstâncias classificadas como um “crime de honra”.
O bebé teria nascido de relações extra-conjugais e, segundo a notícia, foi sufocado pela sua avó, na sequência de uma decisão ‘familiar’… “

Notícia divulgada pela agência turca Anatolie e reproduzida na imprensa europeia de hoje

Porque razão camuflar um repugnante infanticídio chamando-lhe um “crime de honra”?

São, de facto, situações deste teor que dão argumentos aos opositores de uma futura adesão da Turquia à UE.

Por outro lado, não compreendo como imprensa europeia reproduz esta espúria classificação de “crime de honra”. O melhor será chamar “os bois pelo nome”…
Trata-se, tão-somente, de um bárbaro infanticídio, perpetrado por uma família subjugada a preconceitos sociais, culturais e, quiçá, religiosos…

Nenhuma “honra” pode (ou deve) ser invocada nestas abomináveis circunstâncias.

4 thoughts on “Turquia – um bárbaro infanticídio”
  • João C.

    Lamentável… Abominável! Um crime de “honra” asqueroso.

    Só não percebo porque não se indignam com o INFANTICÍDIO que ocorre diariamente no nosso país, em que milhares de crianças são mortas e – o que pior ainda – ao abrigo de uma lei nojenta.

    Haja incoerência! E insensibilidade mascarada de compaixão.

  • Joe

    Pq é fácil criticar o vizinho e não ver sua própria casa

  • Mike Teef

    Caro João C.:

    Está correctíssima a tua observação.

    Também eu lamento a morte deste inocente, mas tenho toda a moral para o fazer, porque fui, e sou, activista anti aborto.

    E, aproveitando as tuas palavras, e do que tenho visto, é mais uma manifestação de hipocrisia do Carlos: escandaliza-se com uma só morte e ostenta com orgulho e vaidade os corpos esquartejados e de milhares de crianças que foram abortados, ou seja, barbaramente assassinadas, com o apoio e regozijo dele, cometendo um verdadeiro ultraje á vida humana com o dinheiros dos impostos.

    E o que se torna ainda mais caricato (ridículo mesmo), é que o Carlos é o primeiro a levantar a voz contra aquilo que ele chama hipocrisia dos outros – defendendo uma coisa e fazendo outra.

    OLHA PARA TI CARLOS ESPERANÇA. ANTES DE FALAR DOS OUTROS, VÊ A TUA RIDICULA HIPOCRISIA.

  • antoniofernando

    No caso em questão não ocorreu nenhum crime de infanticídio, mas de homicídio. Mas é uma mera imprecisão jurídica irrelevante. Fosse qual fosse o móbil do crime, seria repugnante. Votei não no referendo sobre o aborto, embora reconheça que a questão envolve claros conflitos de valores e não me foi fácil optar em consciência por esse meu voto. Reconheço, contudo, aos votantes do sim objecções críticas pertinentes à despenalização do aborto. Mas, para mim, a vida humana surge no exacto momento de concepção e deve ser legalmente protegida a partir desse momento .É uma questão ética insuperável e que se reforça ainda com a defesa da parte mais desprotegida. A Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 24º,1, consagra que ” a vida humana é inviolável”. Mas, curiosamente, que eu saiba, o Estado Português não definiu legalmente quando começa a vida humana. Mais curiosamente ainda é que os nascituros podem ser herdeiros. Será que uma ” coisa” pode ser herdeira de bens patrimoniais? A hipocrisia do Estado Português começa logo aqui. Se alguém ainda nem sequer em gestação, ou já em gestação, é considerado como futuro sujeito de direitos, parece óbvio que o feto é juridicamente ser humano. Sendo assim, como entender que a sua vida possa ser posta em causa? 60% dos portugueses entenderam que pode. Provavelmente a mesma percentagem que agora brama indignação contra o asqueroso crime de homicídio da Turquia. Em questões de actos abomináveis, os europeus contrários à adesão da Turquia tropeçam nas suas próprias contradições. É assim o espaço entre a vida e a morte, a coerência e a incoerência. Aqueles que partem para o outro mundo, em função dessas abomináveis decisões, passam a figurar como meros números estatísticos. E estão silenciosamente fora da capacidade de dizerem da sua Justiça…

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