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  • 14 de Abril, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Laicidade

Tolerância de ponto? Não

Como se a crise se resolvesse com idas à missa, o Governo concedeu tolerância de ponto aos seus funcionários, atitude que alguns autarcas já haviam antecipado.

É surpreendente que a sociedade civil não se revolte com este atropelo à laicidade a que o Estado é obrigado, que não haja partidos que denunciem o abuso, que faltem cidadãos que se sintam envergonhados.

Quando o Estado se põe de joelhos perante o Papa católico, arrisca-se a ficar de rastos.

Não quererá a Comunicação Social ouvir vozes indignadas com esta deriva beata?

22 thoughts on “Tolerância de ponto? Não”
  • cristãoconfesso

    A ” sociedade civil” não existe. Existem pessoas concretas. E, quer tu gostes quer não gostes, vives num país tradicionalmente católico e cristão.A natureza laica do Estado não pode pôr em causa essa matriz religiosa do país. Gostemos ou não de Fátima, acreditemos ou não,a realidade religiosa de Portugal é o que é.E não vem mal nenhum ao mundo por causa de mais uma tolerância de ponto.Há quem gostasse de abafar todas as manifestações religiosas que não lhe agradem, sob o farisaico pretexto da laicidade do Estado.Aqui é que bate o ponto. O resto é conversa de treta.

  • Carlos Esperança

    Senhor Cristão:

    Sou do tempo em que a sua Igreja obrigava a ensinar religião nas escolas públicas e em que não se podia ser professor do ensino primário sem professar a mitologia católica.

    Conheço a tolerância católica e a cumplicidade com o fascismo.

  • João Peneda

    Senhor Confesso

    Acho que, em boa verdade, Portugal nem se pode considerar um país católico.

    Por exemplo na questão da IVG a maioria dos portugueses manifestou-se contra as indicações da ICAR, mau grado a propaganda desenfreada da padralhada e das ratas de sacristia.

    No seu dia a dia a população que se diz católica comporta-se de modo semelhante aos que se dizem ateus. Apenas com a diferença de que alguns mandam os filhos à catequese para o prior os levar para detrás do altar e lhes acariciar os genitais e lhes meter dedos no cu.

    Também, por alturas do primeiro casamento, alguns vão fazer na igreja as figuras tristes da praxe, de joelhos perante o tal cura pedófilo que arenga umas bocas e lhes chama filhos, como se fosse pai deles.

    Passado um ano os noivos assim abençoados por deus estão divorciados e os casamentos seguintes já são no registo civil como gente normal.

    Todos usam preservativos na mulher e nas amantes sem ligar peva ao que diz o Ratzinger.

    O portuga é católico “confesso” mas é só “da boca para fora”.

    Essa sua acusação de nós, ateus, querermos “abafar as manifestações religiosas” não tem pés nem cabeça. Quanto a mim podem fazer as figuras tristes que quiserem, podem acreditar (ou dizer que acreditam) no menino jesus, na nossa senhora, no céu e no inferno, no espírito santo, no pai natal e nos extraterrestres, não me incomodam nada.

    O que não podem fazer é abusar das nossa crianças ou obrigarem-nos a ir à missa, como no tempo da outra senhora, em que os professores primários eram coagidos a participar nas procissões fazendo figura de idiotas a percorrer as ruas com um boneco às costas.

    Quanto à tolerância de ponto por causa da visita do velhaco do Ratz, não me parece justo, no outro dia esteve cá o Kadafi, que não é tão malandro como o Ratzinger, e o povinho teve de ir trabalhar, não houve baldas para ninguém.

  • cristaoconfesso

    Senhor Carlos:antes de falar não se ponha a adivinhar. Sou cristão mas não católico.Politicamente à esquerda.Respeito e admiro D. António Ferreira Gomes mas não o Cardeal Cerejeira. Aristides Sousa Mendes,mas não Salazar.Conheço pessoalmente e estimo o Padre Mário.Tome note que é para não se precipitar emocionalmente nas suas apreciações.Se me pergunta se concordo com a revelação por si feita,não concordo nada com essa abencerragem ditatorial.Verbero esse tipo de comportamento.Venha de Salazar ou, no contraponto,de Estaline. Estamos conversados ?

  • cristaoconfesso

    Senhor Peneda: tem toda a razão relativamente à hipocrisa de que fala. Mas não meta toda a gente no mesmo saco.Não é intelectualmente sério. E você acha mesmo que “alguns mandam os filhos à catequese para o prior os levar para detrás do altar e lhes acariciar os genitais e lhes meter dedos no cu” ? Acha que é assim se eleva o debate a partir das posições ateístas ? Ou é mera javardice de linguagem ?

  • lenaberardo

    O povo português para não trabalhar alinha em tudo. O que eu acho que vai acontecer é que vão existir reclamações por só os funcionários públicos terem tolerância de ponto. Se calhar dever-se-ia pedir uma declaração de presença nas manisfestações religiosas. Assim têm que lá ir se não querem trabalhar. 🙂

  • João Peneda

    Senhor Confesso

    Tem o senhor razão, era mera javardice de linguagem.

    Mas, sabe, já algum tempo que se me esgotou a pachorra para dialogar a sério com os das hostes do Ratzinger (categoria em que, vejo agora, o senhor não se inclui) e tentar comprender o que se passa na cabeça de pessoas aparentemente normais que afirmam reger a vida por patacoadas e superstições inventadas por pastores da idade do bronze que julgavam que o fim do mundo era mesmo ali a seguir ao mar da Galileia.

    A ICAR não é uma organização ridícula, como à primeira vista pode parecer, todos aqueles bispos sinistros vestidos de palhaços com as suas vestes de brocados a viverem à tripa forra à custa dos papalvos que lhes enchem os cofres não são apenas ridículos. São, isso sim, sinistros e obscenos, e acredite que se hoje não me queimam no terreiro do paço por eu dizer isto, não é porque lhes falte a vontade, é porque lhes falta a força.

  • João C.

    A comunicação social já dá atenção que vos chegue, desvairados. Até demais. Vão todos trabalhar! Estejam ocupados com alguma coisa de útil nesse dia… Já que ignoram e rejeitam a vassalagem que DEVEM, ainda que o neguem, à Rainha de Portugal por ainda terem o coiro ou pelo menos o nome de Portugueses, que trabalhem!

    Já agora, porque não vão trabalhar no Natal e no Domingo de Páscoa!? Só vos ficava bem!

    Vivam os parasitas da sociedade! 🙂

    Obs. “Papa católico” não existe. Só há um Papa – o Católico. Os “outros” (que não existem, ainda, não vá um energúmeno qualquer auto-intitular-se papa) serão caricaturas. É o mesmo que dizer “Casamento entre homem e mulher”. Só há um casamento – este. Os outros são caricaturas – reles – do casamento.

  • JoseMoreira

    João C.
    você está completamente obnubilado, homem! A monarquia foi abolida há muito, em Portugal. Olhe, faz agora cem anos, parece que ainda foi ontem. Olhe, rainha, assim perto daqui, só mesmo em Espanha, sabe? Em Portugal, o equivalente chama-se Maria, mas é Cavaco Silva no fim. Não há rainha em Portugal, homem! De que planeta é que você veio?

  • JoseMoreira

    Deixe lá, Joãozinho. O Rato Zinguer também é uma caricatura. Com a vantagem de ser uma caricatura de si próprio.

  • João C.

    JoseMoreira:

    Portugal não é uma Monarquia mas tem uma Rainha oficialmente proclamada por D. João IV há 600 anos.

    Ou também não reconhece a legitimidade deste Rei, que proclamou Rainha e Padroeira de Portugal a Virgem Santíssima?

    Não me admirava, já que nem a Rainha de Portugal – a mais soberana das Rainhas – reconhece.

    O facto é que Ela é SUA Rainha também e Rainha de todos os portugueses. Deve-lhe o país que tem actualmente, pois se não fosse Ela, Portugal teria sucumbido no séc. XX.

    Agora, com a correste patética de ateísmo, Portugal está à beira de perder também a nacionalidade e a identidade cristã.

    Vale-nos que, acima do Presidente da República, acima do Governo, acima de toda a lei humana – e portante, até acima da Constituição – imediatamente abaixo de Deus, está esta Rainha Soberana, que não é reconhecida por muitos, mas nem por isso deixa de reinar.

    Reinará bem visivelmente, para infelicidade e desespero de muitos…

  • Carlos Esperança

    É uma rainha sem trono de que eu não sou súbdito. Em Portugal o poder vem do povo e não dos mitos que envenenaram a nossa História e das decisões beatas de reis que deviam pouco à inteligência.

  • Mike teef

    Estes curiosíssimos ateus dão suficientes motivos de chalaça, para um individuo se entreter noite dentro com a sua cegueira.

    Eu não sabia que o Carlos tinha sido professor.
    Quem diria, ante este inflamado discurso, que quem assim fala é um pseudo ateu, um hipócrita chapado, um revoltado tardio, um zelota fundamentalista, que se fartou de participar em cerimonias religiosas, que rezou nas aulas, que se disse (e foi) católico praticante, que foi à missa ordeiramente, à desobriga pela Páscoa e papou hóstia a fio.

    O teu exemplo, imagem perfeita dos ateus (pelo menos assumes-te como presidente desse grupo minúsculo), é uma rábula pitoresca de hipocrisia, de falsidade, de duplicidade de carácter, e de falta de honestidade.

    Afinal, estás aqui a vociferar contra aquilo que tu ensinaste, contra aquilo que tu fizestes e mandaste fazer, contra aquilo que tu aceitaste fazer de livre vontade?

    Caro Carlos. Tudo o que te ouvir dizer, tudo o que vir escrito por ti, é hipocrisia ou demência. Nestas situações, recuso-me a aceitar e a reconhecer com sendo de boa-fé e digno de consideração, toda e qualquer observação, afirmação ou declaração pública de quem tem provas dadas de hipocrisia, falsidade e desonestidade.
    Ponto final!

    Uma falsidade absurda repetida pelos ateus, é a suposta influencia nefasta desta “ponte” na economia. Trata-se, exactamente do contrário. E desafio qual economista e apresentar provas contrárias disto:
    Esta “ponte” resultará extremamente útil para o comércio e para os serviços, e será um monumento inigualável para animar as actividades económicas.
    Lucramos todos: o Estado, o país, o povo, a economia e até o ambiente.
    Os únicos que podem, efectivamente, dar prejuízo ao país, são aos teus que, não trabalhado (hipocritamente) também não se deslocarão para locais de visita, tornando-se pesos mortos de uma economia eu precisa de vender, comercializar, realizar negocio, movimentar dinheiro, pagar impostos… etc.

    Acho muito interessantes os comentários do João C. Desde logo porque vê-se que fala com segurança e sem problemas de ter que agradar para ser integrado no grupo, como é típico dos ateus.
    Depois, porque não está aqui a engrandecer-se ou a ser “badalhocamente malcriado” como alguns ignorantes que aqui passam, a vida a insultar o Papa , os Bispos, os católicos, os crentes, etc.. Como não se essas pessoas passassem aqui: Falar de forma tão grosseira de quem não se conhece, ou não está presente, é uma manifestação de ignorância, falta de argumentos e estupidez.

    Há ainda uma cosia interessante: a questão da “Rainha de Portugal”.
    Mesmo para quem não é católico, a atitude do D. João IV, voluntária, sentida e humilde, é uma das mais bonitas manifestações de humanidade e benignidade de um rei.

    E, bom será lembrar que a monarquia em Portugal não foi abolida por vontade do povo mas sim usurpada por traidores, curiosamente ou não, ligados ao ateísmo.

  • Baal

    “Ou também não reconhece a legitimidade deste Rei, que proclamou Rainha e Padroeira de Portugal a Virgem Santíssima?”

    Ó homem, atendendo a que já não há monarquia é um bocado difícil reconhecer a legitimidade para governar a um rei, principalmente um que já está morto à séculos.

    Teve a sua legitimidade na época, e na época pôde proclamar as suas superstições aos quatro ventos. Quanto a essa senhora, se realmente existiu, morreu hà dois mil anos e se fizesse ideia das coisas que pessoas como você iam dizer dela, ia ficar muito admirada.

    Aliás, visto que em princípio seria uma boa judia, até vos consideraria a todos como IDÓLATRAS NECROMANTES E SATANISTAS, visto que usam estátuas no culto, julgam que falam com os mortos e adoram pessoas como se fossem deuses.

    Ou seja, provavelmente a boa senhora fugiria de vocês, que a dizem vossa rainha, como de abominações demoníacas.

  • Baal

    Xiiii, ó Mike, estás-te a passar.

    Portanto, a culpa da igreja se ter aliado ao fascismo e obrigado professores a alunos a levar com toneladas de propaganda católica não é da igreja que se aliou ao fascismo para melhor obrigar as pessoas a cumprir as suas vontades.

    Não, a culpa é toda das próprias vitímas desta imposição que, mesmo que não gostassem, para não perder a profissão e o sustento da família eram OBRIGADOAS a alinhar neste ABUSO DA IGREJA.

    Típico.

    És mesmo um nojo.

  • Baal

    cristãoconfesso,

    “Ou é mera javardice de linguagem ?”

    Curiosamente continuo a achar que a maior javardice é continuar a esconder as responsabilidades de quem permitiu que as instituições de ensino católicas se tornassem num bordel para os senhores padres.

    Mas há quem se preocupe mais com a linguagem…

    Aliás, foi essa vossa doentia obsessão pelas aparências que levou a que a igreja fosse condenada em tribunais de todo o mundo por se estar nas tintas para o que REALMENTE interessa.

  • cristaoconfesso

    Baal: lá está você a generalizar as ” instituições de ensino católicas” como se todas se tivessem tornado ” num bordel para os senhores padres”, como se não houvesse, no conjunto de padres,larga maioria de pessoas de Bem e fossem todos uns pedófilos da maior grandeza.Se você quiser usar ” javardice de linguagem” ,nas suas intervenções,bote pr á frente.Não tem nenhum Deus para o castigar e eu também não acredito nessa concepção de Deus.E você não tem emenda: ” Foi essa vossa doentia obsessão pelas aparências…” Mais uma vez todos no mesmo ” saco”. Que tristeza de comportamento. Que falta de sentido cívico. É por isso que Portugal está na cauda da Europa da incultura e da incivilidade uma trintena de anos depois do 25 de Abril.E o mal não está no 25 de Abril. Mas em quem só é democrata de letra…

  • Mike

    Olha Baal, para mim estás a ver as coisas do outro lado do espelho, ou não viveste nesse tempo.

    Em primeiro lugar, quero dizer-te que o regime português a que chamas fascista era, na época, o menos severo dos regimes.
    Para o povo simples, o regime não era mau. Só se tornou mau porque alguns pardais, para subir na escala social, o tornaram insuportável.

    Dificilmente alguém chateava uma pessoa honesta e simples, se não fossem os bufos, os compadres e os renegados. Para mim, que TIVE problemas nesse tempo, o regime tinha coisas boas e más. O povo aderiu sem receio, por vontade e com convicção ao regime.
    Como não creio que vivesses nesse tempo, e como já sei que vais descarregar uma infinidade de disparates, que leste, que te contaram ou foram apresentados por outros, sobre o assunto, não vale a pena discutir contigo.
    De uma coisa podes ter a certeza: se alguém teve problemas com o regime, ou teve um bandido a acusá-lo injustamente, ou era um bandido.

    Há uma cosia que quero que saibas. Eu, porque não era católico foi denunciado por professorzeco primário (um colega do Carlos Esperança, talvez, se fosse vivo, fosse um ateu como ele!). E sabes quem me salvou? O padre (um grande homem, chamado Hilário) e o Regedor. Estes foram duas pessoas honestas e inexcedíveis, por quem tenho um eterna divida de gratidão. Nunca esqueço a frase com que o padre me recebeu, quando lhe pedi ajuda: “Se és cristão, também és filho de Jesus Cristo. Podes contar comigo, irmão!”

    Honestamente, não foi a Igreja que se uniu ao “fascismo”, foi o regime que se aproximou da Igreja. E tenho a certeza que se não tivesse acontecido essa aproximação, teríamos passado por tempos muito piores, teríamos no poder pessoas bem piores, a situação teria sido ainda mais desastrosa.
    Não esqueças que os teus amigos ateus da primeira republica, além de terem instintos piores do que Salazar, levaram os portuguesa a apodrecer nas trincheiras da Primeira Guerra, e tê-lo-iam feito na Segunda.

    A falta de liberdade é uma coisa relativa. Tal como a liberdade em excesso é uma beneficio duvidoso.

    Se não viveste nesse tempo, não percebes e eu não discuto contigo.
    Não venhas com, historias sobre o profissionalismo, o amor à profissão e medo de perder o emprego. Tudo isso são opções de vida das pessoas. Uma pessoa honesta, é honesta em todas as situações, mesmo com prejuízo de si própria.

  • Jovem 1983

    Sou um jovem de 27 anos, vivo na região de Lisboa, enquadro-me numa das gerações que geralmente se considera pobre em valores, porque nos afastamos da Igreja. Não brando aos sete ventos a minha posição porque existe descriminação por parte de fieis, ainda bem que não todos, que não respeitam a minha posição e aos seus olhos eu estou errado quando estes estão certos. Espanto-me quando oiço dizer que Portugal é maioritariamente cristão e professa a religião católica, quando a esmagadora maioria das pessoas que conheço não se identificam com qualquer religião. Oiço dizer constantemente que essa maioria justifica as acções do Estado em benefício desta Igreja, e espero sinceramente pelos resultados dos Censos 2011 para verificar que Portugal se afasta das religiões que brandam os Céus para olhar para os problemas da terra.

  • Mike Teef

    Jovem:
    Aproveito para dizer que isso de chamar jovem a toda a gente, também é uma tara. Uma pessoa com 20 anos já não é um jovem, embora se convencionasse aceitar tal facto.

    Em primeiro lugar, os Censos não servem obter estatísticas das religiões. A lei obriga a que as perguntas sobre religião professada sejam facultativas. Como tal, quase ninguém reponde, nem os recenseadores estão interessados nisso, sobretudo se ganharem à peça.
    Já agora confesso-te uma coisa: dificilmente respondo de forma séria nos Censos. Sabes porquê? Porque me obrigam a responder. E quando me obrigam, a algo, não podem contar com a minha participação, salvo se eu concordar. Eu não sou o Carlos, que se diz ateu e passou vida a ensinar orações, a rezar nas aulas com os aluno, a confessar-se e por aí fora!.

    Como tu dizes que pertences a uma geração pobre de valores. Podes mesmo dizer: falida de valores, sem cultura, sem educação e sem as mais básicas noções de civismo e civilidade. A tua geração, se não fosse corrigida, acabava com a civilização humana, tornava o mundo numa selva e o Homem passa a ser um carnívoro predador.

    Dizes que se perguntares a quase todos os teus amigos dizem que não pertencem a nenhuma religião. Primeiro tens que lhe explicar o que é uma religião, o que é ser ou não membro de uma ideologia religiosa, e só depois lhes podes perguntar de qual são. O problema é a falta de cultura, de integração social.

    Numa sociedade em que se é criança até ao 30, em que se parasita a família e o estado até tão tarde, é normal que ainda não haja amadurecimento para responder a questões complicadas. Isso interessa sobretudo aos políticos, pois sós vós, com a vossa irresponsabilidade e ignorância que mantendes o seu status e o seu tacho.
    Porque razão achas que temos políticos tão ignorantes, e tão medíocres?

    Não te preocupes. Uns anos mais tarde, tu e mais de 90% percebe que é cristão e que há valores que não pode vilipendiar como pensava.
    Nessa altura deixas de ser jovem, passas a adulto.

  • Jovem 1983

    O ser Jovem aos 27 anos serve para acompanhar o aumento da esperança de vida e da idade de reforma (ironia que nem todos parecem atingir).

    Dizer que habito na região de Lisboa, não é na cidade de Lisboa, é numa área bem mais vasta de trocas dinâmicas, completamente diferente de zonas francamente deprimidas geograficamente e em qualquer troca social, muito menos de ideias, onde facilmente o que vale são as celebrações de missas segundo o preceito dominical.

    Os Censos, caso não saibas, captam tendências das populações onde se incluem taxas para perguntas não validadas, mesmo facultativas, onde se contam as voluntariamente não respondidas. Se não respondes porque não te obrigam, há quem responda e não se sinta obrigado, mas tenho de admitir que haja mais pessoas a optarem por fazer o mesmo que fazes nessa ocasião (e talvez pelo mesmo motivo).

    Quando falei em geração pobre em valores, poderia ter falado em geração rasca ou geração à rasca, tudo cabe para definir jovens como eu que se encontram numa curva de tendência negativa de um ciclo pouco favorável em termos de oportunidades no mercado de trabalho, como não aconteceu a quem começou a trabalhar na década de 1980, como te deves lembrar, década em que entrámos na CEE e os mercados, desde então, têm um funcionamento em muitos aspectos totalmente dependentes das flutuações nos mercados internacionais.

    Julgas que os meus amigos são cavalgadura, que não sabem o que é religião ou ideologia religiosa, estás errado. Estamos todos integrados socialmente, e qualquer ideia de incultura não te sei responder, pois é preciso entender os diferentes conceitos de Cultura para chegar à conclusão que existem claras diferenças conceptuais. Isto talvez se deva, como te apontei anteriormente, ao facto da região de Lisboa continuar a ser bastante diferente de muitas regiões do país (infelizmente).

    Não apontei os políticos, mas escrevi sobre uma decisão política, porque eu e os meus amigos temos sentido crítico (pelo menos nesse aspecto estamos guarnecidos), e não consideramos o todo pela parte de forma galopante.

    Não estou certo de estar à altura de cumprir o teu vaticínio porque penso por mim o seguinte, quanto mais se pensa nos Céus mais nos afastamos dos problemas da terra, por isso adiam-se soluções convenientes e devidas (ou correspondentes e acertadas) aos problemas concretos, abominando qualquer sugestionar sobre “mãos invisíveis” que tudo nos dão e tudo tiram indiscriminadamente ao sabor de vãs conveniências terrenas de direccionistas religiosos apelidados de santos homens, que avançam ideias que limitam a consciência individual muitas vezes de forma a manter rendimentos e “postos de trabalho” que activamente propagam como necessários à salvação do Homem. Enfim, em poucas linhas é uma opinião sintética de conhecimentos amadurecidos, e para que tu saibas, enriquecidos com experiências (não acrescento pessoais, porque isso é estúpido, está implícito).

    Acho que neste momento percebeste que sou afinal um jovem adulto de 27 com um pouco mais ponderado que tu.

  • jovem1983

    O ser Jovem aos 27 anos serve para acompanhar o aumento da esperança de vida e da idade de reforma (ironia que nem todos parecem atingir).

    Dizer que habito na região de Lisboa, não é na cidade de Lisboa, é numa área bem mais vasta de trocas dinâmicas, completamente diferente de zonas francamente deprimidas geograficamente e em qualquer troca social, muito menos de ideias, onde facilmente o que vale são as celebrações de missas segundo o preceito dominical.

    Os Censos, caso não saibas, captam tendências das populações onde se incluem taxas para perguntas não validadas, mesmo facultativas, onde se contam as voluntariamente não respondidas. Se não respondes porque não te obrigam, há quem responda e não se sinta obrigado, mas tenho de admitir que haja mais pessoas a optarem por fazer o mesmo que fazes nessa ocasião (e talvez pelo mesmo motivo).

    Quando falei em geração pobre em valores, poderia ter falado em geração rasca ou geração à rasca, tudo cabe para definir jovens como eu que se encontram numa curva de tendência negativa de um ciclo pouco favorável em termos de oportunidades no mercado de trabalho, como não aconteceu a quem começou a trabalhar na década de 1980, como te deves lembrar, década em que entrámos na CEE e os mercados, desde então, têm um funcionamento em muitos aspectos totalmente dependentes das flutuações nos mercados internacionais.

    Julgas que os meus amigos são cavalgadura, que não sabem o que é religião ou ideologia religiosa, estás errado. Estamos todos integrados socialmente, e qualquer ideia de incultura não te sei responder, pois é preciso entender os diferentes conceitos de Cultura para chegar à conclusão que existem claras diferenças conceptuais. Isto talvez se deva, como te apontei anteriormente, ao facto da região de Lisboa continuar a ser bastante diferente de muitas regiões do país (infelizmente).

    Não apontei os políticos, mas escrevi sobre uma decisão política, porque eu e os meus amigos temos sentido crítico (pelo menos nesse aspecto estamos guarnecidos), e não consideramos o todo pela parte de forma galopante.

    Não estou certo de estar à altura de cumprir o teu vaticínio porque penso por mim o seguinte, quanto mais se pensa nos Céus mais nos afastamos dos problemas da terra, por isso adiam-se soluções convenientes e devidas (ou correspondentes e acertadas) aos problemas concretos, abominando qualquer sugestionar sobre “mãos invisíveis” que tudo nos dão e tudo tiram indiscriminadamente ao sabor de vãs conveniências terrenas de direccionistas religiosos apelidados de santos homens, que avançam ideias que limitam a consciência individual muitas vezes de forma a manter rendimentos e “postos de trabalho” que activamente propagam como necessários à salvação do Homem. Enfim, em poucas linhas é uma opinião sintética de conhecimentos amadurecidos, e para que tu saibas, enriquecidos com experiências (não acrescento pessoais, porque isso é estúpido, está implícito).

    Acho que neste momento percebeste que sou afinal um jovem adulto de 27 um pouco mais ponderado que tu.

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