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  • 17 de Março, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

A superstição ao serviço da Igreja

Nunca percebi por que motivo a comunicação social, tão ávida em descobrir escândalos, não investiga os milagres que desacreditam o Vaticano e comprometem a sanidade dos crentes.

De Alexandrina Maria da Costa, também conhecida por Santinha de Balasar, beatificada em 25 de Abril de 2004, talvez para comemorar três décadas da Revolução de Abril, até Nuno Álvares Pereira que curou o olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, queimado com óleo fervente de fritar peixe, após ter beijado a imagem do guerreiro, tem havido uma série de prodígios que mereciam a atenção da comunicação social.

No primeiro caso trata-se da devota que esteve mais de 13 anos sem comer nem beber, em anúria, alimentando-se apenas de hóstias consagradas – como anunciou o Papa João Paulo II –, maravilha bem maior do que a obrada por D. Nuno, de quem fizeram colírio para queimaduras do olho esquerdo com óleo de fritar peixe.

É fácil acusar de anticlericalismo quem se preocupa com as campanhas sistemáticas de embrutecimento das diversas Igrejas para fanatizarem populações e aumentarem os seus proventos. Vê-se como a Europa lida mal com o Islão, que prega o ódio nas mesquitas e madraças e alimenta a xenofobia recíproca que ressuscitou a extrema-direita nas eleições regionais francesas desta semana.

Prende-se por burla uma cigana que lê a sina na palma da mão e deixam-se á solta as Igrejas que vigarizam multidões.

3 thoughts on “A superstição ao serviço da Igreja”
  • sempapasnalingua

    “Vê-se como a Europa lida mal com o Islão, que prega o ódio nas mesquitas e madraças e alimenta a xenofobia recíproca que ressuscitou a extrema-direita nas eleições regionais francesas desta semana.”

    Gostaria que uma alma caridosa me podesse traduzir o sentido de “lida mal com o islão” antes de eu avançar em terreno minado de preconceitos empedernidos.
    Se não for pedir demais e por compaixão ateia/esquerdista, gostava de saber como é isso de “xenofobia recíproca que ressuscitou a extrema direita nas eleições etc etc”
    Se calhar deve ser a mesma reciprocidade que o sr Esperança assinalou nas persiguições religiosas no Egipto, na Nigéria,e etc pelo mundo fora, onde cristãos e maomerdas “se matam uns aos outros graças a deus”.
    Os muçulmanos em Portugal são quantidade insignificante, mas a islamização dos espíritos parece que já deixou marcas.
    Por cá, e desde há séculos, nenhuma outra comunidade estrangeira se queixa de racismo ou xenofobia, só os maometanos misteriosamente se queixam, explorando essa infâmia até ao tutano.
    Veja-se no Luxemburgo por exemplo, onde os nossos patrícios representam 40% da população total e há zonas em que são maioria, mas não há qualquer tipo de conflito, nem queixas como se fazem dos maometanos.
    Se fossem os sarracenos no lugar dos portugueses, o Luxemburgo há muito que seria um enclave muçulmano independente como o Kosovo ou a Bósnia depois de banhos de sangue em profusão.
    A extrema direita francesa, o FN,tem sucesso eleitoral efectivamente, graças mais a Marine Le Pen, democrata, laica e republicana do que ao pai, anti-semita, islamófilo e amigo da racaille islâmica tipo Ahmadinejad.
    Pois tem sucesso, e mais terá ainda, visto que são eles os únicos que reagem e falam verdade a respeito do caos instalado e da espiral de suicídio económico e societal que estamos a viver por obra e graça dos soldados de Alá e do cameleiro seu profeta.
    Enquanto isso o presidente da racaille e do karsher enganou e frustrou as expectativas dos eleitores que abandonaram o FN nas últimas eleições. Agora recebeu a factura.
    Como ainda não apareceu em França um democrata corajosos do tipo Geert Wilders ou Oskar Fraysinger, é naturalíssimo que os cidadãos se voltem para os únicos que dizem alto o que toda a gente pensa baixinho ou não pensa nada esmagados que estão pela propaganda do sistemapolítico/mediático e dos resquícios da cultura cristã masoquista que manda amar os seus próprios inimigos e estender a face direita depois de levarem porrada na face esquerda.
    Continuem a diabolizar, e sobretudo, não queiram ver, não pensem, acreditem que é mais confortável, porque pensar exige neurónios, coragem e esforço.

    PS
    Estou à espera que o senhor Esperança me responda à pergunta que lhe fiz no artigo sobre o poster eleitoral.
    Mas não creio que seja capaz, prefere apedrejar a janela e botar a fugir.
    Isso é feio e cobarde.

  • Carlos Esperança

    Preferia que o leitor escrevesse numa linguagem educada e, de preferência, sem erros de ortografia nem insultos pessoais. Eu combato crenças, não agrido crentes.

  • sempapasnalingua

    Sr Esperança
    Quanto aos erros de ortografia é um argumento demasiado velho e estafado, para tirar daí alguma vantagem.Ou seja o argumento recorrente quando não consegue criticar na substância.
    Fraquinho, muito fraco, arranje outros argumentos sff.
    Além do mais há quarenta anos que saí de Portugal, na mesma idade em que o senhor preferiu ir matar “turras” para Africa.Entendeu?
    E quarenta anos depois não tenho vergonha nenhuma do mau português que aida escrevo e falo.Garanto-lhe que nunca corei de vergonha.
    Quanto aos “insultos”, pois é, estão na razão directa da propaganda mentirosa,no limite criminosa, de muitos artigos que escreve, e eu já tive a oportunidade de rebater, mas o senhor é demasiado autista e esquiva-se à discussão; da falta do mínimo de rigor intelectual que o senhor é suposto ter, enquanto porta-voz e figura mediática dos ateus de Portugal, e da ignorância que manifesta a respeito dum assunto tão grave como é este do islão e dos jhiadistas.
    Pensa o senhor que basta fazer doutas proclamações abstractas a respeito duma pseudo-religião e duma máquina de guerra e agressão quotidiana, para ter a consciência tranquila do dever cumprido e encher colunas de posts,para encher o DA e o seu ego, mas na prática trai os mesmos pricípios, faz o jogo do inimigo e anestesia o espírito crítico aos seus leitores, em vez de o estimular. Um comportamento esquizofrénico que urge reflectir e tratar.
    Considero que muito do que o sehor escreve não passa de charlatanismo criminoso,na medida em que lança anátemas e difama pessoas que têm a coragem do combate, pacífica e democráticamente em risco da própria vida.
    Claro que o senhor vive por aí bem instalado e longe de mais da guerra que nós por cá vivemos no dia a dia, carecendo no mínimo da humildade intelectual que o façam questionar os seus preconceitos e interpretar mais racionalmente a realidade a que o senhor permanece completamente cego.
    Já foi pior, e para alguma coisa lhe tem servido os meus “insultos”.
    Lembra-se duma noite em que lhe fiz uma demonstração histórica da impossibilidade do islão se reformar? E que no fim acabou por me dar razão?
    Não se lembra? Disponibilize os comentários de há quatro ou cinco anos e eu provo-lhe isto e mais coisas.
    Para terminar deixe-se de arrogâncias, e venha mais a terreiro defender a sua propaganda.
    Intervenha e combata o anti-semitismo aqui repetido à saciedade, mas o DA tolera sem pestanejar e sem vómitos.
    Outra coisa que o indifere e o torna cúmplice, apesar das suas sonoras proclamações de pricípios humanistas.
    Mas não conte comigo para ler e calar-me que eu não tenho a postura de religioso que diz amen a tudo o que aqui se escreve. Não sou discipulo de Salazar nem de Estaline, nem tenho vocação para carneiro, como aqueles que dizem aqui ter divergências consigo, mas calam-se ou preferem acariciá-lo no sentido do pêlo.
    Ficava-lhe melhor debater e não exasperar os seus contraditores com manifestações de arrogância intelectual a que o senhor já há muto nos habituou aqui e fonte de outras tantas zaragatas.
    Como diz o outro, a mim ninguém me cala, e cá virei sempre que me apeteça reagir e chamar os bois pelo nome, por mais que isso o irrite.
    E mais não digo por agora.

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