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  • 15 de Março, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

Diário Ateísta – uma voz contra a superstição

Gostava de entender qual é o objectivo do Diário Ateísta. É uma espécie de Inimigo Público aplicado à religião? Quer apenas divertir-nos num mundo tão cheio de crises?
Alfredo Dinis (Comentário ao post «Vaticano sem psiquiatria»

.

O Diário Ateísta existe desde 30 de Novembro de 2003 e só esteve ausente dos leitores durante os ataques de haeckers que, piedosamente, o quiseram calar. Chegou a ser uma referência pela qualidade dos textos, honrado na gramática e nas ideias, acutilante nas críticas e destemido na denúncia das superstições e medos com que as Igrejas intimidam os crentes.

Continua a denunciar os monoteísmos que são cada vez mais violentos, embrutecedores e retrógrados, vendendo o mesmo deus que foi o produto da imaginação dos homens das sociedades patriarcais da Idade do Bronze.

Curiosamente, o comentário em epígrafe refere-se a um post que se limita a reproduzir as preocupações do exorcista-chefe da Igreja Católica com os poderes do demónio que, segundo ele, Grabriele Amorth, «reside no Vaticano».

O Diário Ateísta não discute o domicílio de Satanás nem especula sobre os bispos que lhe estão «ligados». Só admira a inépcia de um deus que deixa entrar o demónio nos 44 hectares de sotainas, sem respeitar o Papa e os bispos que fabricam a água benta e se consideram especialistas em afugentar o demo.

Uma pessoa sensata considera a pedofilia uma doença do foro psiquiátrico e é capaz de atribui-la às hormonas, mas nunca ao demónio como declarou o calejado exorcista, com 25 anos de experiência no ramo.

Quando um sacerdote refere a sua experiência em 1700 sessões de exorcismo e recorda que os possuídos chegavam a cuspir pedaços de vidro e «de metal do tamanho de um dedo, mas também pétalas de rosas», não é preciso ser ateu para ver no autor um caso psiquiátrico ou um burlão contumaz.

É contra o regresso à Idade Média, contra esta escalada obscurantista, contra a mentira e o medo com que o clero imbeciliza os crentes, que o Diário Ateísta se constitui baluarte da sanidade mental e desmascara os impostores.

O negócio dos demónios já deu o que tinha a dar. A Igreja não cai pela razão mas desmorona-se pelo ridículo.

15 thoughts on “Diário Ateísta – uma voz contra a superstição”
  • Julio

    Todo o esforço para desmascarar seitas religiosas é de aplaudir por longos espaços de tempo.
    O povo Português une-se contra a charlatanice da SEITA papal e seu negócio com a superstição humana.
    Abaixo a seita papal [pacificamente, a fim de não emular o seu passado sangrento contra objecções de consciência], pela força da razão.

  • Alfredo Dinis

    Caro Carlos,

    Embora respeite as opiniões que exprime devo dizer que o facto de elas estarem habitualmente expressas numa linguagem emocional e agressiva não lhes dá maior peso argumentativo. Pelo contrário. O mesmo se aplica à maior parte dos comentadores deste blog. Além disso, o Carlos escolhe cirurgicamente os conteúdos mais absurdos e ridículos para incluir neste Diário. Se eu seguisse o seu exemplo, poderia denegrir facilmente os economistas, os políticos, os artistas, etc. Bastaria fixar-me em figuras e exemplos que em nada dignificam estas classes de pessoas. Não teria nenhuma dificuldade em encontrar os exemplos mais ridículos e absurdos. Mas o que conseguiria eu com isso?

    Saudações,

    Alfredo Dinis

  • João Brandão

    Alfredo… o chamado “quote mining”, é uma especialidade da religião e dos religiosos.

    Não me parece que o Carlos escolha ninguém cirurgicamente… infelizmente, no mundo das religiões, o que não falta é imbecis e mentirosos.

  • Alfredo Dinis

    Caro João,
    Poderei dizer que “infelizmente, no mundo da política, o que não falta é imbecis e mentirosos”? Se sim, vamos acabar com a política?

    Saudações,

    Alfredo Dinis

  • Ricardo Alves

    Caro Alfredo Dinis,
    nós vivemos num país em que o fenómeno religioso é sempre tratado com pinças, e em que os lados menos agradáveis das religiões organizadas nunca são mostrados pelos media. Este blogue foi dos primeiros espaços a mostrar sistematicamente as facetas mais escondidas do fenómeno religioso.

    Um exemplo: desde 2004 que neste blogue se fala da pedofilia clerical. Muito antes de o Papa se preocupar publicamente com o assunto, e desde uma altura em que os media generalistas ocultavam ou minimizavam esse problema.

  • João Brandão

    A diferença, é que na política, não se fazem passar por representantes de uma divindade, apesar de ninguém poder provar a existência dela, e ainda dizem querer criar uma vivência de santidade, e sem pecado, quando no fundo fazem ainda pior.
    E já para não dizer que na política, pelo menos neste país, eu tenho voto na matéria como eleitor recenseado que sou.
    Na igreja as únicas pessoas com voto nas matérias são os próprios membros do clero.

    E há mais diferenças… mas não me apetece comparar alhos com bugalhos.

  • João C.

    “Uma pessoa sensata considera a pedofilia uma doença do foro psiquiátrico e é capaz de atribui-la às hormonas, mas nunca ao demónio como declarou o calejado exorcista, com 25 anos de experiência no ramo.”

    Até há bem poucos anos atrás, dizia-se o mesmo da homossexualidade, enquanto a Igreja sempre considerou o acto homossexual (e não a tendência) como pecado, independentemente da tendência em si ser um distúrbio mental – tal como a pedofilia. O que vemos hoje? Vemos que em nome do “amor”, parece ser (ou querem fazer parecer) natural um homem/mulher “amar” e até “casar” com outro/a.

    Quem nos garante que, no futuro, em nome do “amor”, se um homem pode “casar”, “amar” outro, porque não poderá “amar” uma criança? Ou porque não poderá “casar-se” com o piriquito? Afinal se quiseram aplicar o nome “casamento” para o emparelhamento homossexual, também podem aplicá-lo, ou até inventar outro nome, em que basta duas pessoas gostarem muitoo uma da outra para se poderem “casar” ou fazer vida juntas…

    Assim como a Igreja continua a repetir o pecado gravíssimo que é o homossexualismo (e não a tendência desordenada – a homossexualidade, esta sim, com várias causas que poderão ser fisiológicas, genéticas, ambientais, psiquiátricas), sendo esta “vontade” de o praticar induzida pelo Demónio. Também ela nos diz que a pedofilia é pecado gravíssimo, e muito embora tenha como causas distúrbios psiquiátricos ou hormonais (argumento que não serve nem servirá nunca para justificar a acção – tal como o homossexualismo), tem de ser ainda considerada como influência demoníaca, porque vai contra a Lei de Deus, contra a Lei Natural e por isso, serve ao Diabo e não a Deus, origem e fim de todas as coisas. E não é com “legalizações” que ajudamos os homossexuais a lidar com o seu problema e a saber viver saudavelmente, com a dignidade de seres humanos que têm. Um pedófilo também não pode ser visto apenas como “doente” (temendo que no futuro isso justifique muita coisa e, quem sabe, deixe de ser considerada doença e passe a ser “normal”) e temos certamente de admitir que, tendo em conta os actos abomináveis que faz, está sob influência directa do Maligno.

    Que o Santo Padre, na sua vinda a esta Terra de Santa Maria, outrora orgulhosamente considerada a Nação Fidelíssima, desperte a Fé adormecida nos corações de tantos portugueses, para que saibam separar o trigo do joio e não se iluda com ideias pseudo-iluminadas que gritam para se fazerem ouvir, sem sucesso, pois temos a feliz e consoladora promessa de Nossa Senhora em Fátima “Em Portugal, conservar-se-á sempre o dogma da Fé”.

  • Carlos Esperança

    Caro Alfredo:

    Naturalmente que o Diário Ateísta está ao serviço do ateísmo como as homilias de domingo estão ao serviço da propagação da fé.

    Não são os exemplos que eu apresento que são caricatos, são os factos. A ressurreição de Lázaro, por exemplo, é bem mais caricata do que os milagres que os dois últimos Papas rubricaram.

    O que se pode discutir é a verdade ou a mentira dos factos porque eu não posso provar que o deus abraâmico não existe do mesmo modo que não posso demonstrar a não existência de sereias ou do abominável Homem das Neves.

    O deus abraâmico será, um dia, objecto de estudo da mitologia como são hoje os deuses politeístas.

    De momento, o que devemos fazer é garantir a liberdade de culto para todos os crentes e convencer as pessoas de que é errado acreditar em mitos de que não possuem qualquer prova; e evitar a influência política das Igrejas que conduz à violência: o sionismo judeu na Palestina, o terrorismo generalizado do Islão e a violência cristã em África e na América do Sul onde a influência do Opus Dei se exerce de forma tenebrosa no aparelho de Estado de vários países. Sobretudo conter o proselitismo agressivo do Islão e do cristianismo.

    Curiosamente o bispo Carlos Azevedo e outros bispos que várias vezes atacaram a AAP, e a mim próprio, nunca dão direito de resposta. Mas a liberdade não é uma virtude religiosa.

  • josecamoreira

    Dizer, da homossexualidade, que é “um distúrbio mental – tal como a pedofilia”, é exibir orgulhosamente a mais patética das ignorâncias. Mas você não tem culpa: disseram-lhe, e acreditou. Como lhe disseram que uma pomba engravidou uma mulher, e você também acreditou. Afinal, “casar-se” com um periquito não é menor distúrbio mental do que ter relações sexuais com uma pomba – e engravidar, ainda por cima.

  • João C.

    Olá josecamoreira:

    “Dizer, da homossexualidade, que é “um distúrbio mental – tal como a pedofilia”, é exibir orgulhosamente a mais patética das ignorâncias.”

    Hum, olhe que não… Se calhar, também devido à minha profissão, sei minimamente do que falo. Mas se assim quer pensar, confirmo que cada vez mais orgulhosamente, exibo esta ignorância!

    “Mas você não tem culpa: disseram-lhe, e acreditou.”

    Subscrevo. Disseram-lhe que a homossexualidade é normal – não sei se foi a OMS, ou outro grupinho qualquer organizador de 'gay parades', ou até mesmo poderá ter sido vítima da (má) comunicação social – e você também acreditou. Eu prefiro acreditar em coisas que, olhando para trás são óbvias e claro, na doutrina imutável e infalível da Igreja, no que respeita a matérias de Fé e Moral.

    “Como lhe disseram que uma pomba engravidou uma mulher, e você também acreditou.”

    Presumo que se esteja a referir à Maternidade Divina e Virginal de Maria. Bem, na verdade, a ignorância aqui é sua, pois não foi nenhuma pomba que engravidou a Santíssima Virgem. A pomba é uma imagem, um símbolo do Espírito Santo. Na verdade, foi Deus que se fez homem na barriga de Maria. E sim, acredito porque os relatos desse tempo, assim como os testemunhos de fé que durante 20 séculos se perpetuam no mundo, levam-me a acreditar nesse milagre do Céu. E entre acreditar nesses relatos e nesses testemunhos e acreditar na opiniãozeca de qualquer ser humano que seja, a 2000 anos de distância que se limite a dizer-me que isso não ocorreu, é óbvio que credibilizo muito mais a primeira, não dando crédito a refutações com 50 ou 100 anos, baseadas em humanismos, fruto de uma Revolução e de um “iluminismo” (irónico, porque dessa época só vieram trevas) risível….

    E os resultados estão à vista…

  • Alfredo Dinis

    Caro Ricardo Alves,

    A questão da pedofilia na Igreja Católica já desde o início dos anos 90 que é um tema recorrente nos meios de comunicação. Muito antes de 2004. O Diário Ateísta limita-se a repetir notícias já veiculadas por outros órgãos de comunicação, seleccionando cuidadosamente o que é escandaloso e omitindo deliberadamente o que poderia reverter em favor da Igreja Católica. Se eu só lesse o Diário Ateísta ficaria com uma ideia da Igreja Católica que os factos desmentem, por muito que isso custe aos adeptos de um blogue deste género. Há factos que devem ser positivamente avaliados e factos que devem ser negativamente avaliados. Se queremos ater-nos aos factos, porquê ter em atenção uns e não outros? Será este o caminho da objectividade? Ou não estamos interessados na objectividade?

    Saudações,

    Alfredo Dinis

  • Carlos Esperança

    Alfredo Dinis:

    Conhece alguma publicação católica onde se refiram as virtudes do ateísmo? Até chegam a considerar Hitler ateu!

    O ateísmo, elevado à categoria de religião, é tão mau como os monoteísmos. Lembro-lhe o ateísmo comunista com as mesmas taras das religiões.

  • anonimo

    I online

    “Apesar da biologia, uma pessoa é capaz de distinguir o certo do errado, é responsável pelas suas acções. A biologia pode provocar alguma predisposição para comportamentos antissociais, mas em último caso o indivíduo tem o livre arbítrio para decidir agir, ou não, em função dessas predisposições”

    http://www.ionline.pt/conteudo/51590-psicopatia

  • zeca portuga

    Tenho estado afastado da Lusa guarida.
    Que falta me fazem estas dissertações eunucas da seita ateísta!… Estes rasgos de estupidez peregrina dos ateístas disfuncionais e fundamentalistas, fazem-me falta para desopilar os músculos faciais… e não só!

    Vejamos alguns exemplos nesta prosa, muito fraca em português e gramática, mas pródiga em imbecilidades: :

    Continua a denunciar os monoteísmos…
    Espectacular!
    “Denunciar” algo que é universalmente reconhecido e aceite, deve apelar a imaginação do leitor para conceber a verdadeira acepção de “denunciar”. Será: “atraiçoar”? “Descobrir”? “Propalar”? “Difundir”?
    Tudo aquilo que é património universal, um bem comum da humanidade ou pertence aos mais valiosos tesouros culturais, civilizacionais ou patrimoniais de humanidade está, infelizmente, a ter que ser protegido contra as pilhagens dos vândalos, de impudentes seitas de imbecis ignorantes e outras mentes perversas e maléficas.
    Talvez esta seja a prova de mais um caso desses. O sr. Esperança lá sabe!…

    (…) que são cada vez mais violentos, embrutecedores e retrógrados… < b>
    O sr. Esperança lá sabe o faz, as intenções e objectivos do gang arruaceiro que chefia.
    È que, os grandes problemas da humanidade, hoje e sempre, residem no tipo de pessoas que a Tasca Ateísta Lisboa acondiciona – os degenerados, os dissidentes que se revoltam contra a cultura onde foram criados, os separatistas anti-sociais e contra civilizacionais, traidores da sua origem.
    Se usam armas, chamamos-lhes terroristas; se não usam, dependendo da prosa, chamamos-lhes outras coisas. Neste caso, o gang é ateísta (por enquanto… dado que os ateístas já vão usando violência e fazem o upgrade para terroristas!).
    Vem isto à colação, porque o sr. Esperança acusa os demais daquilo que ele cultiva, pratica e difunde: a mais retrógrada e embrutecedora forma de ignorância e violências anti cultural. E, quem conhece os terrenos dos conflitos inter étnicos/culturais, sabe bem do que eu falo!

    vendendo o mesmo deus que foi o produto da imaginação dos homens das sociedades patriarcais da Idade do Bronze.

    O Sr. Esperança está a ser impreciso, por ignorância ou por omissão propositada.
    Na verdade, a Imaginação é um atributo funcional e supletivo da única característica exclusiva do Ser Humano: a inteligência: Ora, Deus é apropriado pelo Ser Humano de uma forma que apela à sua imaginação – coisa que o sr. Esperança (pelos vistos) e demais membros do gang, não têm (e tanto repudia, por inveja, ver na Humanidade inteira)!
    A exiguidade do universo do sr. Esperança limita-o à Idade do Bronze. É muito pouco para quem quer saber tanto!… Esse Deus de que pretende falar (infelizmente, sem o mínimo de bases cientificas, racionais ou culturais), remonta aos alvores do aparecimento do Homo Sapiens na superfície do Globo. Esse Deus, que Sr. Esperança só conhece na Idade do Bronze, faz parte do universo das conquistas da capacidade do espécie Homo, e da sua praxis, desde do início da humanidade.

    Acha O sr. Esperança que Hitler era católico, porque era baptizado, havia frequentado a igreja… etc.
    Então o sr. Esperança também é católico!?
    (Se me não mentiram – e creio que não -, o sr. Esperança já foi católico e tem assistido nos últimos anos a actos que envolvem rituais religiosos, nomeadamente funerais! Se isso for verdade, Hitler era tão religioso como o sr. Esperança.)

    Concordemos que o único propósito deste fórum é apregoar uma forma particularmente imbecil, ignorante e grosseira de interpretar factos, encenando neles as mais fantasiosas e patéticas e vis falsidades, de uma forma completamente desonesta, malcriada (quiçá criminosa) e ensopada do ódio que corrói os fracos, os incapazes, os ignóbeis e os ignorantes.

  • jovem1983

    Estes níveis de delírio são preocupantes, depois dizem que a religião é algo de bom?! Quaisquer músculos faciais ao ler isto só distenderão na parte inferior em completa subordinação às forças da gravidade e à falta de educação (saber).

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