Loading
  • 15 de Fevereiro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Ateísmo – Noções básicas

Definição e ideias gerais

«A única desculpa de Deus é que não existe» (Stendhal)

Ateísmo é a posição filosófica que rejeita o conceito do teísmo e a existência de deuses. Em sentido lato, é a ausência de crença na existência de divindades, ou seja. A doutrina que nega uma realidade transcendente ao homem.
O termo ateísmo foi originado do grego atheos, e era aplicado a qualquer pessoa que não acreditava em deuses, ou que aceitava doutrinas em conflito com as religiões estabelecidas.

Religião – A palavra religião deriva do termo latino religio, foi usada durante séculos no contexto cultural europeu, dominado pelo cristianismo que acabou por se apropriar dela.

A religião é um conjunto de crenças que grupos de pessoas encaram como sobrenatural e sagrado, sujeita a rituais, a que associam códigos morais que cumprem com maior ou menor rigor e impõem de forma mais ou menos vigorosa de acordo com o grau de proselitismo.

Agnosticismo –  É a doutrina que afirma que a questão da existência ou não de um poder superior (Deus) não foi nem pode ser resolvida. O termo foi cunhado pelo biólogo britânico Thomas Henry Huxley ” no início do último quartel do séc. XIX.
[a-” anteposto à palavra grega “gnostos” (conhecimento)].

Teísmo e ateísmo separam os que acreditam em deus (seja isso o que for) dos que não acreditam, enquanto o agnosticismo designa os que afirmam a incapacidade da razão para especular acerca do sobrenatural não excluindo, conforme a postura perante a crença, uma orientação teísta (conhecimento pela fé!?), deísta ou ateísta.

O ateísmo é o grade inimigo das Igrejas. Os infiéis sempre foram o alvo da fúria beata, fosse das Cruzadas ou da jihad, mas são os ateus que suscitam o ódio mais intenso dos dois monoteísmos mais extremistas – o cristianismo, e, sobretudo, o islamismo.

Só por curiosidade, vale a pena lembrar, a propósito, que a peregrinação a Fátima, de 13 de Maio de 2008, presidida pelo cardeal Saraiva Martins, foi realizada «contra o ateísmo». Não havendo provas da eficácia das peregrinações, podia, ao menos, ter sido disfarçada em nome da fé, em vez de assumir o carácter belicista contra o ateísmo. No mesmo ano, o patriarca Policarpo afirmou que «Todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade». Nem as pandemias, os cataclismos e as guerras constituem um drama maior ou, sequer, equivalente!

15 thoughts on “Ateísmo – Noções básicas”
  • Baal

    Esqueceste outra definição básica dada pelos católicos – nós, tanto ateus como agnósticos somos iguais – somos uns porcos.

    Mas uns porcos que não podem criticar a religião sob pena que de sermos porcos mal-criados. Temos de ser uns porcos bem-educados e deixar que nos critiquem a nós, nomeadamente chamando-nos porcos, sem que em resposta critiquemos a religião que isso é uma falta de respeito.

    Da ultima conversa que mantive com um católico aqui há uns minutos neste blog, fui informado que não podemos ser contra a religião, que isso é falta de respeito. Claro que a religião já pode ser contra o ateísmo e os crentes até podem tratar-nos por porcos, que já é um grande respeito.

    O católico até observou, finamente, que não podemos ser contra a religião porque então ele teria de ser contra os amigos ateus que tem, e ele dá-se muito bem com eles e respeita-os muito, apesar de os considerar uns porcos.

    Claro que os amigos ateus dele devem aceitar isso na desportiva e em resposta respeitam-no não criticando a religião e aceitando urbanamente o facto de serem uns porcos – isto sim é ser bem educado !

    Pergunto-me se aquilo não será mas é um clube de freaks sado-masos e os amigos “ateus” não serão os clientes maso do católico em questão…

  • Baal

    Isto da teologia é muito complicado…

  • FireHead

    Baal,

    Parece que sofres da mania da perseguição. Será que te fizeram algum mal por seres agnóstico? Ah, espera… tu vives numa dúvida constante, pois a questão da existência de algo sobrenatural não foi nem pode ser resolvida…
    E, pronto, deixemos de vez as hipocrisias. Os outros não são nem nunca foram contra a religião. Eu é que andei a imaginar coisas e comecei a ofender (ou terei eu sido mal interpretado? Que se lixe…) os que me são indiferentes assim sem mais nem menos. Nenhum religioso é ofendido aqui, neste magnífico blogue onde todos são amigos de todos…

  • Pedro

    -|-
    M Michael

    Não se pode afirmar a inexistencia da possibilidade da existencia, dai o ateismo não ter fundamento em si proprio senão na propria duvida e incerteza, logo não é algo existencial e prático.

  • josecamoreira

    Esse “post” é bastante falacioso, para variar.
    O Pedro não pode negar a possibilidade de existir um dragão invisível no meu quintal. É bem possível que exista, é uma possibilidade tão forte como a existência de deuses de qualquer qualidade ou categoria.
    O Pedro não pode afirmar a inexistência da possibilidade da existência do meu dragão de estimação.

  • pedro

    josecamoreira Algo talvez um pouco duvidoso… mas a realidade é que em Fátima na frente de 70 a 100 mil pessoas chovia e de um momento para o outro viram as nuvens a sair para o lado, o sol a girar, etc, etc, etc… como supostamente já o conhecem e isso… como sabem não é história da carochinha é um facto.
    Assim como falei sobre Fátima poderia-me referir ao Egipto por exemplo em que inclusive o próprio presidente foi testemunha e que agora recentemente por volta no Natal e Ano novo parece ter aconecido de novo outra vez algo assim sobre o mesmo fenomeno.
    E outros mais…

  • pedro

    -|-
    M Michael

    josecamoreira Algo talvez um pouco duvidoso… mas a realidade é que em Fátima na frente de 70 a 100 mil pessoas chovia e de um momento para o outro viram as nuvens a sair para o lado, o sol a girar, etc, etc, etc… como supostamente já o conhecem e isso… como sabem não é história da carochinha é um facto.
    Assim como falei sobre Fátima poderia-me referir ao Egipto por exemplo em que inclusive o próprio presidente foi testemunha e que agora recentemente por volta no Natal e Ano novo parece ter aconecido de novo outra vez algo assim sobre o mesmo fenomeno.
    E outros mais…

  • Baal

    FireHead,

    Disseste que somos todos iguais e que ser ateu é querer dar nas vistas de forma porca.

    Isto é, metes na mesma saca os que insultam e os que respeitam, mostras-te ofendido por ateus falarem de religião, quando sabes perfeitamente que, para falar de ateísmo é necessário referir aquilo com que não se concorda na religião.

    Em resumo, somos todos uns porcos. Mas depois ficaste muito ofendidinho por eu ter feito uma analogia com as TUAS palavras i.e chamar-nos PORCOS e ter referido a parábola das pérolas a porcos. Isto num contexto de insultares tanto quem te insulta como quem até admite que estão a ser cometidos excessos contra a religião e te está a reconhecer parcialmente razão.

    Eu já sei que vocês se consideram especiais, que podem criticar tudo a toda a gente mas que é uma grande ofensa alguém criticar-vos a vocês seja aquilo que for..

    Eu já sei isso tudo. Mas não sou obrigado a comer e calar.

    PS

    A pose de vitíma não te pega porque na MESMA resposta eu tinha admitido que neste blog se é tendencioso e não se admite os aspectos positivos da religião, o que disse claramente que é um erro.

    Em resposta dizes-me que sou igual aos que dizem que tudo na religião é mau e incluis-me nos “porcos”.

    E AINDA FICAS OFENDIDO !!!!!!!!!!

    TU ?!!!!!!

    PS

    Se quem diz que tudo na religião é mau, o que não é o meu caso, será porco, então os crentes que dizem que tudo no ateísmo é mau também serão uns grandas porcalhões.

    Bem vindo ao clube.

  • FireHead

    Insistes na tua interpretação. Estás a dizer que eu também chamo porcos aos ateus e aos agnósticos que não são contra a religião? É que, por muito incrível que talvez te possa parecer, existem pessoas assim, pessoas que mesmo não acreditando, nada têm contra aquilo em que os outros acreditam. E essas pessoas sim, não são porcas. Eu também não ando a gozar com o ateísmo (muito menos disse que tudo no ateísmo é mau) nem com o agnosticismo, mas sei gozar também se gozam com aquilo em que acredito. Com os meus amigos “diferentes” (e não porcos) não existe a necessidade de entrarmos nesse tipo de conflitos porque cada qual se dá ao respeito e ponto final.
    Outra coisa, eu não fiquei ofendido nem me fiz de vítima. Pareceu-te que eu fiquei ofendido e me fiz de vítima? Claro que não. Antes pelo contrário. Gosto de ver pessoas a exaltarem-se com o que eu digo e escrevo. E pelos vistos o que eu escrevi deixou-te com imensa vontade de escrever muita coisa, ainda para mais aprendi contigo que nós nos consideramos especiais. Muito boa, essa.
    Qual virgem ofendida, leva tudo a peito e faz tempestades num copo de água.
    É uma grande ofensa criticarem-nos? Não é o que fazem constantemente? Eu acho que é mais o contrário o que acontece na realidade. Mas serve para os dois lados. Qualquer pessoa fica ofendida se for criticada, seja crente ou não.

  • FireHead

    josecamoreira, boa tarde!

    É falacioso, sim… é como aquela piada entre o puto e o padre em que o puto pergunta ao padre se Deus também estava no quintal da sua avó e o padre diz-lhe que sim. O puto depois responde-lhe que é mentira porque a avó dele nem sequer tem quintal…

    Um abraço.

  • JoseMoreira

    Sim, sim , o Sol dançou “charleston”, que era uma dança muito em voga na época. Toda a gente viu, menos os meteorologistas. A Terra gravita à volta do Sol, o Sol dançou e nada aconteceu na Terra. Claro que foi milagre.
    Mas, caro Pedro; essa anedota já tem barbas. Tantas como aquela “Quem é vossemecê?” “Eu sou a 'nossa' senhora…”
    Que você acredite, é um direito que lhe assiste; que tente convencer-me que foi verdade, é um insulto à minha inteligência. E não se insulta quem é pequenino…

  • Baal

    FireHead,

    Insistes na tua interpretação””E pelos vistos o que eu escrevi deixou-te com imensa vontade de escrever muita coisa, ainda para mais aprendi contigo que nós nos consideramos especiais. Muito boa, essa.
    Qual virgem ofendida, leva tudo a peito e faz tempestades num copo de água.”

    Tretas, tretas e mais tretas.

    Disseste que ser ateu é querer dar nas vistas de forma porca e que somos todos iguais, quer afirmemos que deus não existe, quer apenas ponhamos isso em dúvida, que sou iguail aos outros, ou seja, quer respeite ou não sou igual a quem não respeite simplesmente porque não papo todos os grupos do vaticano. Ou seja, se sou igual, comporto-me também de forma “porca”. Depois deste filme ficaste muito cumpungido por eu referir a parábola dos porcos. Porque realmente, se respeitar ou não respeitar é igual para vocês então é MESMO DEITAR PÉROLAS A PORCOS FALAR COM VOCÊS.

    Não sei onde está a dificuldade da “interpretação” podes ir buscar um filólogo se quiseres, para dar a volta ao texto, como a tua igreja faz com a bíblia, para mim bastam as tuas palavras. Agora podes dar o dito por não dito e também dizer que falas “simbólicamente” e num contexto cultural em que apelos eo genocídio devem ser interpretados como incentivos ao amor ou, no teu caso, comparar pessoas a porcos é um grande elogio.

    E é mentira que todos se sintam ofendidos com as criticas. Isso aplica-se apenas aos fanáticos como tu. Eu sou o primeiro a criticar as ideias com que me identifico, porque nada é perfeito.

    Podes observar isso em quase todos os meus textos.

    A critíca até pode ser um meio de melhorar as ideias de cada um.

    Quando digo que vocês têm a mania que são especiais é precisamente por ptiradas infelizes como essas. Vocês que tudo criticam, que se metem mesmo nos aspectos mais íntimos da vida de terceiros, depois ficam muito ofendidinhos com toda e qualquer critíca, mesmo quando se trata de verdadeiros escândalos públicos. Queriam que toda agente ficasse muito caladinha, muito “respeitosa” enquanto VOCÊS não fazem outra coisa se não criticar os outros.

    Isto é mesmo ter a mania de que estão acima dos outros.

    Mas primeiro que vocês possam compreender isso ainda devem passar uns séculos sobre os teus descendentes.

  • FireHead

    Baal, uma vez mais: eu não escrevi que ser ateu é querer dar nas vistas de forma porca. O que eu escrevi foi que ser ateu por ser contra a religião é que é uma forma porca. Assim como critico, também sou permeável às críticas. E, não sei se reparaste, mas eu só me insurgi aqui devido ao facto de só falarem das coisas más da Igreja, por isso que eu escrevi o que escrevi (e que tu interpretaste mal, é um facto, mas não o queres assumir).
    Enfim, tretas. Andas a ver coisas onde elas não existem… não vale a pena mesmo. Os porcos já devoraram as pérolas, meu. Os descendentes dos porcos, idem.

  • Baal

    FireHead,

    Insistes na tua interpretação””E pelos vistos o que eu escrevi deixou-te com imensa vontade de escrever muita coisa, ainda para mais aprendi contigo que nós nos consideramos especiais. Muito boa, essa.
    Qual virgem ofendida, leva tudo a peito e faz tempestades num copo de água.”

    Tretas, tretas e mais tretas.

    Disseste que ser ateu é querer dar nas vistas de forma porca e que somos todos iguais, quer afirmemos que deus não existe, quer apenas ponhamos isso em dúvida, que sou iguail aos outros, ou seja, quer respeite ou não sou igual a quem não respeite simplesmente porque não papo todos os grupos do vaticano. Ou seja, se sou igual, comporto-me também de forma “porca”. Depois deste filme ficaste muito cumpungido por eu referir a parábola dos porcos. Porque realmente, se respeitar ou não respeitar é igual para vocês então é MESMO DEITAR PÉROLAS A PORCOS FALAR COM VOCÊS.

    Não sei onde está a dificuldade da “interpretação” podes ir buscar um filólogo se quiseres, para dar a volta ao texto, como a tua igreja faz com a bíblia, para mim bastam as tuas palavras. Agora podes dar o dito por não dito e também dizer que falas “simbólicamente” e num contexto cultural em que apelos eo genocídio devem ser interpretados como incentivos ao amor ou, no teu caso, comparar pessoas a porcos é um grande elogio.

    E é mentira que todos se sintam ofendidos com as criticas. Isso aplica-se apenas aos fanáticos como tu. Eu sou o primeiro a criticar as ideias com que me identifico, porque nada é perfeito.

    Podes observar isso em quase todos os meus textos.

    A critíca até pode ser um meio de melhorar as ideias de cada um.

    Quando digo que vocês têm a mania que são especiais é precisamente por ptiradas infelizes como essas. Vocês que tudo criticam, que se metem mesmo nos aspectos mais íntimos da vida de terceiros, depois ficam muito ofendidinhos com toda e qualquer critíca, mesmo quando se trata de verdadeiros escândalos públicos. Queriam que toda agente ficasse muito caladinha, muito “respeitosa” enquanto VOCÊS não fazem outra coisa se não criticar os outros.

    Isto é mesmo ter a mania de que estão acima dos outros.

    Mas primeiro que vocês possam compreender isso ainda devem passar uns séculos sobre os teus descendentes.

  • FireHead

    Baal, uma vez mais: eu não escrevi que ser ateu é querer dar nas vistas de forma porca. O que eu escrevi foi que ser ateu por ser contra a religião é que é uma forma porca. Assim como critico, também sou permeável às críticas. E, não sei se reparaste, mas eu só me insurgi aqui devido ao facto de só falarem das coisas más da Igreja, por isso que eu escrevi o que escrevi (e que tu interpretaste mal, é um facto, mas não o queres assumir).
    Enfim, tretas. Andas a ver coisas onde elas não existem… não vale a pena mesmo. Os porcos já devoraram as pérolas, meu. Os descendentes dos porcos, idem.

You must be logged in to post a comment.