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Saramago recusa eventual encontro com o Papa.

A um eventual convite para participar no encontro que Bento XVI terá com personalidades da cultura portuguesa, na sua visita ao País, José Saramago diria não. O Nobel da Literatura explicou ao DN porquê. “Não temos nada para dizer um ao outro”, garantiu o escritor que recentemente se envolveu numa polémica com a Igreja Católica, com a obra Caim.

O escultor José Cutileiro, o escritor Vasco Graça Moura, e a poetisa Maria Teresa Horta são outros nomes da cultura nacional que manifestaram ao DN desinteresse pela iniciativa do Papa. (…) estas personalidades dizem não ter interesse no encontro que a 12 de Maio reunirá 1200 convidados no Centro Cultural de Belém. “Um encontro para dialogar faz-se com poucas pessoas. Com muitas, é um cocktail, não é um encontro que assegura a profundidade que o diálogo exige”, justificou Vasco Graça Moura. José Cutileiro explica o desinteresse com o seu ateísmo. “Sou completamente ateu. Para mim, este encontro não teria sentido.” Já Maria Teresa Horta, escritora e feminista, põe a questão ao contrário: “Qual seria o interesse da Igreja em incluir-me nesse encontro?”

A notícia:   http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1487206

20 thoughts on “Saramago recusa eventual encontro com o Papa.”
  • FireHead

    Porque é que se fala tanto da religião, sobretudo da Igreja Católica, aqui? No lugar de fomentarem o ateísmo com pressupostos válidos, se é que os há que é para os religiosos poderem reflectir, porque é que, ao invés, aqui se lê comentários anti-católicos? Estar contra algo não significa que esse algo não exista. Ou será que ser ateu não pode ter uma postura de indiferença para com a religião e para com quem é religioso, ou seja, um ateu tem necessariamente que ser anti-religioso? Não acreditar em Deus é acreditar na não existência dEle, o que nada tem a ver com as crenças dos outros.

  • 1atento

    “Ou será que ser ateu não pode ter uma postura de indiferença para com a religião e para com quem é religioso, ou seja, um ateu tem necessariamente que ser anti-religioso? “

    Claro que ser ateu implica ser anti-religioso. Pode ter uma postura de indiferença para com os crentes mas não para com a religião.

    Acha que quem não acreditar na justiça deve ter uma postura de indiferença para com a criminalidade?

  • FireHead

    “Claro que ser ateu implica ser anti-religioso. Pode ter uma postura de indiferença para com os crentes mas não para com a religião”. – 1 das premissas do ateísmo militante

    Eu não sou ateu e acho que o ateísmo é uma religião. Dizem os ateus que não acreditam em Deus, o que é o mesmo que acreditarem na não existência de Deus. E não acreditar em Deus, como acreditar em Deus, dá trabalho.

  • Carpinteiro

    FireHead, ateísmo não é religião.
    Não acreditar em deus não dá trabalho, pense bem, o que não existe não existe, pronto. Provar que deus existe para que outros acreditem é que dá um trabalho dos Diabos! a isso se dedicam quem tira o proveito. Os padres. Até inventaram uma coisa a que eles chamam ciência, que é a teologia. Teologia é a única ciência que até hoje não conseguiu provar a existência daquilo que estuda – deus.

  • zeca portuga

    Ó carpinteiro!!!! Lá está você com as suas aldrabices!

    Basta olhar pra este site e ver o trabalho que vos dá a vossa crença – tentar provar que Deus não existe coupa-vos o tempo todo.

    O FireHead tem razão. O Ideário ateista torna-vos uma seita religiosa. Basta ver o fato de vos ver constantemente a reivindicar o direito de pronuncia sobre assutnos religiosos, ou o fato de vos ver a falar de religião o tempo todo.

    As coisas em que eu não acredito são, pra mim, tão óbvios disparates que nem mem merecem comentários. Comento aquilo que eu acho que existe e pode chocar com os meus interesses – “like atheism”.
    O vosso caso, além de ser patológico, é uma forma compulsiva de maldade anti-católica, por quaisquer traumas e recalcamentos. A grande maioraia daqueles que aqui vomitam alarvidades, na sua vida privada continuam a ir a casamentos católicos (muitos são casados pela igreja), baptizados, funerias católicos e até a locais de peregrinação. ou seja, sois uns aldrabões com problemas e nada mais.

    E vocelência, sr. Carpinteiro, é um deles!

  • Zeca Portuga

    Eu, como católico, sinto-me insultado por terem convidado tão alarves e nojentos personagens pra tão digno acto.
    Quem se mete com canalha macrida e indecente acaba semrpe borrado. Portanto a culpa é de quem convida tamanhos crápulas e tão decrépitos personagens tais actos.

    Há gente que não tem capacidade, formação e estrutura para ser convidada para assuntos sérios. A esses, uns (liricos) chamam-lhes “artistas”; outros (realistas) chamam-lhes “canalhas”.

  • Baal

    “Eu não sou ateu e acho que o ateísmo é uma religião.”

    Concordo.

    Ser ateu significa uma CRENÇA profunda na não existência de Deus tão grande como a crença dos religiosos na sua existência.

    Os únicos que estão de fora são os agnósticos, como eu, para nós deus existir ou não existir é uma hipótese como outra qualquer. Se calhar até existe, sei lá. Não posso é ter certezas sobre nada que não possa provar.

  • Baal

    “O Ideário ateista torna-vos uma seita religiosa.”

    Infelizmente é verdade.

    “As coisas em que eu não acredito são, pra mim, tão óbvios disparates que nem mem merecem comentários.”

    Não é verdade. Se estiveres sempre a levar com coisas que aches que são disparates mas sejas obrigado a viver com elas, naturalmente serás levado a discuti-las e colocá-las em dúvida, até tentarás convencer os outros ou mostrar-lhes o teu ponto de vista.

    A melhor prova é que não largas este site e te sentes compleido a participar na maior parte das discussões destas coisas que consideras perfeitos disparates.

  • Carpinteiro

    Caro Zeca. A não existência de deus salta à vista de todos apartir dos milhares de livros escritos, tentando demonstrar a sua existência.

  • Carpinteiro

    Então Zeca que palavreado é esse? O convite para o Papa visitar a cauda da Europa, veio de Boliqueime, o senhor dos presépios.

    A Maya (com y é mais chique) já corrigiu a trajéctória em função dos últimos astros descobertos “pela ciência” e já fez a Carta Astral e o prognóstico para o Papa. Segundo fontes fidedígnas, são muito amigos, e o Santo Padre consulta-a amiúde antes da suas deslocações.

    Depois, não duvido que o Zeca já adquiriu bilhete de primeira fila para se babar à passagem de um personagem que saiu das hostes da juventude hitleriana e hoje é gerente da multinacional ICAR.

  • Carpinteiro

    Caro FireHead:

    Há dezenas de teólogos, sobre tudo católicos, que
    perderam as suas vidas buscando provas da existência de deus (desconheço ateus que tenham feito o mesmo).
    Foi uma pena porque eram homens inteligentes, aos quais a sociedade teria agradecido que o seu trabalho tivesse melhor finalidade.

    Na realidade os escritores ateus não abundam porque como recordará, o ateísmo nunca se constituiu em escola e muito menos em religião ou facção. Os ateus ao longo da história, andaram de um lado para o outro sem instituição que os acolhesse. De vez em quando escreviam um livro, demasiadas vezes lhos queimavam – aos livros e autores.
    Eram tempo difíceis que infelizmente ainda se mantêm em certas latitudes, sob outras formas.

    Os Zecas não só queimavam e matavam os ateus, como também se matavam e queimavam entre si, ultimamente, parece que estão dispostos a unirem-se, e como a união não é possivel debaixo da mesma bandeira de um mesmo deus, sem dúvida para evitar terríveis susceptibilidades, uniram-se debaixo da mesma “ética ou moral”.

    Para o ateu que também defende uma moral e até uma ética universal, só existe um trabalho, e urgente:
    Separar uma ética universal de qualquer ideia de deus, transcendência, céu, penas infernais e demais atributos da parafernália do mundo da superstição.

  • Zeca Portuga

    Se V. Exa, Mestre Baal, reparar, eu disse:

    comento aquilo que eu acho que existe e pode chocar com os meus interesses – “like atheism”.

  • Zeca Portuga

    Este humilde lavrador, se quer saber (e tanto se me dá que acredite como que não acredite), já foi convidado para…

    Não sei se estarei em Portugal, mas se estiver, nem duvide.

    Faz V. Exa ideia de quantos seguranças vão ser contrataddos para evitar problemas com pessoas como V. exa.?

  • Carpinteiro

    Quantos seguranças? não faço ideia, mas que os vou pagar, disso tenho a certeza.
    E também vou pagar os pavões que com ele se fazem acompanhar, não se ficam por frugalidades (ouvi dizer), enfim… já viu para quanto não dá o dinheiro de um ateu?!

  • Carpinteiro

    «Este humilde lavrador, se quer saber (e tanto se me dá que acredite como que não acredite), já foi convidado para…»

    Zeca, não brinquemos com coisas sérias.
    Só é convidado quem transborda bondade.
    Não me parece que seja o seu caso.

  • Zeca Portuga

    Só é convidado quem transborda bondade.
    Não me parece que seja o seu caso.

    Assunto sobre o qual não direi mais nada, nem deveria ter abrido a boca. Ponto final!

  • Nelson Gameiro

    Nao concordo que o ateismo seja uma relegiao, apesar de algumas pessoas o possam fazer parecer e muitas mais o queiram fazer parecer como uma religião

    E muito menos uma seita …… pelo menos na defeniçao que e aceite actualmente na sociedade como seita

    Eu não falo de religião porque quero … se a algo que eu gostaria que fosse possível e que todos se respeitassem mutuamente independentemente das suas opiniões ou crenças mas infelizmente quando vejo as liberdades que todos temos direito serem agredidas ou desrespeitadas .. .em 90% dos casos acabo por ser forçado a falar de religião

    Criticar algo não faz com eu seja contra essa opinião/organização, a minha opinião sempre foi e sempre será que tem de haver equilíbrio para uma sociedade evoluir caso contrario vemo-nos envolvidos noutra idade media com todos os incovenientes que dai vem (e nehuns convenientes)

    “na sua vida privada continuam a ir a casamentos católicos (muitos são casados pela igreja), baptizados, funerias católicos e até a locais de peregrinação”

    Infelizmente cresci numa pequena aldeia onde não tive hipote-se de criar outra mentalidade senão a imposta pelo grande poder que a igreja católica tem nas zonas rurais …. Com 14 anos mudei para uma vila onde já existia mais liberdade e ai pude desenvolver pessoalmente o meu carácter critico podendo livremente ter acesso a outras ideia …… o que com o tempo acabei por lógica e racionalmente chegar ao momento de dizer com gosto que sou ateu

    Fiz todo o percurso na igreja católica porque não me foi dada outra opção sinceramente chamarme católico por esse facto e das coisas mais mesquinhas que existem
    há uma coisa chamada respeito não é por ter uma opinião diferente que vou deixar de ir a batizados, casamentos, funerais ou ate mesmo locais de peregrinação e posso dizer que uma daz experiências mais enriquecedoras que tive foi em Taiwan em conversa com monges budistas ….. o principal problema das religioes e que levam as pessoas ao extremo de tentar impor uma ideia única aos outros por qualquer meio possível …

  • Baal

    Cavalheiro zeca,

    “comento aquilo que eu acho que existe e pode chocar com os meus interesses – “like atheism”.”

    Se reparar foi exactamente isso que eu disse. Simplesmente o cavalheiro está de tal maneira centrado no seu umbigo que nem lhe passa pela cabeça que possam existir interesses diferentes dos seus ou susceptibilidades que não sejam as suas. Ou melhor, até lhe passa, mas o cavalheiro está-se a cagar para as susceptibilidades ou os interesses dos outros.

    Por exemplo, existir uma organização internacional de zequinhas que me tentam impor o seu estilo de vida choca com os MEUS interesses.

    Assim sendo, confirma-se que é exactamente a mesma coisa.

  • Nelson Gameiro

    Nao concordo que o ateismo seja uma relegiao, apesar de algumas pessoas o possam fazer parecer e muitas mais o queiram fazer parecer como uma religião

    E muito menos uma seita …… pelo menos na defeniçao que e aceite actualmente na sociedade como seita

    Eu não falo de religião porque quero … se a algo que eu gostaria que fosse possível e que todos se respeitassem mutuamente independentemente das suas opiniões ou crenças mas infelizmente quando vejo as liberdades que todos temos direito serem agredidas ou desrespeitadas .. .em 90% dos casos acabo por ser forçado a falar de religião

    Criticar algo não faz com eu seja contra essa opinião/organização, a minha opinião sempre foi e sempre será que tem de haver equilíbrio para uma sociedade evoluir caso contrario vemo-nos envolvidos noutra idade media com todos os incovenientes que dai vem (e nehuns convenientes)

    “na sua vida privada continuam a ir a casamentos católicos (muitos são casados pela igreja), baptizados, funerias católicos e até a locais de peregrinação”

    Infelizmente cresci numa pequena aldeia onde não tive hipote-se de criar outra mentalidade senão a imposta pelo grande poder que a igreja católica tem nas zonas rurais …. Com 14 anos mudei para uma vila onde já existia mais liberdade e ai pude desenvolver pessoalmente o meu carácter critico podendo livremente ter acesso a outras ideia …… o que com o tempo acabei por lógica e racionalmente chegar ao momento de dizer com gosto que sou ateu

    Fiz todo o percurso na igreja católica porque não me foi dada outra opção sinceramente chamarme católico por esse facto e das coisas mais mesquinhas que existem
    há uma coisa chamada respeito não é por ter uma opinião diferente que vou deixar de ir a batizados, casamentos, funerais ou ate mesmo locais de peregrinação e posso dizer que uma daz experiências mais enriquecedoras que tive foi em Taiwan em conversa com monges budistas ….. o principal problema das religioes e que levam as pessoas ao extremo de tentar impor uma ideia única aos outros por qualquer meio possível …

  • Baal

    Cavalheiro zeca,

    “comento aquilo que eu acho que existe e pode chocar com os meus interesses – “like atheism”.”

    Se reparar foi exactamente isso que eu disse. Simplesmente o cavalheiro está de tal maneira centrado no seu umbigo que nem lhe passa pela cabeça que possam existir interesses diferentes dos seus ou susceptibilidades que não sejam as suas. Ou melhor, até lhe passa, mas o cavalheiro está-se a cagar para as susceptibilidades ou os interesses dos outros.

    Por exemplo, existir uma organização internacional de zequinhas que me tentam impor o seu estilo de vida choca com os MEUS interesses.

    Assim sendo, confirma-se que é exactamente a mesma coisa.

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