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  • 12 de Novembro, 2009
  • Por Carlos Esperança
  • Literatura

Casamentos homossexuais e direitos individuais (Crónica)

Recordo-me bem dos tempos do liceu, quando as hormonas nos impeliram para o bordel da cidade e estreámos a vida sexual pela mão, e o resto, da saudosa e experiente Libânia ou de alguma recém-chegada. O ritual iniciático era feito com medo da polícia. A nossa menoridade podia conduzir a meretriz à prisão e levar-lhe a multa as parcas economias.

Depois era o gozo da transgressão, mais pelo prazer de que os outros soubessem onde já íamos do que pelo deleite fruído onde fôramos.

Lembro o orgulho das prostitutas, com a caderneta que as creditava como profissionais, depois de o Dr. Pereira da Silva, Subdelegado de Saúde, confirmar na revista semanal a ausência de doenças que lhes impedissem o exercício do múnus nas casas da Rua Poço do Gado, a poucos metros do Largo de S. Vicente, na pia cidade da Guarda.

Não me recordo de coimas mas lembro-me de saltos atléticos pela janela das traseiras ao som do assobio do voluntário que ficava de plantão à polícia, normalmente um magala, atento à ronda militar e, por solidariedade com os estudantes, à PSP.

Era um tempo em que o amor era proibido, o puritanismo era indulgente para os rapazes e ferozmente repressivo para raparigas. As aulas de Religião e Moral eram um arremedo de educação sexual onde o padre Cabral e o padre Inácio alertavam para a cegueira e a tuberculose provocadas pela masturbação, para a virtude da castidade e o perigo da leitura dos livros interditos, referidos no «O Index Librorum Prohibitorum», catálogo de livros actualizado pelo Vaticano, e cuja leitura garantia as profundas do Inferno.

De todos os interditos, da moral que nascia na sacristia e desaguava na sarjeta das aulas de Moral, dos preconceitos e superstições, da violência do tempo e das gentes, recordo a sanha feroz contra os homossexuais, então chamados paneleiros, por ódio e por não ser ainda popular a palavra gay.

Na Guarda havia um que era conhecido, um homem amável e tímido, assustado, sempre à espera do perigo iminente, o Sr. Agostinho, de quem as pessoas se afastavam ou que bandos de energúmenos procuravam, para lhe dar uma sova. Às vezes aparecia com o corpo dorido e a face cheia de nódoas enquanto os delinquentes se gabavam da façanha num intervalo de aulas, no liceu. Nunca assisti a um gesto de censura ou a uma única palavra de piedade em defesa da pobre vítima dos fanáticos que lhe esmurravam a cara e o faziam sangrar por dentro.

Algumas vezes assisti à combinação de sovas a um ou outro condiscípulo acusado de tão infamante comportamento sexual e se nunca participei em tão bárbaras expedições punitivas devo-o mais ao medo às sanções domésticas e ao reitor do que aos escrúpulos morais, mas cresci a ruminar uma explicação para tal violência, para tão ignóbil insulto à liberdade individual, apesar de os tempos não serem favoráveis a quaisquer liberdades.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, era ainda recente e ignorada em Portugal. As diferenças eram aberrações a merecer castigo e anomalias a esconjurar.

Foi longo o caminho andado mas, algures, num recanto de Portugal há ainda resquícios do Antigo Testamento que passaram de geração em geração e levaram à dissimulação da orientação sexual de muitos infelizes aterrados com a fúria dos guardiões da moral. A vontade divina foi sempre a desculpa dos que fazem da intolerância profissão de fé e dos que temem tornar-se naquilo que odeiam.

Quantos criminosos não nasceram do medo e da violência de que foram vítimas? Hoje, nas escolas, os professores estão atentos a um fenómeno que sempre existiu mas deixou marcas indeléveis em muitas vítimas – a violência física ou psicológica, intencional e reiterada, praticada por um ou mais alunos, com o objectivo de assustar ou agredir outros alunos, incapazes de se defenderem. Há até um termo técnico para designar esse fenómeno – bullying – mas enquanto não houver percepção da violência homofóbica, previnem-se agressões físicas e verbais por outras razões e deixa-se à solta o bullying homofóbico que destrói a felicidade e o amor-próprio de todos os jovens que têm uma orientação sexual minoritária.

Por isso é tão importante eliminar a discriminação sexual com uma medida legislativa que devolva aos homossexuais o direito à felicidade sem constrangimentos e o escárnio que os persegue.

À memória do Sr. Agostinho, afável e honrado zelador do museu da Guarda, à guisa de reparação da vergonha e das tareias, das dores do corpo e do espírito, a legalização do casamento de indivíduos do mesmo sexo é a justiça póstuma à vítima com a qual não tive a coragem de me solidarizar.

53 thoughts on “Casamentos homossexuais e direitos individuais (Crónica)”
  • jorge_miguel

    Epá concordo com algumas coisas que diz mas à outras que diz que são imorais. Ir ás prostitutas é algo de louvável? Parece me que não.
    Também reconheço que o que alguns padres diziam era uma aberração mas os tempos eram outros e graças a Deus que os tempos estão mudados. A sexualidade hoje em dia é vista de outra maneira, ainda bem.

    Não concordo com o que faziam a esse Sr. Agostinho, são actos deploráveis. O “bullying” é algo que tem que ser combatido, mas não me venham com tretas que o que algum de ditos mereciam era de vez em quando umas palmadas que não lhes fazia mal nenhum, e a muitos deles só se perdiam as que caíam no chão.

    Agora não me venham dizer que o aconteceu ao Sr. Agostinho se resolve com a legalização do casamento homossexual. Isso é uma questão de civismo e de respeito para com os outros, algo que já era defendido por Jesus Cristo.

  • Carpinteiro

    «Ir ás prostitutas é algo de louvável? Parece me que não.»

    Caro Jorge:

    Pela sua frase cheguei a um poema de um autor que aprecio, e há muito não relia.

    WEST 14TH STREET

    Não me parece bem que falem mal
    de prostitutas jovens essas mulheres
    que os maridos retiraram
    da sua contínua mudança de casal.
    São-lhes iguais.

    Nada de mal fizeram, ou fazem, a ninguém.
    Bem pelo contrário, favorecem.
    Quem do prazer breve faz ofício
    dá pedaços de amor a muita gente.
    E o prémio do amor é o prazer.

    Sem amor, até, que bom ganhar o prémio.
    Não há que escandalizar-se. Uma fortuna
    torna feliz mais gente ao partilhar-se
    do que se for guardada por um só.
    Pratica pois o bem quem o prazer reparte.

    E sabem muito mais estas do que aquelas
    para arrancar a um corpo doces gozos.
    Gozos que jaziam obscuros
    no trato com as menos eficazes.
    Não é justo que delas falem com desprezo.

    São mulheres como as outras
    que do amor-lar fazem ofício.
    Se diferença há, é a do preço
    por estas exigido a quem as queira.
    O do amor-prazer é menos caro.

    *José María Fonollosa

  • 1atento

    Sem dúvida uma boa descrição das realidades de há 50 anos.
    Parabéns!
    Carlos, esse tal padre Inácio, das aulas RMC, foi o que ficou famoso pelos belos tomates?
    Oiçam no link, que segue abaixo, o que diz o Zé Cabra.
    http://www.imeem.com/outrosdestinos/music/jHYtA

  • Carpinteiro

    «A vontade divina foi sempre a desculpa dos que fazem da intolerância profissão de fé e dos que temem tornar-se naquilo que odeiam.»

    Mas ainda há um longo caminho a percorrer…

    Os padres, ainda ensinam que ser homossexual é ser anormal.
    Ainda hoje se ensina na catequese que a masturbação é um pecado, – fazendo crescer os pelos das mãos às meninas (as catequistas desconhecem os dildos) e cravos nas mãos aos meninos.

    Ainda hoje a Igreja insiste para que o conteúdo programático referente à educação sexual nas escolas públicas seja leccionado pelo clero, na disciplina de Religião e Moral. E quem melhor do que eles para ensinar os segredos do sexo?!

    Ainda há um longo caminho a percorrer…

  • Zeca Portuga

    O ritual iniciático era feito com medo da polícia. A nossa menoridade podia conduzir a meretriz à prisão…
    Tal como hoje!!!

    Depois era o gozo da transgressão…
    Essa é a ÚNICA RAZÃO DE SER DOS ATEÍSTAS: transgredir, violar a normalidade, combater o que está correcto, opor-se ao que acham que está bem…

    Era um tempo em que o amor era proibido…
    Terceira imbecilidade (numa escala de 1 a 10, esta é de grau 20!).
    Vá-se lá saber o que os ateístas entendem por amor!!! Não é, de certeza, aquilo que o comum dos mortais atende.
    Até porque, nesse tempo, o amor era o único elo de ligação incentivado entre as pessoas. Só depois veio a contabilidade… até à mais descarada, nojenta e impúdica patifaria que agora os ateístas querem.

    para a virtude da castidade e o perigo da leitura dos livros interditos…
    Para pessoas débeis e muito mal nutridas, pode haver contra-indicações da masturbação.
    A virtude da castidade é, ainda hoje, o único remédio eficaz contra alguns males. A Sida é apenas um exemplo – pouco justo para os teístas.
    Venha de lá o mais ousado ateísta dizer que não! Venha mentir!

    Entre ler alguns livros de lixo nojento e não ler nada, a última hipótese é a melhor.
    Aconselho sempre a meter livros de alguns palermas (tipo Dawkins e ficcionistas afins) no único sitio onde são úteis – no ecoponto pra reciclar!

    desaguava na sarjeta das aulas de Moral…
    A sarjeta das aulas de Moral eram os escorredouros da palermice, ou seja, alguns alunos cabulas e crápulas que lá não aproveitaram nada para se fazer homens. Isso são as sarjetas.
    Por certo, a maioria até deu gente decente, mas alguns especímenes (as tais sarjetas) nunca chegaram a ser homens – ficaram-se por uma puberdade de tarados mal ultrapassada e degeneraram em ateístas pró panaleiragem.

    Qual pessoa condena o ataque a alguém que, na pacatez da sua vida privada sofra “insulto à liberdade individual”. O mesmo não se passa dos exibicionistas e palhaços que pretendem fazer das suas taras uma obra de arte, quer em desfiles de carácter carnavalesco chamados “paradas”, quer em reivindicações insultuosas para a sociedade em geral.

    A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, era ainda recente e ignorada em Portugal.
    Pelos vistos ainda é, porque na DUDH não consta nada sobre paneleirice!

    As diferenças eram aberrações a merecer castigo e anomalias a esconjurar.
    Hoje, que já percebemos como isto se passa, podemos dizer isto de outra maneira
    Estas “diferenças” são aberrações curáveis. Quem recusa tratamento médico destas anomalias, não merece respeito. Merece castigo, se quiser servir-se delas para fins promocionais, escandalosos ou lucrativos. – para os dias de hoje, estámais correcto.

    Quantos criminosos não nasceram do medo e da violência de que foram vítimas?
    Tantos quantos os que tiveram problemas de sanidade mental pra degenerar em delinquentes, v.g. os ateístas.

    os jovens que têm uma orientação sexual minoritária…
    Por exemplo, com tendências para futuros pedófilos, para violadores ou panascas… certo!

    é tão importante eliminar a discriminação sexual
    O que pressupõe um tratamento diferente de um dos sexos. Mas, os pasnascas também são um sexo (categoria sexual diferente)?

  • Zeca Portuga

    Correcção
    onde se lê:Qual pessoa condena o ataque a alguém que, na pacatez da sua vida privada sofra “insulto à liberdade individual”

    Deve ler-se: Qualquer pessoa condena o ataque a alguém que, na pacatez da sua vida privada sofra “insulto à liberdade individual”

  • JoseMoreira

    Não há texto em que não utilizes a palavra “panascas” ou similar.
    Vá, homem! Conta lá as tuas frustrações… Foi um padre? Ou foi um supranumerário da tua seita?

  • Carlos Esperança

    Bem-vindo Zeca Portugal. São mais legítimas as tolices da fé do que os crimes.

  • nuno

    Caro carpinteiro só alguns comentarios a alguma frases que escreveu.. “Os padres, ainda ensinam que ser homossexual é ser anormal.” concerteza que não sabe o que diz.. parece sim dizer o que lhe convem que se oiça ou entao não sabe o que diz. arranje-me uma prova/algo onde algum padre alguam vez tenha dito q ser homosexual é ser anormal!

    “fazendo crescer os pelos das mãos às meninas” acredita mesmo no que escreve! mais uma vez não sabe o que diz e diz sem saber o que diz.

    “educação sexual nas escolas públicas seja leccionado pelo clero” se calhar para ensinar religião é mesmo melhor algume religioso, não gostava que um engenheiro me ensinasse medicina.

    voçe é que paerce estar atrasado centenas de anos para referir aqui barbaridades, e sobre factos que não tem o minimo conhecimento.. é natural que á seculos atras ouvesse algumas coisas realmente menos correctas feitas pella igreja . so que isso naop era com toda a certeza so fruto da igreja mas sii de toda uma memtalidade da altura! toda a sociedade tinha outras normas e valores.. hoje em dia toda a sociedade evoluiu tal como a igreja.

  • Carpinteiro

    «…hoje em dia toda a sociedade evoluiu tal como a igreja.»

    Nuno, olhe que não, olhe que não… Sei muito bem do que falo e o que escrevo.

    Não será novidade para si que colegas seus se referem à homossexualidade empregando o termo aberração, anti-natura, frisando que “o normal” é o sexo entre pessoas de sexos opostos, etc.
    Será novidade para si, que as cândidas catequistas são aconselhadas a intimidar, muito subtilmente, claro, como convêm, as criancinhas a não irem com a mão aos órgãos genitais, e muito menos a excitarem-se através do contacto, lembrando-lhes que podem nascer-lhes pêlos nas mãos às meninas, (aos rapazes, calos, pois os pêlos aparecem normalmente). Essa foi a catequese com que eu “apanhei”, pese embora na altura nem me atrevesse a faltar pois o senhor padre, fazia questão de na segunda-feira, passar pelas escolas e distribuir as respectivas reguadas a quem se atreveu a faltar à catequese de sábado à tarde ou à missa dominical.

    Soube recentemente por uma colega de trabalho, catequista, que “o truque” como ela lhe chama para desincentivar a prática daquilo que neste catecismo ainda é considerado um PECADO, a masturbação, ainda é usado.

    Actualize-se (se quiser):

    “O próprio Criador estabeleceu que nesta função os esposos sentissem prazer e satisfação no corpo e no espírito (…) Contudo, os esposos devem manter-se nos limites de uma moderação justa.” (Catecismo da Igreja Católica, 2362).
    – Diga-me você quais são os “limites” e a “moderação justa”. Diga-me em que é que a Igreja Católica EVOLUIU?
    E mais:

    O Catecismo da Igreja Católica ensina: “A castidade significa a integração correcta da sexualidade na pessoa.” (Catecismo da Igreja Católica, 2347)
    Diz o Catecismo: “Salvaguardando esse dois aspectos essenciais, unitivo e procriador, o acto conjugal conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para altíssima vocação do homem para a paternidade.” (Catecismo da Igreja Católica, 2369).
    O prazer é consequência natural do ato conjugal, e não finalidade do ato. Assim, qualquer atitude que faça uso da sexualidade buscando o “prazer pelo prazer”, fora da sua finalidade unitiva ou fechando-se intencionalmente à sua finalidade procriadora, é uma atitude imoral.

    O Catecismo especifica: “Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais.” (Catecismo da Igreja Católica, 2396)
    (…) A masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade.” (Catecismo da Igreja Católica, 2352)
    O prazer sexual é moralmente desordenado quando buscado por si mesmo, isolado das finalidade da procriação e da união.” (Catecismo da Igreja Católica, 2351) Aqui deve-se distinguir entre o “sentir” e o “consentir”; o sentir desejo sexual de forma desordenada é natural devido as consequências do pecado original em nós, e por isso mesmo não é imoral; o “consentir” no desejo desordenado, isto é, a atitude que tomamos em relação à este desejo desordenado é que pode ser virtuosa ou imoral, pois o pecado implica vontade. Esta atitude imoral pode ser tanto um comportamento externo ou uma atitude interna de “curtir” o desejo desordenado – e nesse sentido Nosso Senhor Jesus Cristo fala em cometer um adultério através do olhar (Mateus 6, 27-28)

    Peço desculpa pelo “lençol” de texto, mas discutir sexo com seminaristas – dá-me prazer!

  • Zeca Portuga

    Eu, que não sou seminarista, visitei apenas uma vez um seminário (curiosamente, a convite de um partido político agora pouco católico ), não vejo no texto nada de grave, nada que a consciência social não tenha como perfeitamente aceitável e até, na sua grande maioria aceitável.

    A paneleirice é uma aberração?
    Sim, é!

    É considerada como tal em termos médicos?
    Não!

    É considerada como tal (uma aberração) em termos sociais?
    Para mais de 80 % da população do mundo inteiro, sim!
    Para uma larguíssima maioria da sociedade portuguesa (incluindo muito políticos), sim!

    É um vício obsceno, tal como a droga, ou o alcoolismo.
    Enquanto se restringir à esfera pessoal, nada a obstar. Quando alguém quiser levar isso para a roda pública… aí está mal.

    “referem à homossexualidade empregando o termo aberração, anti-natura, frisando que “o normal” é o sexo entre pessoas de sexos opostos, etc.”

    Isso mesmo dizem especialistas no assunto como, por exemplo, o espanhol E. Rojas afirmando que:

    ““La heterosexualidad es lo normal, la condición natural del ser humano”, dijo.
    Así, aseguró que la homosexualidad puede curarse a través de la terapia, creando “un aprendizaje de una nueva conducta para ver cuáles son los factores de la actual y cambiarlos”»

    Não venha com tretas de vítima inocente, porque o peixe que quer vender já está podre.

    Se se der o trabalho de ler algo sobre o assunto, aprenderá duas coisas:

    1 – Sobre a masturbaçã, você está a vendr gato prolebre, pqoeu ela era descrita em livros médicos como fonte geradora de doenças como cegueira, cretinismo (retardo mental), loucura e esterilidade.

    Se ler a enciclopédia dos ateístas (http://pt.wikipedia.org/wiki/Parafilia) encontrará o seguinte:
    “Entretanto, há quem considere que o excesso na masturbação após a adolescência ou o fato de alguém preferir sempre esta prática do que o contacto com outro indivíduo venha configurar-se uma parafilia.”
    Embora eu não dê muito crédito à wikipédia, este artigo não está mal de todo.

    2 – A paneleirice foi retirada da lista de parafilias (ou perversões sexuais) da DSM-IV (classificação internacional dos distúrbios mentais), por votação, feita de modo tendencioso e pouco sério, e mesmo assim implicou alguns ajuste na noção de parafilia.

    Resultado: tudo isto é subjectivo. Dentro dos limites do tolerável, devemos ser condescendentes, fora desses limites é um abuso.

    A classificação DSM-IV é um indicador e não uma lei obrigatória. Além disso, convém notar que todas estas noções variam de cultura para cultura e de sociedade para sociedade.
    Hoje há quem veja com muitos bons olhos o aborto e não tolere o sexo entre crianças e adultos. Não muito longe no tempo era o contrário.
    Nada garante, pelo andar da carruagem, que tal não volte a ser invertido, até porque a tal classificação ameaça retirar a pedofilia da listagem de parafilias.

    Portanto, não diga asneiras!

  • jorge_miguel

    Caro Carpinteiro, depois de ler mais um pouco de “vómito ateísta” pude chegar há conclusão, que estão mais atrasados do que dizem que a Igreja católica está. Eu sou seminarista e se ouvisse hoje o meu professor de Moral Cristã tinha aprendido umas coisitas:

    1º – Pela criação o Homem foi criado para ter relações sexuais com a Mulher. Ora se assim é e é considerado “o” normal, não diga que as relações homossexuais são normais, não insulte a sua inteligência.

    2º – Eu não tenho nada contra os homossexuais. Desde que guardem para si e não sejam espalhafatosos para irem para paradas tudo bem. Mas há uma coisa que lhe devo dizer, a Igreja considera a homossexualidade de duas maneiras: uns aqueles que o são mas por disturbios hormonais são assim, e sofrem porque não querem ser assim, porque não é o normal, mas guardam para si, confessam-se, falam com os padres, etc. Há outros que são os que vão para as manifestaçõeszinhas, espectáculos de muito mau gosto mas pronto, temos que respeitar a liberdade de expressão de cada um, esses claro que a Igreja não concorda. Mas também lhe digo uma coisa, muitos dos homossexuais de hoje em dia, dizem-se homossexuais mais por ser moda do que por outra coisa.

    3º – Disse-nos o nosso professor que muitos dos homossexuais sabem perfeitamente que o normal é ser-se heterossexual.

    4º – Para que aprenda mais qualquer coisinha, para não permanecer na completa ignorância, o Direito, em si, por norma legisla para as maiorias e não ao contrário, mas demos graças ao Senhor que também se legisla para as minorias porque só assim se pode respeitar os direitos das pessoas.

    5º – Mas essas associações dos homossexuais, e os ateus ao defenderem tais coisas, perdoe-me a expressão, são mais burros que o animal, coitado que não tem culpa nenhuma do nome que tem, como o casamento. Ao querem algo que não é igual ao Casamento Civil, ao equiparem o seu casamentinho ao Casamento Civil. Se se dizem diferentes, como podem querer algo igual, realmente isso é um insulto à vossa inteligência se é que a têm.

    Para terminar deixo umas palavrinhas amigas, a sociedade sempre se encarregou de mostrar e por de lado algo que não é normal ou natural e é o que vai acontecer. Vejo que ainda têm muito para aprender.

  • nuno

    Caro carpinteiro, primeiro não sou seminarista. Sou catolico sim, praticante e (por enquanto) não casado. Falo-lhe da minhas experiencias e nao tenho a bagagem que ja vi que tem do Catecismo da Igreja cat.

    Volto a falar sobre as suas experiencias com os(as) catequistas. volto a defender a minha tese. Os casos que fala são com toda a certeza muito estranhos. parece que vive/viveu num catolicismo que nao é o meu e atrevo-me a dizer o normal da Igreja cat. Nao tenho conhecimento pelo menos da minha experiencia de casos desses. se tal acontece são concerteza casos muito isolados. Causa-me tristeza que tal aconteça. Em tudo ha bons e maus “profissionais”.

    Uma coisa que a Igreja não faz (ou não deveria fazer) é a intimidação! Esta frase deve-o fazer rir mas é a verdade. A igreja sugere um caminho e quem quizer segue. é como que uma receita para fazer um bolo. pode colocar os igredientes sugeridos e conseguir um bolo saboroso ou decidir colocar os igredientes que quizer e conseguir u outro bolo não tão bom.

    Se lhe disser que sendo catolico sigo tudo o que a igreja “diz”. não não sigo e tenho noção disso. por exemplo na sexualidade Se “me estou a guardar” para o dia do casamento! Nao, não estou! Masturbação: sim tb ja pratiquei. Mas não é por isto que me sinto menos parte da igreja ou menos amado por Deus. Nem vivo amedrontado com isso. tenho noção das mihas falhar perante a sugestão da Igreja e tento ser melhor a cada dia. Agora volto a repetir que não é por isto que me sinto “a parte” Aceito-o tal como sei que a igreja me aceita com as minha falhas. E garanto-o que a fidelidade a uma pessoa se for baseada no AMor verdadeiro é sem duvida um caminho muito mais feliz que toda a liberdade sexual que se queira e pode ter. Experimente!
    e como estamos em hora de trabalho remeto para mais tarde outro tipo de resposta.

  • Carpinteiro

    Caro Nuno.

    – Quero dar-lhe os parabéns. É um crente com quem se consegue dialogar de uma forma inteligente sem recorrer ao insulto como sucede com alguma frequência por aqui.

    «Uma coisa que a Igreja não faz (ou não deveria fazer) é a intimidação!»
    – Concordo, mas veja as “movimentações” que a Igreja já encetou a propósito da lei da união de facto. E já nem falo da lei da interrupção voluntária…

    «E garanto-o que a fidelidade a uma pessoa se for baseada no AMor verdadeiro é sem duvida um caminho muito mais feliz que toda a liberdade sexual que se queira e pode ter.»
    – Não posso deixar de concordar consigo, mas esse facto não me dá o direito de impor esse “meu” princípio de vida a toda a sociedade, como a Igreja o pretende.

    Quanto ao “seminarista”, era brincadeira apenas. Costumo dizer isso porque eu “passei por lá”.

    Apareça mais vezes. Afinal “o caminho faz-se caminhando” e todos temos tanto a aprender nesta troca de ideias que se quer sadia.

  • Salazar2009

    Um ateu seminarista!!!!

  • Carpinteiro

    Caro Jorge Miguel, futuro talibã (estudioso da religião). Você é portanto, estudioso de um assunto sobre o qual até hoje ainda não conseguiram fazer prova.

    Pode ser que sim, que até seja seminarista, mas isso não chega. É preciso ler a bíblia. Deus fez o homem, perfeito, à sua imagem e semelhança. Só que os perfeitos dentes apodrecem e caem!

    Vamos ao assunto:
    «Caro Carpinteiro, depois de ler mais um pouco de “vómito ateísta” (…) se ouvisse hoje o meu professor de Moral Cristã tinha aprendido umas coisitas:
    1º – Pela criação o Homem foi criado para ter relações sexuais com a Mulher. (…) não insulte a sua inteligência.»

    – Caro Jorge Miguel fale-me das suas “normais” relações sexuais. Assuma-as se for homem e tiver coragem. Ou vai dizer-me que é um ser assexuado? Deus fez o homem para ser FELIZ, Eva foi feita porque Adão se sentia só, e não para terem relações sexuais! O resto veio depois… Os levitas que idealizaram o Génesis não foram pouco originais fazendo passar por um perfeito analfabeto a Yahvé. Uma larga série de deuses anteriores, já haviam “moldado” o homem com barro e “insuflado” vida através das narinas, dos ouvidos, pelo umbigo, etc.
    A história de que o homem foi feito “à imagem e semelhança” de Yahvé, parece-me uma insolência, fruto do desmedido orgulho judeo-cristão. E só a misoginia dos inventores de Yahvé explica porque a mulher foi engendrada de “diferente” maneira.

    A bíblia diz que o homem e a mulher foram criados ao mesmo tempo, sem prejuízo de que mais adiante diga precisamente o contrário, que Yahvé faz primeiro Adão e só depois faz Eva a partir de uma costela. Daqui se deduz que não foram criados ao mesmo tempo, e que a mulher é na sua origem, de uma substancia (osso) diferente da do homem (barro), o que é um perfeito disparate, não acha?
    Alias, o génesis inverte o processo biológico, pois atribui a Adão a origem biológica da mulher. Eva nasce de uma costela de Adão, ou seja, transforma Adão num ser andrógino que “leva a fêmea dentro de si”. Outro mito disparatado.

    «2º – Eu não tenho nada contra os homossexuais. Desde que guardem para si …»

    – Nem deve Jorge, se fosse inteligente nem falava com esse cinismo acerca das homossexualidade. Para que saiba (ou talvez já saiba…) que o seu professor não lhe “ensina” tudo:

    Em 1993, uma comissão independente (integrando profissionais religiosos das áreas da assistência social, psicologia, direito e medicina) levou a cabo um estudo exaustivo sobre o seminário Menor (destinado a rapazes entre os 13 e 17 anos) de Santa Bárbara, na Califórnia. O estudo concluiu que 25% dos padres professores mantinham contactos sexuais impróprios nos últimos 25 anos. Idêntico padrão de conducta foi documentado num outro seminário Menor do Midwest, onde 14 rapazes foram sexualmente abusados por 6 professores. No Minesota, 8 a 10% dos frades da comunidade beneditina figuravam na lista de abusadores sexuais em 2004. O padre Greeley estimava que 5 a 7% dos padres católicos estavam sexualmente envolvidos com menores e que o número de vítimas desses abusos, só nos estados unidos, podia ascender a 150 mil!

    A minha pergunta é a seguinte:
    – O 6º mandamento da lei de Deus – Não cometerás adultério. – Como o interpreta o Jorge?

    «3º – Disse-nos o nosso professor que muitos dos homossexuais sabem perfeitamente que o normal é ser-se heterossexual.»

    – Não estou a defender a homossexualidade mas a igualdade de direitos. Estranha-me que o seu professor não saiba que na natureza (onde tudo é natural) a homossexualidade é praticada por várias espécies. Como a explica?

    «4º – Para que aprenda mais qualquer coisinha, para não permanecer na completa ignorância, o Direito, em si, por norma legisla para as maiorias e não ao contrário, mas demos graças ao Senhor que também se legisla para as minorias porque só assim se pode respeitar os direitos das pessoas.»

    – Ao Senhor? não! à sociedade civil e à carta universal dos direitos do homem, (contra a vontade da Igreja Católica).

    «5º – Mas essas associações dos homossexuais, e os ateus ao defenderem tais coisas, perdoe-me a expressão, são mais burros que o animal, coitado que não tem culpa nenhuma do nome que tem, como o casamento. Ao querem algo que não é igual ao Casamento Civil, ao equiparem o seu casamentinho ao Casamento Civil. Se se dizem diferentes, como podem querer algo igual, realmente isso é um insulto à vossa inteligência se é que a têm.»

    – O casamento civil é uma conquista do 25 de Abril, contra a vontade da Igreja Católica. Tal como a união de facto.

    «Para terminar deixo umas palavrinhas amigas, a sociedade sempre se encarregou de mostrar e por de lado algo que não é normal ou natural e é o que vai acontecer. Vejo que ainda têm muito para aprender.»

    – A sociedade ou o preconceito cultivado pela Igreja?

    Jorge, o meu muito obrigado pelos seus sábios conselhos. Bem-haja.
    Espero notícias.

    Nota breve: – O homem criou Deus e só depois Deus criou o homem… na realidade sem o homem, Deus não existe!
    Pense nisso.

  • nuno

    Caro carpinteiro,
    reparei que é muito fiel as escrituras mas ha que as ler na sua totalidade.
    Se ler o livro do Genesis logo ao inicio na zona das notas ha um local onde diz
    “A biblia nao existe para explicar verdades cientificas” ou algo parecido. nao sei precisar
    Daí a grande luta entre a Fé e ciência. mas isso são outras historias que podemos falar depois.

    A Igreja não interpreta a Bíblia, em especial o Gênesis, na integra, pois sabe que ela é repleta de simbolismos que querem apenas revelar verdades religiosas
    e não científicas ou históricas. O texto bíblico não pretende descrever a fenomenologia
    ou o aspecto científico da origem das criaturas.

    Esta parte voce não percebeu! E de modo semelhante ás historias da catequese que acho muito estranhas
    voçe faz uma grande confusão com as suas interpretaçãoes da criação do homem.
    as suas afirmaçãoes “A biblia diz” estao cheias de equivocos.
    Peço-lhe mais uma vez que se conseguir arranje algo,
    um livro um texto (oficiais) onde a Igreja diga que o home nasceu assim, de repente, como um estalar de dedos.
    Pode ser isso que voçe pensa mas esta errado!

    Adão (do hebraico=Homem) logo Adão não é nome proprio. é um ser! Um Homem! uma especie.
    Eva (mãe dos viventes) tb não é um nome proprio.
    O homem (fisicamente falando) tem origem da evolução tal como a conhecemos.
    É aceite pela Igreja esta teoria de forma geral. Logo é bastante mais simples do que toda a coisa
    q fala sobre a criação do homem. o Homem tem origam na evolução.. desde o big bang!

  • Salazar2009

    Como a ficar envergonhado contigo, ó Carpinteiro.

    Esta a deixar mal os ateus. Como ateu tenho que te pedir para te calares.

    As tuas mentiras e a tua forma de falar até a mim me revoltam. Vê-se que não sabes o que dizes.

    Olha que o Jorge foi bem mais coerente e educado do que tu.

    Estás a meter os pés pelas mãos. A inventar histórias e factos para te justificar. Isso é uma táctica que condeno nos religiosos. Não sabia que os ateus faziam o mesmo. Acho isso uma burrice.
    Não sabes o que dizes, cala-te.
    Para que estás a deixar mal os ateus.
    O teu último comentário correu-te muito mal, são asneiras após asneiras. Deves retirá-lo.
    Começas logo por chamar talibã o Jorge.
    Também ele te pode chamar escravizados ateu Chinês. Olha que entre um talibã e um chinês, eu fico com o talibã. Sabes porquê? Por os talibã matam os que os afrontam, os chineses matam o seu próprio povo desarmado e inocente. Não sei se viste uma reportagem, ontem na RTP2, onde os chineses abatiam os tibetanos, só por eles querem ir ver o Lama, ou lá o que é.

    Toda esta história é porque querem um referendo sobre o casamento homossexual?
    Pois olha, eu sou favorável a referendos sobre todas as leis que mexam com a sociedade.
    Os políticos não são sérios. Será que tu não vês o que se passa?
    Querer dar razão aos políticos e retirá-la ao povo é uma táctica do meu «antecessor Salazar».

    Não sei onde foste buscar as informações sobre os seminários dos USA. Eu conheço bem alguns dos estados de falas e posso-te dizer que acredito mais que fossem os rapazes, recrutas lá dos tais seminários a desatinar a padralhada, do que o contrário.
    Não acredito que conheces os manfios dos americanos.
    O que tu hoje vês na Amadora ou na Damaia, vi eu USA à 20 anos a trás. Poertanto, deixa-te de histórias.

    Sou ateu, não sei para que serve a religião, nem me interessa. Mas olha que um ateu a preocupar-se com a religião, é uma estupidez. E ainda queres que te levem a sério?

    Quanto aos gays, também não acho que seja um comportamento normal. Claro que é anormal.
    E, se queres que te seja sincero, não gosto nada de ver duas mulheres ou dois homens a dar espectáculo.
    Um casal é um macho e uma fêmea. Se fosse de outra maneira a natureza tinha resolvido isso, tal como resolveu noutras espécies.
    Portanto, não coles a defesa do casamento gay com os ateus, porque estás a mentir. Eu sou contra.
    Até te digo mais. A lei do casamento devia ser mais severa. Nem todas as pessoas têm perfil para casar, porque hão-de poder casar?

    Por ser ateu não tenho que concordar com coisas que tu e mais alguns acham que chateiam os religiosos.
    Tu e mais alguns defendem isto só por ser contra os religiosos. Isso é uma estupidez.

    Nunca li a Bíblia, nem vou ler.
    Mas, não acredito nem uma palavra do que tu dizes.
    O que tu dizes não faz sentido, ao contrário do Nuno, que se vê que sabe o que está a dizer.

    Ainda por cima dizes que estiveste no seminário.
    Parece que tens algum trauma com a religião e os padres. Acho que tiveste alguma dessas experiências que tu falas lá com a padralhada.

  • Rui Cabral Telo

    Devido a vários afazeres, tenho andado um pouco arredado aqui do Diário Ateísta, mas de vez em quando passo por cá. Continuo a verificar que são os artigos do Carlos Esperança aqueles que suscitam mais comentários. Continuo também a ler com imenso prazer os comentários acertados e coerentes dos ateus e a verificar que os crentes não conseguem argumentar minimamente . Realmente é difícil argumentar na defesa de uma causa para a qual não há argumentos validamente explicáveis. Vejo também que a maioria dos ateus revela uma cultura e conhecimentos que os crentes não têm. Ainda bem que este Diário continua bem vivo com os belos escritos do C. Esperança e outros. Bem hajam por isso e como ele diz, que não lhes doa a consciência para deslustrarem as sotainas e as doutrinas que tentam impingir.

  • Carpinteiro

    Salazar 2009 escreveu:

    «Começas logo por chamar talibã o Jorge»

    – Taliban (da palavra talib) = estudante de religião

    «Não sei onde foste buscar as informações sobre os seminários dos USA.»

    – Retirado do livro: Sexo, Padres e Códigos Secretos (200 anos de Abuso Sexual na Igreja Católica)
    Autores:
    Thomas P. Doyle, sacerdote e frade dominicano
    A.W. Richard Sipe, antigo monge beneditino
    Patrick J. Wall, jurist e ex-sacerdote
    Editora: Via Ocidentalis
    Preço: 27,30 euros

    «Eu conheço bem alguns dos estados de falas e posso-te dizer que acredito mais que fossem os rapazes, recrutas lá dos tais seminários a desatinar a padralhada, do que o contrário.»

    – Essa foi a resposta do Bispo de Tenerife em Espanha. DENUNCIASTE-TE!

  • Carpinteiro

    Nuno.

    Como a maioria dos crentes, você é um cristão muito mas muito ingénuo.
    Veja as palermices em que a Igreja faz acreditar os inocentes dos crentes.
    Vou dar-lhe apenas um exemplo:

    A “Imaculada Conceição”, um dogma de Fé fundamental da Igreja Católica, só foi imposto aos crentes, a partir de 1854, o Papa Pio IX proclamou o seguinte decreto:
    “Nós pela autoridade de Jesus Cristo Nosso Senhor dos santos apóstolos Pedro e Paulo, e pela nossa própria, declaramos promulgamos e definimos que a doutrina que defende que a santa Virgem Maria, no primeiro instante da sua concepção, devido a um privilégio e a uma graça singulares de Deus Omnipotente, em considerações dos méritos de Jesus Cristo, o Salvador da Humanidade, foi preservada de toda a mancha do pecado Original, foi revelada por Deus e, por conseguinte, deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fieis.»

    Dezanove séculos mais tarde (1854) é que foi considerada livre da mancha do pecado original! Mas ainda foi preciso esperar pelo século XX para se ter a certeza de que “ascendeu” aos céus em corpo e alma! Quase um século após, o pontífice Pio XII, falando “ex cathedra”, isto é de modo infalível, decretou a 1 de Novembro de 1950: “ Pela autoridade de Jesus Cristo, nosso Senhor, dos santos apóstolos Pedro e Paulo, e pela nossa própria, declaramos, promulgamos e definimos: que a Imaculada Mãe de Deus, Maria sempre Virgem, ao terminar a sua vida terrena, foi elevada à gloria celestial em corpo e alma. Por conseguinte, se alguém se atrever (o que Deus não permita) a duvidar ou negar voluntariamente do que foi por nós definido, saiba que renegou completamente a Fé Divina e Católica”.
    A demora terá, talvez, sido algo excessiva, mas convém não esquecer que Jesus, que é a base da Fé Cristã, só foi oficialmente declarado “consubstancial” ao Pai, quase trezentos anos após a sua morte! Em 325.

    Não deixa de ser chocante ver Pio XII invocar a autoridade de Pedro e Paulo, eles que não escreveram nem na terra nem no céu, uma única linha sobre Maria, nos seus escritos neotestamentários.

    Maria, apesar de ser uma figura fundamental da religião católica, ela não é mencionada uma única vez nas sagradas escrituras do antigo testamento, o que não deixa de ser estranho. Convém não esquecer que figuras tão importantes como São Bernardo, Santo Agostinho, S. Pedro Lombardo, S. Alberto Magno, S. Tomás de Aquino e Santo António, ou papas como LeãoI (440-461), Geláseo (492-496), ou Inocêncio III (1198-1216), opuseram-se firmemente a esta doutrina.

    Diga-me então se o episódio bíblico sobre o pecado original é ou não mitológico, e qual a interpretação a dar-lhe.
    Sabia que até há muito pouco tempo atrás, a bíblia era considerada a palavra imutável de Deus pelo que devia ser interpretada à letra, tudo o que lá constava era considerado verdade e quem dela duvida-se acabava em churrasco?

  • Salazar2009

    Carpinteiro:

    Eu não sei nada de árabe, por isso não sei se estás a falar verdade ou mentira.
    Não sei porquê, mas não acredito em ti.
    Pouco importa.
    Não sei árabe, não quero saber, nem isso me interessa. O que sei, é que não foi com essa intenção que trataste o Jorge por talibã.
    Foi para o fender, e nada mais. Mesmo que te queiras desculpar, o Jorge é cristão e não árabe. Por isso tu chamaste-lhe talibã para o ofender.
    És um ateu sujo. Ateu que se preze é educado.
    Mas eu vejo que os ateus deste site são todos iguais.

    Não percebo como é que tu citas um livro escrito por padres. Não achas que isso é uma estupidez?
    Se um padre fala de Deus, tu dizes que os padres são uns mentirosos e não são de fiar. Se um padre diz o que tu queres ouvir, já acreditas nele. Tu és um grande crente.
    Começo a achar que tens alguma razão de queixa dos padres lá do seminário onde andaste.
    Há um padre que está sempre a dizer mal da religião. Mas esse foi despedido pelo chefe dos padres. Não me recordo o nome mas tenho ouvidos falar dele. Não serás da família dele?

    Disse-te e repito:
    Conheço muito bem alguns estados americanos. Rapazes a provocarem e a oferecerem-se a troco de um cigarro, ou $1, para droga, nesse tempo, era milho.
    Tu nunca lá foste e não conheces nada.

    Também acho que na Casa Pia, os rapazes não foram forçados a nada. Para mim eles alinharam e até se oferecerem. Mas, agora como imaginam que isso vai dar dinheiro, já foi tudo violado. É só vitimas. Tudo história.

    Eu não gosto de gays, e estou-me nas tintas. Mas se os rapazes da Casa Pia estão a mentir, ou alinharam no assunto deviam ser severamente punidos. Acho muito esquisito que só agora resolvessem denunciar. Porque não fizaram uma denuncai publica, por exemplo anónima, antes?
    O mesmo se passa nos USA.
    Hoje falei para lá e tive o cuidado de pergunta a um cunhado meu que mora em Sacramento. Disse-me que nunca ouviu falr disso, mas que os ateus andam muito revoltados com os religiosos, sobretudo de algumas seitas.
    Acho que é tudo mentira vossa.

    .

    Diz-me lá uma coisa: Tu que dizes que és ateu, concordas eu um homem de 25 anos que “come” uma rapariga de 14 anos com corpo de mulher e que se lhe ofereceu (se calha não o largou até o conseguir convencer), concordas que esse homem dever ser acusado de violador de menores, ou julgado em tribunal? Porquê?

    Eu não sou de nenhuma religião. Não sou baptizado, numa participei de nenhuma religião. Num parei para pensar em religiões, nem pensar em Deus.
    Mas vendo a vossa falta de educação e a vossa embirração com os religiosos, começo a ficar curioso.

    O ano passado fui a Fátima com os familiares de uma colega da minha mulher. Ficava no caminho e fomos a Fátima.
    Não vi lá nada do que vós dizeis. Ninguém me obrigou a fazer nada nem a pagar nada.
    Estava muita lá gente a rezar ou a descansar.
    Vi muita gente, e a rezar numa língua estrangeira. Pareceu-me ser checo, e também vi duas bandeiras da República Checa.
    Ninguém me disse nada, ninguém me vedou a caminho em sitio nenhum, ninguém me vendeu nada. Não vi lá vendedores nenhuns.

    Se queres que te diga, até sou capaz de lá voltar. Sou ateu e não me sinto ofendido com aquilo.
    Enquanto me respeitarem, eu respeito toda a gente. Se mudar de opinião não ponho lá os pés. Fiquei com curiosidade em duas coisas. Hei-de ir ver.

    Porque é que eu havia de estar ofendido? És capaz de me explicar?

  • pedro

    Carpinteiro e se ela te estiver a ver … ?
    Eu acho que vejo aqui muitas baracadas talvez devido a resistencia humana do querer ser contra, coisa que eu desconcordo porque uma coisa é ser anti alguma coisa sem saber propriamente de que é que e é contra e eu falo inclusivamente até talvez por parte de alguns católicos inclusive alias estamos sempre a aprender creio eu mas mesmo mas prontos.
    Em relação a homosexualidade eu acho que é normal uma pessoa do mesmo sexo poder eventualmente atingr o orgasmo mas creio que não é isso que se esteja a discutir, é que existe uma diferença em gozar coisa que se pode fazer num buraquinho qualquer e existe a diferença de amor de mãe, amor de pai, amor de irmão, de irmã, de cão, de gati, de amigo, de amiga, de algo mais intimo com uma mulher e de algo mais intimo com um homem que criam coisas dierentes até porqu elas mesmo são diferentes.
    Eu uma ocasião li um caso por ai de uma mulher casada com um homem em que dizia que era lesbica e que actualmente ela sente uma especie de nojo só pelo facto de pensar em fazer-lo com uma mulher mas respeita e gosta de o assim fazer … assim como a propria igreija acho que as pessoas devem defender o respeito e a tolerancia temos de ser realistas e encarar que existe diferenças entre o amor de mulher para homem, mulher para mulher, homem para homem e de homem para mulher porque quer queiramos ou não somos diferentes e não vejo o que isso poderá ser de mal se trabalharmos ambos em harmonia …
    Uma coisa é ter sexo com alguem creio eu e outra coisa é com quem se tem e se são dierentes logo criam coisas diferentes além de isso poderá ser um desincentivo a natalidade etc etc etc…
    A Igrieja em si apoia o respeito pelo proximo mas não quer dizr que aprove relações do mesmo sexo por isso mesmo porque existe diferenças e se elas existe é porque não são iguais … tanto que eu creio que uma vagina e uma pilnha encaixam-se perfeitamente e não temos necessidade de andar a inventar … mas sim respeito mas concordo mais em um filme romantico de um homem e mulhe do que propriamente um filme de gays acho mais bonito mas prontos … uma maneira de dizer …
    Acho que a Igreija nesse aspecto está bem respeita os demais mas sem concordar propriamente esse tipo de relação …

  • pedro

    Creio que relações entre homem e homem, mulher e mulher, homem e mulher são coisas diferentes e criam coisas diferentes sentimentos diferentes logo, creio eu que … um casal homosexual mesmo experimentado relações nunca vão ser iguais a uma relação de um casal normal … ao amor que se pode criar entre elas e reio não termos necessidade de andar a inventar pelo o que já está provavelmente perfeito e bem criado desde que se viva na harmonia.

  • pedro

    que me lembre o saragamo antes de iniciar sua divulgação de seu ivro recorreu a insultos e antiliberdade e provocação de desordem sem factos propriamente especificos …
    Eu não são propriamente contra os ateus mas não concordo o anti-ateismo a chamada cristiofobia muitas vezes porque creio que estão a criticar algo qe nem sequer tem conhecimento de causa …
    Por isso façam talvez um favor a voces proprios talvez quem sabe 🙂

  • pedro

    Já agora talvez também um favor aos outros 🙂

  • pedro

    e aos outros também quem sabe? 🙂

  • pedro

    Eu acho não muito certo ser anti liberdade religiosa … muitas vezes especialmente sem conhecimento de causa …

  • pedro

    Os pinguins tem relações homosexuais esporadicamente …

  • pedro

    Qual seá mais bonito um filme de romance ou um filme de gays?

  • pedro

    Carpinteiro
    Imaculada Conceição ligou ao homem o que o homem tinha desligado de Adão e Eva a Ave Maria.
    Repara já antes de Jesus Cristo se dizia ave e repara que eva é o contrário de avê

  • pedro

    De quem nasceu Jesus Cristo?
    Quem foi sua mãe?
    Acho que se deve respeitar os ateus mas acho que eles praticam anti liberdade pela qual eles tão a defendem mas que com estes atos vão contra ela propria …

  • Carpinteiro

    «Carpinteiro e se ela te estiver a ver … ?»

    Diga-lhe que é falta de educação “cuscar” a vida dos outros:-)

  • Carpinteiro

    Pedro o que se discute não são gostos pessoais mas direitos individuais.

  • Carpinteiro

    «De quem nasceu Jesus Cristo?»

    Pedro, você tem obrigação de saber que cristo o é resultado da união de uma pomba com uma senhora virgem.
    É portanto um ser híbrido, motivo pelo qual não se reproduziu.

  • Carpinteiro

    Pedro:

    Eva:

    Vem do hebraico “hawwâh”, que significa “ser vivo” e que segundo a Bíblia foi o primeiro nome de mulher da humanidade.

    Ave:
    Os imperadores romanos tinham a convicção que eram “deuses” e exigiam que os adorassem como tal. Por causa desta concepção tinham em relação aos imperadores romanos, o povo saudava “Ave César” como uma forma de culto à sua pessoa, só mais tarde durante o final do IV século N.E. (da nossa era), acabou por influenciar a idolatria Católica.

  • Salazar2009

    Este Carpinteiro sai-se com cada bacorada!
    A ingenuidade deste ateu é que é algo de alarmante e incrível.

    A “Imaculada Conceição”, um dogma de Fé fundamental da Igreja Católica, só foi imposto aos crentes, a partir de 1854…

    Nada foi imposto aos crentes, foram até os crentes que assim o exigiram, já que tal era prática cuja origem se perde na noite dos tempos.
    Não era um dogma “escrito” da igreja católica, mas era um dogma de fé aceite muitos séculos antes. Portugal é, até, um exemplo válido. El Rei D. João IV proclamou Nossa Senhora da Conceição (Imaculada Conceição) padroeira de Portugal, oferecendo-lhe a Coroa: Assim ficou a até hoje e ficará por muito tempo, se Deus quiser.
    O que o Papa fez foi oficializar aquilo que era reclamado muito antes.

    Aliás, a Virgem Maria é uma das figures centrais do Novo Testamento. Não conhecer osso e dizer que se conhece a Bíblia, é uma manifestação de ignorância.

    “que Jesus, que é a base da Fé Cristã, só foi oficialmente declarado “consubstancial” ao Pai, quase trezentos anos após a sua morte! Em 325

    Errado!!!
    Se tivesse lido a Bíblia veria que isso está lá, dito pela boca de Jesus. O cristianismo foi perseguido. Como tal, só quando, em 313, alguém mais bem formado, mais educado, culto e capaz do que os actuais ateístas, deu liberdade de culto aos cristãos é que se difundiram tais conhecimentos. Só depois disso se publicou “teologia”.
    O Antigo Testamento não poderia referir Maria, tal como a História Portuguesa do século XIX não pode falar de Aníbal Cavaco Silva.
    As razões são as mesmas.

  • Salazar2009

    Carpinteiro e a anedota do dia!!!!

    Ave (“avè”), no sentido cristão é o mesmo que Salve (“Salve”) – é uma saudação. Nesse mesmo sentido foi usado pelos romanos.
    Salve (ou ave) é um acrónimo de “Deus te Salve!”

    Curiosamente, “ave” (avé) deriva de “vena”, que de forma figurativa representava, entre os latinos, “inspiração” . Ainda hoje se diz: “está-lhe na veia” ou “está-lhe no sangue”.

    Nunca me dediquei a essa questão, mas acho mais crível que “Eva” tenha chegado até nós por via do grego. Até porque o prefixo (com o significado de bom) se repete em muita da terminologia religiosa, v.g.: Evangelho … e por aí fora.

    Já não falo da alarvidade, da estupidez e da completa falta de educação e noção do ridículo que é a história da pomba. Com afirmações de demente como esta, quem pode levar o Carpinteiro a sério?

  • Salazar2009

    Afinal quantos Salazares há neste país?

  • pedro

    Será?
    E o que achas tu?
    Fazer-te de inocente ou hipocrita?
    Já disse que eu respeitoo ateismo não me agrada é serem contra algo que provavelmente nme sabem o que é se queres criticar começai a ir a missinha por exemplo e a ter contacto com certas coisas

  • pedro

    E se for mesmo assim?

  • pedro

    Gostei do comentário 🙂

  • pedro

    Andastes a investigar isso no livro das telenovelas é isso?

  • pedro

    Quantos carpinteiros existem também?

  • Carpinteiro

    vários

  • Baal

    Gostei do texto.

    Apenas um reparo.

    Fala muito no passado.

    Abra os olhos. Nada mudou tirando o estado.

    ainda nos anos 90 assisti eu a espancamentos e toda a espécie de agressões morais a supostos homos nas escolas.

    Veja as respostas nesta própria página. Sem sair do seu site já tem uma mão cheia de voluntários prontos a linchar qualquer homo assumido.

    Se acrescentarmos que nenhum homo precisa de se assumir porque a coscovilhice social se encarrega de investigar todos os comportamentos reais ou imaginários, quando não totalmente inventados pela malevolência de algum caluniador temos o quadro repressivo que você instala algures nos anos 60 do século passado em pleno Séc XXI.

    Não basta linchar o “paneleiro” assumido, tem de se procurar com afinco essa raça perniciosa entre nós ! E ai de quem não alinhar no buling, é porque deve ser paneleiro também !

    Então devemos todos desprezar publicamente os paneleiros para que ninguém pense que também somos paneleiros. E quanto mais agressivamente melhor !

    E assim temos instalada a lógica insana da violência social, apoiada pelo igreja, que, claro, se coloca cuidadosamente de parte em relação ás suas manifestações fisicamente mais violentas mas que as sanciona ao insistir em considerar os homos como anormais.

    Isto passa-se HOJE senhor Esperança.

  • Baal

    “Agora não me venham dizer que o aconteceu ao Sr. Agostinho se resolve com a legalização do casamento homossexual. Isso é uma questão de civismo e de respeito para com os outros, algo que já era defendido por Jesus Cristo.”

    Pois.

    Mas se calhar respeitar os outros começa precisamente por os RESPEITAR realmente e não só por palavras, o que necessariamente inclui não os tratar como anormais como a igreja faz e, necessariamente reconhecer-lhes os mesmos DIREITOS. Isto é, entre outras coisas reconhecer-lhes o direito a formar família à sua maneira.

    Quanto ao J Cristo, sempre tão chamado a estas questões, que eu saiba NUNCA abordou NENHUMA questão relacionada com homosexualidade. Pelo que, ou seguia o velho testamento nesse assunto, caso em que NÃO respeitava os outros, visto que apedrejar alguém até à morte dificilmente poderá ser considerado uma forma de respeito, ou então não considerou importante a questão, ao contrário da besta do zeca portuga que anda sempre com a paneleiragem na boca (e sabe-se lá que mais).

    Nesta ultima hipótese podemos concluir que somos livres de seguir o caminho que quisermos nesse aspeco visto que o vosso senhor Jesus Cristo se esteve a marimbar para o assunto.

  • Salazar2009

    Baal:

    Já vi que você também pega de empurrão.
    E,

  • Baal

    Obrigado por explicitar o que eu queria dizer.

    Portanto, quem não se comportar como um atrasado mental, como tu, e não perseguir os homos, tem necessariamente de ser homo.

    Era aí que eu queria chegar. Alguém para quem a homosexualidade seja indiferente mas que simplesmente não concorde com as vossas agressões, por medo de por sua vez ser catalogado na vossa lista negra, acaba por alinhar nas agressões.

    Assim se cria o maravilhoso ambiente social de coscuvilhice e agressividade que vocês tanto gostam.

    Mas tanto terror dos homos é doentio.

    Estás assim tão inseguro da tua identidade sexual que precises tanto de agredir os outros ?

    Cá para mim ainda vais acabar no parque…

  • Baal

    Obrigado por explicitar o que eu queria dizer.

    Portanto, quem não se comportar como um atrasado mental, como tu, e não perseguir os homos, tem necessariamente de ser homo.

    Era aí que eu queria chegar. Alguém para quem a homosexualidade seja indiferente mas que simplesmente não concorde com as vossas agressões, por medo de por sua vez ser catalogado na vossa lista negra, acaba por alinhar nas agressões.

    Assim se cria o maravilhoso ambiente social de coscuvilhice e agressividade que vocês tanto gostam.

    Mas tanto terror dos homos é doentio.

    Estás assim tão inseguro da tua identidade sexual que precises tanto de agredir os outros ?

    Cá para mim ainda vais acabar no parque…

  • jovem1983

    Caríssimo jorge_miguel:

    Tive oportunidade de observar este seu comentário. Constato que você apresenta uma determinada agressividade latente. Observemos, apresenta-se como seminarista, apregoa valores como a liberdade individual e o direito de expressão, mas o seu discurso está carregado de valores condenatórios e persecutórios. Coloca-se como paladino de uma determinada verdade que lhe é transmitida por um determinado mestre de moral que propaga determinados valores que são contrários àqueles que a religião começa a defender hoje, como o entendimento e igualdade na diferença, mas que depois são subtraídos pela manutenção de uma tradição de exegese católica cristã, com valor probatório totalmente questionável, sem qualquer fundamento concreto, e interpretações dispares. No final do seu texto interpreta o conhecimento como algo que deriva de uma ordem hierárquica baseada na convicção, quando este entendimento deriva precisamente da diferença de pensamento. Escreve que passará palavras amigas, mas coloca-se precisamente na posição de paladino de uma verdade que só lhe diz respeito enquanto opinião, convicção, partilhada por grupos restritos de pessoas que se identificam com determinada ideologia religiosa, onde existem mesmo pessoas com pensamentos totalmente antagónicos e diacrónicos em relação aos que apresentou, bem como se acrescentarmos as diferentes fés (convicções) de outras religiões, aumentamos essa disparidade e deixamos espaço para o conflito. Precisamente se quer dar alguma lição de moral, que seja o entendimento da diferença, e sobretudo o primado da responsabilidade dos actos perante uma lei fundamental que nos serve a todos, crentes e descrentes, as leis que enformam o regime democrático que temos a felicidade de ter no nosso país, quando existem tantas leis em Estados confessionários e que não resguardam a liberdade de auto-determinação individual, um pequeno apontamento valorativo que depreendo de curtos laivos no seu comentário. Tenho a opinião que você seria mais tolerante, bem como contribuiria e influenciaria mais pessoas positivamente no seu caminho, se fosse essa a dimensão que sobressai-se do seu discurso e das directivas da sua Igreja.

  • jovem1983

    Caríssimo Carpinteiro:

    Só agora tive oportunidade de ler o que escreveu neste post. Levantou questões pertinentes, de difícil resposta para quem deveria ter todo o interesse em responder. Os comentários de Salazar2009 suscitaram-me algum espanto, paradoxalmente, ao contrário de um pensador que se justifica pelas ideias, procurou antes justificar-se como sendo ateu e isso dava-lhe direito de relegar os seus comentários e opiniões para planos inferiores porque simplesmente teria a descrença em comum. Essa atitude mais parece de um triste religioso camuflado de ateu, que não compreende que a liberdade de expressão e de opinião são direitos fundamentais que nos assistem, tanto a descrentes como crentes. A afirmação e a infirmação de ideias dá-se pelos argumentos e na demonstração, qualquer tentativa de descredibilização do interlocutor da outra parte reflecte uma reacção e sentido primário, orientação assente em convicções e não em fundamentos, pois estes estão ausentes. E sobre a pertinência destas exposições e debates num sentido crítico ao das religiões é profícuo, porque há barreiras e descriminações que extravasam a esfera religiosa para o quotidiano de todos nós, isto sem qualquer respeito pela diferença, isso sim é estupidez.~

    Cumprimentos.

  • jovem1983

    Caríssimo Salazar2009:

    Um pormenor para desmistificar a sua ideia de pedofilia/abuso sexual: certamente terá havido quem procura-se incentivar determinada reacção do agressor mas, mesmo nesses casos, nunca se poderá retirar as propriedades deste último, pois este invés de tomar as medidas de uma pessoa lúcida e responsável, cede à irresponsabilidade e comete crime. Em suma, o agressor, que está numa posição de poder, tem o dever de não incorrer em crime, salvaguardar o cumprimento da lei e, no caso concreto das pessoas que trabalham com crianças, a obrigação de comunicar o sucedido aos respectivos pais ou encarregados de educação.

    Só mais um apontamento, não deixou claro se esteve por uma temporada faz 20 anos nos EUA ou se lá fez a sua vida durante esse período, porém posso fazer o seguinte reparo, os EUA não são definitivamente os mesmos de antigamente, e isso não se deve exclusivamente a assuntos de religião ou da sua falta…

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