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Privilégios da Igreja Católica

A constante “colaboração com o Estado“, de que a Igreja Católica se serve para surripiar dinheiro aos contribuintes através de subvenções económicas, – para o culto e para o clero, centros de ensino nomeadamente universidades, construção e conservação de edifícios, entre outras onerosas minudências, a par da atribuição de competências para o ensino em escolas públicas com diplomas e habilitações só por eles reconhecidos; fazem da Igreja um parceiro lesivo para a sociedade e o próprio Estado.

As manobras para converter o ensino da Catequese nas escolas públicas (disfarçada de Religião e Moral), num procedimento favorável à Igreja, financiada com impostos dos contribuintes, constituem uma afronta e um desafio inadmissíveis em democracia. A estes privilégios, essenciais para a hegemonia da Igreja Católica, – económico e competências, – há a acrescentar o privilégio de que esta goza na oficialização dos símbolos eclesiásticos, – festas religiosas, festas militares, hospitais, variadíssimas manifestações de culto público etc. – E ainda o facto de usufruir de uma presença privilegiada e cada vez mais acentuada dos seus ministros e sua clientela nos meios de comunicação social públicos.

Na realidade os privilégios têm aumentando de modo surpreendente e até provocatório, a coberto da chamada lei da “liberdade religiosa“, que mais não é do que uma forma de dilatar a supremacia do “Ideal Católico” no espaço público. O enorme financiamento de que usufruem as escolas e centros docentes, acumulado com as enormes isenções fiscais de que a Igreja continua a gozar, discriminando injustamente os demais cidadãos, individual e colectivamente, é um insulto e uma provocação, pois fica posta em causa a “obrigação” do princípio não-confessional do Estado, espírito este, fiel ao Laicismo, que é o suporte indispensável numa sociedade democrática e pluralista.

Enquanto a Igreja Católica busca aumentar insaciavelmente, subvenções económicas através do Estado, as demais confissões religiosas usam exclusivamente as ofertas dos seus fiéis. Porque insiste a Igreja Católica em não seguir o bom exemplo das suas congéneres? A Igreja está moralmente obrigada a publicar as suas contas, um balanço completo e detalhado da exorbitante ajuda económica que recebe, e que procede dos contribuintes independentemente da ideologia destes. A grande questão é que o dinheiro que recebe do Estado, não representa nem de longe a expressão da fé dos portugueses (contribuintes). Para confirmar o que escrevo basta consultar e ver que só aproximadamente 20% dos portugueses, decide entregar à Igreja a sua cota contributiva colocando o X na casa correspondente na declaração de IRS. Mas a Igreja Católica, obriga os outros 80% da população que não concorda, a contribuir para o seu financiamento através do Estado

Uma Igreja habituada a impor por todos os meios a sua Ideologia em todas as esferas da vida pública e privada, constitui um poder e por conseguinte uma ameaça que tem que ser condicionada pelo Estado, para protecção desse mesmo Estado. A Igreja Católica está cada vez mais perigosa – Politicamente falando. O erro deste governo foi começar com cedências, subvalorizando a força estrutural e a capacidade de reacção política do Clero.

O Estado Português não tem religião oficial, – Ponto final. O Estado não pode obrigar os cidadãos deste país a financiar esta ou qualquer outra religião em particular.

10 thoughts on “Privilégios da Igreja Católica”
  • Realista

    mas a igreja merece privilégios!!! deus e maria disseram isso!!!! a igreja está acima do bem e do mal….

  • veradictum

    É óbvio que concordo na totalidade com este artigo. Mas acho que peca por defeito. No interior do país, nas aldeias, os párocos continuam alegremente a explorar o desgraçado povo crente. Não têm escrúpulos. Não só se cobram das missas que lhes mandam celebrar, como de casamentos, baptizados e funerais. Mas exigem na mesma a côngrua anual. E o folar na páscoa. Nas missas, o descaramento e a falta de vergonha raiam o inacreditável absurdo: na minha terra a freguesia compôe-se várias povoações. Como existe o costume das pessoas mandar celebrar missas pelos defuntos, o padre decretou celebrar uma missa por mês em cada uma das capelas dessas povoações. Mas como existem sempre várias almas a sufragar então o padre cobra o valor da missa por inteiro a cada um deles, ou seja 7,5€ x n. Vomo bem diz o povo: com uma única cajadada, mata vários coelhos. Celebra uma única missa, mas recebe sempre muito mais, porque existem sempre 4 ou mais almas a sufragar. Claro que continuam a efectuar os peditórios em todas missas e até em funerais. Nas festas de santos que ele sabe dar lucro, exige ser o primeiro mordomo, mas nas que não dão lucro, só lá aparece para cobrar a missa e sermão. As pessoas estão saturadas dos constantes pedidos de dinheiro, para tudo e mais alguma coisa, até para comprar viatura particular. Mas o pior é que agora se consta que os padres recebem um vencimento de cerca de 500 € mensais, do estado. Será isto verdade? Quem me tira esta dúvida?

  • Carpinteiro

    Segundo dados oficiais da tutela, na categoria de “membros das igrejas, associações e confissões religiosas” estão inscritos 5.474 padres.

    Caro veradictum:

    Tendo em conta a remuneração média declarada pelos padres ser de 366 euros, a sua contribuição efectiva para os cofres da Segurança Social é de 14,6 euros por mês, apenas. Ao passo que a dos trabalhadores independentes é de 132.

    A notícia toda aqui:

    http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=vi

  • Carpinteiro

    Caro veradictum, essa pergunta é um bom tema para um bom post.

    Gostaria que um piedoso padre, e não eu, lhe desse o esclarecimento que é devido, mas como a Igreja prima pelo secretismo.
    Até há pouco tempo, os padres; não descontavam NADA e agora, pagam sobre o ordenado minimo!
    É assim em mais de 90% dos casos!

    Perguntar-me-á porquê; responderei que, quer isso nos agrade ou não, são eles quem efectivamente mexe os cordelinhos do poder neste país, e não só, veja-se a vergonha que se passou e passa em Timor. Dir-me-á que a Igreja realiza um trabalho social.Conhece algum caso em que a igreja tenha ajudado ou continue ajudar alguém?! é claro que não, a Igreja especializou-se na chamada, NOVA ESCRAVATURA, o VOLUNTARIADO (que nada tem a ver com a igreja); não é a igreja, nem nenhum dos seus “funcionários” (padres, bispos, etc.), que fazem esses trabalhos sociais! Ou, quando o fazem, não é “à borla”!
    Ganham e não é,NADA fazem por caridade?!

    A Cruz Vermelha, ao contrário da igreja, ajuda realmente as pessoas, mas os voluntários nunca recebem um único cêntimo; nem é esse o objectivo, já o da igreja, é exactamente esse o do lucro!

    Quando acontece uma catástrofe em qualquer parte do mundo, como por exemplo o tsunami, a Cruz vermelha envia material médico, tendas, etc; o estado português, envia (por ex.) cobertores, medicamentos, etc, etc, e a igreja o que envia?!
    Pois… não envia NADA, não é?!
    Ou então envia um ou dois padres para evangelizar as vítimas…..
    Agora ajudar, NADA!
    Até para frequentar o seminário tem que se pagar?!
    Cerca de 500 euros mensais, além de outros custos, com vestimentas, etc!

  • Realista

    a Cruz Vermelha é oragnização intere$$eira como a ICAR!!!
    e mais.. a Cruz Vermelha e a ICAR já foram parceiras….
    se lembre das Ratlines… quando ambas salvaram Eichmann,Mengele,Rauff,Priebke,Pavelic etc.

  • Carpinteiro

    A vida dedicada ao sacerdócio não é para quem quer mas para quem tem vocação, sabendo desde logo que é baseada na humildade e no desprendimento, muita entrega, reflexão e oração. O Céu não se ganha com boa vida e borga. Já dizia jeová: é mais fácil um rico entrar no reino dos céus, que uma agulha no buraco de um camelo.

    http://www.youtube.com/watch?v=U7FPmKeq8bo&feat

  • Carpinteiro

    Caro veradictum:

    Segundo dados oficiais da tutela, na categoria de “membros das igrejas, associações e confissões religiosas” estão inscritos 5.474 padres.

    Tendo em conta a remuneração média declarada ser de 366 euros, a sua contribuição efectiva para os cofres da Segurança Social é de apenas14,6 euros por mês. Ao passo que a dos trabalhadores independentes é de 132 euros, ou seja, quase dez vezes mais.

    A notícia toda aqui:

    http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=vi

  • Carpinteiro

    Caro veradictum, essa pergunta é um bom tema para um bom post.

    Gostaria que um piedoso padre, e não eu, lhe desse o esclarecimento que é devido, mas como a Igreja prima pelo secretismo.
    Até há pouco tempo, os padres; não descontavam NADA e agora, pagam sobre o ordenado minimo!
    É assim em mais de 90% dos casos!

    Perguntar-me-á porquê; responderei que, quer isso nos agrade ou não, são eles quem efectivamente mexe os cordelinhos do poder neste país, e não só, veja-se a vergonha que se passou e passa em Timor. Dir-me-á que a Igreja realiza um trabalho social.Conhece algum caso em que a igreja tenha ajudado ou continue ajudar alguém?! é claro que não, a Igreja especializou-se na chamada, NOVA ESCRAVATURA, o VOLUNTARIADO; não é a igreja, nem nenhum dos seus “funcionários” (padres, bispos, etc.), que fazem esses trabalhos sociais! Ou, quando o fazem, não é “à borla”!
    Ganham e não é pouco, NADA fazem por caridade?!

    A Cruz Vermelha, ao contrário da igreja, ajuda realmente as pessoas, mas os voluntários nunca recebem um único cêntimo; nem é esse o objectivo, já o da igreja, é exactamente o lucro!

    Quando acontece uma catástrofe em qualquer parte do mundo, como por exemplo, um tsunami, a Cruz vermelha envia material médico, tendas, etc; o estado português, envia (por ex.) cobertores, medicamentos, etc, etc, e a igreja o que envia?!
    Pois… não envia NADA !!
    Ou então envia um ou dois padres para evangelizar as vítimas…..
    Agora ajudar, NADA!
    Até quem frequenta o seminário tem que se pagar?!
    Cerca de 500 euros mensais, além de outros custos, com vestimentas, etc!

  • Realista

    a Cruz Vermelha é oragnização intere$$eira como a ICAR!!!
    e mais.. a Cruz Vermelha e a ICAR já foram parceiras….
    se lembre das Ratlines… quando ambas salvaram Eichmann,Mengele,Rauff,Priebke,Pavelic etc.

  • Carpinteiro

    A vida dedicada ao sacerdócio não é para quem quer mas para quem tem vocação, sabendo desde logo que é baseada na humildade e no desprendimento, muita entrega, reflexão e oração. O Céu não se ganha com boa vida e borga. Já dizia jeová: é mais fácil um rico entrar no reino dos céus, que uma agulha no buraco de um camelo.

    http://www.youtube.com/watch?v=U7FPmKeq8bo&feat

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