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Não se importa de repetir – II?

O cardeal Cormac Murphy O’Connor é o presidente da conferência episcopal de Inglaterra e do País de Gales e foi até há cerca de um mês o arcebispo de Westminster. O cardeal, conhecido pelas suas posições agostinianas sobre sexo e «liberais» em relação a pedofilia no seio da igreja, ainda enquanto dignitário mor da hierarquia católica inglesa debitou esta lucubração absolutamente espantosa de que secularistas e ateus não são completamente humanos.

Embora esta posição não seja exactamente nova e tenha justificado a eliminação de inúmeros «outros não completamente humanos» ao longo da História da humanidade, a sua cândida assumpção pelo prelado é arrepiante no século XXI. Em particular, deixa-me na dúvida sobre os métodos que o cardeal considera deverem ser usados para me tornar «completamente humana» ou sobre se considera que a minha existência de sub-humano tem menos valor que a de outro «completamente» humano, aka religioso.

As nossas caixas de comentários são testemunho de um fenómeno bem mais geral; a cristianovitimização que se traduz em ululações constantes por parte dos crentes de supostos insultos de ateus – que podem ser coisas tão rudes como considerar que Fátima ou o Cristo Rei devem ser incluídos nos Horrores de Origem Portuguesa que de facto são ou descrever uma hóstia como, horror dos horrores, uma hóstia e não o corpo do cristo.

Claro que os mesmos que carpem a intolerância, catolicofobia, cristofobia, preconceito anti-religioso nos 166 comentários ao post do Miguel ou que estridentemente exigem pedidos de desculpa pelo insulto e falta de respeito dos jornalistas que se referem a uma hóstia como uma hóstia, devem achar completamente pacíficas e nada insultuosas as palavras do bispo. Ou antes, devem considerá-las como reflectindo uma «posição razoável e equilibrada» dos crentes em relação aos ateus, que contrastarão certamente com a minha atitude inadmissível, «radical» e incitadora de fundamentalismos sortidos (nos crentes) de relatar mais esta tonteria de outro responsável da hierarquia católica…

Em stereo na jugular.

3 thoughts on “Não se importa de repetir – II?”
  • Anticlerical

    Cormac é 1 palhaço que deseja se aparecer… é o desespero.. a igreja tá decaindo…. então os prelados fazem de tudo pra virar mídia

  • Ferreira

    Nossa raça está apenas engatinhando em sua longa jornada evolutiva.
    Vivenciamos cada vez mais catastrofes, querras e odio.
    Estamos em vias de apagar a nossa propria existencia do cosmo pelo simples e puro egoismo.
    Deveremos aprender a duras penas a aceitar o outro como parte de nós mesmos?
    Temos a mesma origem comum?
    O que nos torna tão diferentes?
    Porque não aprendemos com as formigas a viver unicamente pelo bem comum e pela perpetuação da espécie?
    Dominação, poder e bens que não são nossos?
    Desta dimensão não levamos absolutamente nada; apenas deixamos:
    nossa materia e o exemplo de vida para as gerações…
    Enquanto envolvidos no eterno debate se porventura existe ou não uma força suprema invisivel e dominante; caminhamos a passos largos para o colapso
    ambiental, esgotamento dos recursos naturais, e a hecatombe mundial.
    Como seria importante nessa hora, cada um de nós descobrir o poder que tem
    dentro de sí para mudar o rumo da história…
    A força que fez nossa raça chegar aonde chegou…
    Para poder ir aonde ela deve realmente ir…
    O cosmo, as galaxias com bilhões de estrelas e infindaveis possibilidades.

  • Ferreira

    Nossa raça está apenas engatinhando em sua longa jornada evolutiva.
    Vivenciamos cada vez mais catastrofes, querras e odio.
    Estamos em vias de apagar a nossa propria existencia do cosmo pelo simples e puro egoismo.
    Deveremos aprender a duras penas a aceitar o outro como parte de nós mesmos?
    Temos a mesma origem comum?
    O que nos torna tão diferentes?
    Porque não aprendemos com as formigas a viver unicamente pelo bem comum e pela perpetuação da espécie?
    Dominação, poder e bens que não são nossos?
    Desta dimensão não levamos absolutamente nada; apenas deixamos:
    nossa materia e o exemplo de vida para as gerações…
    Enquanto envolvidos no eterno debate se porventura existe ou não uma força suprema invisivel e dominante; caminhamos a passos largos para o colapso
    ambiental, esgotamento dos recursos naturais, e a hecatombe mundial.
    Como seria importante nessa hora, cada um de nós descobrir o poder que tem
    dentro de sí para mudar o rumo da história…
    A força que fez nossa raça chegar aonde chegou…
    Para poder ir aonde ela deve realmente ir…
    O cosmo, as galaxias com bilhões de estrelas e infindaveis possibilidades.

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