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Errar é humano…

De facto impressionantes as imagens televisivas de centenas de milhar de pessoas na sua peregrinação a Fátima neste 13 de Maio.  
 
Sobre aquelas pessoas, disse a reportagem que tinham «uma fé do tamanho do mundo», embora sinceramente eu não perceba o motivo de tamanho insulto.

Mas enfim, lá estava toda aquela gente a celebrar a primeira das aparições da Virgem Maria, que é como quem diz, a mãe de Deus, a três crianças para transmitir uma mensagem aos Humanos.
Devia andar preocupada com a gente, coitada.   
 
De início a mensagem foi considerada um segredo divino tal era o seu significado simbólico e a sua enorme relevância para a História da Humanidade.
Só foi conhecida às prestações e depois de estrategicamente dividida em três partes.  
 
Ora, a mensagem da mãe de Deus era de tal forma importante que a sua última parte só foi conhecida meio século depois de nos ter sido transmitida.

Era uma previsão de que um gajo vestido de branco ia sofrer um atentado.
  
Foi pena que não tivesse sido divulgada mais cedo, esta… previsão.
  
Mas na primeira parte a Senhora «mais brilhante que o Sol» disse de facto uma coisa de primordial importância para a toda a Humanidade: disse que devíamos rezar muito a Deus.
  
Ao que parece, Deus gosta muito que lhe rezem.
Faz-lhe bem ao ego, dizem.
  
Mas a especialidade da Virgem Santíssima era de facto a futurologia.
Pelos vistos a capacidade de adivinhação deve ser um dom especial reservado por Deus às mulheres «puríssimas», que são aquelas cujo canal vaginal só funciona no sentido catolicamente correcto, que é o sentido descendente, e que nunca foi conspurcada por essa coisa suja, horrível e pecaminosa chamada sexo.
  
Foi assim que vinda dos Céus, onde se encontra de corpo e alma, esta anorgásmica mãe, coitada, provavelmente entediada e com muito pouco que fazer, resolveu vir ao nosso planeta dizer-nos que a Guerra acabava nesse ano de 1917 e que os soldados portugueses estariam de volta ao solo pátrio já pelo Natal.
  
O pior de tudo foi que a I Guerra Mundial, a tal guerra de 1914-18 acabou, tal como o próprio nome indica… no ano de 1918
  
Então não querem lá ver que a mãe de Deus se enganou, coitadita? 
  
Ou seja:
Quer isto dizer que nesta insigne e extraordinária mensagem transmitida aos Homens a mãe de Deus numa parte fez um prognóstico no fim do jogo, noutra disse uma banalidade e na terceira, ó Céus… enganou-se!   
 
É pois para honrar esta extraordinária mensagem que centenas de milhar fiéis, que ainda por cima dizem que são monoteístas, se deslocam todos os anos a Fátima para adorar e rezar à Virgem Maria e para comemorar e celebrar a extrema razoabilidade e a lucidez de tudo isto.
  
                     
7 thoughts on “Errar é humano…”
  • Carpinteiro

    Ao forjarem a história do embuste foram tão estúpidos que se esqueceram que a santa se tivesse falado aos pastorinhos jamais teria dito: Eu sou a “Nossa Senhora” e venho pedir-vos… mas sim eu sou a “Vossa Senhora”.
    Enfim, têm mais habilidade para sacar dinheiro aos crentes . . .

  • Fantasma Ateu

    heheh!! de facto concordo com o se artigo. Só não vê quem não quer.

  • Carpinteiro

    «Conseguiu-se fazer de Fátima o maior concentrado do mau gosto do imaginário católico que alguma vez já se tinha feito por aqui. E que continua, impunemente, em expansão enorme. Não são só variações do mesmo mas o mesmo sem variações. Quer dizer: o que se conseguiu em Fátima é uma aflição, uma espécie de horror, de campo de concentração do horror religioso, um inferno de mau gosto. O que, a meu ver, é muito grave».

    As palavras não são minhas mas de um prelado da casa:
    Frei Bento Domingues.

  • Manel

    Foram visitar a avó!
    A nossa é a mãe de deus.
    Deus é nosso pai.
    Logo, nossa senhora é nossa avó.

    Coisa simples!

  • amiltonsilva200809

    Você esquece que esse pessoal não usa a lógica. A lavagem cerebral impede.

  • Almeida

    Esse Luís Grave Rodrigues, seja ele lá quem for (pois dele nunca ouvi falar), é muito superficial, além de ser muito desrespeitoso com a fé alheia. Não está em questão, aqui, a veracidade dos fatos, pois isso é questão de crença, e fé não se discute. O que está em questão é a tolerância. Em uma época que se fala tanto de respeito à diversidade, ao pluralismo, às diferenças, às minorias, a diferentes credos e manifestações de fé, à liberdade de escolha em suas dierentes manifestações, inclusive equidade de gênero, mostra-se completamente inaceitável (tanto quanto o chute à imagem de Nossa Senhora) o referir-se à Maria como 'coitada', 'anogásmica mãe', 'coitada [novamente], provavelmente entediada e com muito pouco que fazer', 'coitadita'; e a Deus da seguinte forma: 'Deus gosta muito que lhe rezem. Faz-lhe bem ao ego, dizem.'
    Esse escritor chega a ser ridículo em suas colocações, até porque foge completamente ao jornalismo sério.
    É o pluralismo. E assim como não o persigo para que mude de posicionamente, você também tem de respeitar o posicionamento dos outros.
    Isso é saber conviver em sociedade.
    Bem, de toda forma, já fiz meu desabafo e disse o que pensava. E para ser coerente, aceito que concorde ou não com o que eu disse.
    Beijos,
    Almeida.

  • Almeida

    Esse Luís Grave Rodrigues, seja ele lá quem for (pois dele nunca ouvi falar), é muito superficial, além de ser muito desrespeitoso com a fé alheia. Não está em questão, aqui, a veracidade dos fatos, pois isso é questão de crença, e fé não se discute. O que está em questão é a tolerância. Em uma época que se fala tanto de respeito à diversidade, ao pluralismo, às diferenças, às minorias, a diferentes credos e manifestações de fé, à liberdade de escolha em suas dierentes manifestações, inclusive equidade de gênero, mostra-se completamente inaceitável (tanto quanto o chute à imagem de Nossa Senhora) o referir-se à Maria como 'coitada', 'anogásmica mãe', 'coitada [novamente], provavelmente entediada e com muito pouco que fazer', 'coitadita'; e a Deus da seguinte forma: 'Deus gosta muito que lhe rezem. Faz-lhe bem ao ego, dizem.'
    Esse escritor chega a ser ridículo em suas colocações, até porque foge completamente ao jornalismo sério.
    É o pluralismo. E assim como não o persigo para que mude de posicionamente, você também tem de respeitar o posicionamento dos outros.
    Isso é saber conviver em sociedade.
    Bem, de toda forma, já fiz meu desabafo e disse o que pensava. E para ser coerente, aceito que concorde ou não com o que eu disse.
    Beijos,
    Almeida.

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