Em defesa de Bento 16
O teólogo brasileiro Leonardo Boff, ex-colega de Joseph Ratzinger, classificou o Papa como “politicamente desastrado” e um “pastor medíocre” pela forma como geriu as declarações de bispos católicos sobre o Holocausto.
Hoje todos criticam o Papa. Dizem que é fascista e um anti-semita primário que envergonha a ICAR.
Além de injustos revelam vontade de reabilitar a Igreja, como se a vergonha do presente pudesse fazer esquecer a do passado. O Papa apenas interpreta, bem, uns livros hediondos – os Evangelhos.
As pessoas esquecem que a dissidência de Paulo de Tarso do judaísmo trouxe o anti-semitismo extremista do trânsfuga e o ódio implacável do prosélito.
Há quem, tal como o teólogo brasileiro, não se conforme com a manutenção do racismo e da xenofobia comuns a todas as religiões do livro. São pessoas estimáveis e não passam disso, apesar da sua inteligência, cultura e humanidade. Passam o tempo a dizer que a Bíblia não diz o que claramente diz, sem coragem para renegarem os livros de que a sua religião se reclama.
B16 tem razão. Os bispos, padres e crentes, discípulos do defunto e amaldiçoado monsenhor Lefebvre, são os verdadeiros seguidores cristãos. Os tolerantes, manchados pela modernidade e defensores da democracia, são apenas os hereges que o Vaticano II acolheu.
B16 não é obrigado a crer em deus, seria até admirável que cresse, à semelhança do seu supersticioso antecessor, mas cabe-lhe defender os horríveis livros que sustentam o negócio da fé. Quem desconfia da Bíblia, acaba a duvidar do martírio de deus.
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