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  • 22 de Janeiro, 2009
  • Por Carlos Esperança
  • Catolicismo

A ICAR e o casamento

O casamento entre pessoas do mesmo sexo, cuja aprovação o primeiro-ministro anunciou para a próxima legislatura, vai contar com a oposição enérgica por parte da Igreja Católica, que não aceita a utilização da palavra casamento.

Mais uma vez reconheço à ICAR o direito de manifestar a sua oposição ao Código Civil mas é útil que admita que as normas do Código  Canónico não devem ser impostas ao Estado laico e, muito menos, aos não crentes ou crentes de outra fé.

A ameaça de missas contra a lei que autorizará os casamentos homossexuais é um direito cuja eficácia não temem os que, há muito, esperam que a lei não os discrimine e se, a alguns, isso os torna infelizes, só têm de culpar a religião que os exclui.

Pode haver confusão entre a liberdade, que a lei concederá, e a obrigação que a Igreja parece temer. O casamento não é obrigatório e a futura lei apenas iguala direitos, sem discriminação sexual, como manda a Constituição.

Quanto à palavra «casamento», que a ICAR abomina para matrimónios homossexuais, como durante  o salazarismo  reprovava uniões que escapassem à sua bênção, é património da língua portuguesa e consagra uma concepção jurídica que esteve reservada – e mal – apenas para as núpcias heterossexuais.

Nem que fosse para tornar feliz uma única pessoa já valia a pena mexer na lei actual pois não prejudicará ninguém e, decerto, vai permitir a felicidade de muitos.

12 thoughts on “A ICAR e o casamento”
  • amiltonsilva200809

    O que acho que as religiões têm,e até defendo que tenham, é o direito de não celebrar tais casamentos.

  • Joey

    a igreja, que não hesita em atacar os direitos dos gays, faz silêncio cúmplice em relação à pedofilia!

  • Carlos Esperança

    Naturalmente

  • MF1

    Os homossexuais não estão a pedir para se casarem com a benção de uma religião.
    Apenas que os seus direitos de matrimónio sejam iguais aos outros. As religiões é que se acham donas de uma legítimidade moral para meter o bedelho em tudo.

  • Rasputine Saloio

    E para que serve o casamento?
    Alguém me explica?

  • Joe

    pra nada!!!

    Viva o namoro!!!

  • amiltonsilva200809

    Pelo que sei o casamento serve pra divisão dos bens.
    Por aqui, no Brasil, quando é entre homossexuais, dá-se o nome de contrato de união estável.

  • Jose Simoes

    “não prejudicará ninguém”

    Não é verdade. O casamento de homo sexuais vai beneficiar os homo casados, em questão de heranças, benefícios sociais, etc.

    Ora se alguém vai ter mais vantagens, alguém vai perder. Tão simples como isso.

    José Simões

  • americano

    É correto e legítimo que a ICAR e outras igrejas não celebrem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Afinal, isto contraria a lei da própria Igreja. Ponto.
    Agora, qual é o direito que a Icar tem de intrometer-se na viada de epssoas que não seguem o credo católico? Por acaso, é possivel que um ateu venha determinar que é licito aos padres contrairem matrimõnio ? Claro que não. As coisas da igreja são “sagradas” o restante é o resto, é assim que pensa o Vaticano. Obrigado

  • americano

    É correto e legítimo que a ICAR e outras igrejas não celebrem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Afinal, isto contraria a lei da própria Igreja. Ponto.
    Agora, qual é o direito que a Icar tem de intrometer-se na viada de epssoas que não seguem o credo católico? Por acaso, é possivel que um ateu venha determinar que é licito aos padres contrairem matrimõnio ? Claro que não. As coisas da igreja são “sagradas” o restante é o resto, é assim que pensa o Vaticano. Obrigado

  • americano

    É correto e legítimo que a ICAR e outras igrejas não celebrem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Afinal, isto contraria a lei da própria Igreja. Ponto.
    Agora, qual é o direito que a Icar tem de intrometer-se na viada de epssoas que não seguem o credo católico? Por acaso, é possivel que um ateu venha determinar que é licito aos padres contrairem matrimõnio ? Claro que não. As coisas da igreja são “sagradas” o restante é o resto, é assim que pensa o Vaticano. Obrigado

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