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  • 16 de Janeiro, 2009
  • Por Ricardo Alves
  • Religiões

A existência e a bondade

Ao debater com crentes (aparentemente católicos) nas caixas de comentários de outro blogue, apercebi-me de como muitos crentes (talvez uma esmagadora maioria), não conseguem separar a questão da existência de «Deus» da respectiva bondade.

Ora, «Deus» existe ou não independentemente da sua «bondade» (ou da sua «maldade»). Mais: antes de abordar a questão das escolhas morais que «Deus» faz (ou não), antes sequer da questão de saber se «criou» um mundo injusto (ou justo), está a questão da existência.

Penso que a confusão dos católicos a este respeito tem duas origens. Por um lado, acham que sem acreditar em «Deus» não há razões para ser «bom». Por outro, acham que o universo tem um propósito (ético).

A primeira ideia é ofensiva, e é desmentida pelos factos. A segunda apela a um desejo de conforto com o cosmos, a uma esperança de que o universo seja mais do que poeira e pedra. É tocante, mas enganoso. E não me parece que seja conciliável com o que observamos na natureza, da violência entre espécies à morte térmica das estrelas, passando pelos tsunamis e pelo cancro da mama.

(Mas é sempre fascinante entender com que medos e desejos joga a religião.)

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]

13 thoughts on “A existência e a bondade”
  • Kadafi

    Assumindo-me como ateu, penso que a natureza está no cerne de toda a vida, do bem e do mal, de todos os conceitos, de todas as actuações !!

  • Joe

    esse deus q eles tanto veneram é cruel..
    o velho testamento q o diga!

  • centauro

    Mas deus, o deus da Bíblia, é um deus mau… de uma maldade execrável e inimaginável, para além de que, se realmente existisse, seria profundamente xenófobo e racista. Para sintetizar, direi que o deus, adorado por milhões de seres humanos, é a maldade personificada. Por favor, que alguém que ame deus, relate aqui, nesta caixa de comentários, uma coisa boa que ele tenha feito pela humanidade? Repararam? Pedi apenas UMA coisa boa. Já agora, que relate também algo de monstruoso que o diabo, outro ser inexistente, também tenha cometido?
    Por causa das teimas, só para verificar qual dos dois é o mais mau?

    Os crimes do deus da Bíblia são muitos e todos eles horríveis, mas o maior de todos, aquele que nos faz vomitar de ódio e raiva, é imaginá-lo na poltrona do céu, a comer pipocas e a rir desbragadamente, enquanto assiste à tortura e crucifixação de seu filho na terra. Nem o pior canalha do mundo seria capaz de tal feito.

    PS: Cristo também nunca existiu… mas essa é outra história.

  • Avelino

    Este blog é leitura diária e obrigatória, porém, é a primeira vez que me manifesto..
    Normalmente, quando defronto com Testemunhas de Jeová, eles sempre me perguntam sobre um mundo de paz, de não violência, que só será possível, quando acreditarmos em deus.. mas quando se comenta que partes da biblía que foi escrito em Israel, que desde a fuga de Abraão de Ur, foi decretado a guerra contínua.. e ainda hoje continuam esse episódio sangrento…
    Sorocaba/Brasil
    Saudações

  • Carpinteiro

    Deus é a força, justificação mas também “perversão” do outro.
    O humano, egoísta, violento, de bom grado aspira a grandes dominações. Isto supõe forçosamente a aceitação dos dominados, pois os fortes têm necessidade de muitos fracos para os servir. Que lhes chamem reis, chefes, capitalistas, sacerdotes, santo padre e outros, nada muda ao facto de que é preciso encontrar um sistema para que uma minoria, seja dotada ou provida de músculos potentes que assegure a dominação sobre a biomassa necessariamente mais forte.
    A religião serve primorosamente. De facto difunde um ensino que convida o outro a se submeter, mesmo ao invasor, o que testemunha a religiosidade dos Índios Americanos sobrevivendo nas reservas.
    Deus é o meio que o padre tem para convencer o outro que o que lhe fazemos é para seu bem.

  • centauro

    Mas deus, o deus da Bíblia, é um deus mau… de uma maldade execrável e inimaginável, para além de que, se realmente existisse, seria profundamente xenófobo e racista. Para sintetizar, direi que o deus, adorado por milhões de seres humanos, é a maldade personificada. Por favor, que alguém que ame deus, relate aqui, nesta caixa de comentários, uma coisa boa que ele tenha feito pela humanidade? Repararam? Pedi apenas UMA coisa boa. Já agora, que relate também algo de monstruoso que o diabo, outro ser inexistente, também tenha cometido?
    Por causa das teimas, só para verificar qual dos dois é o mais mau?

    Os crimes do deus da Bíblia são muitos e todos eles horríveis, mas o maior de todos, aquele que nos faz vomitar de ódio e raiva, é imaginá-lo na poltrona do céu, a comer pipocas e a rir desbragadamente, enquanto assiste à tortura e crucifixação de seu filho na terra. Nem o pior canalha do mundo seria capaz de tal feito.

    PS: Cristo também nunca existiu… mas essa é outra história.

  • Avelino

    Este blog é leitura diária e obrigatória, porém, é a primeira vez que me manifesto..
    Normalmente, quando defronto com Testemunhas de Jeová, eles sempre me perguntam sobre um mundo de paz, de não violência, que só será possível, quando acreditarmos em deus.. mas quando se comenta que partes da biblía que foi escrito em Israel, que desde a fuga de Abraão de Ur, foi decretado a guerra contínua.. e ainda hoje continuam esse episódio sangrento…
    Sorocaba/Brasil
    Saudações

  • Carpinteiro

    Deus é a força, justificação mas também “perversão” do outro.
    O humano, egoísta, violento, de bom grado aspira a grandes dominações. Isto supõe forçosamente a aceitação dos dominados, pois os fortes têm necessidade de muitos fracos para os servir. Que lhes chamem reis, chefes, capitalistas, sacerdotes, santo padre e outros, nada muda ao facto de que é preciso encontrar um sistema para que uma minoria, seja dotada ou provida de músculos potentes que assegure a dominação sobre a biomassa necessariamente mais forte.
    A religião serve primorosamente. De facto difunde um ensino que convida o outro a se submeter, mesmo ao invasor, o que testemunha a religiosidade dos Índios Americanos sobrevivendo nas reservas.
    Deus é o meio que o padre tem para convencer o outro que o que lhe fazemos é para seu bem.

  • Kadafi

    Assumindo-me como ateu, penso que a natureza está no cerne de toda a vida, do bem e do mal, de todos os conceitos, de todas as actuações !!

  • Joe

    esse deus q eles tanto veneram é cruel..
    o velho testamento q o diga!

  • centauro

    Mas deus, o deus da Bíblia, é um deus mau… de uma maldade execrável e inimaginável, para além de que, se realmente existisse, seria profundamente xenófobo e racista. Para sintetizar, direi que o deus, adorado por milhões de seres humanos, é a maldade personificada. Por favor, que alguém que ame deus, relate aqui, nesta caixa de comentários, uma coisa boa que ele tenha feito pela humanidade? Repararam? Pedi apenas UMA coisa boa. Já agora, que relate também algo de monstruoso que o diabo, outro ser inexistente, também tenha cometido?
    Por causa das teimas, só para verificar qual dos dois é o mais mau?

    Os crimes do deus da Bíblia são muitos e todos eles horríveis, mas o maior de todos, aquele que nos faz vomitar de ódio e raiva, é imaginá-lo na poltrona do céu, a comer pipocas e a rir desbragadamente, enquanto assiste à tortura e crucifixação de seu filho na terra. Nem o pior canalha do mundo seria capaz de tal feito.

    PS: Cristo também nunca existiu… mas essa é outra história.

  • Avelino

    Este blog é leitura diária e obrigatória, porém, é a primeira vez que me manifesto..
    Normalmente, quando defronto com Testemunhas de Jeová, eles sempre me perguntam sobre um mundo de paz, de não violência, que só será possível, quando acreditarmos em deus.. mas quando se comenta que partes da biblía que foi escrito em Israel, que desde a fuga de Abraão de Ur, foi decretado a guerra contínua.. e ainda hoje continuam esse episódio sangrento…
    Sorocaba/Brasil
    Saudações

  • Carpinteiro

    Deus é a força, justificação mas também “perversão” do outro.
    O humano, egoísta, violento, de bom grado aspira a grandes dominações. Isto supõe forçosamente a aceitação dos dominados, pois os fortes têm necessidade de muitos fracos para os servir. Que lhes chamem reis, chefes, capitalistas, sacerdotes, santo padre e outros, nada muda ao facto de que é preciso encontrar um sistema para que uma minoria, seja dotada ou provida de músculos potentes que assegure a dominação sobre a biomassa necessariamente mais forte.
    A religião serve primorosamente. De facto difunde um ensino que convida o outro a se submeter, mesmo ao invasor, o que testemunha a religiosidade dos Índios Americanos sobrevivendo nas reservas.
    Deus é o meio que o padre tem para convencer o outro que o que lhe fazemos é para seu bem.

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