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A experiência do Banco Ambrosiano

Bento XVI pede a líderes mudanças no sistema financeiro

CIDADE DO VATICANO – O papa Bento XVI provocou hoje os líderes mundiais a fazerem grandes mudanças no sistema financeiro global, dizendo que as respostas de curto prazo para enfrentar a crise financeira não eram suficientes.

4 thoughts on “A experiência do Banco Ambrosiano”
  • Atheos

    e por acaso o papa Nazinger entende de finanças?? patético!

    por falar na ICAR…
    http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=255593
    Ir. Alois contou detalhes do Encontro Africano de Jovens, e pediu para que os jovens europeus rezem pelos jovens africanos. “Em Ruanda – ressaltou – há muitos que, por causa dos sofrimentos que viveram durante o genocídio, já não conseguem acreditar em Deus, e nem mesmo acreditar na vida.” (AF)

    OBS: depois de apoiar ativamente o massacre de Ruanda, proporcionalmente pior que a Shoah, a ICAR vem com a cara + cínica do mundo pedindo orações….

  • Atheos

    e por acaso o papa Nazinger entende de finanças?? patético!

    por falar na ICAR…
    http://www.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=255593
    Ir. Alois contou detalhes do Encontro Africano de Jovens, e pediu para que os jovens europeus rezem pelos jovens africanos. “Em Ruanda – ressaltou – há muitos que, por causa dos sofrimentos que viveram durante o genocídio, já não conseguem acreditar em Deus, e nem mesmo acreditar na vida.” (AF)

    OBS: depois de apoiar ativamente o massacre de Ruanda, proporcionalmente pior que a Shoah, a ICAR vem com a cara + cínica do mundo pedindo orações….

  • Carpinteiro

    Acerca do universo bancário que o Vaticano domina, poderá ajustar-se o texto de um autor italiano – Nino Lo Bello – que numa obra densamente fundamentada, intitulada «O empório do Vaticano» escreveu a certo passo: «Jamais esquecerei a primeira vez que estive num banco da Cidade do Vaticano a observar os “caixas” no seu trabalho, atendendo freiras, jesuítas, missionários e bispos. Num momento de acalmia, disse a um dos caixas: – “Suponho que alguns dos seus clientes, na sua qualidade de religiosos, não saberão muito de dinheiro”. Então, o jovem funcionário deu a resposta correcta a esta demonstração de ingenuidade, comentando com a precisão de uma calculadora: – “A minha experiência diz-me que todos eles sabem muito de dinheiro”».

    Entre ontem e hoje há um nítido paralelo: anos de bancarrota e de miséria, de desemprego maciço, de agravamento da insegurança económica e social. Mas, igualmente, anos doirados para a Igreja, trânsito aberto ao grande capital e às fortunas e espaços sociais vazios onde a Hierarquia manobra à vontade.

    Já no passado, Nogara (banqueiro do Vaticano), viu na «grande crise» das bolsas o momento certo para comprar, vender e especular. Comprou por atacado grandes empresas petrolíferas falidas no mercado dos carburantes. Passou assim a controlar a “Italgás” (cuja maioria de capital a Igreja conserva) e o fornecimento exclusivo do gás a 36 grandes cidades italianas. Na área financeira investiu nos grandes bancos e mutualidades de reputação mundial, como o Banco di Roma, o Banco do Santo Espírito, o Crédito Rural, o Crédit Suisse, o JP Morgan, o Hambros Bank, o Chase Manhattan, o First National Bank, o Continental, etc., etc.

    Hoje, tantos anos passados, não é sem algum espanto que se constata estarem a surgir de novo os nomes desses gigantescos bancos falidos, comprados e ressuscitados por Nogara, nas listas de intervenção e socorro dos estados capitalistas aos grandes bancos para onde os governos canalizam biliões de dólares.

    O mito da «piedade» e do «filantropismo da igreja» agigantou-se para encobrir gigantescos negócios financeiros, mesmo aqueles que decorriam à margem da lei. A verdade viria a revelar-se um pouco após a morte do banqueiro, com os escândalos do Banco Ambrosiano, do cardeal Marcinkus, das fraudes fiscais, dos off-shores, das ligações com a Mafia e com crimes de morte nunca esclarecidos.

    Nada veio a acontecer aos grandes criminosos. Salvaram-nos os protectores de «longas vestes». As gigantescas empresas envolvidas nos escândalos mudaram as fachadas das suas holdings, dispersaram os seus lucros e continuaram, tranquilamente, a crescer. Por isso as vamos reencontrando nas listas de credores que o FMI financia principescamente

    Nogara morreu, e foi canonizado poucos anos depois. Bem podem os papas ficar gratos a este verdadeiro génio mau do capitalismo eclesiástico. Com ele, o Vaticano atingiu dimensões financeiras nunca vistas. Para além das áreas já referidas, a Igreja passou a dominar os mercados do imobiliário, dos seguros, da siderurgia, dos produtos alimentares, da hotelaria, do turismo, do ensino privado, dos desportos, da comunicação social, etc., etc. Inclusivamente, aplicou-se no fabuloso negócio dos armamentos. Um exemplo de que assim foi já nos tempos do fascismo italiano pode ir buscar-se aos contratos firmados entre a empresa de munições “Nogara” e Mussolini. A fábrica trabalhava noite e dia para fornecer explosivos às hordas fascistas que devastavam, nesse tempo, a Abissínia.

    * de: Odiário.

  • Carpinteiro

    Acerca do universo bancário que o Vaticano domina, poderá ajustar-se o texto de um autor italiano – Nino Lo Bello – que numa obra densamente fundamentada, intitulada «O empório do Vaticano» escreveu a certo passo: «Jamais esquecerei a primeira vez que estive num banco da Cidade do Vaticano a observar os “caixas” no seu trabalho, atendendo freiras, jesuítas, missionários e bispos. Num momento de acalmia, disse a um dos caixas: – “Suponho que alguns dos seus clientes, na sua qualidade de religiosos, não saberão muito de dinheiro”. Então, o jovem funcionário deu a resposta correcta a esta demonstração de ingenuidade, comentando com a precisão de uma calculadora: – “A minha experiência diz-me que todos eles sabem muito de dinheiro”».

    Entre ontem e hoje há um nítido paralelo: anos de bancarrota e de miséria, de desemprego maciço, de agravamento da insegurança económica e social. Mas, igualmente, anos doirados para a Igreja, trânsito aberto ao grande capital e às fortunas e espaços sociais vazios onde a Hierarquia manobra à vontade.

    Já no passado, Nogara (banqueiro do Vaticano), viu na «grande crise» das bolsas o momento certo para comprar, vender e especular. Comprou por atacado grandes empresas petrolíferas falidas no mercado dos carburantes. Passou assim a controlar a “Italgás” (cuja maioria de capital a Igreja conserva) e o fornecimento exclusivo do gás a 36 grandes cidades italianas. Na área financeira investiu nos grandes bancos e mutualidades de reputação mundial, como o Banco di Roma, o Banco do Santo Espírito, o Crédito Rural, o Crédit Suisse, o JP Morgan, o Hambros Bank, o Chase Manhattan, o First National Bank, o Continental, etc., etc.

    Hoje, tantos anos passados, não é sem algum espanto que se constata estarem a surgir de novo os nomes desses gigantescos bancos falidos, comprados e ressuscitados por Nogara, nas listas de intervenção e socorro dos estados capitalistas aos grandes bancos para onde os governos canalizam biliões de dólares.

    O mito da «piedade» e do «filantropismo da igreja» agigantou-se para encobrir gigantescos negócios financeiros, mesmo aqueles que decorriam à margem da lei. A verdade viria a revelar-se um pouco após a morte do banqueiro, com os escândalos do Banco Ambrosiano, do cardeal Marcinkus, das fraudes fiscais, dos off-shores, das ligações com a Mafia e com crimes de morte nunca esclarecidos.

    Nada veio a acontecer aos grandes criminosos. Salvaram-nos os protectores de «longas vestes». As gigantescas empresas envolvidas nos escândalos mudaram as fachadas das suas holdings, dispersaram os seus lucros e continuaram, tranquilamente, a crescer. Por isso as vamos reencontrando nas listas de credores que o FMI financia principescamente

    Nogara morreu, e foi canonizado poucos anos depois. Bem podem os papas ficar gratos a este verdadeiro génio mau do capitalismo eclesiástico. Com ele, o Vaticano atingiu dimensões financeiras nunca vistas. Para além das áreas já referidas, a Igreja passou a dominar os mercados do imobiliário, dos seguros, da siderurgia, dos produtos alimentares, da hotelaria, do turismo, do ensino privado, dos desportos, da comunicação social, etc., etc. Inclusivamente, aplicou-se no fabuloso negócio dos armamentos. Um exemplo de que assim foi já nos tempos do fascismo italiano pode ir buscar-se aos contratos firmados entre a empresa de munições “Nogara” e Mussolini. A fábrica trabalhava noite e dia para fornecer explosivos às hordas fascistas que devastavam, nesse tempo, a Abissínia.

    * de: Odiário.

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