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  • 4 de Setembro, 2008
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Religiões e crimes religiosos

Já várias vezes afirmei que há criminosos que não acreditam em Deus e crentes que se comportam com dignidade e respeito pelos direitos humanos. Nem a religião torna um homem sempre mau nem o ateísmo o faz alguma vez bom.

O que muitas vezes se questiona é o papel da religião na demência de alguns crentes. Os suicidas islâmicos que se imolam e arrastam infiéis no suicídio são crentes fanáticos. Urbano II, quando pregou as Cruzadas foi um biltre da fé. Pio IX, com o anti-semitismo que o devorava, o ódio à liberdade e ao livre-pensamento ou quando autorizou o rapto de uma criança judia para a baptizar e subtrair aos pais, foi outro religioso perverso.

Já o padre Frederico, secretário do bispo Teodoro, quando assassinou um jovem ou se dedicou à pedofilia, não cometeu um crime religioso, foi apenas réu de delito comum, embora grave. O bispo Marcinkus, quando contrafez as acções do Banco Ambrosiano, não cometeu um crime religioso, organizou apenas uma burla colossal, embora tenha dado origem a vários assassinatos que João Paulo II não deixou averiguar.

Nunca se disse aqui no Diário Ateísta que Estaline, um ateu e antigo seminarista, fosse menos cruel do que os padres do santo Ofício ou que Mao fosse mais benevolente do que os cruzados, mas quando se condenava à fogueira a heresia era um crime de que a religião era responsável. E, no entanto, quando o esquizofrénico Estaline chacinou milhões de pessoas não o fez em nome do ateísmo mas de outro totalitarismo parecido com as religiões.

Franco quando assassinou centenas de milhares de republicanos não cometeu um crime religioso mas o silêncio cúmplice do clero e a devoção que santo Escrivá lhe dedicava tornam a ICAR cúmplice, ao menos por omissão, dos crimes do déspota.

Os padres pedófilos dos EUA não cometeram crimes religiosos mas os que apoiaram Hitler, por causa do anti-semitismo cristão, SIM.

O Diário Ateísta combate a homofobia, o racismo, a xenofobia, a discriminação da mulher, os castigos corporais e a pena de morte. A Tora, a Bíblia ou o Corão podem orgulhar-se de igual espírito humanista?

12 thoughts on “Religiões e crimes religiosos”
  • Atheos

    Pavelic cometeu crimes polticos e religiosos!

  • Atheos

    Pavelic cometeu crimes polticos e religiosos!

  • Atheos

    As religiões não passam de partidos políticos!

  • Atheos

    As religiões não passam de partidos políticos!

  • kavkaz

    o “Diário Ateísta” está do lado da defesa da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e da Constituição Portuguesa.

    Os funcionários religiosos não podem afirmar isto sem estarem a mentir!

  • kavkaz

    o “Diário Ateísta” está do lado da defesa da “Declaração Universal dos Direitos do Homem” e da Constituição Portuguesa.

    Os funcionários religiosos não podem afirmar isto sem estarem a mentir!

  • Atheos

    youtube.com/watch?v=Rw6A034Yfxo
    JASENOVAC

    “CHRIST MACHT FREI”

  • Atheos

    youtube.com/watch?v=Rw6A034Yfxo
    JASENOVAC

    “CHRIST MACHT FREI”

  • Atheos

    http://www.youtube.com/watch?v=FdDDYj5I2Ho
    católicos com saudades do fascismo!

  • Atheos

    http://www.youtube.com/watch?v=FdDDYj5I2Ho
    católicos com saudades do fascismo!

  • Carlos Melo dos Reis

    Pois, o ponto de honra até parece simpático, mas o problema está em que continua a existir uma disparidade de análise: existe o contínuo esforço de associar directamente a religião à violência e à irracionalidade e esquecer sempre que existiram muitos crimes, não apenas perpretados por ateus, mas em nome e pelo avanço e instauração do ateísmo.

    Importa também referir que muitos amigos que aqui comentam tendem a resvalar para um estilo totalitarista, desrespeitoso e preconceituoso.

    Quanto à questão dos Livros Sagrados, ela não é tão simples assim, senão podemos ir a muitas obras de Ateus e defensores do ateísmo e ler lá tudo o que este Blog diz estar contra – mesmo o que é contra os Direitos Humanos.

    A questão não está nas nossas crenças ou descrenças, mas se somos capazes de nos opormos sem manipular e fazendo justiça.

    Os amigos ateus gostam de partir sempre para qualquer discussão como se as ideias que defendem tivessem chegado agora sem manchas da história, mas isso não é verdade, muitos crentes e muita gente foi perseguida e morta por ateísmos organizados e isso deve ser assumido, não basta passar a bola para o campo dos crentes e apontar o dedo.

    Eu mesmo quando escrevo isto tenho que assumir o que a parte negativa da história da minha Igreja cometeu, não devo esconder isso, devo pensar e procurar causas e avaliar os factos, embora eu, pessoalmente, nada tenha cometido – e mesmo que eu não o fizesse há sempre gente a lembrá-lo, mas a maioria não faz esse mesmo exercício de memória.

  • Carlos Melo dos Reis

    Pois, o ponto de honra até parece simpático, mas o problema está em que continua a existir uma disparidade de análise: existe o contínuo esforço de associar directamente a religião à violência e à irracionalidade e esquecer sempre que existiram muitos crimes, não apenas perpretados por ateus, mas em nome e pelo avanço e instauração do ateísmo.

    Importa também referir que muitos amigos que aqui comentam tendem a resvalar para um estilo totalitarista, desrespeitoso e preconceituoso.

    Quanto à questão dos Livros Sagrados, ela não é tão simples assim, senão podemos ir a muitas obras de Ateus e defensores do ateísmo e ler lá tudo o que este Blog diz estar contra – mesmo o que é contra os Direitos Humanos.

    A questão não está nas nossas crenças ou descrenças, mas se somos capazes de nos opormos sem manipular e fazendo justiça.

    Os amigos ateus gostam de partir sempre para qualquer discussão como se as ideias que defendem tivessem chegado agora sem manchas da história, mas isso não é verdade, muitos crentes e muita gente foi perseguida e morta por ateísmos organizados e isso deve ser assumido, não basta passar a bola para o campo dos crentes e apontar o dedo.

    Eu mesmo quando escrevo isto tenho que assumir o que a parte negativa da história da minha Igreja cometeu, não devo esconder isso, devo pensar e procurar causas e avaliar os factos, embora eu, pessoalmente, nada tenha cometido – e mesmo que eu não o fizesse há sempre gente a lembrá-lo, mas a maioria não faz esse mesmo exercício de memória.

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