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Carta da AAP ao Presidente da CEP

Exmo. Senhor                       (Carta registada em 2 de Junho de 2008)

Dr. Jorge Ortiga

Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Quinta do Cabeço, Porta D
1885-076 MOSCAVIDE

 

 

 

Excelência:

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), recentemente constituída, felicita V. Ex.ª pela recente reeleição como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e aproveita para lhe expor alguns pontos de vista susceptíveis de corrigir tomadas de posição com que, talvez por desconhecimento, alguns bispos têm atacado o ateísmo e os ateus, embora lhes respeite o direito de expressão constitucionalmente consagrado.

A AAP revê-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República Portuguesa. Defende a liberdade, sem privilégios para qualquer religião, bem como o direito à crença, não-crença ou, mesmo, à anti-crença e exige a neutralidade do Estado em matéria confessional.

A AAP assegura a V. Ex.ª que defenderá qualquer religião que, eventualmente, venha a ser perseguida por religiões concorrentes ou por algum Estado ateu que venha a surgir, tão perverso como os confessionais. O Estado deve ser neutro.

Dividem-nos profundas divergências de carácter filosófico e uma visão antagónica da Criação, pensando os ateus que foram os homens que criaram Deus e a ICAR que foi o contrário, mas nada justifica que não possamos ter uma relação urbana entre adversários que, jamais, devem ser inimigos.

Da AAP pode a ICAR contar com a ausência de proselitismo, a não admissão de sócios menores de 18 anos e a renúncia à excomunhão de qualquer opção religiosa, filosófica ou política. Os ateus são tolerantes e cultivam o pluralismo.

Recentemente, o senhor Patriarca Policarpo considerou o ateísmo o «maior drama da humanidade», afirmação de rara benevolência para com as religiões e cujo excesso não se justifica com os habituais exageros publicitários. Para nós, ateus, homens e mulheres que vivemos bem sem Deus, os grandes dramas são a fome, as doenças, as guerras, o terrorismo, a pobreza, o analfabetismo e os cataclismos naturais. Nunca veríamos nas religiões ou numa corrente filosófica «o maior drama da humanidade», e sabemos como as primeiras os provocaram e ainda provocam.

No dia 13 de Maio, o senhor cardeal Saraiva Martins, pesquisador de milagres e criador de beatos e santos, presidiu em Fátima à «peregrinação contra o ateísmo na Europa». Sem aumento de orações ou sacrifícios podia ter incluído mais quatro continentes mas, Excelência, por que motivo a peregrinação foi «contra o ateísmo» e não a favor da fé? É o espírito belicista dos cruzados que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?

Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único. Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, nacionalidade ou sexo.

Se V. Ex.ª partilhar algum ou alguns dos nossos pressupostos éticos ou filosóficos pode contar com a nossa solidariedade.

Apresento-lhe as minhas cordiais saudações

 

Pela Direcção da Associação Ateísta Portuguesa   

Carlos Esperança

24 thoughts on “Carta da AAP ao Presidente da CEP”
  • Helder Sanches

    Caro Carlos Esperança,

    Quero felicitar-te por esta iniciativa. Parece-me indispensável o confronto salutar de ideias com aqueles a quem, muito bem, chamas de adversários e não de inimigos.

    Parabéns.

  • Helder Sanches

    Caro Carlos Esperança,

    Quero felicitar-te por esta iniciativa. Parece-me indispensável o confronto salutar de ideias com aqueles a quem, muito bem, chamas de adversários e não de inimigos.

    Parabéns.

  • 1atento

    Para começar, está excelente!
    Parabéns Esperança, nunca a mão te doa.

    Até que enfim;
    começam a aparecer notícias sobre a AAP.

    Quero ver essa carta publicada na Agência Ecclésia.

  • 1atento

    Para começar, está excelente!
    Parabéns Esperança, nunca a mão te doa.

    Até que enfim;
    começam a aparecer notícias sobre a AAP.

    Quero ver essa carta publicada na Agência Ecclésia.

  • Ateu comunista bolivariano

    Bíblia defende escravidão

    ”Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não
    só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens,
    mas com simplicidade de coração, por temor de Deus”. Colossenses 3:22

    ”Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus”. Romanos 13:1

    ”Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus”. Colossenses 3:22

    ”Todos os escravos devem considerar os seus senhores dignos de toda a honra, para que não se fale mal do nome de Deus”. I Timóteo 6:1

    ”Escravos, obedeçam aos vossos senhores”. Efésios 6:5

    ”Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam agradáveis, não os contradigam, não roubem”. Tito 2:9-10

    ”Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e humanitários, mas também aos maus”. I Pedro 2:18

  • Ateu comunista bolivariano

    Bíblia defende escravidão

    ”Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não
    só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens,
    mas com simplicidade de coração, por temor de Deus”. Colossenses 3:22

    ”Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus”. Romanos 13:1

    ”Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus”. Colossenses 3:22

    ”Todos os escravos devem considerar os seus senhores dignos de toda a honra, para que não se fale mal do nome de Deus”. I Timóteo 6:1

    ”Escravos, obedeçam aos vossos senhores”. Efésios 6:5

    ”Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam agradáveis, não os contradigam, não roubem”. Tito 2:9-10

    ”Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e humanitários, mas também aos maus”. I Pedro 2:18

  • Carlos Esperança

    1 atento:

    A Agência Ecclesia já se pronunciou bem como o patriarca Policarpo.

    A Fátima Missionária também já referiu esta carta através do despacho da Lusa.

  • Carlos Esperança

    1 atento:

    A Agência Ecclesia já se pronunciou bem como o patriarca Policarpo.

    A Fátima Missionária também já referiu esta carta através do despacho da Lusa.

  • Ateu comunista bolivariano

    http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/066b42cbe18619c11d9394.html
    Religião: Associação Ateísta critica Igreja Católica por «peregrinação contra ateísmo na Europa»
    05 de Junho de 2008, 04:03

    Lisboa, 05 Jun (Lusa) – O presidente da recém-constituída Associação Ateísta Portuguesa (AAP) lamentou, em carta enviada ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o facto de a Igreja Católica ter realizado, em Fátima, uma “peregrinação contra o ateísmo na Europa”.

    Na carta enviada na terça-feira, a que a Lusa teve acesso, dirigida ao “Dr. Jorge Ortiga”, presidente da CEP, Carlos Esperança refere que “no dia 13 de Maio, o senhor cardeal Saraiva Martins, pesquisador de milagres e criador de beatos e santos, presidiu em Fátima à ‘peregrinação contra o ateísmo na Europa'”.

    “Sem aumento de orações ou sacrifícios”, ironiza Carlos Esperança, “podia ter incluído mais quatro continentes mas, Excelência, por que motivo a peregrinação foi ‘contra o ateísmo’ e não a favor da fé? É o espírito belicista dos cruzados que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?”

    A carta, segundo afirma Esperança, visou saudar a eleição do novo presidente da CEP e “expor-lhe alguns pontos de vista susceptíveis de corrigir tomadas de posição com que, talvez por desconhecimento, alguns bispos têm atacado o ateísmo e os ateus, embora lhes respeite o direito de expressão constitucionalmente consagrado”.

    A AAP, afirma, “revê-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República Portuguesa, defende a liberdade, sem privilégios para qualquer religião, bem como o direito à crença, não-crença ou, mesmo, à anti-crença e exige a neutralidade do Estado em matéria confessional”.

    A AAP assegura que “defenderá qualquer religião que, eventualmente, venha a ser perseguida por religiões concorrentes ou por algum Estado ateu que venha a surgir, tão perverso como os confessionais”, uma vez que “o Estado deve ser neutro”.

    Carlos Esperança sublinha as diferenças de pontos de vista – “dividem-nos profundas divergências de carácter filosófico e uma visão antagónica da Criação, pensando os ateus que foram os homens que criaram Deus e a ICAR [Igreja Católica Apostólica Romana] que foi o contrário” – mas, afirma, “nada justifica que não possamos ter uma relação urbana entre adversários que, jamais, devem ser inimigos”.

    O presidente da AAP insurge-se contra o facto de, recentemente, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, ter considerado o ateísmo “o maior drama da humanidade”, contestando: “Para nós, ateus, homens e mulheres que vivemos bem sem Deus, os grandes dramas são a fome, as doenças, as guerras, o terrorismo, a pobreza, o analfabetismo e os cataclismos naturais. Nunca veríamos nas religiões ou numa corrente filosófica ‘o maior drama da humanidade’, e sabemos como as primeiras os provocaram e ainda provocam.”

    Por fim, Carlos Esperança declara: “Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único. Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, nacionalidade ou sexo.”

    E convida: “Se V. Ex.ª partilhar algum ou alguns dos nossos pressupostos éticos ou filosóficos pode contar com a nossa solidariedade.”

    A AAP foi oficialmente constituída na sexta-feira, 30 de Maio, em Lisboa, por cerca de meia centena de pessoas, tendo Carlos Esperança afirmado, na ocasião, que a associação “surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas”.

    “O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos”, afirma o Manifesto Ateísta, divulgado na ocasião.

    OM.

    Lusa/fim.

  • Ateu comunista bolivariano

    http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/066b42cbe18619c11d9394.html
    Religião: Associação Ateísta critica Igreja Católica por «peregrinação contra ateísmo na Europa»
    05 de Junho de 2008, 04:03

    Lisboa, 05 Jun (Lusa) – O presidente da recém-constituída Associação Ateísta Portuguesa (AAP) lamentou, em carta enviada ao presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), o facto de a Igreja Católica ter realizado, em Fátima, uma “peregrinação contra o ateísmo na Europa”.

    Na carta enviada na terça-feira, a que a Lusa teve acesso, dirigida ao “Dr. Jorge Ortiga”, presidente da CEP, Carlos Esperança refere que “no dia 13 de Maio, o senhor cardeal Saraiva Martins, pesquisador de milagres e criador de beatos e santos, presidiu em Fátima à ‘peregrinação contra o ateísmo na Europa'”.

    “Sem aumento de orações ou sacrifícios”, ironiza Carlos Esperança, “podia ter incluído mais quatro continentes mas, Excelência, por que motivo a peregrinação foi ‘contra o ateísmo’ e não a favor da fé? É o espírito belicista dos cruzados que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?”

    A carta, segundo afirma Esperança, visou saudar a eleição do novo presidente da CEP e “expor-lhe alguns pontos de vista susceptíveis de corrigir tomadas de posição com que, talvez por desconhecimento, alguns bispos têm atacado o ateísmo e os ateus, embora lhes respeite o direito de expressão constitucionalmente consagrado”.

    A AAP, afirma, “revê-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República Portuguesa, defende a liberdade, sem privilégios para qualquer religião, bem como o direito à crença, não-crença ou, mesmo, à anti-crença e exige a neutralidade do Estado em matéria confessional”.

    A AAP assegura que “defenderá qualquer religião que, eventualmente, venha a ser perseguida por religiões concorrentes ou por algum Estado ateu que venha a surgir, tão perverso como os confessionais”, uma vez que “o Estado deve ser neutro”.

    Carlos Esperança sublinha as diferenças de pontos de vista – “dividem-nos profundas divergências de carácter filosófico e uma visão antagónica da Criação, pensando os ateus que foram os homens que criaram Deus e a ICAR [Igreja Católica Apostólica Romana] que foi o contrário” – mas, afirma, “nada justifica que não possamos ter uma relação urbana entre adversários que, jamais, devem ser inimigos”.

    O presidente da AAP insurge-se contra o facto de, recentemente, o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, ter considerado o ateísmo “o maior drama da humanidade”, contestando: “Para nós, ateus, homens e mulheres que vivemos bem sem Deus, os grandes dramas são a fome, as doenças, as guerras, o terrorismo, a pobreza, o analfabetismo e os cataclismos naturais. Nunca veríamos nas religiões ou numa corrente filosófica ‘o maior drama da humanidade’, e sabemos como as primeiras os provocaram e ainda provocam.”

    Por fim, Carlos Esperança declara: “Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único. Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, nacionalidade ou sexo.”

    E convida: “Se V. Ex.ª partilhar algum ou alguns dos nossos pressupostos éticos ou filosóficos pode contar com a nossa solidariedade.”

    A AAP foi oficialmente constituída na sexta-feira, 30 de Maio, em Lisboa, por cerca de meia centena de pessoas, tendo Carlos Esperança afirmado, na ocasião, que a associação “surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas”.

    “O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos”, afirma o Manifesto Ateísta, divulgado na ocasião.

    OM.

    Lusa/fim.

  • Ricardo Silvestre

    Caro Carlos Esperança

    Muito bem redigida a carta, com uma mensagem forte e tranquila.

    Apenas uma questão organizacional a apontar: ainda não existe a Direcção da Associação, como tal não se pode estar em representação de algo que ainda não existe.

    Será necessário um cuidado especial, de todos nós, para que a AAP tenha um início sólido e esclarecido, de forma a se ir cimentando perante outros agentes sociais que rodeiam o fenómeno do ateísmo em Portugal, de forma a não haver lugar a confusões que podem estigmatizar no futuro a Associação.

  • Ateu comunista bolivariano

    Direito de resposta a ICAR:

    “Nós, ateus, só podemos nos expressar de fato pela internet e em raros meios de comunicação.Vocês,da ICAR, nos difamam e caluniam perante o a opinião pública . Fomos acusados na nossa honra e pior, apontados como alguém de mente pervertida só porque não cremos em deus. Ora, não somos nós que abrimos igrejas pra explorar o povo, não somos nós que usamos que oprimimos “em nome do Senhor”.Não vemos na ICAR autoridade moral e ética, e basta para isso olhar a sua cumplicidade com regimes autoritários,inclusive o nazismo, bem como sua longa história de corrupção, mentiras e perseguições e outras mazelas.Há tempos que criticamos a ICAR, seus poderes imperiais e suas manipulações. Mas vossa ira , que se manifesta contra nós sempre , não tem nenhuma relação com posições éticas . É apenas o temor da existência de pessoas lúcidas e esclarecidas cujas idéias podem fazer vossos templos e dogmas caírem em descrédito gerando prejuízos pra vossos negócios lucrativos e exploradores .Muitos nos reprovam quando nós vos criticamos, mas muitos os aplaudem quando são vocês que nos atacam .Quando vocês dizem que denunciam os ateus, deveriam dizer que atacam e tentam desmoralizar as pessoas que não se curvam diante de seus interesses.Se tivéssemos más pretensões, de que tentam nos acusar, não estaríamos aqui lutando contra um gigante como a ICAR. Fazemos porque não somos acomodados.Quando vocês nos insultam por não sermos crentes, vocês na verdade se mordem de rancor.É compreensível:quem sempre viveu de enganar e oprimir não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesmo.Que as pessoas esclarecidas façam o seu julgamento e na sua consciência límpida separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram desonestos, hipócritas,gananciosos, lacaios e interesseiros’.

  • Ricardo Silvestre

    Caro Carlos Esperança

    Muito bem redigida a carta, com uma mensagem forte e tranquila.

    Apenas uma questão organizacional a apontar: ainda não existe a Direcção da Associação, como tal não se pode estar em representação de algo que ainda não existe.

    Será necessário um cuidado especial, de todos nós, para que a AAP tenha um início sólido e esclarecido, de forma a se ir cimentando perante outros agentes sociais que rodeiam o fenómeno do ateísmo em Portugal, de forma a não haver lugar a confusões que podem estigmatizar no futuro a Associação.

  • Ateu comunista bolivariano

    Direito de resposta a ICAR:

    “Nós, ateus, só podemos nos expressar de fato pela internet e em raros meios de comunicação.Vocês,da ICAR, nos difamam e caluniam perante o a opinião pública . Fomos acusados na nossa honra e pior, apontados como alguém de mente pervertida só porque não cremos em deus. Ora, não somos nós que abrimos igrejas pra explorar o povo, não somos nós que usamos que oprimimos “em nome do Senhor”.Não vemos na ICAR autoridade moral e ética, e basta para isso olhar a sua cumplicidade com regimes autoritários,inclusive o nazismo, bem como sua longa história de corrupção, mentiras e perseguições e outras mazelas.Há tempos que criticamos a ICAR, seus poderes imperiais e suas manipulações. Mas vossa ira , que se manifesta contra nós sempre , não tem nenhuma relação com posições éticas . É apenas o temor da existência de pessoas lúcidas e esclarecidas cujas idéias podem fazer vossos templos e dogmas caírem em descrédito gerando prejuízos pra vossos negócios lucrativos e exploradores .Muitos nos reprovam quando nós vos criticamos, mas muitos os aplaudem quando são vocês que nos atacam .Quando vocês dizem que denunciam os ateus, deveriam dizer que atacam e tentam desmoralizar as pessoas que não se curvam diante de seus interesses.Se tivéssemos más pretensões, de que tentam nos acusar, não estaríamos aqui lutando contra um gigante como a ICAR. Fazemos porque não somos acomodados.Quando vocês nos insultam por não sermos crentes, vocês na verdade se mordem de rancor.É compreensível:quem sempre viveu de enganar e oprimir não é capaz de ver nos outros senão os vícios que carrega em si mesmo.Que as pessoas esclarecidas façam o seu julgamento e na sua consciência límpida separe os que são dignos e coerentes daqueles que sempre foram desonestos, hipócritas,gananciosos, lacaios e interesseiros’.

  • Carlos Esperança

    Ricardo Silvestre:

    Subscrevi um texto (não foi o único) em nome da AAP, aprovado pelos consócios que me acompanham até à Assembleia Geral Constituinte. Somos a comissão instaladora [3], que foi consensualmente aceite. É uma Direcção provisória. Neste momento é a Direcção de facto.

  • Carlos Esperança

    Ricardo Silvestre:

    Subscrevi um texto (não foi o único) em nome da AAP, aprovado pelos consócios que me acompanham até à Assembleia Geral Constituinte. Somos a comissão instaladora [3], que foi consensualmente aceite. É uma Direcção provisória. Neste momento é a Direcção de facto.

  • ribeiromaf

    Não deixa de ser curioso que o autor se chame “Esperança”!
    Quanto à carta, tirando 2 ou 3 frases com pouco nível, parece-me interessante do ponto de vista de construção de um diálogo franco e salutar. Esta ideia vem totalmente confirmada pela reacção a favor da liberdade religiosa na Argélia, a mostrar que um ateu não é um anti-religioso, ao contrário do que evidencia o dito “ateu comunista bolivariano”.

  • ribeiromaf

    Não deixa de ser curioso que o autor se chame “Esperança”!
    Quanto à carta, tirando 2 ou 3 frases com pouco nível, parece-me interessante do ponto de vista de construção de um diálogo franco e salutar. Esta ideia vem totalmente confirmada pela reacção a favor da liberdade religiosa na Argélia, a mostrar que um ateu não é um anti-religioso, ao contrário do que evidencia o dito “ateu comunista bolivariano”.

  • João Pedro Moura

    CARLOS ESPERANÇA disse:
    1- A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), recentemente constituída, felicita V. Ex.ª pela recente reeleição como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa”

    A AAP não tem que felicitar a reeleição de pontífices.
    A Igreja, todas elas, são inimigas do ateísmo. E é assim que devem ser tratadas…
    O que é que os ateus têm a ver com (re)eleições de conspícuas figuras da clericalha tartufa, a ponto de as “felicitarem”?!

    2- “A AAP revê-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República Portuguesa. Defende a liberdade, sem privilégios para qualquer religião, bem como o direito à crença, não-crença ou, mesmo, à anti-crença”

    A AAP não tem que se rever em diplomas de política geral, como a DUDH ou a CRP, nem em tretas sobre “direito à crença, não-crença ou anti-crença”.
    Uma associação ateísta defende o … ateísmo. Pronto!

    3- “A AAP assegura a V. Ex.ª que defenderá qualquer religião que, eventualmente, venha a ser perseguida por religiões concorrentes ou por algum Estado ateu que venha a surgir, tão perverso como os confessionais.”

    A AAP não deve tratar interlocutores religiosos por “V. Ex.a”, que, de resto, é um tratamento grotesco, à maneira dos vetustos tratamentos senhoriais, denotadores da estratocracia social de antanho, detraindo a necessária visão igualitária e simples dos cidadãos…
    E a AAP não “defenderá qualquer religião”, precisamente porque a sua missão é… combatê-las! Que se matem umas às outras, que os ateus nada têm que ver com isso. Nem defender uma contra as outras é missão duma associação ateísta.
    Acresce que os Estados ateus também não têm que ser combatidos por ateus, enquanto tal, ou associações ateístas.
    Um defensor dum Estado ateu deverá poder ser membro duma associação ateísta. É uma congruência.

    4- “Dividem-nos profundas divergências de carácter filosófico e uma visão antagónica da Criação”

    Só faltava esta, ó Carlos! Nem parece teu!…
    “Criação”???!!! “Criação” é a ideia religiosa sobre a origem do Universo!
    Um ateu não pode falar em “Criação”, a não ser como eu fiz: com aspas…

    5- “Da AAP pode a ICAR contar com a ausência de proselitismo”

    Isso!… “Pode a ICAR contar” com uns ateus bem comportados, que até nem vão fazer “proselitismo”…
    Não fosse a ICAR importunar-se com isso e queixar-se de hipotética concorrência desleal…

    6- “Para nós, ateus, homens e mulheres que vivemos bem sem Deus, os grandes dramas são a fome, as doenças, as guerras, o terrorismo, a pobreza, o analfabetismo e os cataclismos naturais.”

    Só falta acrescentar os outros “dramas”, “horrores”, “tragédias, como diria o Artur Albarran, de regresso à televisão…
    “Dramas” como o desemprego, o trabalho infantil, a falta de habitação, de educação, de justiça, de saúde…
    O que é que o ateísmo tem a ver com todos esses “dramas”?! Nada! Rigorosamente nada! Portanto, tais coisas não são assunto para ateu.

    7- “Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único. Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, nacionalidade ou sexo.”

    Só falta acrescentar todos os outros “dramas” que eu foquei mais acima…
    Que é que o ateísmo tem a ver com “liberdade, democracia, ciência, mentira, medo, pensamento único, xenofobia, racismo, anti-semitismo, violência e discriminação racial, religiosa, étnica ou sexual”?!
    Não tem nada a ver! Por isso não se chamem essas coisas para aqui!
    A continuar a evocar assuntos ou concepções sociais e políticas, que nada concernem ao ateísmo, qualquer dia a AAP estará a opinar sobre “socialismo”, “capitalismo”, “feminismo”, “liberalismo” e demais ideários político-sociais…

    8- “Se V. Ex.ª partilhar algum ou alguns dos nossos pressupostos éticos ou filosóficos pode contar com a nossa solidariedade.”

    Esperemos que essa “V. Exc.a esteja bem afastada dos ateus…
    Para começar, a AAP está muito “amiga” da ICAR. Se calhar, a ICAR ainda vai pedir a colaboração da AAP para o “Banco Alimentar contra a Fome”, a Caritas ou outras iniciativas piedosas e solidárias…

    9- “Apresento-lhe as minhas cordiais saudações”

    “Cordiais saudações”. Isso! Ora aí temos uma AAP formada por gente reverente e “cordial”, que não encontrou coisa mais inteligente e combatente, para iniciar a difusão do ateísmo, do que uma carta dirigida ao cardeal-patriarca, carta essa que faria jus àquilo que o Minotauro de Santa Comba disse dos portugueses: um povo de brandos costumes!
    Em todo o seu esplendor…
    E é lamentável que um dos mais combativos, corrosivos e militantes ateus da nossa praça, o Carlos Esperança, se preste à subscrição de carta tão branda e inócua…

  • João Pedro Moura

    CARLOS ESPERANÇA disse:
    1- A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), recentemente constituída, felicita V. Ex.ª pela recente reeleição como presidente da Conferência Episcopal Portuguesa”

    A AAP não tem que felicitar a reeleição de pontífices.
    A Igreja, todas elas, são inimigas do ateísmo. E é assim que devem ser tratadas…
    O que é que os ateus têm a ver com (re)eleições de conspícuas figuras da clericalha tartufa, a ponto de as “felicitarem”?!

    2- “A AAP revê-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem e na Constituição da República Portuguesa. Defende a liberdade, sem privilégios para qualquer religião, bem como o direito à crença, não-crença ou, mesmo, à anti-crença”

    A AAP não tem que se rever em diplomas de política geral, como a DUDH ou a CRP, nem em tretas sobre “direito à crença, não-crença ou anti-crença”.
    Uma associação ateísta defende o … ateísmo. Pronto!

    3- “A AAP assegura a V. Ex.ª que defenderá qualquer religião que, eventualmente, venha a ser perseguida por religiões concorrentes ou por algum Estado ateu que venha a surgir, tão perverso como os confessionais.”

    A AAP não deve tratar interlocutores religiosos por “V. Ex.a”, que, de resto, é um tratamento grotesco, à maneira dos vetustos tratamentos senhoriais, denotadores da estratocracia social de antanho, detraindo a necessária visão igualitária e simples dos cidadãos…
    E a AAP não “defenderá qualquer religião”, precisamente porque a sua missão é… combatê-las! Que se matem umas às outras, que os ateus nada têm que ver com isso. Nem defender uma contra as outras é missão duma associação ateísta.
    Acresce que os Estados ateus também não têm que ser combatidos por ateus, enquanto tal, ou associações ateístas.
    Um defensor dum Estado ateu deverá poder ser membro duma associação ateísta. É uma congruência.

    4- “Dividem-nos profundas divergências de carácter filosófico e uma visão antagónica da Criação”

    Só faltava esta, ó Carlos! Nem parece teu!…
    “Criação”???!!! “Criação” é a ideia religiosa sobre a origem do Universo!
    Um ateu não pode falar em “Criação”, a não ser como eu fiz: com aspas…

    5- “Da AAP pode a ICAR contar com a ausência de proselitismo”

    Isso!… “Pode a ICAR contar” com uns ateus bem comportados, que até nem vão fazer “proselitismo”…
    Não fosse a ICAR importunar-se com isso e queixar-se de hipotética concorrência desleal…

    6- “Para nós, ateus, homens e mulheres que vivemos bem sem Deus, os grandes dramas são a fome, as doenças, as guerras, o terrorismo, a pobreza, o analfabetismo e os cataclismos naturais.”

    Só falta acrescentar os outros “dramas”, “horrores”, “tragédias, como diria o Artur Albarran, de regresso à televisão…
    “Dramas” como o desemprego, o trabalho infantil, a falta de habitação, de educação, de justiça, de saúde…
    O que é que o ateísmo tem a ver com todos esses “dramas”?! Nada! Rigorosamente nada! Portanto, tais coisas não são assunto para ateu.

    7- “Nós, ateus, somos a favor da liberdade, da democracia, do livre-pensamento e da ciência, contra o obscurantismo, a mentira, o medo e o pensamento único. Somos contra a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, nacionalidade ou sexo.”

    Só falta acrescentar todos os outros “dramas” que eu foquei mais acima…
    Que é que o ateísmo tem a ver com “liberdade, democracia, ciência, mentira, medo, pensamento único, xenofobia, racismo, anti-semitismo, violência e discriminação racial, religiosa, étnica ou sexual”?!
    Não tem nada a ver! Por isso não se chamem essas coisas para aqui!
    A continuar a evocar assuntos ou concepções sociais e políticas, que nada concernem ao ateísmo, qualquer dia a AAP estará a opinar sobre “socialismo”, “capitalismo”, “feminismo”, “liberalismo” e demais ideários político-sociais…

    8- “Se V. Ex.ª partilhar algum ou alguns dos nossos pressupostos éticos ou filosóficos pode contar com a nossa solidariedade.”

    Esperemos que essa “V. Exc.a esteja bem afastada dos ateus…
    Para começar, a AAP está muito “amiga” da ICAR. Se calhar, a ICAR ainda vai pedir a colaboração da AAP para o “Banco Alimentar contra a Fome”, a Caritas ou outras iniciativas piedosas e solidárias…

    9- “Apresento-lhe as minhas cordiais saudações”

    “Cordiais saudações”. Isso! Ora aí temos uma AAP formada por gente reverente e “cordial”, que não encontrou coisa mais inteligente e combatente, para iniciar a difusão do ateísmo, do que uma carta dirigida ao cardeal-patriarca, carta essa que faria jus àquilo que o Minotauro de Santa Comba disse dos portugueses: um povo de brandos costumes!
    Em todo o seu esplendor…
    E é lamentável que um dos mais combativos, corrosivos e militantes ateus da nossa praça, o Carlos Esperança, se preste à subscrição de carta tão branda e inócua…

  • Carlos Esperança

    JPM:

    É uma carta em nome da AAP.

  • alkj2ljJk

    JPM:

    É uma carta em nome da AAP.

  • Carlos Esperança

    João Pedro Moura:

    Aquelas letras não sei o que significam. Nem sei como colocar o meu nome. Descupa.

    Carlos Esperança

  • alkj2ljJk

    João Pedro Moura:

    Aquelas letras não sei o que significam. Nem sei como colocar o meu nome. Descupa.

    Carlos Esperança

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