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25 de Abril… Sempre. Missas… Nunca

Há quem, sendo quem é, esqueça a quem o deve. Há pessoas que Abril fez gente e, se pudessem, retiravam o dia 25 ao mês e suprimiam Abril do calendário.
Há quem exonere da lapela o cravo e da memória a Revolução, parasitas de alheia coragem, a comer frutos da árvore que não plantaram e a repoltrearem-se à farta na mesa que não puseram.
Há quem cavalgue a onda da democracia com ar de enfado e sinta azia com as madrugadas. São os chulos da democracia, proxenetas da liberdade.
Há quem esqueça que há 34 anos alguém arriscou a vida para nos devolver a honra, pegou em armas para nos dar a paz, derrubou a ditadura para trazer a democracia.
Há quem despreze Salgueiro Maia, Melo Antunes, Vasco Gonçalves, Carlos Fabião e outros mais, quem se esqueça de recolher uma pétala vermelha de um cravo de Abril em memória dos que partiram.
Não sei se a Pátria recordará, como deve, os que fizeram Abril. Mas certamente há-de esquecer os parasitas que medram à sua custa e olham o umbigo do seu narcisismo de costas para quem, há 34 anos, fez florir nos canos das espingardas cravos.

Glória eterna aos capitães de Abril.

26 thoughts on “25 de Abril… Sempre. Missas… Nunca”
  • Fernando Isidoro

    Directamente do Largo do Carmo, ou melhor um pouco ao lado, do Bairro Alto,um abraço para si, Carlos Esperança.
    25 de Abril SEMPRE, fascismo nunca mais.

  • Fernando Isidoro

    Directamente do Largo do Carmo, ou melhor um pouco ao lado, do Bairro Alto,um abraço para si, Carlos Esperança.
    25 de Abril SEMPRE, fascismo nunca mais.

  • Ateu comunista bolivariano
  • Ateu comunista bolivariano
  • libre

    Há pessoas que Abril fez gente e, se pudessem, retiravam o dia 25 ao mês e suprimiam Abril do calendário.

    Há quem o vá fazendo, pouco a pouco. Quando se usam termos económicos inacessíveis a qualquer um, como se de um monstro se tratasse, para a cada dia que passa se ir tirando direito a direito e exigir maior “espírito de sacrifício”. Quando se atenta contra quem ensina os futuros portugueses, pondo-os numa situação de conflito, põe-se em causa o desenvolvimento cultural e desenvolvimento do espírito critico daqueles que serão o futuro deste país.
    Quando entregamos a nosso soberania a troco de nada e favorecemos a elite financeira, dando também uma pequena mão aos proclamadores da fantochada do vaticano, vamos abrindo mão daquilo que foi Abril.

    Eu não era nascido em 74 mas compreendo perfeitamente o que foi a Revolução dos Cravos, contra quem ela foi e a sua importância. Mas preocupa-me ver pessoas da minha faixa etária que não consegue ver muito mais além de mais um feriado. A pior atitude que se pode ter perante uma democracia é considerá-la garantida, pois há sempre que lhe queira deitar a mão.

  • libre

    Há pessoas que Abril fez gente e, se pudessem, retiravam o dia 25 ao mês e suprimiam Abril do calendário.

    Há quem o vá fazendo, pouco a pouco. Quando se usam termos económicos inacessíveis a qualquer um, como se de um monstro se tratasse, para a cada dia que passa se ir tirando direito a direito e exigir maior “espírito de sacrifício”. Quando se atenta contra quem ensina os futuros portugueses, pondo-os numa situação de conflito, põe-se em causa o desenvolvimento cultural e desenvolvimento do espírito critico daqueles que serão o futuro deste país.
    Quando entregamos a nosso soberania a troco de nada e favorecemos a elite financeira, dando também uma pequena mão aos proclamadores da fantochada do vaticano, vamos abrindo mão daquilo que foi Abril.

    Eu não era nascido em 74 mas compreendo perfeitamente o que foi a Revolução dos Cravos, contra quem ela foi e a sua importância. Mas preocupa-me ver pessoas da minha faixa etária que não consegue ver muito mais além de mais um feriado. A pior atitude que se pode ter perante uma democracia é considerá-la garantida, pois há sempre que lhe queira deitar a mão.

  • gigantegentil

    Nascido em 1976, o meu nome é Vasco Gonçalo. Não custa muito adivinhar porquê.

    Saudações e parabéns pelo excelente “site”.

  • gigantegentil

    Nascido em 1976, o meu nome é Vasco Gonçalo. Não custa muito adivinhar porquê.

    Saudações e parabéns pelo excelente “site”.

  • gt

    Sob a bandeira da Liberdade saúdo-o gritando as homenagens que traçou de alguns bravos.
    Há chauvinistas exacerbados e misturam-se-lhes falsos “patrioteiros” que empunham fachos e lanternas para assinalar todos os defeitos da Democracia e da Responsabilidade.
    Há uns quantos que vasculham o passado dos “Capitães”, do serviço que prestaram ao antigo regime, da fidelidade que garantiram às instituições.
    Querem denegrir.
    Agradava-lhes serem informadores das polícias políticas, correias de transmissão de boatos e desinformação, dava-lhes gozo terem privilégios de trombeta, irem atrás dos andores e mostrarem-se ao lado dos prelados, parasitarem as migalhas das hóstias, poderem ser gente não sendo ninguém.
    Associo-me às homenagens e ao 25 de Abril e recordo outros que falharam na tentativa de derrubarem o “Estado Novo”.

  • gt

    Sob a bandeira da Liberdade saúdo-o gritando as homenagens que traçou de alguns bravos.
    Há chauvinistas exacerbados e misturam-se-lhes falsos “patrioteiros” que empunham fachos e lanternas para assinalar todos os defeitos da Democracia e da Responsabilidade.
    Há uns quantos que vasculham o passado dos “Capitães”, do serviço que prestaram ao antigo regime, da fidelidade que garantiram às instituições.
    Querem denegrir.
    Agradava-lhes serem informadores das polícias políticas, correias de transmissão de boatos e desinformação, dava-lhes gozo terem privilégios de trombeta, irem atrás dos andores e mostrarem-se ao lado dos prelados, parasitarem as migalhas das hóstias, poderem ser gente não sendo ninguém.
    Associo-me às homenagens e ao 25 de Abril e recordo outros que falharam na tentativa de derrubarem o “Estado Novo”.

  • Jose Moreira

    Libre
    Apreciei o seu comentário, designadamente o último parágrafo.
    Eu também não era nascido quando Afonso Henriques conquistou Lisboa. Mas foi-me ensinado que isso aconteceu, porquê, e as implicações que isso teve.
    Mas o 25 de Abril ainda não interessa a toda a gente. Veja que ainda não há muitos anos alguém com responsabilidades governativas (e que, depois, como os ratos, abandonou o navio quando lhe pereceu que ia afundar-se) declarou “urbi et orbi” que Abril não era Revolução, mas “evolução”..
    Isto tem um significado: há quem queira apagar Abril da memória colectiva. Uma das formas é não ensinar.

  • Jose Moreira

    Libre
    Apreciei o seu comentário, designadamente o último parágrafo.
    Eu também não era nascido quando Afonso Henriques conquistou Lisboa. Mas foi-me ensinado que isso aconteceu, porquê, e as implicações que isso teve.
    Mas o 25 de Abril ainda não interessa a toda a gente. Veja que ainda não há muitos anos alguém com responsabilidades governativas (e que, depois, como os ratos, abandonou o navio quando lhe pereceu que ia afundar-se) declarou “urbi et orbi” que Abril não era Revolução, mas “evolução”..
    Isto tem um significado: há quem queira apagar Abril da memória colectiva. Uma das formas é não ensinar.

  • centauro

    Meu caro Carlos Esperança:
    Quero felicitá-lo neste dia muito especial para ambos e desejar-lhe as maiores felicidades. (Naturalmente que estes desejos vão igualmente para todos os colaboradores do site). Sei que não busca elogios ou honrarias, mas permita que o informe que leio os seus artigos e comentários, diariamente, de forma quase religiosa (desculpe a analogia) Antes de o conhecer, acredite-me, eu era simplesmente ateu… hoje sou ateu militante, e a diferença é enorme…
    Considero-o um homem dotado de uma escrupulosa consciência, porque continua mantendo-se vigilante onde os outros, os surdos e os cegos, já se sentem seguros ou, ilusóriamente, felizes.
    Continue Carlos, porque gente como você nos faz imensa falta.
    Obrigado!
    25 de Abril, sempre!
    Fascismo, nunca mais!

  • centauro

    Meu caro Carlos Esperança:
    Quero felicitá-lo neste dia muito especial para ambos e desejar-lhe as maiores felicidades. (Naturalmente que estes desejos vão igualmente para todos os colaboradores do site). Sei que não busca elogios ou honrarias, mas permita que o informe que leio os seus artigos e comentários, diariamente, de forma quase religiosa (desculpe a analogia) Antes de o conhecer, acredite-me, eu era simplesmente ateu… hoje sou ateu militante, e a diferença é enorme…
    Considero-o um homem dotado de uma escrupulosa consciência, porque continua mantendo-se vigilante onde os outros, os surdos e os cegos, já se sentem seguros ou, ilusóriamente, felizes.
    Continue Carlos, porque gente como você nos faz imensa falta.
    Obrigado!
    25 de Abril, sempre!
    Fascismo, nunca mais!

  • elmano

    Carlos Esperança

    Depois de, nesta noite, ter assistido a um excelente espectáculo no Parque do Barreiro, com uma moldura magnífica, é com prazer que leio o seu oportuno comentário.
    Faço minhas as palavras doutros comentadores
    25 de Abril Sempre
    Viva a liberdade
    Fascismo, nunca mais!

  • elmano

    Carlos Esperança

    Depois de, nesta noite, ter assistido a um excelente espectáculo no Parque do Barreiro, com uma moldura magnífica, é com prazer que leio o seu oportuno comentário.
    Faço minhas as palavras doutros comentadores
    25 de Abril Sempre
    Viva a liberdade
    Fascismo, nunca mais!

  • Rui Cabral Telo

    Obrigado Carlos Esperança

    Agradeço-lhe o seu belo artigo. Os meus Camaradas certamente também agradecerão.
    Viva o 25 de Abril.

  • Rui Cabral Telo

    Obrigado Carlos Esperança

    Agradeço-lhe o seu belo artigo. Os meus Camaradas certamente também agradecerão.
    Viva o 25 de Abril.

  • MolochBaal

    gt

    “Há uns quantos que vasculham o passado dos “Capitães”, do serviço que prestaram ao antigo regime, da fidelidade que garantiram às instituições.
    Querem denegrir.”

    Se isso é uma indirecta à minha observação de que estavam a ser hipócritas ao apontar como uma terrível falha ao ratz por ter sido soldado raso, à força, na ditadura alemã, enquanto fingem que não sabem que um vasco Gonçalves foi um dos melhores operacionais do exército colonial e que Delgado foi um dos conjurados que fizeram o 28 de Maio que instituiu a ditadura, foi um dos dirigentes da fascizante legião portuguesa, procurados na não menos fascizante camara corporativa e um dos membros da direita mais radical do regime salazarista antes de ter “virado” democrata, isso apenas demonstra que és um hipócrita e que pretendes falsear a história. Porque com a verdade não se brinca. Quem o faz é um mentiroso. Assim, sugiro que apresentes os livros de história que provem que o que eu digo é mentira, ou que penses seriamente na figura triste que andam a fazer nestes posts.

    É que, ou ter servido numa organização fascista é uma nódoa indelével ou não é. Agora ser ou não ser consoante interessa queimar ou endeusar a pessoa consoante os nossos interesses políticos é uma PALHAÇADA.

    E já estou a ver o género de palhaços de que estou a falar. Nos livros de história e enciclopédias da ex URRSS os factos e personagens apareciam e desapareciam consoante os interesses do momento. O herói socialista Trostki ora era um gigante da revolução que ocupava páginas inteiras, ora um traidor digno de uma linha apressada.

    Já vi que querem reescrever a história a vosso bel prazer. É uma tristeza num site onde esperava encontrar dignidade e rectidão de pensamento vir a constatar a mesma mesquinhez e aldrabices do site do vaticano ou dos fundamentalistas muçulmanos.

    Dombrowsky disse que a luta é a mesma em todo o lado. Eu acrescento que as pessoas são todas a mesma merda.

    PS

    Quanto a “vasculhar” o passado, isso chama-se pesquisa histórica. Também se chama busca da verdade, seriedade nas afirmações e dignidade humana.

    Encontrarme-ás sempre a “vasculhar” por uma questão de dignidade.

    Vocês, pelo contrário, encontram-se na categoria dos que tentam ESCONDER os factos. Assim, amigo gt, esperança e companhia, bem se podem juntar ao ratzinger porque vocês não fazem diferença nenhuma.

    PS II

    Eu nunca disse que a colaboração dos abrileiros com o regime salazarista era uma mancha nas suas carreiras. As pessoas podem mudar. Alguns até foram obrigados a colaborar etc.

    No entanto, se esses argumentos são válidos para os heróis da revolução, também têm de ser válidos para todos os outros, ratzinger incluído.
    Moralidades hipócritas que só se aplicam quando dão jeito apenas dão uma imagem de palhaçada ás causas do fanáticos que usam esses métodos mentirosos. Seja essa causa o catolicismo ou o ateísmo.

  • MolochBaal

    gt

    “Há uns quantos que vasculham o passado dos “Capitães”, do serviço que prestaram ao antigo regime, da fidelidade que garantiram às instituições.
    Querem denegrir.”

    Se isso é uma indirecta à minha observação de que estavam a ser hipócritas ao apontar como uma terrível falha ao ratz por ter sido soldado raso, à força, na ditadura alemã, enquanto fingem que não sabem que um vasco Gonçalves foi um dos melhores operacionais do exército colonial e que Delgado foi um dos conjurados que fizeram o 28 de Maio que instituiu a ditadura, foi um dos dirigentes da fascizante legião portuguesa, procurados na não menos fascizante camara corporativa e um dos membros da direita mais radical do regime salazarista antes de ter “virado” democrata, isso apenas demonstra que és um hipócrita e que pretendes falsear a história. Porque com a verdade não se brinca. Quem o faz é um mentiroso. Assim, sugiro que apresentes os livros de história que provem que o que eu digo é mentira, ou que penses seriamente na figura triste que andam a fazer nestes posts.

    É que, ou ter servido numa organização fascista é uma nódoa indelével ou não é. Agora ser ou não ser consoante interessa queimar ou endeusar a pessoa consoante os nossos interesses políticos é uma PALHAÇADA.

    E já estou a ver o género de palhaços de que estou a falar. Nos livros de história e enciclopédias da ex URRSS os factos e personagens apareciam e desapareciam consoante os interesses do momento. O herói socialista Trostki ora era um gigante da revolução que ocupava páginas inteiras, ora um traidor digno de uma linha apressada.

    Já vi que querem reescrever a história a vosso bel prazer. É uma tristeza num site onde esperava encontrar dignidade e rectidão de pensamento vir a constatar a mesma mesquinhez e aldrabices do site do vaticano ou dos fundamentalistas muçulmanos.

    Dombrowsky disse que a luta é a mesma em todo o lado. Eu acrescento que as pessoas são todas a mesma merda.

    PS

    Quanto a “vasculhar” o passado, isso chama-se pesquisa histórica. Também se chama busca da verdade, seriedade nas afirmações e dignidade humana.

    Encontrarme-ás sempre a “vasculhar” por uma questão de dignidade.

    Vocês, pelo contrário, encontram-se na categoria dos que tentam ESCONDER os factos. Assim, amigo gt, esperança e companhia, bem se podem juntar ao ratzinger porque vocês não fazem diferença nenhuma.

    PS II

    Eu nunca disse que a colaboração dos abrileiros com o regime salazarista era uma mancha nas suas carreiras. As pessoas podem mudar. Alguns até foram obrigados a colaborar etc.

    No entanto, se esses argumentos são válidos para os heróis da revolução, também têm de ser válidos para todos os outros, ratzinger incluído.
    Moralidades hipócritas que só se aplicam quando dão jeito apenas dão uma imagem de palhaçada ás causas do fanáticos que usam esses métodos mentirosos. Seja essa causa o catolicismo ou o ateísmo.

  • MolochBaal

    PS III

    Já agora, também acho um bocado cacoco e completamente redutor confundir o 25 de Abril com o ateísmo tipo “Missas… Nunca”. Afinal, grande parte das pessoas que se identificam com o tipo de valores expressos no 25 de Abril são católicos.

    Lembro aqui o padre Max, assassinado na sua luta pela esquerda, D. António, bispo do Porto que foi um dos maiores opositores a salazar, a nível mundial o franciscano Leonardo Boff, Ernesto Cardenal, D. Helder Camâra e toda a corrente da teologia da libertação que alia o marxismo à bíblia com a adesão de milhares de monges, padres e bispos.

    Toda esta gente é de esquerda, perfeitamente identificável com os valores do 25 de Abril e no entanto papa missas à força toda.

    Isto já parece a nossa anterior conversa de malucos de que os monárquicos são necessariamente pouco democratas e que os republicanos são necessariamente democratas. O que nos faz rir se pensarmos, por exemplo na corrente republicana e anarco-sindicalista “negra” que se afirmou nos primordios do fascismo italiano e se consubstanciou mais tarde na republica social italiana de Mussolini.

  • MolochBaal

    PS III

    Já agora, também acho um bocado cacoco e completamente redutor confundir o 25 de Abril com o ateísmo tipo “Missas… Nunca”. Afinal, grande parte das pessoas que se identificam com o tipo de valores expressos no 25 de Abril são católicos.

    Lembro aqui o padre Max, assassinado na sua luta pela esquerda, D. António, bispo do Porto que foi um dos maiores opositores a salazar, a nível mundial o franciscano Leonardo Boff, Ernesto Cardenal, D. Helder Camâra e toda a corrente da teologia da libertação que alia o marxismo à bíblia com a adesão de milhares de monges, padres e bispos.

    Toda esta gente é de esquerda, perfeitamente identificável com os valores do 25 de Abril e no entanto papa missas à força toda.

    Isto já parece a nossa anterior conversa de malucos de que os monárquicos são necessariamente pouco democratas e que os republicanos são necessariamente democratas. O que nos faz rir se pensarmos, por exemplo na corrente republicana e anarco-sindicalista “negra” que se afirmou nos primordios do fascismo italiano e se consubstanciou mais tarde na republica social italiana de Mussolini.

  • MolochBaal

    Ups, lá estou eu a “vasculhar” nas verdades dolorosas.

    Peço perdão por incomodar as vossas aluadas teorias da treta baseadas na ocultação de factos incómodos. Prometo não dizer mais nada !

    Assim, faz de conta que Humberto Delgado foi desde o início um grande democrata, Vasco Gonçalves um pacifista, as pessoas que se identificam com os valores do 25, mesmo que sejam um padre Max, um D. António ou um Boff abominam missas e são ateus e todas as outras parvoíces que vocês quiserem.

  • MolochBaal

    Ups, lá estou eu a “vasculhar” nas verdades dolorosas.

    Peço perdão por incomodar as vossas aluadas teorias da treta baseadas na ocultação de factos incómodos. Prometo não dizer mais nada !

    Assim, faz de conta que Humberto Delgado foi desde o início um grande democrata, Vasco Gonçalves um pacifista, as pessoas que se identificam com os valores do 25, mesmo que sejam um padre Max, um D. António ou um Boff abominam missas e são ateus e todas as outras parvoíces que vocês quiserem.

  • kuta10

    “…Pelas treze horas, encontro-me só na «sala de operações». Tudo está consumado. Foi já iniciada a libertação dos presos políticos em Caxias e Peniche. Às onze horas, Salgueiro Maia e as forças do EPC ocuparam o edifício do Secretariado-Geral da Defesa Nacional, na Cova da Moura, onde a Junta e o MFA passarão a funcionar. As nossas tropas mais móveis deslocam-se pela cidade, alvoroçadas, acorrendo a todas as chamadas e denúncias para detenção de agentes das defuntas DGS e Legião Portuguesa, que são conduzidos a Caxias. Rapidamente, o sistema é montado e até funciona. Os voluntários aparecem com fartura. Sinto-me desnecessário. E profundamente esgotado, a precisar de fazer a barba, tomar um banho regenerador e dormir algumas horas. Dá-me uma vontade imensa de abandonar, finalmente, embora com saudade, aquelas quatro paredes prefabricadas.
    Retiro da prancheta o meu «mapa de estradas», recolho a «ordem de operações». Luís Macedo mandará depois arrumar a sala e Garcia dos Santos providenciará para a recolha dos rádios e telefones. Dou um último olhar pelo compartimento, apago as luzes e fecho a porta. Sou o último a sair…”

    Otelo Saraiva de Carvalho, em “Alvorada em Abril”, da editora Ulmeiro

  • kuta10

    “…Pelas treze horas, encontro-me só na «sala de operações». Tudo está consumado. Foi já iniciada a libertação dos presos políticos em Caxias e Peniche. Às onze horas, Salgueiro Maia e as forças do EPC ocuparam o edifício do Secretariado-Geral da Defesa Nacional, na Cova da Moura, onde a Junta e o MFA passarão a funcionar. As nossas tropas mais móveis deslocam-se pela cidade, alvoroçadas, acorrendo a todas as chamadas e denúncias para detenção de agentes das defuntas DGS e Legião Portuguesa, que são conduzidos a Caxias. Rapidamente, o sistema é montado e até funciona. Os voluntários aparecem com fartura. Sinto-me desnecessário. E profundamente esgotado, a precisar de fazer a barba, tomar um banho regenerador e dormir algumas horas. Dá-me uma vontade imensa de abandonar, finalmente, embora com saudade, aquelas quatro paredes prefabricadas.
    Retiro da prancheta o meu «mapa de estradas», recolho a «ordem de operações». Luís Macedo mandará depois arrumar a sala e Garcia dos Santos providenciará para a recolha dos rádios e telefones. Dou um último olhar pelo compartimento, apago as luzes e fecho a porta. Sou o último a sair…”

    Otelo Saraiva de Carvalho, em “Alvorada em Abril”, da editora Ulmeiro

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