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Maçonaria pede explicações a Barroso

A Maçonaria Europeia está preocupada com posições assumidas recentemente pelo presidente da Comissão Europeia, que considera porem em causa o princípio da laicidade, e quer ouvir as explicações de Durão Barroso numa reunião agendada para terça-feira em Bruxelas.

O Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) especificou que esta será a primeira vez que um presidente da Comissão Europeia recebe uma delegação da maçonaria europeia, que pretende transmitir a sua preocupação quanto às questões da influência religiosa na vida contemporânea e ao princípio da laicidade na Europa.

«A reunião destina-se a discutir as posições que Durão Barroso tomou recentemente num colóquio ecuménico na Roménia sobre a questão da influência das religiões na vida contemporânea, num tom, que de alguma maneira, punha em causa o principio da laicidade» , explicou hoje, António Reis, Grão-Mestre do GOL, a mais antiga e representativa obediência maçónica portuguesa.

As organizações maçónicas vão, segundo o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, exprimir as suas «preocupações» como representantes de organizações «que sempre defenderam o valor da laicidade e ouvir as justificações que Durão Barroso tiver a comunicar».

«Pensamos que o representante da Comissão Europeia não pode, por ele próprio, infringir os princípios da laicidade, que são reconhecidos pela Constituição da maioria dos Estados europeus» , frisou António Reis.

No decorrer da III Assembleia Ecuménica Europeia, na Roménia, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, enalteceu o papel das religiões no processo de integração europeia e no futuro da Europa.

O responsável do Grande Oriente Lusitano, sublinhou, no entanto, que na reunião de terça-feira «também serão falados outros assuntos», lembrando que é «a primeira vez que um presidente da CE recebe uma delegação da maçonaria europeia».

Questionado sobre se a reunião representa uma maior abertura da maçonaria europeia, o responsável lembrou que cada uma das organizações que participam no encontro «já há muito tempo seguem uma política de abertura para com a sociedade», sendo que as suas intervenções sobre «questões políticas e sociais são conhecidas, especialmente na França».

Porém, o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano salientou o facto de isto ser feito pela primeira vez «a nível europeu».

«Isto é novo. As organizações maçónicas pretendem ter uma estratégia comum e tornar-se interlocutores das próprias instituições europeias, ou seja, agir em conjunto junto dessas mesmas instituições» , afirmou.

Segundo o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, na reunião participam também o Grande Oriente de França (GOF) e outros representantes da linha liberal e laica da maçonaria europeia.

Fonte: Sol, 07 de Abril de 2008.

14 thoughts on “Maçonaria pede explicações a Barroso”
  • Carlos Esperança

    Barroso, o maoísta convertido chegou a pedir pela televisão: «Por amor de Deus metam o cristianismo na Constituição Europeia».

    É um tartufo que não sente remorso da criminosa invasão do Iraque e não sentirá vergonha de rastejar aos pés do Papa.

  • Vladd

    http://www.overbo.com.br/modules/news/article.php?storyid=6508
    Mostra traz versão homoerótica de ‘A Última Ceia’, descrita pelo artista Hrdlicka como ‘uma orgia homossexual’.
    Publicidade

    (Fonte: Estadão) – Os curadores do Museu da Catedral Católica de Viena sabiam que seria arriscado exibir uma versão homoerótica de “A Última Ceia”, com Jesus Cristo, mas não estavam preparados para a enxurrada de mensagens iradas que receberam.

    O motivo da polêmica, descrita pela mídia austríaca como a versão vienense da ira causada pelos cartuns do profeta Mohammad, é uma retrospectiva das obras do respeitado artista austríaco Alfred Hrdlicka, que completou 80 anos este ano.

    Mas nem todos estão dando os parabéns a Hrdlicka. E tanto o diretor do museu da Catedral quanto o arcebispo de Viena, cardeal Christoph Schoenborn, vêm sendo fortemente criticados por católicos e alguns visitantes do museu.

    A Igreja se apressou a retirar a obra central da exposição, descrita por Hrdlicka como “uma orgia homossexual” dos apóstolos de Cristo.

    Contudo, os protestos continuam, para surpresa do Museu da Catedral, localizado em uma ruazinha estreita no histórico bairro gótico de Viena.

    O diretor do museu defende tanto Hrdlicka quando sua decisão de exibir num museu ligado à Igreja Católica as polêmicas versões de imagens bíblicas criadas por ele. “Achamos que Hrdlicka tem o direito de representar pessoas sob essa ótica carnal, drástica”, disse o diretor, Bernhard Boehler.

    “Não vejo blasfêmia aqui”, disse ele, indicando um quadro da crucificação que mostra um soldado ao mesmo tempo espancando Jesus e segurando seus genitais. “As pessoas podem imaginar o que quiserem.”

    O trabalho mais contestado da mostra foi A Última Ceia de Leonardo restaurada por Pier Paolo Pasolini, que mostra os apóstolos deitados na mesa da ceia, masturbando uns aos outros.

    Hrdlicka disse que representou os homens dessa maneira porque não há mulheres na tela de Da Vinci que o inspirou. Pasolini foi um polêmico cineasta e escritor italiano assassinado na década de 1970.

    A exposição vem atraindo críticas ferrenhas em blogs religiosos da Áustria, Alemanha e até Estados Unidos, sendo tachada de “blasfêmia” e “profanação”. Um artigo publicado no site católico conservador kreuz.net disse que “o diretor (do museu) deveria pedir desculpas aos católicos de todo o mundo” pela exposição.

    O museu retirou a tela baseada na “Última Ceia” uma semana depois da abertura da exposição, chamada “Religião, Carne e Poder”, a pedido do cardeal Schoenborn, deixando uma parede negra vazia na entrada da mostra.

    Comunista e ateu, o artista disse que a Bíblia é o livro mais emocionante que já leu e que imagens religiosos formam a base central de sua obra.

    O diretor do museu, Boehler, comentou que os emails enfurecidos que recebeu o lembram da reação de alguns setores ao filme “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson. Na opinião dele, as pessoas que criticaram a violência e a ênfase no físico nesse filme também não entenderam o mais importante.

    “A crucificação foi brutal, e seria mentira dizer que tudo em nosso mundo é bonitinho”, disse ele, destacando que Hrdlicka é ativista antiguerras que vivenciou em primeira mão os efeitos do nazismo e da violência.

    Como Hrdlicka, Boehler disse que a discussão pode ser comparada à crise em torno dos cartuns dinamarqueses, em que uma imagem do profeta Mohammad com uma bomba em seu turbante enfureceu setores muçulmanos que a viram como blasfêmia.

  • Carlos Esperança

    Barroso, o maoísta convertido chegou a pedir pela televisão: «Por amor de Deus metam o cristianismo na Constituição Europeia».

    É um tartufo que não sente remorso da criminosa invasão do Iraque e não sentirá vergonha de rastejar aos pés do Papa.

  • Vladd

    http://www.overbo.com.br/modules/news/article.php?storyid=6508
    Mostra traz versão homoerótica de ‘A Última Ceia’, descrita pelo artista Hrdlicka como ‘uma orgia homossexual’.
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    (Fonte: Estadão) – Os curadores do Museu da Catedral Católica de Viena sabiam que seria arriscado exibir uma versão homoerótica de “A Última Ceia”, com Jesus Cristo, mas não estavam preparados para a enxurrada de mensagens iradas que receberam.

    O motivo da polêmica, descrita pela mídia austríaca como a versão vienense da ira causada pelos cartuns do profeta Mohammad, é uma retrospectiva das obras do respeitado artista austríaco Alfred Hrdlicka, que completou 80 anos este ano.

    Mas nem todos estão dando os parabéns a Hrdlicka. E tanto o diretor do museu da Catedral quanto o arcebispo de Viena, cardeal Christoph Schoenborn, vêm sendo fortemente criticados por católicos e alguns visitantes do museu.

    A Igreja se apressou a retirar a obra central da exposição, descrita por Hrdlicka como “uma orgia homossexual” dos apóstolos de Cristo.

    Contudo, os protestos continuam, para surpresa do Museu da Catedral, localizado em uma ruazinha estreita no histórico bairro gótico de Viena.

    O diretor do museu defende tanto Hrdlicka quando sua decisão de exibir num museu ligado à Igreja Católica as polêmicas versões de imagens bíblicas criadas por ele. “Achamos que Hrdlicka tem o direito de representar pessoas sob essa ótica carnal, drástica”, disse o diretor, Bernhard Boehler.

    “Não vejo blasfêmia aqui”, disse ele, indicando um quadro da crucificação que mostra um soldado ao mesmo tempo espancando Jesus e segurando seus genitais. “As pessoas podem imaginar o que quiserem.”

    O trabalho mais contestado da mostra foi A Última Ceia de Leonardo restaurada por Pier Paolo Pasolini, que mostra os apóstolos deitados na mesa da ceia, masturbando uns aos outros.

    Hrdlicka disse que representou os homens dessa maneira porque não há mulheres na tela de Da Vinci que o inspirou. Pasolini foi um polêmico cineasta e escritor italiano assassinado na década de 1970.

    A exposição vem atraindo críticas ferrenhas em blogs religiosos da Áustria, Alemanha e até Estados Unidos, sendo tachada de “blasfêmia” e “profanação”. Um artigo publicado no site católico conservador kreuz.net disse que “o diretor (do museu) deveria pedir desculpas aos católicos de todo o mundo” pela exposição.

    O museu retirou a tela baseada na “Última Ceia” uma semana depois da abertura da exposição, chamada “Religião, Carne e Poder”, a pedido do cardeal Schoenborn, deixando uma parede negra vazia na entrada da mostra.

    Comunista e ateu, o artista disse que a Bíblia é o livro mais emocionante que já leu e que imagens religiosos formam a base central de sua obra.

    O diretor do museu, Boehler, comentou que os emails enfurecidos que recebeu o lembram da reação de alguns setores ao filme “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson. Na opinião dele, as pessoas que criticaram a violência e a ênfase no físico nesse filme também não entenderam o mais importante.

    “A crucificação foi brutal, e seria mentira dizer que tudo em nosso mundo é bonitinho”, disse ele, destacando que Hrdlicka é ativista antiguerras que vivenciou em primeira mão os efeitos do nazismo e da violência.

    Como Hrdlicka, Boehler disse que a discussão pode ser comparada à crise em torno dos cartuns dinamarqueses, em que uma imagem do profeta Mohammad com uma bomba em seu turbante enfureceu setores muçulmanos que a viram como blasfêmia.

  • JMMota

    A Maçonaria não é uma espécie de religião, como o cristianismo ou qualquer outra? O BCP apenas foi re-convertido, lembrem-se…
    Daí que isto são notícias de querelas entre crentes em versões diferentes do supremo arquitecto…

  • JMMota

    A Maçonaria não é uma espécie de religião, como o cristianismo ou qualquer outra? O BCP apenas foi re-convertido, lembrem-se…
    Daí que isto são notícias de querelas entre crentes em versões diferentes do supremo arquitecto…

  • Ateu comunista bolivariano

    Grão-Mestre do GOL = Pelé…
    hehehehehe!

  • Ateu comunista bolivariano

    Grão-Mestre do GOL = Pelé…
    hehehehehe!

  • Luis Correia

    08 Abril 2008 – 00.30h

    Laicidade na base da polémica
    Igreja Católica considera que Maçonaria vive no Século XIX

    O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa considerou ontem que a Maçonaria europeia continua a ter “mentalidade do século XIX” e desvalorizou a reunião entre a organização e o presidente da Comissão Europeia, hoje, em Bruxelas.

    O encontro entre a Maçonaria europeia e Durão Barroso é inédito para um presidente da Comissão Europeia e resulta do facto de Barroso ter enaltecido, em Setembro de 2007, no decorrer da III Assembleia Ecuménica Europeia, em Sibiu, Roménia, o papel das religiões no processo de integração europeia e no futuro da Europa. A Maçonaria europeiaestápreocupadacomo princípio da laicidade na Europa e quer ouvir Durão. Mas, para D. Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, “a falta de distinção entre laicidade e laicismo é o grande problema destes debates”.

    Mais: “Não vejo grande importância nesta reunião, são coisas evidentes. Há gente que continua com mentalidade do século XIX”, afirmou à Lusa D. Carlos Azevedo.

    O porta-voz da Conferência Episcopal sublinhou ainda que com a laicidade [prática dos princípios laicos] “estamos todos de acordo”, frisando, no entanto, que com o laicismo [doutrina que pretende dar às diversas formas da vida social um carácter não religioso] “não podemos estar”, uma vez que a sociedade deve ser respeitada pelos Governos e Estados.

    “Se há dimensão religiosa em muitos cidadãos, essa dimensão é muito positiva para a vida dessas pessoas. E isto deve ser considerado como um factor positivo”, afirmou.

    C.R. com Lusa

    http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=49409D53-188E-46F0-A6E6-F44367E4CA71&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090

    Comentário:

    “… Há gente que continua com mentalidade do século XIX”, afirmou à Lusa D. Carlos Azevedo. – Olha quem fala! Gentinha com mentalidade do século IV.
    É caso para dizer: “Diz o roto ao nu: porque não te vestes tu?”

  • Luis Correia

    08 Abril 2008 – 00.30h

    Laicidade na base da polémica
    Igreja Católica considera que Maçonaria vive no Século XIX

    O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa considerou ontem que a Maçonaria europeia continua a ter “mentalidade do século XIX” e desvalorizou a reunião entre a organização e o presidente da Comissão Europeia, hoje, em Bruxelas.

    O encontro entre a Maçonaria europeia e Durão Barroso é inédito para um presidente da Comissão Europeia e resulta do facto de Barroso ter enaltecido, em Setembro de 2007, no decorrer da III Assembleia Ecuménica Europeia, em Sibiu, Roménia, o papel das religiões no processo de integração europeia e no futuro da Europa. A Maçonaria europeiaestápreocupadacomo princípio da laicidade na Europa e quer ouvir Durão. Mas, para D. Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, “a falta de distinção entre laicidade e laicismo é o grande problema destes debates”.

    Mais: “Não vejo grande importância nesta reunião, são coisas evidentes. Há gente que continua com mentalidade do século XIX”, afirmou à Lusa D. Carlos Azevedo.

    O porta-voz da Conferência Episcopal sublinhou ainda que com a laicidade [prática dos princípios laicos] “estamos todos de acordo”, frisando, no entanto, que com o laicismo [doutrina que pretende dar às diversas formas da vida social um carácter não religioso] “não podemos estar”, uma vez que a sociedade deve ser respeitada pelos Governos e Estados.

    “Se há dimensão religiosa em muitos cidadãos, essa dimensão é muito positiva para a vida dessas pessoas. E isto deve ser considerado como um factor positivo”, afirmou.

    C.R. com Lusa

    http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=49409D53-188E-46F0-A6E6-F44367E4CA71&channelid=00000090-0000-0000-0000-000000000090

    Comentário:

    “… Há gente que continua com mentalidade do século XIX”, afirmou à Lusa D. Carlos Azevedo. – Olha quem fala! Gentinha com mentalidade do século IV.
    É caso para dizer: “Diz o roto ao nu: porque não te vestes tu?”

  • Ateu comunista bolivariano

    Correia, a Maçonaria causou, indiretamente, a o fim do Império no Brasil. D.Pedro II era 1 maçon e teve atritos com a ICAR!

  • Ateu comunista bolivariano

    Correia, a Maçonaria causou, indiretamente, a o fim do Império no Brasil. D.Pedro II era 1 maçon e teve atritos com a ICAR!

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