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No rescaldo das eleições espanholas

Agora que assentou a poeira sobre as eleições espanholas e que Zapatero viu sufragadas nas urnas as medidas contestadas na rua pela da Conferência Episcopal espanhola aliada ao PP de Aznar (Mariano Rajoy é mais moderado), vale a pena recordá-las:

– Fim da obrigatoriedade das aulas de Religião católica nas escolas públicas;
– Legalização dos casamentos homossexuais;
– Extensão do direito de adopção aos casais homossexuais;
– Criação da disciplina de Educação para a Cidadania;
– Lei da memória histórica;
– Apagamento dos símbolos franquistas dos edifícios públicos que, para vergonha do clero, permanecem provocatoriamente nas igrejas;

Só falta legislar sobre a eutanásia para completar o programa da primeira legislatura em relação aos temas que mais incomodavam a direita e o episcopado. Mas, agora que o cardeal Rouco Varela, ligado ao Opus Dei, presidente da Conferência Episcopal e amigo do Papa, garante a sua oração a Zapatero, não irá ser difícil.

E a eutanásia é um angustiante problema que não pode ser tratado com preconceitos e anátemas. É urgente e precisa de discussão pública. Em Espanha e em Portugal.

35 thoughts on “No rescaldo das eleições espanholas”
  • libre

    Ao contrário de Portugal, em Espanha o tema da eutanásia já foi bastante debatido, mas sem nenhum resultado prático. Foi nesse país que ocorreu o badalado caso de Ramón Sampedro, tetraplégico desde os 26 anos, que lutou 29 anos pelo direito a pôr termo à sua vida e que só o conseguiu com a ajuda de amigos num plano concebido para não os incriminar. Este caso foi retratado no filme Mar Adentro, de Alejandro Amenabar, recomendo que o vejam, caso ainda não o tenham feito. Uma das cenas que adorei no filme foi a da visita de um padre tetraplégico que, após afirmações infelizes contra Ramón e a sua família, tenta usar os seus argumentos para o fazer mudar de ideias. A forma como Ramón refuta cada argumento é memorável. Quando o padreco desiste não sai de lá sem ouvir ainda um sermão da irmã de Ramón a censurá-lo pelas acusações difamatórias que este fez à sua família.

  • libre

    Ao contrário de Portugal, em Espanha o tema da eutanásia já foi bastante debatido, mas sem nenhum resultado prático. Foi nesse país que ocorreu o badalado caso de Ramón Sampedro, tetraplégico desde os 26 anos, que lutou 29 anos pelo direito a pôr termo à sua vida e que só o conseguiu com a ajuda de amigos num plano concebido para não os incriminar. Este caso foi retratado no filme Mar Adentro, de Alejandro Amenabar, recomendo que o vejam, caso ainda não o tenham feito. Uma das cenas que adorei no filme foi a da visita de um padre tetraplégico que, após afirmações infelizes contra Ramón e a sua família, tenta usar os seus argumentos para o fazer mudar de ideias. A forma como Ramón refuta cada argumento é memorável. Quando o padreco desiste não sai de lá sem ouvir ainda um sermão da irmã de Ramón a censurá-lo pelas acusações difamatórias que este fez à sua família.

  • libre

    Uma pequena correcção: tratava-se da cunhada e não irmão como referi.

  • libre

    Uma pequena correcção: tratava-se da cunhada e não irmão como referi.

  • libre

    Uma pequena correcção: tratava-se da cunhada e não irmão como referi.

  • Ateu comunista bolivariano

    CE, a eutanásia é 1 tema muito complexo…. Pode se liberar em casos extremos.
    1 lado chato é ke pessoas podem fazer alguma tramóia tipo.. médico sem carater
    “eutanasiar” algum paciente com chance de viver… Ele diz ke o paciente pediu pra desligar aparelho. etc.
    Libre, o caso de Ramón é compreensível, Ele era tetraplérgico, ele perdeu a vontade de viver. É 1 pena ke as células-tronco não estejam tãoi avançadas ainda.

  • Ateu comunista bolivariano

    CE, a eutanásia é 1 tema muito complexo…. Pode se liberar em casos extremos.
    1 lado chato é ke pessoas podem fazer alguma tramóia tipo.. médico sem carater
    “eutanasiar” algum paciente com chance de viver… Ele diz ke o paciente pediu pra desligar aparelho. etc.
    Libre, o caso de Ramón é compreensível, Ele era tetraplérgico, ele perdeu a vontade de viver. É 1 pena ke as células-tronco não estejam tãoi avançadas ainda.

  • Ateu comunista bolivariano

    CE, a eutanásia é 1 tema muito complexo…. Pode se liberar em casos extremos.
    1 lado chato é ke pessoas podem fazer alguma tramóia tipo.. médico sem carater
    “eutanasiar” algum paciente com chance de viver… Ele diz ke o paciente pediu pra desligar aparelho. etc.
    Libre, o caso de Ramón é compreensível, Ele era tetraplérgico, ele perdeu a vontade de viver. É 1 pena ke as células-tronco não estejam tãoi avançadas ainda.

  • 1atento

    Padre católico condenado a 15 anos de prisão por “ajuda e incentivo” nas matanças em Ruanda víu a pena agravada para prisão perpétua.
    Ele permitíu que as autoridades locais destruíssem sua igreja; “Seromba sabia que aproximadamente 1.500 refugiados se encontravam dentro da Igreja”,
    Prisão perpétua para padre católico por genocídio em Ruanda

  • 1atento

    Padre católico condenado a 15 anos de prisão por “ajuda e incentivo” nas matanças em Ruanda víu a pena agravada para prisão perpétua.
    Ele permitíu que as autoridades locais destruíssem sua igreja; “Seromba sabia que aproximadamente 1.500 refugiados se encontravam dentro da Igreja”,
    Prisão perpétua para padre católico por genocídio em Ruanda

  • 1atento

    Padre católico condenado a 15 anos de prisão por “ajuda e incentivo” nas matanças em Ruanda víu a pena agravada para prisão perpétua.
    Ele permitíu que as autoridades locais destruíssem sua igreja; “Seromba sabia que aproximadamente 1.500 refugiados se encontravam dentro da Igreja”,
    Prisão perpétua para padre católico por genocídio em Ruanda

  • Bodepreto

    “ROONEY: “Você realmente temeu ir para a prisão?”
    KEVORKIAN: “Não! Nunca! Eu sou um criminoso? O mundo sabe que eu não sou um criminoso! Por que estão tentando me por na cadeia? Vocês perderam o senso comum nessa sociedade por causa do fanatismo e do dogma religioso. Vocês estão baseando suas leis e toda a sua visão de vida natural em mitologia! Não vai funcionar! É por isso que vocês têm todos esses problemas no mundo. Diga seus nomes – Índia, Paquistão, Irlanda. Os nomeie! Todos esses problemas – são todos problemas religiosos!”
    Dr. Jack Kevorkian, com Andy Rooney no “60 Minutes”

  • Bodepreto

    “ROONEY: “Você realmente temeu ir para a prisão?”
    KEVORKIAN: “Não! Nunca! Eu sou um criminoso? O mundo sabe que eu não sou um criminoso! Por que estão tentando me por na cadeia? Vocês perderam o senso comum nessa sociedade por causa do fanatismo e do dogma religioso. Vocês estão baseando suas leis e toda a sua visão de vida natural em mitologia! Não vai funcionar! É por isso que vocês têm todos esses problemas no mundo. Diga seus nomes – Índia, Paquistão, Irlanda. Os nomeie! Todos esses problemas – são todos problemas religiosos!”
    Dr. Jack Kevorkian, com Andy Rooney no “60 Minutes”

  • Bodepreto

    “ROONEY: “Você realmente temeu ir para a prisão?”
    KEVORKIAN: “Não! Nunca! Eu sou um criminoso? O mundo sabe que eu não sou um criminoso! Por que estão tentando me por na cadeia? Vocês perderam o senso comum nessa sociedade por causa do fanatismo e do dogma religioso. Vocês estão baseando suas leis e toda a sua visão de vida natural em mitologia! Não vai funcionar! É por isso que vocês têm todos esses problemas no mundo. Diga seus nomes – Índia, Paquistão, Irlanda. Os nomeie! Todos esses problemas – são todos problemas religiosos!”
    Dr. Jack Kevorkian, com Andy Rooney no “60 Minutes”

  • Bodepreto

    “Jack Kevorkian( Pontiac, Michigan ,26 de maio de 1928) também conhecido como Dr. Morte, se tornou bem conhecido por sua luta para fazer do suicídio assistido um direito de todos. Médico patologista aposentado que inventou a “máquina do suicídio”, Kevorkian ajudou a mais de 130 doentes terminais dos Estados Unidos a porem um fim em suas vidas.”

    Origem: Wikipédia.

  • Bodepreto

    “Jack Kevorkian( Pontiac, Michigan ,26 de maio de 1928) também conhecido como Dr. Morte, se tornou bem conhecido por sua luta para fazer do suicídio assistido um direito de todos. Médico patologista aposentado que inventou a “máquina do suicídio”, Kevorkian ajudou a mais de 130 doentes terminais dos Estados Unidos a porem um fim em suas vidas.”

    Origem: Wikipédia.

  • Bodepreto

    “Jack Kevorkian( Pontiac, Michigan ,26 de maio de 1928) também conhecido como Dr. Morte, se tornou bem conhecido por sua luta para fazer do suicídio assistido um direito de todos. Médico patologista aposentado que inventou a “máquina do suicídio”, Kevorkian ajudou a mais de 130 doentes terminais dos Estados Unidos a porem um fim em suas vidas.”

    Origem: Wikipédia.

  • MolochBaal

    Concordo com o texto. Lamento igualmente que a eutanásia não esteja incluída no “pacote”.

    Apenas queria lembrar a nossa conversa acerca da extrema importância que vocês dão à FORMA “república” ignorando que o seu CONTEÚDO pode ser e muitas vezes é mais conservador e atrasado do que a monarquia.

    Assim, enquanto por cá vocês glorificam o Buiça como salvador da pátria por nos “salvar” da monarquia e festejam o chumbo de um voto de pesar pelo ESTÚPIDO assassinato do rei Carlos, na MONARQUIA espanhola, como nas MONARQUIAS inglesa, holandesa, dinamarquesa, norueguesa etc, vai-se resolvendo os assuntos sérios.

    Numa república das bananas como a nossa, em que os governos socialistas republicanos evitam fazer muitas ondas com medo da igreja, isto quando não trabalham abertamente para ela como o republicano-socialista-opus dei Guterres, é sempre refrescante relembrar a obra dos SOCIALISTAS MONÁRQUICOS espanhóis

    – Fim da obrigatoriedade das aulas de Religião católica nas escolas públicas;
    – Legalização dos casamentos homossexuais;
    – Extensão do direito de adopção aos casais homossexuais;
    – Criação da disciplina de Educação para a Cidadania;
    – Lei da memória histórica;
    – Apagamento dos símbolos franquistas dos edifícios públicos que, para vergonha do clero, permanecem provocatoriamente nas igrejas;

    Viva a monarquia espanhola !

  • MolochBaal

    Concordo com o texto. Lamento igualmente que a eutanásia não esteja incluída no “pacote”.

    Apenas queria lembrar a nossa conversa acerca da extrema importância que vocês dão à FORMA “república” ignorando que o seu CONTEÚDO pode ser e muitas vezes é mais conservador e atrasado do que a monarquia.

    Assim, enquanto por cá vocês glorificam o Buiça como salvador da pátria por nos “salvar” da monarquia e festejam o chumbo de um voto de pesar pelo ESTÚPIDO assassinato do rei Carlos, na MONARQUIA espanhola, como nas MONARQUIAS inglesa, holandesa, dinamarquesa, norueguesa etc, vai-se resolvendo os assuntos sérios.

    Numa república das bananas como a nossa, em que os governos socialistas republicanos evitam fazer muitas ondas com medo da igreja, isto quando não trabalham abertamente para ela como o republicano-socialista-opus dei Guterres, é sempre refrescante relembrar a obra dos SOCIALISTAS MONÁRQUICOS espanhóis

    – Fim da obrigatoriedade das aulas de Religião católica nas escolas públicas;
    – Legalização dos casamentos homossexuais;
    – Extensão do direito de adopção aos casais homossexuais;
    – Criação da disciplina de Educação para a Cidadania;
    – Lei da memória histórica;
    – Apagamento dos símbolos franquistas dos edifícios públicos que, para vergonha do clero, permanecem provocatoriamente nas igrejas;

    Viva a monarquia espanhola !

  • MolochBaal

    Concordo com o texto. Lamento igualmente que a eutanásia não esteja incluída no “pacote”.

    Apenas queria lembrar a nossa conversa acerca da extrema importância que vocês dão à FORMA “república” ignorando que o seu CONTEÚDO pode ser e muitas vezes é mais conservador e atrasado do que a monarquia.

    Assim, enquanto por cá vocês glorificam o Buiça como salvador da pátria por nos “salvar” da monarquia e festejam o chumbo de um voto de pesar pelo ESTÚPIDO assassinato do rei Carlos, na MONARQUIA espanhola, como nas MONARQUIAS inglesa, holandesa, dinamarquesa, norueguesa etc, vai-se resolvendo os assuntos sérios.

    Numa república das bananas como a nossa, em que os governos socialistas republicanos evitam fazer muitas ondas com medo da igreja, isto quando não trabalham abertamente para ela como o republicano-socialista-opus dei Guterres, é sempre refrescante relembrar a obra dos SOCIALISTAS MONÁRQUICOS espanhóis

    – Fim da obrigatoriedade das aulas de Religião católica nas escolas públicas;
    – Legalização dos casamentos homossexuais;
    – Extensão do direito de adopção aos casais homossexuais;
    – Criação da disciplina de Educação para a Cidadania;
    – Lei da memória histórica;
    – Apagamento dos símbolos franquistas dos edifícios públicos que, para vergonha do clero, permanecem provocatoriamente nas igrejas;

    Viva a monarquia espanhola !

  • Jose Moreira

    MolochBaal, você tem razão, mas eu ainda acho que o cerne do problema não reside na forma política, mas no atraso atávico do nosso povo. Sempre fomos um povo atrasado, e pelintra com a mania das grandezas. Felizmente que vamos dando tímidos passos em frente (mas sempre atrás dos outros, claro). Estamos a tornar-nos um povo evoluído, como se pode ver por esta notícia:
    http://jn.sapo.pt/2008/03/15/sociedade_e_vida/numero_religiosas_quebra_23_14_anos.html

  • Jose Moreira

    MolochBaal, você tem razão, mas eu ainda acho que o cerne do problema não reside na forma política, mas no atraso atávico do nosso povo. Sempre fomos um povo atrasado, e pelintra com a mania das grandezas. Felizmente que vamos dando tímidos passos em frente (mas sempre atrás dos outros, claro). Estamos a tornar-nos um povo evoluído, como se pode ver por esta notícia:
    http://jn.sapo.pt/2008/03/15/sociedade_e_vida/numero_religiosas_quebra_23_14_anos.html

  • Jose Moreira

    MolochBaal, você tem razão, mas eu ainda acho que o cerne do problema não reside na forma política, mas no atraso atávico do nosso povo. Sempre fomos um povo atrasado, e pelintra com a mania das grandezas. Felizmente que vamos dando tímidos passos em frente (mas sempre atrás dos outros, claro). Estamos a tornar-nos um povo evoluído, como se pode ver por esta notícia:
    http://jn.sapo.pt/2008/03/15/sociedade_e_vida/numero_religiosas_quebra_23_14_anos.html

  • MolochBaal

    Jose Moreira.

    Sem dúvida, concordo a 100%. Eu nem sequer sou monárquico.

    Simplesmente estava a comentar a, por parte deste autor, recente glorificação dos terroristas que assassinaram o rei Carlos como salvadores da pátria. Como se a república tivesse salvo a Pátria de alguma coisa.

    Acontece que a inconsciência, vistas curtas e mesquinhez que as nossas elites e sectores supostamente mais avançados da sociedade demonstram nestas coisas. A sua incapacidade de dar importância ao essencial e a facilidade com que valorizam tudo o que é acessório – é também um sintoma do atraso atávico do nosso povo.

  • MolochBaal

    Jose Moreira.

    Sem dúvida, concordo a 100%. Eu nem sequer sou monárquico.

    Simplesmente estava a comentar a, por parte deste autor, recente glorificação dos terroristas que assassinaram o rei Carlos como salvadores da pátria. Como se a república tivesse salvo a Pátria de alguma coisa.

    Acontece que a inconsciência, vistas curtas e mesquinhez que as nossas elites e sectores supostamente mais avançados da sociedade demonstram nestas coisas. A sua incapacidade de dar importância ao essencial e a facilidade com que valorizam tudo o que é acessório – é também um sintoma do atraso atávico do nosso povo.

  • MolochBaal

    Jose Moreira.

    Sem dúvida, concordo a 100%. Eu nem sequer sou monárquico.

    Simplesmente estava a comentar a, por parte deste autor, recente glorificação dos terroristas que assassinaram o rei Carlos como salvadores da pátria. Como se a república tivesse salvo a Pátria de alguma coisa.

    Acontece que a inconsciência, vistas curtas e mesquinhez que as nossas elites e sectores supostamente mais avançados da sociedade demonstram nestas coisas. A sua incapacidade de dar importância ao essencial e a facilidade com que valorizam tudo o que é acessório – é também um sintoma do atraso atávico do nosso povo.

  • MolochBaal

    Entretanto, da vitória de zapatero ficou-nos outra coisa. A prova do recuo cada vez maior do poder social da ICAR. Mesmo com o apoio descarado dos bispos e de todas as forças conservadoras o PP levou baile. Isto num dos países tradicionalmente mais conservadores da Europa.

    É o sinal de que isto está a mudar. A continuar assim a icar, dentro de uma geração, será aquilo que sempre devia ter sido. Uma igreja onde quem quiser vai rezar, ai invés daquilo que ainda é hoje – uma mafia dedicada ao controlo social a soldo das forças conservadoras e dos grandes interesses financeiros.

  • MolochBaal

    Entretanto, da vitória de zapatero ficou-nos outra coisa. A prova do recuo cada vez maior do poder social da ICAR. Mesmo com o apoio descarado dos bispos e de todas as forças conservadoras o PP levou baile. Isto num dos países tradicionalmente mais conservadores da Europa.

    É o sinal de que isto está a mudar. A continuar assim a icar, dentro de uma geração, será aquilo que sempre devia ter sido. Uma igreja onde quem quiser vai rezar, ai invés daquilo que ainda é hoje – uma mafia dedicada ao controlo social a soldo das forças conservadoras e dos grandes interesses financeiros.

  • MolochBaal

    Entretanto, da vitória de zapatero ficou-nos outra coisa. A prova do recuo cada vez maior do poder social da ICAR. Mesmo com o apoio descarado dos bispos e de todas as forças conservadoras o PP levou baile. Isto num dos países tradicionalmente mais conservadores da Europa.

    É o sinal de que isto está a mudar. A continuar assim a icar, dentro de uma geração, será aquilo que sempre devia ter sido. Uma igreja onde quem quiser vai rezar, ai invés daquilo que ainda é hoje – uma mafia dedicada ao controlo social a soldo das forças conservadoras e dos grandes interesses financeiros.

  • Fernando Isidoro

    Os símbolos franquistas permanecem provocatoriamente não só nas igrejas, mas em centenas de locais públicos de Espanha. Lembro, e só para falar nos mais provocatórios, a Rua General Moscardó em Toledo, junto ao Alcazar, ou os nomes de Francisco Franco e de José António, na basílica de Vale dos Caídos, que deveria ser um local de homenagem e de memória e de respeito a TODOS os caídos na guerra civil espanhola, nomeadamente aos milhares de prisioneiros republicanos que a construiram, ali foram escravizados e ali estão enterrados.

    Já é tempo, por conseguinte, de a Espanha apagar a vergonha das ruas e das basílicas e de se reconciliar, coisa em que eu não acredito, porque as duas Espanhas estão latentes, à espera de reavivar os velhos fantasmas à mínima faísca e de, novamente , explodir. A ver vamos.

    MolochBaal:

    Não me parece que a nossa República seja uma “repúbica das bananas”. Seguramente não é, e você sabe que não é, apesar de algumas tristes figuras que de vez em quando não se coibe de exibir. Tb não julgo que se glorifique o Buíça (ou o Alfredo da Costa) como salvadores da pátria, como você diz. Falou-se deles, claro,a propósito do centenário do regicídio, mas daí onde é que você vê a sua glorificação?

    Quanto à monarquia inglesa resolver ” os assuntos sérios” estamos conversados. Bem se viu quando foi da morte da Diana.
    Relativamente às outras monarquias que refere, dinamarquesa, norueguesa, holandesa, são, como todas as monarquias vigentes, uma espécie de bibelots, que o povo gosta de ostentar nas suas salas de visitas. Dão uns passeios nuns iates, vão a umas festas, podem ir ao Afeganistão dar uns tiritos, às vezes até conseguem ser uma espécie de cimento, como na Bélgica ou na Espanha no 23F, e daí? Quem decide os ” assuntos sérios” é o povo desses países através dos respectivos parlamentos e governos e não as monarquias.

    Carlos Esperança:

    A eutanásia não é uma bandeira da esquerda nem um “quisto” da direita: é um tremendo e feroz problema de consciência das pessoas e das famílias que passam por essas dramáticas situações. Daí que discorde consigo quando coloca essa questão como uma prioridade do governo Zapatero, em termos de pura legislação e e de puro programa político, como se de dado adquirido se trate, antes concorde consigo quando diz que é um problema que deve ser tratado, no sentido de discussão pública, sem preconceitos nem anátemas.

    Abraço para todos

  • Fernando Isidoro

    Os símbolos franquistas permanecem provocatoriamente não só nas igrejas, mas em centenas de locais públicos de Espanha. Lembro, e só para falar nos mais provocatórios, a Rua General Moscardó em Toledo, junto ao Alcazar, ou os nomes de Francisco Franco e de José António, na basílica de Vale dos Caídos, que deveria ser um local de homenagem e de memória e de respeito a TODOS os caídos na guerra civil espanhola, nomeadamente aos milhares de prisioneiros republicanos que a construiram, ali foram escravizados e ali estão enterrados.

    Já é tempo, por conseguinte, de a Espanha apagar a vergonha das ruas e das basílicas e de se reconciliar, coisa em que eu não acredito, porque as duas Espanhas estão latentes, à espera de reavivar os velhos fantasmas à mínima faísca e de, novamente , explodir. A ver vamos.

    MolochBaal:

    Não me parece que a nossa República seja uma “repúbica das bananas”. Seguramente não é, e você sabe que não é, apesar de algumas tristes figuras que de vez em quando não se coibe de exibir. Tb não julgo que se glorifique o Buíça (ou o Alfredo da Costa) como salvadores da pátria, como você diz. Falou-se deles, claro,a propósito do centenário do regicídio, mas daí onde é que você vê a sua glorificação?

    Quanto à monarquia inglesa resolver ” os assuntos sérios” estamos conversados. Bem se viu quando foi da morte da Diana.
    Relativamente às outras monarquias que refere, dinamarquesa, norueguesa, holandesa, são, como todas as monarquias vigentes, uma espécie de bibelots, que o povo gosta de ostentar nas suas salas de visitas. Dão uns passeios nuns iates, vão a umas festas, podem ir ao Afeganistão dar uns tiritos, às vezes até conseguem ser uma espécie de cimento, como na Bélgica ou na Espanha no 23F, e daí? Quem decide os ” assuntos sérios” é o povo desses países através dos respectivos parlamentos e governos e não as monarquias.

    Carlos Esperança:

    A eutanásia não é uma bandeira da esquerda nem um “quisto” da direita: é um tremendo e feroz problema de consciência das pessoas e das famílias que passam por essas dramáticas situações. Daí que discorde consigo quando coloca essa questão como uma prioridade do governo Zapatero, em termos de pura legislação e e de puro programa político, como se de dado adquirido se trate, antes concorde consigo quando diz que é um problema que deve ser tratado, no sentido de discussão pública, sem preconceitos nem anátemas.

    Abraço para todos

  • Fernando Isidoro

    Os símbolos franquistas permanecem provocatoriamente não só nas igrejas, mas em centenas de locais públicos de Espanha. Lembro, e só para falar nos mais provocatórios, a Rua General Moscardó em Toledo, junto ao Alcazar, ou os nomes de Francisco Franco e de José António, na basílica de Vale dos Caídos, que deveria ser um local de homenagem e de memória e de respeito a TODOS os caídos na guerra civil espanhola, nomeadamente aos milhares de prisioneiros republicanos que a construiram, ali foram escravizados e ali estão enterrados.

    Já é tempo, por conseguinte, de a Espanha apagar a vergonha das ruas e das basílicas e de se reconciliar, coisa em que eu não acredito, porque as duas Espanhas estão latentes, à espera de reavivar os velhos fantasmas à mínima faísca e de, novamente , explodir. A ver vamos.

    MolochBaal:

    Não me parece que a nossa República seja uma “repúbica das bananas”. Seguramente não é, e você sabe que não é, apesar de algumas tristes figuras que de vez em quando não se coibe de exibir. Tb não julgo que se glorifique o Buíça (ou o Alfredo da Costa) como salvadores da pátria, como você diz. Falou-se deles, claro,a propósito do centenário do regicídio, mas daí onde é que você vê a sua glorificação?

    Quanto à monarquia inglesa resolver ” os assuntos sérios” estamos conversados. Bem se viu quando foi da morte da Diana.
    Relativamente às outras monarquias que refere, dinamarquesa, norueguesa, holandesa, são, como todas as monarquias vigentes, uma espécie de bibelots, que o povo gosta de ostentar nas suas salas de visitas. Dão uns passeios nuns iates, vão a umas festas, podem ir ao Afeganistão dar uns tiritos, às vezes até conseguem ser uma espécie de cimento, como na Bélgica ou na Espanha no 23F, e daí? Quem decide os ” assuntos sérios” é o povo desses países através dos respectivos parlamentos e governos e não as monarquias.

    Carlos Esperança:

    A eutanásia não é uma bandeira da esquerda nem um “quisto” da direita: é um tremendo e feroz problema de consciência das pessoas e das famílias que passam por essas dramáticas situações. Daí que discorde consigo quando coloca essa questão como uma prioridade do governo Zapatero, em termos de pura legislação e e de puro programa político, como se de dado adquirido se trate, antes concorde consigo quando diz que é um problema que deve ser tratado, no sentido de discussão pública, sem preconceitos nem anátemas.

    Abraço para todos

  • Ricardo Alves

    Molochbaal,
    Zapatero e a generalidade dos dirigentes do PSOE não são monárquicos, são republicanos. Se não põem em causa o regime, é para não mexer no frágil equilíbrio político das espanhas.

    Quanto à República portuguesa, resolveu efectivamente problemas: separou o Estado da igreja, instituiu o registo civil, possibilitou a igualdade entre homens e mulheres nas leis de família, eliminou o «crime» de blasfémia e legalizou as comunidades religiosas não católicas. Para não ir mais longe.

  • Ricardo Alves

    Molochbaal,
    Zapatero e a generalidade dos dirigentes do PSOE não são monárquicos, são republicanos. Se não põem em causa o regime, é para não mexer no frágil equilíbrio político das espanhas.

    Quanto à República portuguesa, resolveu efectivamente problemas: separou o Estado da igreja, instituiu o registo civil, possibilitou a igualdade entre homens e mulheres nas leis de família, eliminou o «crime» de blasfémia e legalizou as comunidades religiosas não católicas. Para não ir mais longe.

  • Ricardo Alves

    Molochbaal,
    Zapatero e a generalidade dos dirigentes do PSOE não são monárquicos, são republicanos. Se não põem em causa o regime, é para não mexer no frágil equilíbrio político das espanhas.

    Quanto à República portuguesa, resolveu efectivamente problemas: separou o Estado da igreja, instituiu o registo civil, possibilitou a igualdade entre homens e mulheres nas leis de família, eliminou o «crime» de blasfémia e legalizou as comunidades religiosas não católicas. Para não ir mais longe.

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