Por que não ocorrem milagres convincentes, como crescerem de volta uma perna ou um olho perdidos? Por que as curas se limitam a doenças que poderiam regredir mesmo sem intervenção divina? A medicina não explica? E daí? Um dia explicará. E, em não explicando, por que a única outra alternativa seria o milagre?
(baseado em “Faith healing”, Judith Hayes, maio/2001)
Por que não ocorrem milagres convincentes, como crescerem de volta uma perna ou um olho perdidos? Por que as curas se limitam a doenças que poderiam regredir mesmo sem intervenção divina? A medicina não explica? E daí? Um dia explicará. E, em não explicando, por que a única outra alternativa seria o milagre?
(baseado em “Faith healing”, Judith Hayes, maio/2001)
O direito canónico sempre me intrigou. Tribunal? Da beatificação? Equivaleria a dizer, transpondo para o foro civil, que existiria um tribunal da condenação e já agora, por esta ordem de raciocínio, um tribunal da absolvição e um outro, o do arquivamento. Convenhamos que era bem mais fácil. Antes de se julgar, condenava-se, absolvia-se ou arquivava-se. Só vantagens. Desde logo ninguém se poderia queixar da justiça, pois ela nem sequer existia!
Mas não percebo porquê tanto trabalho. Ou têm todos muito tempo livre ou então este tipo de coisas compensa, ou, hipótese mais provável, ambas as anteriores.
Estou convencido que está no papo. A beatificação ou canonização de alguém como Lúcia só pode ser um processo fácil. [No direito canônico não há mega-processos!]
Lúcia foi uma santa e teve uma vida a condizer. Durante 98 anos não produziu coisa alguma, nem se lhe conhece qualquer feito, obra*, momento interventivo social, político ou económico, nada. Um deserto. O que será preciso mais para se ser santo? Milagres? Ora, nos dias que correm se isto não é um milagre é, no mínimo, prodigioso!
*Supostamente terá escrito umas memórias. A existirem só devem vir a público depois de devidamente revistas por sucessivas instâncias, que se dedicarão a dissecar cada letra com a minúcia de um relojoeiro e publicadas daqui a uma dezena de anos ou num outro dado momento, mais entendido como oportuno
O direito canónico sempre me intrigou. Tribunal? Da beatificação? Equivaleria a dizer, transpondo para o foro civil, que existiria um tribunal da condenação e já agora, por esta ordem de raciocínio, um tribunal da absolvição e um outro, o do arquivamento. Convenhamos que era bem mais fácil. Antes de se julgar, condenava-se, absolvia-se ou arquivava-se. Só vantagens. Desde logo ninguém se poderia queixar da justiça, pois ela nem sequer existia!
Mas não percebo porquê tanto trabalho. Ou têm todos muito tempo livre ou então este tipo de coisas compensa, ou, hipótese mais provável, ambas as anteriores.
Estou convencido que está no papo. A beatificação ou canonização de alguém como Lúcia só pode ser um processo fácil. [No direito canônico não há mega-processos!]
Lúcia foi uma santa e teve uma vida a condizer. Durante 98 anos não produziu coisa alguma, nem se lhe conhece qualquer feito, obra*, momento interventivo social, político ou económico, nada. Um deserto. O que será preciso mais para se ser santo? Milagres? Ora, nos dias que correm se isto não é um milagre é, no mínimo, prodigioso!
*Supostamente terá escrito umas memórias. A existirem só devem vir a público depois de devidamente revistas por sucessivas instâncias, que se dedicarão a dissecar cada letra com a minúcia de um relojoeiro e publicadas daqui a uma dezena de anos ou num outro dado momento, mais entendido como oportuno
14/02/2008 Papa autoriza início antecipado do processo de beatificação da Irmã Lúcia. O Bispo de Leiria Fatima congratulou-se com esta decisão.
[…]
«É aos bispos diocesanos que compete investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade ou de martírio, milagres aduzidos, e ainda, se for o caso, do culto antigo do Servo de Deus, cuja canonização se pede. Este levantamento de informações é enviado à Santa Sé. Se o exame dos documentos é positivo, o “servo de Deus” é proclamado “venerável”. A segunda etapa do processo consiste no exame dos milagres atribuídos à intercessão do “venerável”. Se um deste milagres é considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.
Em conversa com os jornalistas presentes no Carmelo, D. José Saraiva Martins repetiu a sua convicção pessoal de que a Irmã Lúcia era “uma Santa”. Quanto ao milagre necessário para o bom andamento da Causa, o Cardeal português admite que “ainda não chegou a Roma nenhum caso”, mas mostrou-se convencido de que o mesmo acontecerá, porque estamos na presença “de alguém que vivia no mundo de Deus, no mundo da santidade”. »
[…]
14/02/2008 Papa autoriza início antecipado do processo de beatificação da Irmã Lúcia. O Bispo de Leiria Fatima congratulou-se com esta decisão.
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«É aos bispos diocesanos que compete investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade ou de martírio, milagres aduzidos, e ainda, se for o caso, do culto antigo do Servo de Deus, cuja canonização se pede. Este levantamento de informações é enviado à Santa Sé. Se o exame dos documentos é positivo, o “servo de Deus” é proclamado “venerável”. A segunda etapa do processo consiste no exame dos milagres atribuídos à intercessão do “venerável”. Se um deste milagres é considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.
Em conversa com os jornalistas presentes no Carmelo, D. José Saraiva Martins repetiu a sua convicção pessoal de que a Irmã Lúcia era “uma Santa”. Quanto ao milagre necessário para o bom andamento da Causa, o Cardeal português admite que “ainda não chegou a Roma nenhum caso”, mas mostrou-se convencido de que o mesmo acontecerá, porque estamos na presença “de alguém que vivia no mundo de Deus, no mundo da santidade”. »
[…]
E se acontecer a cura de um(a) doente, que os médicos não encontrem explicação; como sabem se foi milagre da caramela Lucia ou se foi do Saddam Hussein?
Sim, porque ele foi um mártir e merece a beatificação!
Óh larilas!…
E se acontecer a cura de um(a) doente, que os médicos não encontrem explicação; como sabem se foi milagre da caramela Lucia ou se foi do Saddam Hussein?
Sim, porque ele foi um mártir e merece a beatificação!
Óh larilas!…
Eu quase me atreveria a dizer que a Virgem Maria, foi efectivamente a primeira mulher astronauta a viajar no espaço, antecipando-se assim em muito, à norte-americana, Sally Ride.
Cada uma destas suas facetas: – Mãe, Esposa e Astronauta –, acrescenta o encanto e mistério, numa elegante condensação de drama que só um verdadeiro crente consegue almejar.
A voz de Maria tinha o condão de fazer com que se apaixonassem por ela, apenas por causa da voz! Ainda hoje se reza: “rogai por noz que recorremos à voz”.
Não sei se algum dos pastorinhos ousou dar aquele passo que leva do deslumbramento à decepção: o que nos exalta, nesses afectos imaginários, é a distância que torna as coisas irreais quase reais.
A voz de Maria tinha esse condão. Quem a conheceu detestou-lhe o feitio intragável, a arrogância nas atitudes, os caprichos de vedeta, a imprevisibilidade do génio, – onde é que já se viu pedir a três putos analfabetos que acarretem com os pecados do mundo!?
Hoje seria acusada de exploração de menores, e pagaria multa por violação do espaço aéreo nacional!
Eu quase me atreveria a dizer que a Virgem Maria, foi efectivamente a primeira mulher astronauta a viajar no espaço, antecipando-se assim em muito, à norte-americana, Sally Ride.
Cada uma destas suas facetas: – Mãe, Esposa e Astronauta –, acrescenta o encanto e mistério, numa elegante condensação de drama que só um verdadeiro crente consegue almejar.
A voz de Maria tinha o condão de fazer com que se apaixonassem por ela, apenas por causa da voz! Ainda hoje se reza: “rogai por noz que recorremos à voz”.
Não sei se algum dos pastorinhos ousou dar aquele passo que leva do deslumbramento à decepção: o que nos exalta, nesses afectos imaginários, é a distância que torna as coisas irreais quase reais.
A voz de Maria tinha esse condão. Quem a conheceu detestou-lhe o feitio intragável, a arrogância nas atitudes, os caprichos de vedeta, a imprevisibilidade do génio, – onde é que já se viu pedir a três putos analfabetos que acarretem com os pecados do mundo!?
Hoje seria acusada de exploração de menores, e pagaria multa por violação do espaço aéreo nacional!
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
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20 thoughts on “Fáceis de encontrar”