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A Mãe de Deus

O dia 13 de Outubro é uma data de extrema importância para os católicos de todo o mundo.

De facto, foi no dia 13 de Outubro de 1917 que a mãe de Deus, ela própria, em pessoa, em directo e ao vivo, apareceu pela sexta vez aos três videntes de Fátima, tal como tinha anunciado que ia fazer no dia 13 de Maio desse mesmo ano.

Nesse dia 13 de Outubro, a Virgem Maria, decerto cansada que a tratassem por esse nome (ela lá saberá porquê), disse aos três videntes que queria passar a ser tratada por outro nome mais actualizado.
E disse-lhes então: eu sou a «Nossa Senhora do Rosário».
Segundo rezam as crónicas da época, os videntes não acharam estranho que a mãe de Deus se referisse a ela própria por «Nossa», em vez de «Vossa». Mas isso é um pormenor de somenos importância.

Já que estava ali sem fazer nada, a Vossa Senhora do Rosário aproveitou a oportunidade e resolveu anunciar que queria que no local das aparições fosse construída uma capela em sua honra.
E lá lhe fizeram a vontade, não fosse o Diabo tecê-las. Olá se fizeram!

Rezam ainda as crónicas da época que foi nesse dia que o Sol dançou no céu.
Embora não se conheça ninguém em concreto que tivesse presenciado este milagre, pois todas as pessoas que foram inquiridas individualmente negaram ter visto alguma coisa digna de nota, o que é facto é que para todos os efeitos o Sol dançou, e isso é o que interessa.

Mas o verdadeiro significado das aparições da Cova da Iria é outro completamente diferente e muito mais importante.
Vejamos então:

Um belo dia a mãe do Deus pai, do Deus filho e do Deus Espírito Santo, isto é, a mãe desta gente toda, resolveu vir ao planeta Terra transmitir uma mensagem aos humanos.
Andava preocupada com a gente, coitada.

E então, decerto persuadida da enorme importância desta divina mensagem, a santa progenitora escolheu como seus interlocutores nada menos do que três pastores analfabetos e meio atrasados mentais.
Ainda por cima as «sopas de cavalo cansado» não os tinham ajudado nada, coitados.

Nunca ninguém lhe perguntou a razão desta escolha. Mas da parte de quem gostava de aparecer às pessoas em cima das árvores, também nada é de estranhar.

Dado o inegável significado simbólico e atenta até a enorme relevância para a História da Humanidade, a mensagem foi de início considerada um segredo divino.
Só foi conhecida aos bochechos e depois de cuidadosamente dividida em três partes.

Na primeira parte, esta senhora «mais brilhante que o Sol» resolveu dedicar-se às banalidades. E lá entendeu dizer aos visionários que deviam rezar muito.
Sim, porque Deus gosta muito que lhe rezem. Faz-lhe bem ao ego, dizem.

Na segunda parte, resolveu dedicar-se às previsões e à futurologia. E lá entendeu por bem prever que a Guerra acabava nesse ano de 1917 e que os soldados portugueses já estariam de volta ao solo pátrio pelo Natal.
O pior foi que a I Guerra Mundial, a tal guerra de 1914-18 acabou, tal como o próprio nome indica, no ano de 1918.
Então não querem lá ver que a mãe de Deus se enganou, coitada?

Finalmente, a terceira e última parte a ser conhecida, aliás mais de meio século depois, fazia mais uma previsão. Desta vez de um atentado ao Papa.
O pior é que as previsões que são conhecidas depois dos acontecimentos que predizem ainda são piores que os prognósticos feitos no fim do jogo.

Ou seja, quer isto dizer que, nesta insigne e extraordinária mensagem transmitida aos Homens, a mãe de Deus numa parte fez um prognóstico no fim do jogo, noutra disse uma banalidade e na terceira, coitadita… enganou-se!

O que é facto é que ainda hoje me custa a entender por que raio terá a mãe de Deus resolvido um belo dia vir à Terra insultar desta maneira os católicos de todo o mundo…

(Publicado simultaneamente no «Random Precision»)

6 thoughts on “A Mãe de Deus”
  • peter.k.smith

    Diz L G Rodrigues: “Embora não se conheça ninguém em concreto que tivesse presenciado este milagre, pois todas as pessoas que foram inquiridas individualmente negaram ter visto alguma coisa digna de nota….”

    Avelino de Almeida, jornalista d’O Século, que esteve na Cova da Iria a 13 de Outubro de 1917, escreveu:

    “(…) E quando ja’ não imaginava que via alguma coisa mais impressionante do que esssa rumorosa mas pacifica multidão (…) que vi eu ainda de verdadeiramente estranho na charneca de Fatima? A chuva à hora pronunciada deixar de cair; a densa massa de nuvens romper-se e o astro-rei — disco de prata fosca — em pleno zénite aparecer e começar dançando num bailado violento e convulso que grande numero de pessaos imaginava ser uma dança serpentina, tão belas e rutilantes cores revestindo sucessivamente a superficie solar. Milagre como gritava o povo; fenomeno natural como dizem os sabios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de afirmar o que vi (…)”

    Também não curo eu de saber se foi milagre ou não, mas apenas de repetir o que li. E’ pois L G Rodrigues ignorante e gosta de falar de cor.

    Mas talvez ele conhecesse ja’ este texto; nesse caso L G Rodriques seria um mentiroso.

  • peter.k.smith

    Diz L G Rodrigues: “Embora não se conheça ninguém em concreto que tivesse presenciado este milagre, pois todas as pessoas que foram inquiridas individualmente negaram ter visto alguma coisa digna de nota….”Avelino de Almeida, jornalista d’O Século, que esteve na Cova da Iria a 13 de Outubro de 1917, escreveu: “(…) E quando ja’ não imaginava que via alguma coisa mais impressionante do que esssa rumorosa mas pacifica multidão (…) que vi eu ainda de verdadeiramente estranho na charneca de Fatima? A chuva à hora pronunciada deixar de cair; a densa massa de nuvens romper-se e o astro-rei — disco de prata fosca — em pleno zénite aparecer e começar dançando num bailado violento e convulso que grande numero de pessaos imaginava ser uma dança serpentina, tão belas e rutilantes cores revestindo sucessivamente a superficie solar. Milagre como gritava o povo; fenomeno natural como dizem os sabios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de afirmar o que vi (…)”Também não curo eu de saber se foi milagre ou não, mas apenas de repetir o que li. E’ pois L G Rodrigues ignorante e gosta de falar de cor.Mas talvez ele conhecesse ja’ este texto; nesse caso L G Rodriques seria um mentiroso.

  • peter.k.smith

    Diz L G Rodrigues: “Embora não se conheça ninguém em concreto que tivesse presenciado este milagre, pois todas as pessoas que foram inquiridas individualmente negaram ter visto alguma coisa digna de nota….”Avelino de Almeida, jornalista d’O Século, que esteve na Cova da Iria a 13 de Outubro de 1917, escreveu: “(…) E quando ja’ não imaginava que via alguma coisa mais impressionante do que esssa rumorosa mas pacifica multidão (…) que vi eu ainda de verdadeiramente estranho na charneca de Fatima? A chuva à hora pronunciada deixar de cair; a densa massa de nuvens romper-se e o astro-rei — disco de prata fosca — em pleno zénite aparecer e começar dançando num bailado violento e convulso que grande numero de pessaos imaginava ser uma dança serpentina, tão belas e rutilantes cores revestindo sucessivamente a superficie solar. Milagre como gritava o povo; fenomeno natural como dizem os sabios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de afirmar o que vi (…)”Também não curo eu de saber se foi milagre ou não, mas apenas de repetir o que li. E’ pois L G Rodrigues ignorante e gosta de falar de cor.Mas talvez ele conhecesse ja’ este texto; nesse caso L G Rodriques seria um mentiroso.

  • João Vasco

    Ou então acha que Avelino de Almeida está a mentir.

    Eu cá até posso acreditar que esteja a falar verdade, o que eu penso sobre isso está aqui:
    http://www.ateismo.net/diario/2006/06/futebol-e-milagres.php

  • João Vasco

    Ou então acha que Avelino de Almeida está a mentir.Eu cá até posso acreditar que esteja a falar verdade, o que eu penso sobre isso está aqui:http://www.ateismo.net/diario/2006/06/futebol-e-milagres.php

  • João Vasco

    Ou então acha que Avelino de Almeida está a mentir.Eu cá até posso acreditar que esteja a falar verdade, o que eu penso sobre isso está aqui:http://www.ateismo.net/diario/2006/06/futebol-e-milagres.php

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